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Tributário l.

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Tributário l
CASO CONCRETO- 1
 Determinado governador do Estado do Acre está em forte debate com a Assembleia Legislativa. Apesar de ter sido eleito em primeiro turno com uma expressiva maioria de votos, sua Assembleia é hoje composta em maioria considerável pela oposição ? Ressentida por não ter reeleito o antigo governador, candidato da situação. Diante deste conflito político, o governador não consegue aprovar a lei orçamentária que se manifesta compatível com suas propostas. Sendo assim, decide baixar o orçamento por medida provisória. Deputado da oposição se recusa a votar a medida provisória e levanta argumentos tecnicamente adequados. Pergunta-se: 
Quais seriam estes argumentos? 
O principal estaria respaldado na Constituição em seu artigo 62, §1º, “d”, que veda, expressamente, a edição de Medida Provisória de Lei Orçamentária
Pode o governador editar medida provisória?
 Sim, não há expressamente uma proibição. Mesmo sendo a medida provisória, atribuída ao Presidente da República, utilizamos o princípio da simetria, podendo também o Governador
Cabe medida provisória em Direito Financeiro. 
 Não cabe, pois, o artigo 62, §1º, “d”, veda a edição de medida provisória para aprovação de Lei Orçamentária. Salvo nas situações que dispõe o artigo 61, caput da Constituição Federal, nas situações de catástrofes
OBJETIVA Identifique qual das opções abaixo traz situação que será objeto de aplicação das regras do Direito Financeiro:
 a) realização de despesa pela Ordem dos Advogados do Brasil b) processo de seleção de juízes para a carreira da magistratura estadual 
c) projeção de receitas da Companhia Estadual de Água e Esgoto do Estado do Rio de Janeiro d) previsão de gastos com pessoal da Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Caso Concreto—2
 Em meio a uma crise política e econômica em 2015, o Governo Federal apresentou ao Congresso Nacional um projeto de lei orçamentária com um déficit de 30,5 bilhões de reais. À época, questionamentos políticos e econômicos foram levantados e o cerne da questão gira em torno de um dos princípios orçamentários mais relevantes, que congrega todos os elementos da atividade financeira do estado. Indaga-se: 
A questão que se levantou é se estaria o poder executivo autorizado a propor um projeto de lei com este desequilíbrio? Identifique o princípio orçamentário referente e como os elementos do Direito Financeiro se relacionam no caso. 
Não será possível tal propor projeto de lei com tamanho desequilíbrio, uma vez que isso iria ferir o princípio do equilíbrio orçamentário além de ser contrária ao artigo 167, inciso, III da CF/88, que diz que é vedada a realização de despesas que excedam os créditos
Como ficaria com base na legislação atual?
Essa questão trata do princípio da exclusividade, previsto no artigo 165, s 8º da CF, onde a lei não pode conter dispositivos estranhos à previsão da receita à fiscalização de despesa. Entretanto, há uma exceção que não se inclui na proibição a autorização para abertura de crédito suplementares.
 Questão objetiva Julgue os seguintes itens relativos à receita pública e marque a opção correta.
 a) Todo tributo advém da Receita Originária. 
b) Ingresso e receita constituem sinônimos
. c) Os tributos constituem receita derivada cobrada mediante atividade administrativa vinculada ou discricionária. 
d) Receita originária é aquela em que o Estado atua como particular e receita derivada é aquela em que o Estado atua através do seu poder de império. 
e) Receita derivada é aquela em que o Estado atua como particular e receita originária é aquela em que o Estado atua através do seu poder de império.
Concreto-3-
 O Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais, no ano de 2014, aplicou multas no valor total de R$278.000,00 a 69 prefeituras por descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal. Estas prefeituras deixaram de encaminhar no prazo legal àquele Tribunal o Relatório de Gestão Fiscal, o Relatório Resumido de Gestão Orçamentária e o Comparativo das Metas Bimestrais de arrecadação. Neste sentido, considerando a natureza do Tribunal de Contas e as regras da Lei de Responsabilidade fiscal, responda: 
A aplicação de multas do Tribunal de Contas é ato regular?
 O tribunal de contas é um órgão gerador e fiscalizador da gestão pública. Entretanto, pode ser órgão aplicador de multa, conforme o artigo 71, §3º da Constituição Federal.
Estas multas podem ser questionadas perante o Poder Judiciário, ou já se encontram alcançadas pela coisa julgada? 
Suas decisões não fazem coisa julgada, podendo ser apreciado pelo judiciário
Independente da solução aplicada pelo Tribunal de Contas, qual é o princípio contido na Lei de Responsabilidade Fiscal relacionado com os relatórios exigidos? 
Princípio da Transparência. O princípio da transparência, quando promovido, possibilita que o indivíduo cidadão tenha acesso aos atos praticados pela Administração Pública
 Questão objetiva O Tribunal de Contas
 ( ) a. auxilia o Legislativo na fiscalização da aplicação de subvenções e na apreciação de renúncia de receitas
. ( ) b. é subordinado ao Poder Legislativo, ao qual auxilia no exercício do Controle Externo.
( ) c. integra o Poder Legislativo, por força de disposição constitucional. ( )
 d. não integra nenhum dos Poderes, condição assegurada por cláusula pétrea constitucional.
( ) e. tem a titularidade do exercício do controle externo e suas decisões de que resultem multa ou imputação de débito tem a natureza de título executivo
Caso Concreto- 4-
 Ao dispor sobre o plano de custeio da Seguridade Social, a União cuidou de regular a cobrança de várias contribuições cujos fatos geradores dizem respeito à atividades do contribuinte como a remuneração paga ou creditada aos segurados que prestem serviço às empresas, dos empregadores domésticos, dos trabalhadores (incidentes sobre o seu salário-de-contribuição), incidentes sobre o faturamento e lucro das empresas e sobre a receita de concursos de prognósticos. Estas contribuições são, por lei, designadas de contribuições sociais. A mesma lei que as institui estabelecia um prazo de dez anos para a apuração e constituição dos créditos da seguridade social. Sabendo que normas gerais do Direito Tributário são reservadas pela Constituição para lei complementar, identifique e analise o dispositivo, tendo para tanto a compreensão da natureza da cobrança realizada e, portanto, o ordenamento jurídico específico ao qual está submetida. 
Toda legislação ordinária anterior a CF que trata de tem as de matéria tributária poderia continuar sendo aplicada se fosse recepcionada, é o caso do próprio CTN que é lei ordinária na sua for a, mas foi recebida com a lei complementar pela constituição. A partir da CF/ 8 8 está claro que as contribuições sociais são tributos, portanto tem natureza jurídica tributaria, e se as contribuições tributarias são tributos, se sujeitam ao regime jurídico tributário e as mesmas limitações da constituição de matéria tributária, um dessas exigências diz respeito à lei complementar para alguns temas. art 14 6 , II, “b ”. Dessa forma, não teria cabimento que essa lei criada pela união estabeleces se por exemplo um prazo para cobrança de 10 anos se o prazo para cobrança de tributo é de 5 a nos, e precisa ser estabelecido em uma lei complementar que é o CTN.
Questão objetiva (CETREDE – 2016) Como se chama o tributo que tem por características ser não vinculado a uma atividade estatal, admite, por expressa e excepcional previsão constitucional, destinação específica do 
produto da arrecadação e não admite previsão de restituição ao final de determinado período? 
A( ) Contribuição de intervenção no domínio econômico. 
 B ( ) Contribuição social. 
C ( ) Empréstimo compulsório. 
D ( ) Imposto. 
E ( ) Taxa.
 CASO CONCRETO 5
A União através de lei ordinária isenta tributo do Estado sob o fundamento de que deve fomentar o desenvolvimento das microempresas e empresas de pequeno porte. Comente a legalidade e a Constitucionalidadeda referida lei. 
R. Essa lei é inconstitucional,, pois a união não pode isentar tributose estaduais, que são de competência ado estado.
O disposto no art.151 inciso lll, da carta magna, revela que vedado a união instituir isençoesde tributo de competência dos Estados, dos distritos federal, ou dos municípios, ou seja é defeso da união instituir insenções heterônomas.
Questão objetiva 
Relativamente à competência tributária, assinale a alternativa incorreta.
 a) A União Federal tem competência para instituir impostos extraordinários em caso de guerra.
b) Os Municípios têm competência para instituir impostos sobre a propriedade predial e territorial urbana. 
c) Os Municípios não têm competência para instituir contribuições previdenciárias, pois esta competência é exclusiva da União Federal. Art. 149 parag. 1º da CF
d) As taxas e as contribuições de melhoria são consideradas, pela doutrina, tributos de competência comum
CASO CONCRETO 6
Servidor estadual ingressa com ação de repetição de indébito contra o Estado respectivo em função de uma retenção na fonte de imposto de renda retido na fonte pelo órgão ao qual pertencia a servidora. O Estado alega ilegitimidade passiva tendo em vista que a competência tributária para legislar sobre o imposto de renda é da União. Comente se procede a alegação do Estado.
Não procede a alegação do Estado, visto que no art. 157,l e 159. Parag. 1º CF c/c art. 45,parag. único do CTN deixa expresso que ainda que a instituição do IR é da união, a responsabilidade pertencem aos entes que arrecada e retêm na fonte do IR. Sumula 447, STj principio da Simetria interpretação extensiva
 Questão objetiva Na relação abaixo, de transferências intergovernamentais de receitas tributárias, MARQUE as da União para os Estados/DF (1), as da União para os Municípios (2) e as dos Estados/DF para os Municípios (3): 
(3 ) 50% do IPVA; 
 ( 1) 20% dos impostos de competência residual; 
(2 ) 50% do ITR;
 (1 ) 21,5% do IPI e do IR para Fundo de Participação; 
 ( 3) 25% do ICMS; 
(2 ) 22,5% do IPI e do IR para Fundo de Participação; 
 (2 ) 70%do IOF sobre o ouro ativo financeiro ou instrumento cambial.
Caso Concreto-7-
 Governador de um Estado da Federação propõe Ação Direta de Inconstitucionalidade contra emenda constitucional que cria um imposto sobre toda e qualquer movimentação financeira, inclusive as realizadas por pessoas jurídicas de direito público e que entraria em vigor imediatamente. Incialmente, os argumentos da afronta a duas limitações constitucionais ao poder de tributar, a saber a imunidade recíproca (vedação à imposição de impostos entre os entes federativos) e anterioridade (obrigatoriedade de aguardar até o exercício financeiro para que se possa cobrar o tributo) parecem corretas. Mas há uma preliminar questionada: a possibilidade de se questionar a constitucionalidade de dispositivo constitucional. Analise a questão e indique o posicionamento do Supremo Tribunal Federal. 
R. O Governador pode propor a ADI sobrea emenda constitucional, uma vez que a emenda constitucional não pode instituir tributo, apenas pode delimitar a competecia tributaria pelos os Estados tributáveis realizarem a criação ou majoração dos tributos. 
Questão objetiva: 
(FGV-2015) O Presidente, representando a República Federativa do Brasil, celebra tratado internacional com outros dois Estados soberanos, com o objetivo de incrementar a prestação de serviços de tecnologia para grandes projetos de infraestrutura. O acordo internacional, após todos os trâmites legislativos impostos pela ordem jurídica interna e internacional, passa a produzir seus efeitos, dentre os quais a isenção de todos os impostos incidentes nessa operação. Considerando que esses serviços estão incluídos na lista anexa da Lei Complementar nº 116/2003 e a jurisprudência do STF, é correto afirmar que o tratado é: 
 A ( ) inconstitucional ao estabelecer isenção heterônoma, vedada pelo artigo 151, III, da Constituição Federal em vigor, o qual veda à União instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios; 
B (x ) constitucional, pois a vedação constitucional se volta à União, nada impedindo que a República Federativa do Brasil, na qualidade de pessoa jurídica de direito público externo, celebre tratados e acordos internacionais de Direito Tributário; 
C ( ) constitucional, pois, nos termos da Constituição Federal, os tratados e convenções internacionais sobre tributação, desde que aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais; 
 D ( ) inconstitucional, pois somente lei complementar federal poderia estabelecer isenção de tributos estaduais e municipais; 
E ( )inconstitucional, pois a União somente pode conceder isenção de tributos de competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, quando simultaneamente conceder aos tributos de competência federal.

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