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FACULDADE EDUCACIONAL DA LAPA DIGITE AQUI O NOME DO CURSO ESTÁGIO SUPERVISIONADO I - ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL BARBARA ZELI NUNES TEIXEIRA 170101837 PAROBÉ 2017 FACULDADE EDUCACIONAL DA LAPA FORMAÇÃO PEDAGOGICA DE DOCENTES - MATEMÁTICA ESTÁGIO SUPERVISIONADO I - ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Trabalho apresentado como requisito parcial para a atribuição de nota na disciplina de Estágio Supervisionado I, do curso de Formação pedagógica de docentes para educação básica da Faculdade Educacional da Lapa – FAEL. Orientador: Professora Aide Mara Bachtold BARBARA ZELI NUNES TEIXEIRA 170101837 PAROBÉ 2017 Sumário 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 4 2 DESENVOLVIMENTO ................................................................................................... 5 2.1 CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO ........................................................................................ 5 2.2 INCLUSÃO NA ESCOLA ESTAGIADA ......................................................................................... 8 2.3 OBSERVAÇÃO PARTICIPANTE DA TURMA ............................................................................. 10 2.3.1 Observação 8° ano ........................................................................................................ 10 2.3.2 Observação 9° ano I e II ................................................................................................ 11 2.4 DESCRIÇÃO DA DOCÊNCIA .................................................................................................... 12 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................................... 17 REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 18 ANEXO A – Ficha de Avaliação na Escola-campo ............................................................. 19 ANEXO B – Planos de Aula .................................................................................................. 20 4 1 INTRODUÇÃO O presente trabalho refere-se ao Relatório de Estágio Supervisionado I - Anos Finais do Ensino Fundamental, realizado na Escola Estadual de Ensino Médio Adelina da Cunha, localizada na cidade de Parobé, estado do Rio Grande do Sul. O estagio supervisionado nos anos finais do ensino fundamental tem por objetivo integrar o aluno de licenciatura ao meio em que irá atuar. Por sua vez o estagio proporciona ao acadêmico vivenciar na prática todo o conhecimento teórico que observou e adquiriu até o momento na graduação. O estagio supervisionado I, realizou-se em duas series dos anos finais do ensino fundamental. Desde 2006 conforme LDB 9394/96, o ensino fundamental passou a ter 9 anos obrigatórios e em 2010 foi dividido em duas partes series iniciais, que compreende do 1° ao 5° ano e series finais 6° ao 9°, ano. O principal objetivo do ensino fundamental é a formação básica como cidadão, envolvendo o desenvolvimento da capacidade de aprender, com plenos domínios de leitura escrita e cálculos, bem como o desenvolvimento dos sistemas sociais, visa-se ainda o fortalecimento dos vínculos familiares e de solidariedade e tolerância humana. (BRASIL – LBD 1996) Para a realização do presente estudo foram realizadas observações nas turmas do 8° e 9° anos durante as aulas de matemática. Foram planejadas dez aulas, conforme os temas propostos pela professora dando continuidade aos assuntos por ela abordados. Nas turmas de 8° ano trabalhou-se a radiciação e radiciação envolvendo raízes não exatas. Já para os 9° anos foram trabalhados os trinômios quadrados perfeitos, equações de segundo grau, completas e incompletas e as mesmas aplicando a formula de báskara. O texto deste relatório está subdividido da seguinte forma: esta Introdução, que apresenta de forma geral o conteúdo do trabalho; o desenvolvimento que apresenta a caracterização da instituição; a observação frente aos processos de inclusão bem como as observações em sala de aula, a descrição da docência de ambas as turmas, as considerações finais as referencias e os anexos da ficha de avaliação e planos de aula utilizados durante o estagio. 5 2 DESENVOLVIMENTO Trata-se do Estágio Supervisionado nos Anos Finais do Ensino Fundamental, na escola Estadual de Ensino Médio Adelina da Cunha, neste item serão apresentados os relatos de todas as etapas cumpridas durante o estagio nas turmas de 8° e 9° anos articulando-se a descrição das observações e das ações realizadas com o referencial teórico pertinente a cada situação informada. Deste modo no subitem a seguir, serão descritos as características da escola onde se realizou o estágio. 2.1 CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO O estagio supervisionado realizou-se na Escola Estadual de Ensino Médio Adelina da Cunha, aqui denominada como, (E.E.E.M Adelina da Cunha) nas series finais no ensino fundamental, situada na Rua 25 de Julho, numero 750 – Bairro Nova Parobé na cidade de Parobé estado do Rio Grande do Sul, a qual atende os anos finais do ensino fundamental 6° ao 9°, no período da tarde, e o ensino médio completo do 1° ao 3° ano, nos períodos manhã e noite. Atualmente a escola conta com 42 funcionários entre eles, professores, secretários, auxiliar de limpeza, auxiliar de cozinha, psicopedagoga, coordenação pedagógica e direção. Para atender as necessidades destes profissionais e principalmente dos alunos a escola conta com uma infraestrutura completa, ainda que pequena. São seis salas de aula amplas e compatíveis com o número de alunos em cada turma, possui laboratório de ciências, laboratório de informática e sala de vídeo. A escola é dividida em dois blocos com formato de “L”, logo à frente, estão as salas da direção/coordenação, a secretaria, a sala da psicopedagoga, salas dos professores e sala de vídeo, nesta mesma ala ficam dois banheiros, um feminino e um masculino sendo eles adequados a PCD. Mais ao lado ficam três salas de aulas e a biblioteca e o laboratório de ciências. Na ala sul da escola, ficam mais três salas de aula sendo, duas delas de madeira e piso também de madeira, dois banheiros sendo eles um masculinos e um feminino, o depósito, a cozinha, e as mesas de alimentação que ficam em uma corredor entre as salas de aula. A 6 alimentação é fornecida pela escola/estado, durante os (recreios) intervalos de aula. Os alunos também tem a opção de comprar lanches, o valor adquirido com a venda dos lanches é para melhorias na escola, e compra de materiais como bolas e jogos. A escola é pequena, entretanto bastante organizada com os meios que tem. É possível o acesso a todas as áreas da escola, por pessoas com necessidades especiais e de mobilidade reduzida. O pátio da escola é parcialmente coberto, no entanto há uma cobertura, um corredor coberto, que leva os alunos de uma ala a outra, impedindo que os alunos se molhem nos dias chuvosos. A quadra de esportes é descoberta, no entanto como opção de atividades nos dias chuvosos a parte coberta da escola têm mesas de ping-pong e fla-flu que estão disponíveis aos alunos. No pátio existe ainda uma pracinha e uma quadra de areia. A escola é estadual, e funciona com as verbas que o estado a direciona, no entanto sãorealizadas ações com os alunos para adquirir verbas, durante o período de estágio houve uma ação chamada “Pastelada”, onde eram vendidos três pasteis a um preço “x” e o lucro seria revertido para compra de materiais para a própria escola. Atualmente estão matriculados 472 alunos dos quais 122 são do 6° ao 9° ano, atendidos no turno da tarde, e 352 são do ensino médio atendidos nos turnos da manhã (180) e noite (172). As turmas do ensino fundamental têm em média 16 alunos por sala, já o ensino médio são em média 30 alunos por sala. As turmas são “denominadas” por numerais, sendo eles 61, 62, 71,..., já o ensino médio tem 101,102 e assim por diante. A maior parte dos alunos do ensino fundamental reside nas proximidades da escola, já o ensino médio, atende alunos dos bairros vizinhos também. O projeto que a escola está buscando junto ao estado é o Mais Educação, onde os alunos ficam quatro dias na semana em turno integral realizando atividades de matemática, português, leitura, artes, entre outras, para isso os alunos ficam o dia todo nas dependências da escola e recebem três refeições diárias, café, almoço e lanche da tarde. No momento o projeto está em aprovação, mas a direção acredita que em breve a escola poderá contar com o mesmo, este será os seu projeto de maior impacto. A relação escola- família se dá através dos eventos que a escola cria, como o citado anteriormente, denominado pela escola como Pastelada, ou ainda como o dia da Família, realizado em um final de semana. A escola não estipula datas para reuniões, os pais são chamados conforme a demanda de cada aluno. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), em seu artigo 4° discorre. 7 É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do Poder Público assegurar com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à liberdade e a convivência familiar e comunitária. (BRASIL, 1990) Apesar de descrito no estatuto é comum que alguns pais fiquem alienadas a situação escolar dos filhos. Na E.E.E.M Adelina da Cunha, no caso de um pai ser chamado e não comparecer a escola as autoridades do município são informadas neste caso, o conselho tutelar, para que tomem as devidas providencias, como sugerido em seu projeto politico pedagógico. Por se tratar de uma escola onde a maioria dos alunos está na pré-adolescência e adolescência a ludicidade não está mais em forma de música, de dança ou expressões corporais em si, ela está presente nos cartazes expostos pelo colégio, que tratam o bulling, a depressão na adolescência. Ou ainda nas aulas de química, física, matemática, onde os alunos cozinham pizza, para compreender frações, usam a quadra para entender a diferença entre metro, cm, e mm, entre outras atividades. [...] no processo de educação também cabe ao mestre um papel ativo: o de cortar, talhar e esculpir os elementos do meio combiná-los pelos mais variados modos para que eles realizem a tarefa de que ele, mestre, necessita. Deste modo, o processo educativo já se torna trilateralmente ativo: é ativo o aluno, é ativo o mestre, é ativo o meio criado entre eles. (Baquero, 2000. p.27) Deste modo, o professor deve se engajar para apresentar aspectos lúdicos em todas as faixas etárias, pois, torna o aluno mais ativo e participativo nas aulas, sabe-se que o aluno deve ser considerado um sujeito ativo no desenvolver do seu conhecimento, porem, o professor é parte nesse desenvolvimento. Conforme o PPP da escola sugere O método de avaliação utilizado pela escola é 70% quantitativo e 30% qualitativo, ou seja, 70% das notas são referentes a provas e trabalhos avaliativos e 30% referente ao comportamento, entrega em dia de trabalhos, assiduidade, participação em sala de aula e uso do uniforme. Referente ao método de avaliação qualitativo (DEMO, 2001) coloca que a avaliação qualitativa não deve dispensar a quantitativa, no entanto, poderia ultrapassar, pois a qualidade do ensino não deve ser apenas números. A ideia que se pretende transmitir é de que os métodos de avaliação quantitativos apenas não revelam a qualidade real do ensino, pois qualidade não se expressa apenas com números. As avaliações são de rendimento trimestral e as notas são de 0 a 30 no 1° e 2° trimestres e 0 a 40 no 3° trimestre. Para aprovação o aluno deve atingir o mínimo de 60 pontos ao final dos três trimestres. 8 Conforme PPP, a escola utiliza-se do método de aprovação parcial, do 6° ao 8° ano e 1° e 2° do ensino médio, onde o aluno que não atingiu média suficiente para aprovação em uma matéria, é aprovado sob a condição de não passar pelo mesmo método no ano seguinte. A Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional em seu artigo 24 aponta; “III – nos estabelecimentos que adotam a progressão regular por série, o regimento escolar pode admitir formas de progressão parcial, desde que preservada a sequência do currículo, observadas as normas do respectivo sistema de ensino.” (BRASIL, 1997 pág. 15). Segundo o PPP, bem como verificado durante o período de estágio os conselhos de classe são uma instancia democrática da avaliação onde os professores juntamente com a direção, a coordenação e a orientação pedagógica se reúnem para promover a reflexão e planejar alternativas para determinados problemas referentes a uma turma ou aluno em especifico. Os mesmos ocorrem trimestralmente com e seus resultados são comunicados aos pais ou responsáveis e ao próprio aluno juntamente com a entrega de boletins. Observou-se que a escola trabalha com a inclusão de alunos, os alunos incluídos trabalham em sala de aula juntamente com os demais alunos. Segundo a Lei, 9.394 de 20 de dezembro de 1996 “Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos portadores de necessidades especiais” (BRASIL, 1996). A escola não tem nenhum caso especial onde há necessidade de um acompanhante direto, os alunos especiais têm algumas atividades especificas e tem algumas adaptações conforme a legislação prevê. No próximo item serão especificados os métodos de inclusão da escola onde se realizou o estágio. 2.2 INCLUSÃO NA ESCOLA ESTAGIADA Neste bloco serão apresentados os métodos de avaliação, os procedimentos referente a inclusão de alunos, bem como o suporte de atendimento aos alunos inclusos na escola. Existem catorze alunos inclusos na escola, destes onze possuem laudo médico especificando a deficiência os demais a escola está aguardando o laudo médico. Estes alunos possuem deficiências físicas ou intelectuais ou ainda múltiplas. Conforme descrito em seu PPP, a escola segue o principio da flexibilização e adaptação de seus objetivos, conteúdos e metodologias de avaliação para com os alunos inclusos. Os alunos são inclusos em classe comum o que viabiliza a preparação do aluno para 9 a comunidade favorecendo o seu desenvolvimento como cidadão, bem como trabalha as diferenças com os demais alunos, capacitando todos a conviver em grupo, deste modo todos saem ganhando e aprendendo. Respeitando ainda o que discorre a Lei 9.394 em seu artigo 58; “§ 2° O atendimento educacional será feito em classes, escolas ou serviços especializados, sempre que, em função das condições específicas dos alunos, não for possível a sua integração nas classes comuns de ensino regular”.(BRASIL 1997) A escola é adaptada a PCD, as salas de aulas e laboratórios são acessadas por todos sem distinção bem como todos os banheiros são adaptados. No que se diz respeito a interpretes a escola não contacom este profissional uma vez que nenhum aluno necessita do mesmo. No entanto a escola conta com a psicopedagoga que acompanha estes alunos, o que sai da alçada da mesma é direcionado a um profissional competente ou ainda direcionado ao serviço social do município. Assim como os alunos tem o suporte necessário da profissional os professores também podem contar com o auxilio da mesma, esta da todo o suporte necessário aos demais profissionais quanto aos processos de inclusão utilizados pela escola. Observou-se que os pais dos alunos inclusos são em sua grande maioria preocupados com o desenvolvimento dos seus filhos e presentes na escola, favorecendo o aprendizado destes alunos. Quanto à metodologia de ensino para os alunos especiais, estas se incorporam as diretrizes da escola aprender a conhecer, aprender a viver, a prender a fazer e aprender a ser. A escola conta com materiais pedagógicos específicos para os alunos inclusos, que vão desde material didático especifico até atividades extraclasse. Conforme descrito na Lei de Diretrizes e Base da Educação em seu artigo 59 “Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com necessidades especiais: [...] currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específica, para atender às suas necessidades”. Observou-se ainda que os profissionais da escola encontram-se envolvidos com estes alunos, e trabalham em conjunto professores e psicopedagoga para que os mesmos consigam acompanhar e desenvolver conhecimento como os demais alunos da escola. Quanto à avaliação dos alunos especiais com laudo o método de avaliação é com parecer descritivo onde (A = APROVADO e R= REPROVADO), considera-se aprovado o aluno com assiduidade mínima de 75% salvo afecções e gestantes conforme descrito em lei, Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com necessidades especiais: [...] terminalidades específica para aqueles que não puderem atingir o nível exigido para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências, e aceleração 10 para concluir em menor tempo o programa escolar para os superdotados (BRASIL 1997) Por fim a escola está adaptada aos alunos portadores de transtornos globais do desenvolvimento bem como deficiências físicas, os profissionais nela inseridos trabalham como uma família, onde buscam a excelência no aprendizado de todos os alunos, percebeu-se ainda a valorização destes profissionais no âmbito familiar dos alunos. 2.3 OBSERVAÇÃO PARTICIPANTE DA TURMA As observações ocorreram entre os dias 04 e 11 de abril deste mesmo ano. Foram observadas apenas as aulas da disciplina de matemática, em duas turmas de 9° ano e uma turma de 8° ano. 2.3.1 Observação 8° ano As observações desta turma ocorreram nos primeiros dias do mês de abril deste mesmo ano. O 8° ano fica na ala sul da escola próximo à cozinha, é a turma mais numerosa do turno da tarde enquanto todas as outras turmas têm em média catorze ou quinze alunos essa tem vinte e oito, a sala de aula por ser a maior comporta todos tranquilamente, no entanto às vezes é um pouco difícil controlar todos, por ser uma turma grande e em sua maioria vindos de outras escolas. As classes são organizadas em três fileiras duplas, os alunos respeitam um espelho de classe organizado pela professora regente, que é fixado junto ao mural da turma na sala de aula. Os cartazes da turma ficam ao fundo da sala. A turma divide o espaço dos cartazes com outras duas turmas, no caso manha e noite. A turma recebeu livros didáticos fornecidos pelo estado, todo o planejamento de aula da professora se dá sobre os exercícios propostos pelo livro. Referente aos planos de aula o PPP da própria escola traz a seguinte informação. Os planos de aulas são elaborados pelos professores responsáveis por cada área do conhecimento, conforme os objetivos definidos para cada ano respeitando a capacidade cognitiva dos alunos. Leva-se em conta o conteúdo programático de cada componente curricular e legislação vigente. 11 A rotina da sala de aula se dá da seguinte forma, primeiramente é realizada a chamada e posteriormente a professora corrige alguns cadernos, de modo aleatório, posteriormente são corrigidos os exercícios propostos na aula anterior, bem como os exercícios propostos como tema de casa. Dá-se seguimento a aula com os novos trabalhos e ou exercícios propostos. A professora costuma ter uma postura bastante firme com esta turma, mas é sempre bastante prestativa e busca trazer metodologias de ensino que familiarizem o aluno com aquilo que está sendo estudado, procura dar exemplos práticos tornando a aula mais atrativa. Em relevância (CURRY 2003, pag. 55) expõe, “educar é acreditar na vida, mesmo que derramemos lágrimas. Educar é ter esperança no futuro, mesmo que os jovens nos decepcionem no presente. Educar é semear com sabedoria e colher com paciência. Educar é ser um garimpeiro que procura os tesouros do coração”. Os alunos são avaliados de forma qualitativa, e quantitativa. No qualitativo dos alunos são avaliados o comportamento em sala de aula, a entrega de trabalhos dentro do prazo estipulado, e a organização dos cadernos e realização das atividades propostas. Já o quantitativo se dá através dos trabalhos e provas realizados. 2.3.2 Observação 9° ano I e II Os 9° anos da escola são turmas bastante tranquilas foi possível perceber que todos os professores gostam de trabalhar com estas duas turmas. As turmas são pequenas e têm em média 14 alunos, há algumas diferenças entre as duas turmas. A turma (II) é mais ágil e é possível perceber que entendem com mais facilidade os exercícios propostos, a mesma turma está com o caderno sempre em dia e raramente algum aluno não faz os exercícios propostos para fazer em casa. Já o outro nono ano (I), existe certa competição entre os alunos, para saber quem é “melhor”, principalmente na matéria observada que é sinônimo de dificuldade para muitos, no entanto a maioria se sai bem, nas atividades. Nesta turma os alunos costumam levantar para conversar sobre outros assuntos na ausência do professor em sala, já na turma (II), os alunos costumam levantar mesmo na presença da professora, mas é para auxiliar uns aos outros. As classes de ambas as turmas são organizadas em três filas duplas, as turmas não tem espelho de classe e os alunos costumam sentar de acordo com a preferencia deles, não é cobrado que os mesmos sentem em lugares específicos a menos que estejam perturbando a sala, o que raramente acontece. 12 Os cartazes são expostos no fundo da sala de aula, e os alunos como nas demais turmas receberam livros didáticos, a professora faz o planejamento em cima dos temas proposto pelo livro da escola. A rotina da turma se dá como no oitavo ano primeiro é feito a chamada e depois de observados alguns cadernos a professora dá seguimento com a aula primeiro corrigindo os temas propostos na aula anterior e depois passando novas atividades. Quanto à postura da professora nestas duas turmas ela costuma ser mais afetiva e até faz algumas brincadeiras. Foi possível observar que estes alunos têm mais intimidade com a professora, que por vezes até faz alguns comentários referente aos próprios filhos. Ainda assim a metodologia de estudo da professora é a mesma buscando sempre relacionar a teoria a pratica nas atividades propostas. Os alunos do 9° ano são avaliados da mesma forma que os alunos do oitavo ano de forma quantitativa e qualitativa, observando o comportamento e comprometimento em sala e também os resultados de trabalhos e provas. As observações são de grande importância ao acadêmico, que assim tema oportunidade de previamente conhecer os alunos, e também é possível ver como é o comportamento da turma em geral, para posteriormente aplicar os planos de aula adequando a realidade dos mesmos. Depois das observações realizou-se a docência em sala de aula a conforme descrição no próximo item. 2.4 DESCRIÇÃO DA DOCÊNCIA Neste item é possível observar como se realizou a aplicação dos planos de aula e como de deu a participação dos alunos nos temas propostos. As descrições são conforme os períodos e datas das aplicações. Conforme a definição do Conselho Nacional de educação sobre o estagio, parecer 21 de 2001 Como um tempo de aprendizagem que, através de um período de permanência, alguém se demora em algum lugar ou ofício para aprender a prática do mesmo e depois poder exercer uma profissão ou ofício. Assim o estágio supõe uma relação pedagógica entre alguém que já é um profissional reconhecido em um ambiente institucional de trabalho e um aluno estagiário [...] é o momento de efetivar um processo de ensino/aprendizagem que, tornar-se-á concreto e autônomo quando da profissionalização deste estagiário. (BRASIL, 2001) 13 Inicia-se pela aplicação da aula do dia 09/05 onde, os 9° anos foram atendidos nos três primeiros períodos e o 8° nos dois últimos. No dia 09/05 aplicou-se o plano de aula aos 9° anos abordando as equações de 2° grau e os trinômios quadrados perfeitos. Nesta data a turma (I) tinha dois períodos e a turma (II) um período. Iniciou-se com o nono ano (I), onde foi realizada a chamada e deu inicio a aula foi pouco produtiva. Esta turma demora um pouco até focar na aula, o plano de aula tratava-se de Equações do Segundo grau e Trinômios Quadrados perfeitos, como os alunos possuem livros, foi solicitado que um aluno se dispusesse a ler que o livro trazia sobre os assuntos propostos. Então foram demonstradas as equações em sua forma bruta e posteriormente na forma organizada, para que então fossem aplicadas as equações envolvendo trinômios. Juntamente com os alunos realizados vários exemplos no quadro para que então, eles pudessem desenvolver os exercícios propostos. Em fim os dois períodos se resumiram a aplicação da matéria ficando então os exercícios para resolver em casa. Ao fim da aula, o retorno quanto à explicação, não foi positivo, pouco menos da metade não havia entendido a matéria a ponto de desenvolver com facilidade, os exercícios. Já no nono ano (II) a aula foi mais produtiva, os alunos são mais compenetrados em sala de aula e em um período de aula foi possível passar o mesmo conteúdo de dois períodos na turma anterior. Os mesmos exercícios foram propostos como tema de casa, quando perguntado a todos quanto ao entendimento do conteúdo passado a maioria havia entendido o conteúdo. Ao 8° ano, aplicou-se o plano de aula referente à Radiciação, a aula ocorreu conforme o plano de aula. Iniciou-se a aula pela chamada conforme a professora sempre faz, em seguida realizou-se uma breve apresentação do tema proposto, pedindo que os alunos acompanhassem todas as explicações junto do livro. Em seguida foi apresentado aos alunos um protótipo de retroprojetor, onde em conjunto com a turma foi realizado um exercício referente à área projetada, relacionando com o tema estudado. Após a apresentação da situação problema bem como a apresentação da matéria de estudo proposta, foram propostos exercícios aos alunos, enquanto os alunos realizavam os exercícios circulei na sala de aula auxiliando os alunos em duvidas pontuais. Antes de terminar a aula foram corrigidos todos os exercícios, percebeu-se que dois alunos não haviam feito às atividades propostas. Quando questionado a professora regente ela comentou que isso era recorrente e que os mesmos costumam não colaborar e realizar as atividades propostas e que os pais já foram avisados e serão alertados novamente na entrega dos boletins. 14 Ao final da aula quando questionados se haviam entendido o conteúdo e se haviam gostado da aula, o retorno foi bastante positivo. Aula do dia 11/05/2017 cinco períodos sendo eles, três no nono ano (II) um no nono ano (I) e um no oitavo ano. Os três primeiros períodos do nono ano (II) foram destinados para a realização dos exercícios propostos e correção dos exercícios aplicados na aula anterior, propostos como tema de casa. Após a chamada, os alunos foram questionados quanto à realização dos temas de casa e a maior parte havia feito apenas dois alunos não haviam realizado o tema de casa, questionados em particular informaram que nem haviam tentado realizar os exercícios. Como a maior parte concluiu o tema de casa, partimos para as correções no quadro e juntamente com a turma todos os exercícios foram resolvidos no quadro. E novos exercícios foram propostos, durante a realização destes exercícios circulei em sala auxiliando os mesmos em duvidas pontuais de cada aluno. Quanto à correção de exercícios no quadro e o estimulo de ensinar e aprender (TIBA 1985, pág. 02) comenta. E ninguém pode estimular ninguém, a saber, se não pratica, pois, o saber não é só acúmulo de informações, mas um conjunto de capacidades adquiridas e desenvolvidas na escola que tornem o jovem apto a enfrentar os desafios da vida profissional. Aproximando-se do final foi solicitado aos alunos que fossem até o quadro para resolver os exercícios, percebeu-se que a maior parte tem medo de errar, quando é proposta uma correção nessa modalidade. Então quase todos que se dirigiam ao quadro, pediam que fosse corrigido primeiro o exercício no caderno, e para evitar constrangimentos assim foi feito. Ao final da aula os alunos foram questionados quanto a duvidas e o retorno foi positivo. Na mesma data no 9° ano (I) após a chamada, foram corrigidos os exercícios e aplicado novos, que ficaram para correção na próxima aula. Durante a aplicação dos exercícios os alunos foram auxiliados conforme as duvidas de cada um. No ultimo período no oitavo ano, após a chamada foram ainda aplicados exercícios sobre radiciação envolvendo os números reais e operações inversas. Como se tratava de um assunto já brevemente explanado na aula anterior os alunos assimilaram muito bem, deste modo o período de aula foi bastante produtivo para todos. Ao fim da aula os alunos foram questionados sobre os exercícios bem como ao entendimento das atividades propostas, os exercícios foram corrigidos na mesma aula. 15 Aula do dia 12/05 cinco períodos, sendo eles dois para, o 9° ano (I) dois no 8° ano e um no 9° ano (II). Após a chamada e correção dos exercícios da aula anterior. Já mais familiarizados com minha presença como docente, no dia 12/05 foi aplicado ao 9° (I) a formula de Báskara, assunto que gera certa duvida aos alunos foi muito bem compreendido pela turma. O primeiro período se destinou a explicação do assunto e resolução de exemplos no quadro. O segundo período foi então destinado para a realização dos exercícios. Próximo ao final da aula, quando já estava próximo do tempo de correção percebi que muitos ainda não haviam concluído sugeri, então mais alguns exercícios e combinamos (docente e alunos) de corrigir os exercícios na próxima aula. Já com o oitavo ano no terceiro período e parte do quarto período do dia 12/05 foi destinado às explicações referente ao plano de aula de classificação de raízes, pude observar certa dificuldade nos alunos em compreender este assunto. Como demorou mais que o previsto, os exercícios já programados para esta turma, nesta aula ficaram para ser corrigidos na próxima aula em sala de aula. No entanto durante o tempo ainda em sala circulei para ajuda-los a resolverdúvidas pontuais de cada um, pude perceber que estavam engajados e uns ajudavam os outros. O quinto e ultimo período do dia 12/05 foi com o 9° ano (II), no qual após a chamada foram apenas foi possível aplicar o tema proposto, no plano de aula referente a formula de Báskara, como os alunos teriam aula apenas na terça feira, como tema de casa solicitei que apenas lessem a explicação que havia passado no quadro e copiassem alguns exercícios do livro assim já ganhávamos tempo na próxima aula. Por se tratar de sexta-feira, percebi a turma bastante eufórica com o final de semana. A aula do dia 16/05 os cinco períodos seguiram da seguinte forma. Iniciou-se à tarde com o primeiro e segundo período de aula com a turma do 9° ano (I), após a chamada, haviam ficado exercícios para serem corrigidos em sala de aula, passei olhando os cadernos e percebi que a maioria não havia feito os temas propostos então decidi que não iria passar as respostas no quadro e então dei alguns minutos para que realizassem o tema. Foi exposto a turma de modo informal, que eles deveriam fazer os exercícios, pois a professora iria cobra-los em prova na outra semana. Ela então pediu licença para falar, e também conversou com eles, que na próxima aula ela iria aplicar um trabalho, e que eles precisavam se dedicar aos temas propostos em aula, pois os mesmos seriam sim cobrados. Passados quinze minutos, foi solicitado a alguns alunos se dirigissem ao quadro para correção 16 dos exercícios, agilizando a correção, devido ao fato de cada aluno fazer um exercício. Por fim foram aplicados mais alguns exercícios que foram corrigidos ainda na mesma aula. No terceiro período o 9° ano (II), como sempre bastante dedicado, praticamente todos haviam copiado os exercícios propostos, otimizando o tempo da aula, alguns até já sabiam os primeiros passos da resolução da formula de Báskara, então resolvemos em conjunto (alunos e docente) dois exemplos no quadro e por fim a turma realizou os exercícios, foi possível corrigir no mesmo dia os exercícios, devido à dedicação dos alunos. No 8° ano após a chamada e correção dos exercícios que haviam sido deixados como tema de casa, a aula do dia 16/05 foi dedicada para a realização da tabela de quadrados perfeitos. A professora titular pediu que eu deixasse com ela a tabela para que a mesma pudesse utilizar como parte do trabalho do trimestre. No dia 18/05 nos cinco períodos apenas apliquei o trabalho proposto pela professora regente, pois estavam as vésperas da entrega de boletins e precisavam aplicar os trabalhos e provas do trimestre. Os trabalhos e provas trimestrais da escola são sem consulta, no entanto os trabalhos são realizados em dupla. Aproximando-se do final das aulas agradeci a todos pela oportunidade por eles me proporcionada, fizemos uma “selfie” que pude ficar como recordação. 17 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS Este capítulo destina-se as considerações finais a cerca do presente relatorio que trata do Estagio Supervisionado I, realizado no período de março a junho de 2017, quando então deram-se os primeiros passos a cerca do estudo, acompanhando as aulas propostas pela instituição faculdade, bem como acompanhando os fóruns e já iniciando os trabalhos com a escola onde realizou-se o estagio. Considera-se que todos os objetivos propostos pelo estagio foram alcançados, principalmente no que tange a relacionar a teoria a pratica. Quanto às dificuldades estas figuraram se no tempo para construção do relatório, bem como para realização do estagio. O tempo é algo que assombra praticamente todas as profissões, pois a cada dia corremos contra ele, nas escolas não é diferente, o tempo assola todas as circunstancias e uma reunião emergencial, por exemplo, pode atrasar todo um período. Ser professor no ensino fundamental é algo emocionante, é como reviver a pré- adolescência, mas com todas as responsabilidades, peço licença da impessoalidade para colocar a seguinte situação. Durante este período escutei frases que me levaram ao mesmo período da minha vida, principalmente com o 9° ano ao ouvir eles comentando sobre os planos para formação profissional. A grande parte dos alunos na escola estagiada respeita a figura do professor o ambiente é familiar e acolhedor. É imensurável o quanto é importante o estagio na vida, de um futuro professor, o fato transmitir conhecimento é algo que não se pode explicar, levando em conta ainda o fato de todos os dias poder aprender com eles. A intenção deste estudo foi apresentar a relação teórica e prática dentro das possibilidades do acadêmico. As dificuldades foram muitas, desde a disponibilidade das obras, até a administração correta do tempo, que é o que nos assombra constantemente, e a dificuldade que temos de avaliar nossas necessidades e planejar nossas prioridades. Para ajudar a resolver isso é que procuramos os conhecimentos no mundo acadêmico, para crescermos juntamente com os professores, proporcionando a todos, inclusive aos colegas, a troca de experiências. 18 REFERÊNCIAS BAQUERO, Ricardo. Vygotsky e a aprendizagem escolar. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000. CURY, Augusto. Pais brilhantes, professores fascinantes: A educação inteligente; formando jovens educadores e felizes. Rio de Janeiro: Editora Sextante, 2003. TIBA, Içami. Ensinar Aprendendo: como superar os desafios do relacionamento professor-aluno em tempos de globalização. São Paulo. Ed Gente, 1998. WALLON, Henri. ENFANCE, n7. Èdition special. 1985. Referência de Artigo em meio eletrônico: DEMO, Pedro. Teoria e pratica da avaliação qualitativa. Perspectivas, Campos dos Goytacazes v.4, n.7 jan.2005. Disponível em http://seer.perspectivasonline.com.br/index.php/revista_antiga/article/viewFile/241/160> acesso em 25 mai.2017. Referência de Legislação: BRASIL. Lei n. 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília, 1996. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm>. Acesso em: 25 mai.2017. BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente 8069/90. Brasília. MEC 2004. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8069.htm.>Acesso em 25/05/2017. BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Parecer CNE/CP 21/2001. . Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/028.pdf>Acesso em 13/06/2017 19 ANEXO A – Ficha de Avaliação na Escola-campo 20 ANEXO B – Planos de Aula
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