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Curso de Dir Administrativo

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HELDER SARAIVA
GUSTAVO VARGAS
 
 
 
CURSO DE DIREITO
ADMINSTRATIVO
 
 
 
1 
HELDER SARAIVA 
GUSTAVO VARGAS 
CURSO DE DIREITO
ADMINSTRATIVO
 
 
 
 
CURSO DE DIREITO 
ADMINSTRATIVO 
2 
 
SUMÁRIO 
 
Estado, Governo e Administração --------------------------------------------------------------------- 3 
Conceito de Direito Administrativo ------------------------------------------------------------------- 3 
Sistema Administrativo ---------------------------------------------------------------------------------- 3 
Fontes do Direito Administrativo ---------------------------------------------------------------------- 4 
Regime Jurídico – Administrativo ---------------------------------------------------------------------- 4 
Princípios Constitucionais ------------------------------------------------------------------------------- 5 
Administração Pública ------------------------------------------------------------------------------------ 8 
Organização Administrativa Brasileira ---------------------------------------------------------------- 8 
Órgãos Públicos -------------------------------------------------------------------------------------------- 10 
Entidades Paraestatais ----------------------------------------------------------------------------------- 12 
Entidades Administrativas ------------------------------------------------------------------------------- 12 
Poderes da Administração ------------------------------------------------------------------------------ 15 
Abuso de Poder -------------------------------------------------------------------------------------------- 18 
Atos Administrativos -------------------------------------------------------------------------------------- 19 
Agentes Públicos ------------------------------------------------------------------------------------------- 24 
Aspectos Constitucionais -------------------------------------------------------------------------------- 25 
Responsabilidade Civil do Estado ---------------------------------------------------------------------- 27 
Controle da Administração ------------------------------------------------------------------------------ 29 
Medidas Judiciais ------------------------------------------------------------------------------------------ 30 
Serviços Públicos ------------------------------------------------------------------------------------------- 30 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
ESTADO, GOVERNO E ADMINISTRAÇÃO 
1) Estado é a pessoa jurídica territorial soberana formada pelos seguintes elementos: 
a) Povo 
b) Território 
c) Governo soberano 
OBS.: A União, estados e municípios não têm soberania, e sim autonomia. 
2) Governo é a atividade política e discricionária em que são estabelecidas as diretrizes, 
as políticas públicas. 
3) Administração é o trabalho eminentemente técnico em que são implementadas as 
políticas públicas. 
 
 
CONCEITO DE DIREITO ADMINISTRATIVO 
Ramo do direito público formado por um conjunto de normas e princípios que 
disciplinam a atividade administrativa do Estado. 
Funções do Estado 
PODERES FUNÇÃO TÍPICA FUNÇÃO ATÍPICA 
Executivo Administrar Legislar/Julgar 
Legislativo Legislar/Fiscalizar Administrar 
Juduciário Julgar Administrar 
 
OBS.: o direito administrativo aplica-se a todos os Poderes, desde que eles estejam 
administrando. 
 
SISTEMA ADMINISTRATIVO 
É um meio que o Estado controla os atos da Administração. No mundo existem dois 
sistemas: 
1) Sistema Francês (Dualidade de Jurisdição ou Contencioso Administrativo): o 
Poder Judiciário não analisa os atos da Administração, são julgados por um tribunal 
administrativo. 
2) Sistema Inglês (Unicidade de Jurisdição): todas as causas podem ser levadas ao 
conhecimento do Poder Judiciário, inclusive os atos da Administração. O Brasil 
adota esse sistema. 
OBS.: O Brasil possui tribunais administrativos (TCU, Cade, STJD). Ocorre que a decisão 
desses tribunais pode ser questionada no Poder Judiciário. 
4 
 
FONTES DE DIREITO ADMINISTRATIVO 
São as origens do Direito Administrativo. As principais fontes são: 
a) Lei: trata-se de lei em sentido amplo que engloba a Constituição Federal, 
Constituição Estadual, lei complementar, lei ordinária, medida provisória, atos 
normativos. 
b) Jurisprudência: é o conjunto de decisões reiteradas do mesmo sentido. Exemplo: 
candidato aprovado dentro do número de vagas tem direito à nomeação. 
OBS.: em regra a jurisprudência não é vinculante. Entretanto, a partir de 2004, a 
Constituição permite ao STF a edição de súmulas vinculantes. 
c) Doutrina: conjunto de teses e pensamentos dos estudiosos do Direito 
Administrativo. 
d) Costumes: são praticas reiteradas. Esta fonte está em desuso devido ao princípio 
da legalidade. 
 
 
REGIME JURÍDICO – ADMINISTRATIVO 
São os poderes e as limitações que o Estado possui. 
É formado por dois supra-princípios que estão implícitos na Constituição Federal: 
a) Supremacia do interesse público: representa os poderes, prerrogativas que a 
Administração possui. O Estado atua em superioridade, pois havendo conflito dobre o 
interesse público e o privado, aquele deverá prevalecer. Exemplo: desapropriação, 
convocação de mesários, poder de polícia. 
É sempre externa/extroversa: Estado Sociedade � Sociedade 
 
OBS.: em certos casos o Estado agirá em posição de igualdade, tais como: atuação no 
mercado financeiro (Banco Central vendendo e comprando dólar, por exemplo), 
emissão de cheques, contratos de locação, seguro e financiamento. 
 
b) Indisponibilidade do interesse público: apresenta as restrições, limitações da 
Administração. Está presente em todos os atos da Administração. Exemplo: concursos 
públicos, licitações. 
 
 
 
5 
 
 PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS 
 
Proposição abstrata que possui a finalidade de inspirar, interpretar e integrar a 
lei em determinado ordenamento jurídico. 
 
 
 
 
Princípios Constitucionais Expressos 
 
Entre eles não existe hierarquia, mas preferência de aplicação ao caso 
concreto 
Em qualquer caso o princípio da legalidade será violado, logo precede 
(acompanha) outros princípios. 
São eles: 
Legalidade 
Impessoalidade 
Moralidade 
Publicidade 
Eficiência 
 
1) Legalidade: a Administração só pode atuar se houver previsão legal. Por outro 
lado, o particular pode fazer tudo aquilo que a lei não proíbe. 
Restrições à legalidade: 
a) Medida Provisória 
b) Estado de Defesa 
c) Estado de Sítio 
 
2) Impessoalidade: esse princípio possui duas vertentes: 
a) Impede favorecimentos ou perseguições, salvo se previsto em lei. Exemplo: 
licitação e concurso público. 
b) Impede que o agente público se promova através da publicidade oficial. 
6 
 
3) Moralidade: a atuação do agente deve se basear na ética, boa fé, honestidade, 
lealdade, probidade. O agente que praticar ato de improbidade estará sujeito às 
seguintes sanções: 
Ressarcimento ao erário 
Indisponibilidade de bens 
Perda da função pública 
Suspensão dos direitos políticos 
OBS.: A legalidade, a moralidade e a finalidade são princípios umbicados, ou seja, a 
lesividade de um fere todos os outros. 
 
OBS. 2: Vedação ao nepotismo (Súmula Vinculante nº 13): essa súmula veda a 
contratação de parentes até 3º grau para cargos em comissão ou função de 
confiança. Veda ainda o nepotismo cruzado, aquele realizado mediante 
designações recíprocas. 
Não impede a participação de parentes em concurso público. 
ATENÇÃO: cargos políticos do executivo (ministros e secretários) não estão 
abrangidos nessaSúmula. Assim, o orefeito pode nomear seu irmão como 
secretário de saúde 
 
4) Publicidade: promover a transparência dos atos da Administração. O meio oficial é 
o diário. 
A publicação é condição de eficácia, e não de validade. 
Exceções à publicidade: 
a) Para preservar a imagem honra e intimidade da pessoa (física ou jurídica) 
b) Para preservar a segurança do Estado ou da Sociedade. 
c) Atos sigilosos na forma da lei. 
OBS.: Segundo o STF, a publicação nominal da remuneração tem amparo no 
princípio da publicidade. 
5) Eficiência: o agente deve atuar com produtividade, rapidez e economicidade. 
Mecanismos: 
a) Estágio probatório 
b) O servidor estável pode perder o seu cargo se for reprovado em avaliação 
periódica de desempenho (necessita de lei complementar). 
c) A União, Estados e DF deverão manter escolas de governo para formação e 
aperfeiçoamento de seus servidores. 
 
OBS.: a economia de recursos públicos é considerada uma aplicação ao 
princípio da eficiência (teoria da economicidade). 
OBS. 2: o exercícios do direito de greve limita a aplicabilidade do princípio da 
eficiência 
OBS. 3: A fiscalização dos serviços pode ser interna (mesmo Poder), externa 
(outro Poder) ou popular. 
 
7 
 
 
Princípios Constitucionais Implícitos 
 
1) Razoabilidade e Proporcionalidade: 
• Impõem ao agente público o dever de agir com coerência, equilíbrio e bom 
senso. 
• É fundamental para o controle dos atos discricionários. 
• “Correlação entre meios e fins”. 
 
2) Contraditório e ampla defesa: 
• A defesa é previa. 
• O interessado tem direito a obtenção de cópias. 
• Pode fazer alegações que serão levadas em consideração pela Administração. 
• Pode utilizar advogado de forma facultativa, salvo se a lei exigir. 
OBS.: a Súmula Vinculante nº 5 estabelece que a falta de defesa técnica por 
advogado em processo administrativo disciplinar não ofende a Constituição. 
• O interessado tem direito de recorrer. 
OBS.: a Súmula Vinculante nº 21 impede a exigência de depósito prévio como 
condição de admissibilidade de recurso. 
 
3) Continuidade: 
• As atividades administrativas não podem ser interrompidas. 
• Não é considerado interrupção dos serviços quando ocorrer um dos seguintes 
casos: 
a) Emergência 
b) Manutenção da rede (necessita de aviso prévio) 
c) Falta de pagamento (necessita de aviso prévio) 
 
4) Autotutela: 
• Permite a Administração rever seus próprios atos sem a necessidade do Poder 
Judiciário. 
• A Administração deve anular os atos ilegais e pode revogar os atos 
inconvenientes e inoportunos. 
 
5) Segurança jurídica: 
Visa preservar a estabilidade social, impede aplicação retroativa de nova 
interpretação. Exemplo: prescrição e decadência. 
 
6) Sindicabilidade: 
Toda lesão ou ameaça de direitos sofre algum tipo de controle. 
 
7) Resposividade: 
A Administração deve atender adequadamente as demandas da sociedade. 
 
8 
 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
 
Pode ser conceituada sobre os dois aspectos: 
a) Subjetivo, Formal ou Orgânica 
• Conjuntos de órgãos, entidades e agentes. 
• Quem faz. 
• Administração Direta e Indireta. 
 
b) Objetivo, Material ou Funcional 
• Conjunto de atividades próprias da função administrativa. 
• O que é feito. 
• Fomento, serviço público, polícia administrativa (poder de polícia), 
intervenção (indireta e direta) 
 
 
ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA BRASILEIRA 
Entidades Políticas 
• Criadas pela Constituição Federal. 
• São elas: União, estados, DF e municípios. 
• Possuem personalidade jurídica. 
• Podem legislar. 
• Podem administrar por meio de seus órgãos (centro de competência sem 
personalidade jurídica) 
 
Entidades Administrativas (Administração Indireta) 
• Criadas pelos entes políticos. 
• São elas: 
� Autarquias (INSS, DETRAN) 
� Fundações Públicas (Hemocentro, IBGE) 
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� Empresas Públicas (Correios, CEF) 
� Sociedade de Economia Mista (BB, PR) 
� Associações Públicas (Consórcio Intermunicipal do ABC Paulista) 
• Possuem personalidade jurídica. 
• Não podem legislar pois não possuem autonomia política. 
• Podem administrar. 
 
Resumo 1 
ENTIDADES X ÓRGÃOS 
Possuem personalidade jurídica NÃO possuem personalidade jurídica 
 
Resumo 2 
ENTIDADE POLÍTICA X ENTIDADES 
Criadas pela CF Criadas pelos entes políticos 
Possuem personalidade jurídica Possuem personalidade jurídica 
Podem legislar NÃO podem legislar 
Podem administrar Podem administrar 
União, estados, DF e municípios Autarquias, Fundações Públicas, Empresas 
públicas, Sociedades de Economia Mista e 
Associações Públicas 
 
ADMINISTRAÇÃO DIRETA 
 
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA 
 
 
Resumo 3 
 
 
Administração Direta U, E, DF e M � Direito Público 
 
 
 Autarquias � Direito Público 
 Fundações Públicas � Direito Público e Privado 
Administração Indireta Empresas Públicas � Direito Privado 
 Sociedades de Economia Mista � Direito Privado 
 Associações Públicas � Direito Público 
 
10 
 
Centralização, Descentralização e Desconcentração 
1) Centralização: quando a Entidade Política (E, E, DF e M) administra por meio de seus 
órgãos 
 
Entidade Política � Administra � Por meio de seus órgãos 
União � Segurança nas rodovias � PRF 
 
2) Descentralização: é a transferência de parte das atribuições para outra pessoa. 
Pressupõe duas pessoas envolvidas. 
A descentralização pode ocorrer de três formas: 
 
 
 
a) Por Outorga (por Serviços) b) Por Delegação (por Colaboração) 
Por lei específica Ato (autorização e permissão bens) ou 
Contrato (concessão, permissão de serviços) 
Recebe titularidade Apenas a execução de serviços 
Prazo indeterminado Prazo determinado 
Criação da Administração Indireta Concessão, permissão e autorização 
Exemplo: IBAMA, DETRAN Exemplo: Piracicabana 
 
c) Descentralização territorial: se o Estado criar um território, este será uma espécie de 
autarquia. 
 
 
3) Desconcentração: mera técnica administrativa de distribuição interna de 
competências. 
• Ocorre a criação de órgão públicos. 
• Existem órgãos públicos na administração direta e na indireta. 
• O maior exemplo de desconcentração é a criação de ministérios. 
 
 
 
ÓRGÃOS PÚBLICOS 
 
• Criação e extinção por meio de lei ordinária. 
• São centros de competência sem personalidade jurídica cuja atuação de seus agentes é 
imputada à pessoa jurídica a que pertence (teoria da imputação volitiva/teoria do 
órgão). 
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• Não possuem patrimônio próprio em virtude da ausência de pessoa jurídica. 
• Surgem da desconcentração visando à celeridade e especialização da função pública. 
• ATENÇÃO: em regra os órgãos não possuem capacidade processual. Entretanto, o 
Ministério Público e a Defensoria Pública podem ingressar com ação na justiça. 
Em alguns casos os órgãos poderão fazer uso de personalidade judiciária/capacidade 
processual/capacidade postulatória para que possam figurar como pessoa perante o 
Poder Judiciário em defesa de direitos ou cumprimento de deveres desde que ocorra 
expressa autorização legal. Exemplo: AGU, MPU, PGDF, Mesa Diretora do Senado, 
Autoridade coatora em mandado de segurança. 
• Um órgão poderá ser dividido internamente em outros órgãos menores de natureza 
interna por meio da teoria da departamentalização, o fundamento é a teoria da 
desconcentração concentrada. 
• Regime de pessoal: os agentes públicos serão servidores regidos obrigatoriamente por 
um Regime Jurídico Único(estatuto). 
• Modelo Fazendário: 
� Regime jurídico: somente regras públicas (atos administrativos). 
� Imunidade tributária: não paga impostos (bens, rendas e serviços). 
� Setor de atuação: pública, típica, 1º Setor. 
� Benefícios em processos judiciais: prazos maiores – 4x mais para defesa e 2x 
mais para recurso. 
� Sofrem controle interno, externo e popular. 
 
 
Classificação de Órgãos Públicos 
 
1) Quanto à estrutura 
a) Órgão Simples: não possui outro órgão na sua estrutura. Exemplo: gabinete. 
b) Órgão Composto: Possui outros órgão na sua estrutura. Exemplo: ministérios e 
PF. 
 
2) Quanto ao poder de decisão 
a) Órgão singular: a tomada de decisão é realizada por um único agente. 
Exemplo: presidência da república. 
b) Órgão Colegiado: a decisão é tomada por dois ou mais agentes. Exemplo: 
tribunais, Câmara e Senado. 
 
3) Quanto à posição na hierarquia 
a) Órgão Independente: previsto diretamente na Constituição e não está 
subordinado a nenhum outro órgão. Exemplo: Presidência da República, 
Câmara, Senado e STF. 
b) Órgão Autônomo: está subordinado ao independente, mas exerce as suas 
funções com autonomia. Exemplo: ministérios e secretarias. 
c) Órgão Superior: realiza atividades de direção, controle e decisão. Exemplo: PF 
e Receita Federal. 
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d) Órgão Subalterno: sujeito a vários níveis hierárquicos, possuem pequeno 
poder de decisão. Exemplo: seção de patrimônio. 
 
 
 
ENTIDADES PARAESTATAIS 
 
• São entidades privadas que não que não integram a administração direta nem a 
indireta, mas exercem atividades de interesse público sem fins lucrativos. 
• São elas: 
� Serviço Social Autônomo (Sistema S) 
� Organizações Sociais (OS) 
� Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) 
 
 
 
ENTIDADES ADMINISTRATIVAS 
 
1) Início da existência 
 
 
OBS. 1: A iniciativa de lei é do chefe do executivo. 
OBS. 2: As entidades administrativas podem ser criadas pela União, E, DF e M. 
 
2) Características comuns a todas as Entidades Administrativas 
a) Possuem personalidade jurídica. 
b) Possuem patrimônio próprio. 
c) Surgem da descentralização. 
d) Não podem legislar, mas podem normatizar. 
e) Devem fazer concurso, licitação e prestar contas ao Tribunal de Contas. 
f) Não há subordinação entre a administração direta e indireta, o que existe é 
uma vinculação. 
g) A administração direta exerce um controle finalístico sobre a administração 
indireta. Esse controle também é denominado supervisão ministerial ou tutela 
ou controle interno de efeito externo. 
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3) Autarquias 
• Entidade administrativa com personalidade de direito público, criada por lei 
específica para o desempenho de atividades típicas de Estado. 
• Regime de pessoal: estatutário (RJU) 
• Imunidade de impostos: não pagam impostos sobre seus bens, receitas e 
serviços. 
• Seus bens são públicos, logo possuem as seguintes características: 
� Inalienabilidade: não podem ser alienados se estiverem afetados (quando 
possuem destinação pública). 
� Imprescritibilidade: não podem ser adquiridos por usucapião. 
� Impenhorabilidade: não podem ser objeto de penhora. 
� Não-orenabilidade: não podem ser dados como garantia. 
 
 
“Com o bem público não tem PAPO” � 
 
• Não podem ter lucro (atividade comercial): podem ter renda na forma da lei. 
• Pagam suas dívidas por meio de precatórias. 
• Questões processuais 
� Prazos maiores – 4x mais para defesa e 2x mais para recurso. 
� 2 julgamentos sem recurso (remessa de ofício). 
� Processo sem pagamentos de custas. 
� Advogados não precisam de procuração 
• Prazo quinquenal: as dividas passivas das autarquias podem ser cobradas no 
prazo de 5 anos. 
• Espécies de autarquias: 
a) Autarquia Comum: não possui particularidades. Exemplo: INSS, INCRA, 
IBAMA, DETRAN, DNIT, IBRAM. 
b) Autarquia Territoral: se o estado criar um território, este será uma espécie 
de autarquia. 
c) Autarquia Corporativa: são os conselhos profissionais. Exemplos: CRA, 
CRF, CRO, CREF. 
OBS.: Segundo o STF, a OAB não tem classificação, sendo uma instituição 
“Suigeneris”. Desta forma, ela não precisa realizar concurso público, 
licitação e não precisa prestar contas ao Tribunal de Contas. 
d) Autarquia em Regime Especial: a lei instituidora confere maior autonomia 
a essas entidades. A principal característica é o mandato fixo de seus 
dirigentes que só poderá sair do cargo em uma das seguintes hipóteses: 
� Após o término do mandato. 
� PAD. 
� Sentença judicial transitada em julgado. 
� Renúncia. 
Exemplo: Banco Central (possui status de ministério), agências reguladoras 
(ANTAC, ANATEL, ANTT, ANS). 
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e) Autarquia Fundacional: é uma Fundação Pública de Direito Público. 
 
 
4) Fundação Pública 
• Entidade administrativa criada ou autorizada por lei específica para o 
desempenho de atividades de cunho social sem fins lucrativos. 
• Lei complementar definirá as possíveis áreas de atuação das fundações 
públicas 
a) Fundação Pública de Direito Público: criada por lei específica. Exemplo: 
IBGE, FUNAI, FUNASA. 
b) Fundação Pública de Direito Privado: autorizada por lei específica. 
Realiza atividadeatípica e usa de regras públicas e privadas. Atua no 3º 
Setor. Possui imunidade tributária. Os bens são privados, porém possuem 
proteção de bens públicos. Os agente públicos são concursados, celetistas 
e podem atingir a estabilidade, pois não exerce atividade lucrativa. 
Exemplo: FUNPRESP 
 
5) Agência Executiva: 
• É uma qualificação dada às autarquias e fundações públicas que assinem um 
contrato de gestão e que tenham um plano de reestruturação. 
• Essa qualificação amplia a amplia a autonomia atendendo ao princípio da 
eficiência. 
• É ato discricionário do presidente da república realizado por meio de decreto. 
Exemplo: INMETRO. 
 
6) Empresa Pública e Sociedade de Economia Mista 
• Personalidade jurídica de direito privado. 
• Regime de pessoal: CLT. 
• Havendo conflito trabalhista, a Justiça do Trabalho irá julgar. 
• Seus empregados não estão sujeitos ao teto constitucional, salvo se o Estado 
contribuir com o pagamento de salários ou custeio (água, luz,telefone, 
limpeza...). 
• Precisam de registro em cartório 
• Para as atividades de direção a ocupação será de cargo em comissão. 
• Elas podem: 
� Prestar serviços públicos: nesse caso não possuem concorrência e recebe 
proteção do Estado. Exemplo: Correios. 
� Explorar atividade econômica: exercem concorrência com a iniciativa 
privada e não possuem proteção do Estado. Exemplos: BB e PR. 
OBS.: o Estado pode criar empresas estatais para explorar atividade 
econômica nos seguintes casos: segurança nacional, interesse público e 
monopólio constitucional (petróleo, gás natural e minério nuclear). 
• Bens privados 
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� Exploradoras: podem ser penhorados 
� Prestadoras: não podem ser penhorados 
• Imunidade tributária 
• Exploradoras: 
• Benefícios fiscais: só poderão ser recebidos se forem extensivos a todo setor. 
• Não possuem regalias nas questões processuais. 
 
Diferenças entre Fundações Públicas e Sociedade de Economia Mista 
 
 EP SEM 
Capital 100% público Maioria do capital público 
Forma de constituição Qualquer forma, inclusive 
Sociedade Anônima 
Somente Sociedade Anônima 
(S/A) 
Foro processual 
(se federais) 
Justiça Federal Justiça Estadual 
Exemplos Correios, CEF, EMBRAPA BB, PR, BRB, Eletrobrás 
 
OBS. 1: A Empresa Pública pode ter sócio, desde que ele seja público. 
OBS. 2: Toda SEM é uma S/A, mas nem toda S/A é uma SEM. 
OBS. 3: Havendo conflito trabalhista,a Justiça do Trabalho irá julgar. 
 
7) Associação Pública 
Consórcio público é um acordo de mútua cooperação entre os entes federativos 
em que é criada uma pessoa jurídica autônoma que poderá ser de direito público 
ou privado. 
a) Consórcio público de direito privado: não integra a administração indireta, mas 
deve fazer concurso, licitação e prestar contas ao Tribunal de Contas. 
b) Consórcio público de direito público: recebe a denominação de Associação 
Pública e integra a administração indireta de todos os entes federativos. 
Exemplo: Consórcio intermunicipal do ABC Paulista. 
 
 
PODERES DA ADMINISTRAÇÃO 
 
• Conceito: é a capacidade de o Estado manifestar o seu poder no exercício da 
função administrativa para que possa controlar a sociedade e a própria 
Administração em nome da segurança jurídica e do princípio da proteção à 
confiança das atividades públicas. 
• Decorre do princípio da supremacia do interesse público. 
• Os poderes são instrumentais. 
 
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1) Poder Vinculado (Poder regrado): a administração não possui liberdade de 
atuação, pois preenchidos os requisitos legais, ela é obrigada a editar o ato. Efeito 
“juris et de jure”. Exemplo: concessão da CNH e aposentadoria. 
 
2) Poder Discricionário: a Administração possui certa liberdade de atuação. A 
liberdade não é absoluta porque tem limitadores: 
� Lei 
� Princípios da razoabilidade e proporcionalidade 
A Administração atua de acordo com a conveniência e oportunidade (mérito 
administrativo). 
 
3) Poder Hierárquico: permite à Administração distribuir e escalonar as funções 
dentro do órgão, estabelecendo a relação superior-subordinado. 
Decorrência desse poder: 
a) Dar ordens 
b) Fiscalizar e revisar os atos dos subordinados 
c) Delegação e avocação 
 
Delegação 
- É a transferência de parte da competência para outra pessoa ou órgão. 
- A delegação pode ser revogada a qualquer momento. 
- Os atos de delegação e sua revogação devem ser publicados no Diário Oficial. 
- Quando ocorre prejuízo a responsabilidade é do agente delegado/delegatário. 
- A delegação se dá por ato ou contrato. 
- Possui natureza temporária. 
- Não transfere a titularidade, somente a execução dos serviços (funciona como 
um empréstimo) 
- Os seguintes atos não podem ser delegados: 
� Atos de caráter normativo 
� Decisão de recurso 
� Matéria de competência exclusiva 
 
Avocação 
- Ocorre quando a autoridade toma para si parte da competência do subordinado. 
- Não pode ocorrer no mesmo nível hierárquico. 
- Não poderá ser exercido em competências privativas. 
- Possui natureza temporária e emergencial (por isso não precisa ser publicado). 
 
 
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DICA: toda vez que houver mais de uma pessoa jurídica na relação, não será 
possível a aplicação do Poder Hierárquico. 
 
4) Poder Disciplinar: prerrogativa de punir aqueles ligados à Administração: 
� Servidores 
� Empresas Contratadas 
- O Poder Disciplina possui natureza interna/introversa: Estados � Seus agentes 
- Deve-se respeitar o contraditórios e ampla defesa. 
- É proibida condenação por “verdade sabida”. 
 
OBS. 1: o Poder Disciplinar é discricionário, haja vista que a Administração possui 
alternativas quanto a graduação das sanções. 
OBS. 2: A professora Di Pietro entende que o Poder Disciplinar também pode ser 
chamado de “Supremacia Especial”. 
 
5) Poder Regulamentar: é a prerrogativa do chefe do executivo (presidente, 
governados e prefeito) para a edição de atos normativos. 
a) Decreto Regulamentar (ou Regulamento Executivo): editado para possibilitar 
a fiel execução das leis. É um ato secundário que não pode ser delegado (é 
exclusivo). 
b) Decreto Autônomo (ou Regulamento Autônomo): pode ser editado em duas 
hipótese: 
� Organização e funcionamento da administração desde que não 
implique aumento de despesas nem criação ou extinção de órgãos 
públicos. 
� Extinção de funções e cargos públicos, quando vagos. 
 
 
 
6) Poder de Polícia: esse poder é amplo e não se limita à segurança pública pois 
engloba qualquer atividade de fiscalização. 
- A Administração restringe os direitos sociais em favor da sociedade. 
- Pode ser preventivo ou repressivo. 
- Esse poder não pode ser delegado à entidade privada. 
- Diferença entre polícia administrativa e polícia judiciária: 
 
 POLÍCIA ADMINISTRATIVA POLÍCIA JUDICIÁRIA 
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Ação Prioritária Preventiva Repressiva 
Tipo de Infração Todos, menos penal Apenas penal 
Incide sobre Atividades/Bens/Direitos Pessoas (fisicas ou 
jurídicas) 
Quem exerce Corporações diversas: 
ANVISA, AGEFIS, PROCON, 
DETRAN, Bombeiro 
Corporações 
especializadas: Polícia 
Federal, Polícia Civil 
 PODER DE POLÍCIA PODER DA POLÍCIA 
OBS.: Polícia Federal também pode ser considerada Polícia Administrativa. 
 
Atributos do Poder de Polícia (características): 
� Discricionariedade (diferente de poder discricionário) 
� Autoexecutoriedade: ação imediata 
� Coercibilidade: poder de ameaça 
 
Ciclo do poder de polícia: 
O Poder de Polícia se divide em quatro fases: 
 
OBS.: O consentimento e a fiscalização podem ser delegados. 
 
 
 
ABUSO DE PODER 
 
Possui duas espécies: 
1) Excesso de poder: vício no elemento competência. Ocorre quando o agente 
extrapola suas competências. 
Vício no elemento competência pode ser convalidado (corrigido), desde que a 
competência seja exclusiva. 
 
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2) Desvio de poder: desvio no elemento finalidade. Ocorre quando o agente busca 
interesse diverso do que a lei prevê. Exemplo: quando o servidor é removido como 
forma de punição. 
Vício nesse elemento não pode ser convalidado. Deve-se anular. 
 
 
 
 
ATOS ADMINISTRATIVOS 
 
Conceito: manifestação unilateral do Estado ou de quem o represente que, agindo sob 
regime de direito público, tenha por finalidade constituir, modificar, extinguir ou 
declarar direitos bem como impor obrigações. 
 
Fato Administrativo: é a implementação, materialização do ato administrativo. 
Exemplo: o ato é a ordem de demolição, o fato é a execução da demolição; construção 
de ponte; pavimentação de rua; apreensão de mercadorias. 
 
Elementos/Requisitos do Ato Administrativo: 
 
 COmpetência 
 FInalidade Sempre vinculado (* há divergência na doutrina) 
 FOrma* 
 (causa) Motivo 
(conteúdo) Objeto Podem ser discricionário 
 
1) Competência: é o poder legal conferido ao agente público para o exercício de suas 
funções. 
A competência é irrenunciável, mas pode ser delegada ou avocada. 
Vício no elemento competência é abuso de poder na espécie excesso de poder. 
Vício nesse elemento pode ser convalidado (corrigido) desde que a competência 
não seja exclusiva. 
Diferença entre funcionário de fato e usurpador de função: 
 
FUNCIONÁRIO DE FATO X USURPADOR DE FUNÇÃO 
- Foi investido no cargo, mas há 
irregularidades. 
 - Não foi investido no cargo, apenas 
se passa por servidor. 
- Os atos praticados são considerados 
válidos (princípio da Segurança 
Jurídica, aparência) 
 - Os atos são inexistentes. 
- É crime. 
 
2) Finalidade: é sempre o interesse público, o interesse que a lei prevê. 
20 
 
Vício no elemento finalidade caracteriza abuso de poder na espécie desvio de 
poder. 
Vício nesse poder não pode ser convalidado. 
 
3) Forma: é a exteriorização do ato administrativo. 
Em regra é escrito, toda via os gestos e apito do guarda de trânsito também são 
atos administrativos. 
Vício no elemento forma pode ser convalidado, desde que a forma não seja 
essencial à validade do ato. 
A motivação, declaraçãoexpressa dos motivos, integra o elemento forma. 
Nem todos os atos precisam ser motivados. Exemplo: exoneração de cargo em 
comissão. 
Motivação Aliunde ou (motivação por referências): é a motivação com base em 
pareceres anteriores. 
 
4) Motivo: é o pressuposto de fato e de direito que justifica a prática do ato. É a 
causa do ato administrativo. 
Vício nesse elemento não pode ser convalidado. 
Para o ato ser válido, os motivos apresentados têm que ser verdadeiros, mesmo o 
ato não precisando de motivação (teoria dos motivos determinantes). 
 
5) Objeto: é o efeito jurídico imediato que o ato produz. É o conteúdo do ato. 
 
 
 
Atributos do Ato Administrativo 
 
Atributos = características. 
P � Presunção de legitimidade 
A � Autoexecutoriedade 
T � Tipicidade 
I � Imperatividade 
 
1) Presunção de legitimidade: é uma presunção relativa de validade dos atos, ou 
seja, presume-se que o ato está de acordo com a lei (presunção de legalidade) e 
que os motivos apresentados são verdadeiros (presunção de veracidade). 
Está presente em todos os atos da administração. 
Devido a esse atributo, um ato ilegal deve ser obedecido por todos até que seja 
anulado. 
 
2) Autoexecutoriedade: permite ao Estado implementar, executar, diretamente os 
seus atos sem a necessidade do Poder Judiciário. Exemplo: interdição de 
estabelecimento e apreensão de mercadoria. 
Esse atributo não está presente em todos os atos. Exemplo: cobrança de multa. 
21 
 
Esse atributo pode ser dividido em dois: 
a) Exigibilidade: meio de coerção indireta, pois não desconstitui a 
irregularidade. Exemplo: multa. 
b) Executoriedade: meio de coerção direta, pois desconstitui a 
irregularidade. Exemplo: guinchamento de veículo. 
 
3) Imperatividade: permite ao Estado impor obrigações ou criar restrições mesmo 
sem a anuência do particular. Exemplo: ordem para desocupar imóvel em área de 
risco. 
Não está presente em todos os atos. Exemplo: certidões 
ATENÇÃO: 
 Executar 
AUTOEXECUTORIEDADE 
 Implementar 
 
 Criar 
 IMPERATIVIDADE 
 Impor 
 
4) Tipicidade: a lei deve prever os tipos de atos e as suas consequências, reduzindo a 
discricionariedade. 
 
 
Espécies de Atos Administrativos 
 
N � NORMATIVO 
O � ORDINÁRIO 
P � PUNITIVO 
E � ENUNCIATIVO 
N � NEGOCIAL 
1) Ato Normativo: é aquele que regulamenta, complementa a lei. Em regra, não 
inova o ordenamento jurídico. Exemplo: instrução normativa, decreto, 
regulamentos. 
 
2) Ato Ordinário: emite ordens aos servidores e às empresas contratadas. Exemplo: 
ordem de serviço, portarias, circulares. 
 
3) Ato Punitivo: emite sanções. Exemplo: demissões, multas, interdições. 
 
4) Ato Enunciativo: é aquele que a Administração declara, atesta algo a pedido do 
interessado ou quando ela emite opinião. 
Esses atos não possuem o atributo da imperatividade. Exemplo: certidões, 
atestados, pareceres. 
22 
 
5) Ato Negocial: a Administração edita o ato que vai de encontro ao desejo do 
particular. 
 
Licença � Vinculada � Exemplo: CNH e alvará 
 
 Ato Negocial Permissão � Discricionária � Exemplo: transporte escolar 
 
 Autorização � Discricionária � Exemplo: porte de arma 
 
 
 
Classificação dos Atos Administrativos 
 
1) Ato Interno ou Externo 
a) Ato Interno: gera efeitos dentro da Administração. Exemplo: portaria que cria 
grupo de trabalho. 
b) Ato Externo: gera efeitos fora da Administração. Exemplo: edital de concurso 
público. 
 
2) Ato Geral ou Individual 
a) Ato Geral: não possuem destinatários determinados. Exemplo: edital de 
licitação e concurso público 
b) Ato Individual: possui destinatários determinados. Exemplo: nomeação de 100 
candidatos. 
 
3) Ato Vinculado ou Discricionário 
a) Ato Vinculado: a Administração não possui liberdade de atuação, pois, 
preenchidos os requisitos legais, ela é obrigada a editar o ato. Exemplo: licença 
e aposentadoria. 
b) Ato Discricionário: a Administração possui certa liberdade de atuação. Essa 
liberdade não é absoluta, haja vista que existem dois limitadores: a lei e os 
princípios da razoabilidade e proporcionalidade. 
Agirá de acordo com a conveniência e oportunidade (mérito administrativo). 
Exemplo: exoneração de cargo em comissão e prorrogação de concurso 
público. 
 
4) Ato de Império, de Gestão ou de Expediente 
a) Ato de Império: a Administração age em supremacia. Exemplo: interdição de 
estabelecimento. 
b) Ato de Gestão: o Estado atua em posição de igualdade. Exemplo: locação de 
imóveis. 
c) Ato de Expediente: é aquele da rotina do órgão público. Exemplos: 
memorando, ofício, despachos. 
 
23 
 
5) Ato Perfeito, Válido, Eficaz e Consumado 
a) Ato Perfeito: é aquele que completou o seu ciclo de formação. 
b) Ato Válido: é aquele que está de acordo com a legislação. 
c) Ato Eficaz: está apto a produzir efeitos. 
d) Ato Consumado: é o ato que exauriu os seus efeitos. Exemplo: autorização 
para a realização de um show é um ato exaurido após a sua realização. 
 
6) Ato Nulo e Anulável 
a) Ato Nulo: possui vício insanável, ou seja, não pode ser convalidado. São vícios 
isanáveis: finalidade, motivo e objeto. 
b) Ato Anulável: possui vício sanável, isto é, pode ser convalidado. São vícios 
sanáveis: competência (desde que não seja exclusiva) e forma (desde que não 
seja essencial para a validade do ato). 
 
7) Ato Simples, Composto e Complexo 
a) Ato Simples: única manifestação de vontade para a edição de um único ato. 
Exemplo: multa do DETRAN. 
b) Ato Composto: são duas manifestações de vontade para a edição de dois atos 
dentro do mesmo órgão, sendo que um ato é o principal e o outro é 
assessório. Exemplo: autorização que necessita de ratificação do chefe. 
c) Ato Complexo: são duas manifestações de vontade em órgão diferentes para a 
edição de um único ato. Exemplo: portaria interministerial, investidura de 
ministro do STF, aposentadoria de servidor. 
 
 
Extinção do Ato Administrativo 
 
1) Cassação: ocorre quando o beneficiário descumpriu os requisitos. Exemplo: 
cassação da CNH de motorista que ficou cedo. 
 
2) Caducidade: ocorre quando lei posterior retira o fundamento do ato 
administrativo. Exemplo: alvará será extinto quando lei posterior determinar 
aquela área como exclusivamente residencial. 
 
3) Contraposição: é a extinção do ato devido à edição de um novo ato com efeitos 
opostos. Exemplo: exoneração extingue o ato de nomeação. 
 
4) E 5) Anulação e Revogação: 
 ANULAÇÃO REVOGAÇÃO 
Motivo Ilegalidade Conveniência e oportunidade 
Quem pode declarar Administração e Poder 
Judiciário 
Somente a Administração 
Efeitos Ex tunc 
(retroage) 
Ex nunc 
(não retroage) 
24 
 
OBS. 1: a anulação terá efeito “Ex nunc” perante terceiros de boa-fé. 
OBS. 2: a Administração tem direito de anular o ato em até 5 anos, salvo má-fé. 
OBS. 3: os seguintes atos não poderão ser revogados: 
• Vinculados 
• Consumados 
• Atos que integram um procedimento administrativo 
• Meramente declaratórios 
• Atos que geraram direito adquirido 
 
 
 
Resumo 
- Elementos/Requisitos (CoFiFoMOb) 
- Atributos (PATI) 
Atos Administrativos - Espécies (NOPEN) 
- Classificação 
- Extinção 
 
 
AGENTES PÚBLICOS 
 
Conceito: Toda e qualquer pessoa com ou sem vínculo, com ou sem remuneração, que exerça 
uma atividade estatal, transitoriamente ou não. 
Espécies de agentes públicos: 
1) Agente Político: está previsto na Constituição e exerce suas funções com autonomia. 
São eles: 
a) Presidente/viceb) Governador/vice 
c) Prefeito/vice 
d) Ministros/secretários 
e) Senador/deputados 
f) Magistrados 
g) Membros do MP 
 
2) Agente Honorífico: é o particular convocado pelo Estado para exercer uma atividade 
transitória e sem remuneração. Exemplo: mesário da justiça eleitoral e jurado do 
tribunal do júri. 
 
3) Agente Delegado: é aquele que exerce uma delegação do Estado para exercer 
determinada atividade por sua conta e risco. Exemplo: concessionárias, 
permissionárias (Piracicabana), oficial de cartório. 
 
25 
 
4) Agente Credenciado: é o particular escolhido pelo Estado para representá-lo em 
determinado evento. Exemplo: cientista que representa o Brasil num evento sobre 
energia nuclear. 
 
5) Agente Administrativo: é aquele que possui vínculo funcional com a Administração. 
Divide-se em: 
a) Servidor Público: é aquele que ocupa cargo público. 
Regime de pessoal: estatutário. 
 
 - Cargo efetivo � Concurso � Estabilidade 
Cargo Público 
 - Cargo em comissão � livre nomeação e livre exoneração 
 
b) Empregado público: é aquele que ocupa emprego público. 
Regime de pessoal: CLT. 
Não possuem estabilidade. 
 
c) Temporários: são contratados devido a uma necessidade temporária de 
excepcional interesse público. 
Não ocupam cargo nem emprego público, apenas exercem uma função pública. 
Não é obrigatório concurso público, basta processo seletivo simplificado. 
 
 
 
 
ASPECTOS CONSTITUCIONAIS 
 
1) Acessibilidade: os cargos e empregos e funções públicas podem ser preenchidos por 
brasileiros e estrangeiros na forma da lei. 
Em regra é por concurso público. Exceções: 
• Cargo em comissão 
• Mandato eletivo 
• Temporários 
 
2) Concurso Público: a validade é de até 2 anos podendo ser prorrogado 1 vez por igual 
período (ato discricionário). 
O concurso será de provas ou provas e títulos. 
 
3) Diferença entre cargo em comissão e função de confiança 
 
CARGO EM COMISSÃO X FUNÇÃO DE CONFIANÇA 
- Servidor ocupante de cargo efetivo - Somente ocupante de cargo efetivo 
- Particulares 
Direção, chefia e assessoramento 
26 
 
4) Diferença entre estágio probatório e estabilidade: o estágio probatório é no cargo e a 
estabilidade é no serviço público. 
Hipóteses de perda da estabilidade: 
a) Processo Administrativo Disciplinar 
b) Sentença judicial transitada em julgado 
c) Insuficiência de desempenho demonstrada em avaliação periódica (necessita de 
lei complementar) 
d) Excesso de despeza com o pessoal: 
1º) Extinção de, no mínimo 20% dos cargos em comissão 
2º) Exoneração dos servidores não estáveis 
3º Exoneração dos servidores estáveis. 
 
5) Sistema Remuneratório 
a) Vencimentos: vencimento básico + vantagens de caráter permanente. 
b) Subsídio: parcela única. Obrigados a receber por subsídio: 
• Agentes políticos 
• Advogado público e defensor público 
• Polícias e Bombeiros 
c) Salário: remuneração paga aos empregados públicos 
OBS. 1: os vencimentos pagos pelo Poder Legislativo e Judiciários não poderão ser 
superiores aos pagos pelo Poder Executivo. 
OBS. 2: os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário deverão publicar anualmente 
a remuneração paga aos seus cargos e empregados. 
 
6) Teto Constitucional 
• Teto Geral: ministro do STF 
• Subtetos: 
o Estadual - Executivo: governador 
 - Legislativo: deputado 
 - Judiciário: desembargador 
o Municipal: Prefeito 
 
7) Acumulação de cargo e emprego público: em regra não é possível a acumulação de 
cargos e empregos públicos. Todavia, a CF apresenta quatro exceções desde que haja 
compatibilidade de horário: 
a) 2 na área da saúde (STJ: não pode ultrapassar 60h semanais) 
b) 2 de professor 
c) Professor + técnico ou científico 
d) Cargo + vereador 
 
8) Eleição: se for eleito para mandato: 
a) Federal ou estadual: fica afastado do cargo e recebe, obrigatoriamente, a 
remuneração do mandato. 
b) Prefeito: fica afastado do cargo mas opta pela remuneração. 
27 
 
c) Vereador: se houver compatibilidade de horário, pode acumular, senão ocorre o 
mesmo que o caso acima. 
 
9) Observações Finais 
a) É livre a associação sindical aos servidores públicos civis. 
b) A administração fazendária e os seus servidores fiscais terão precedência em 
relação aos demais órgãos. 
 
 
 
RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO 
 
Conceito: é a obrigação que o Estado tem de indenizar ao danos patrimoniais ou morais 
causados por seus agentes. 
OBS. 1: os atos lícitos e ilícitos geram o dever de indenizar. 
OBS. 2: a indenização pode ser obtida administrativamente ou judicialmente. 
Essa disciplina possui quatro teorias: 
a) Teoria da Irresponsabilidade: o Estado não responderá pelos prejuízos causados por 
seus agentes. 
Os atos judiciais e legislativos, quando provocam prejuízos, não são passíveis de 
indenização. Exceções: 
• Leis declaradas inconstitucionais. 
• Leis de efeito concreto. 
• Prisão além do tempo determinado pela sentença. 
• Erro judiciário (condenar criminalmente inocentes). 
b) Responsabilidade Subjetiva: o Estado responderá pelos prejuízos causados por seus 
agentes se ficar demonstrado dolo ou culpa. 
c) Responsabilidade Objetiva (Risco Administrativo): o Estado responderá pelos 
prejuízos causados pelos seus agentes, independentemente de dolo ou culpa. 
Entretanto, essa responsabilidade poderá ser excluída ou reduzida. 
d) Teoria do Risco Integral: o Estado responderá pelos prejuízos causados pelos seus 
agentes, independente de dolo ou culpa. Contudo, não há hipóteses de exclusão nem 
redução dessa responsabilidade. Exemplo: dano nuclear, seguro DPVAT, atentado 
terrorista em aeronaves, danos ambientais, acidentes com energia elétrica de alta 
voltagem, acidentes de trabalho em Empresas Públicas e Sociedades de Economia 
Mista. 
Por ação � Objetiva 
RESPONSABILIDADE 
 DO ESTADO 
 Por omissão � Subjetiva 
 
 RESPONSABILIDADE Subjetiva 
 DO AG. PÚBLICO 
 
28 
 
1) Responsabilidade por Ação: quando o Estado estiver atuando (conduta comissiva), a 
teoria a ser utilizada é a da responsabilidade objetiva, isto é, o Estado indenizará 
independentemente de dolo ou culpa. 
A responsabilidade do Estado poderá ser: 
a) Excluída: culpa exclusiva da vítima ou força maior. 
b) Reduzida (Mitigada): culpa concorrente da vítima. 
OBS.: Cabe ao Estado demonstrar a culpa da vítima (perícia). 
 
- Requisitos para a indenização: 
 
 CONDUTA ESTATAL (a ambulância estava indo socorrer uma vítima) 
 
 NEXO DE CAUSALIDADE (porque a ambulância bateu) 
 
 DANO (o carro foi batido) 
 
Respondem de forma objetiva: 
a) Pessoas jurídicas de direito público 
• U, E, DF e M 
• Autarquias e Fundações Públicas 
b) Pessoas jurídicas de direito privado 
• Prestadoras de serviços públicos: Correios, Piracicabana (concessionárias e 
permissionárias). 
OBS.: as pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviços públicos 
respondem de forma objetiva em relação aos seus usuários e não usuários do 
serviço. 
O Estado só responderá pelos prejuízos se o agente estiver no exercício de suas 
funções. 
 
2) Responsabilidade por Omissão: quando o prejuízo causado for decorrente de 
omissão estatal, a responsabilidade será subjetiva, ou seja, dependerá de dolo ou 
culpa. 
FALTA de serviço: inexistÊncia ou mau funcionamento. 
 
ATENÇÂO: quando o Estado estiver com a guarda de bens ou pessoas, a sua 
responsabilidade será objetiva mesmo se decorrente de omissão. Exemplo: suicídio de 
detento.3) Responsabilidade do Agente: o Estado deve ingressar com ação regressiva contra o 
agente causador do dano se ficar demonstrado dolo ou culpa. Dessa forma, a 
responsabilidade do agente é subjetiva. 
*Culpa concorrente: exclui a culpa ou, no mínimo, atenua a responsabilidade. 
 
 
29 
 
 
CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO 
 
Conceito: é um mecanismo de fiscalização, de revisão dos atos praticados pela Administração. 
 
Classificação 
1) Conforme a origem: 
a) Controle Interno: é o realizado dentro do mesmo Poder. Abrange o controle da 
Administração sobre a Indireta. 
b) Controle Externo: é aquele realizado de um Poder sobre o outro. Exemplo: Poder 
Judiciário quando anula um edital de licitação. 
c) Controle Popular: é o realizado pela sociedade. Exemplo: direito de petição, 
denúncia ao TCU. 
 
OBS.: o controle pode ser realizado antes, durante ou depois do ato. 
 
2) Conforme o Aspecto Controlado: 
a) Controle de Legalidade: verifica se o ato está de acordo com a legislação, caso 
contrário: 
- Anulação pela Administração ou Poder Judiciário. 
- Efeito Ex Tunc (retroage). 
b) Controle de Mérito: verifica se o ato permace conveniente e oportuno, caso 
contrário: 
- Revogação feita pela Administração. 
- Efeito Ex Nunc (não retroage). 
 
3) Conforme a Amplitude: 
a) Contgrole Hierárquico: resulta da relação superior-subordinado. 
b) Controle Finalístico (ou Supervisão Ministerial ou Tutela): é aquele realizado pela 
Administração Direta sobre a Indireta. 
 
4) Conforme o Órgão Controlador: 
a) Controle Administrativo: é sempre um controle interno, resultando do princípio 
da autotutela (Súmula 473 do STF). 
Trata-se de controle de legalidade e mérito. 
b) Controle Legislativo: ocorre quando o Poder Legislativo controla outros Poderes. 
Exemplo: convocação de ministros; julgamento das contas do Presidente da 
República; compete ao Congresso Nacional, auxiliado pelo Tribunal de Contas, a 
fiscalização oeçamentária e financeira. 
c) Controle Judicial (ou Controle Jurisdicional): ocorre quando o Poder Judiciário 
controla outros Poderes. 
O Poder Judiciário só age quando é provocado, não pode agir de ofício, ou seja, 
não pode agir por conta própria. 
Trata-se apenas de um controle de legalidade. 
30 
 
 
OBS.: o Poder Judiciário pode analisar os atos discricionários quanto a sua 
legalidade. Assim, ele poderá anular um ato, mas nunca revogá-lo. 
 
 
 
MEDIDAS JUDICIAIS 
 
I) Mandado de Segurança: utilizado para proteger direito líquido e certo não amparado 
pelo “Habeas Data” contra ilegalidade ou abuso de poder praticado por autoridade 
pública. 
Pode ser preventivo ou repressivo. 
II) Ação Popular: qualquer cidadão pode ingressar com ação popular com o intuito de 
anular ato lesivo a: 
- Patrimônio público 
- Meio ambiente 
- Moralidade 
- Patrimônio histórico e cultural 
III) Ação Civil Pública: é utilizada para proteger: 
- Patrimônio público 
- Meio ambiente 
- Direitos coletivos e difusos 
Podem ingressar com ação civil pública: 
- Entidades políticas 
- Entidades administrativas 
- Ministério Público 
- Defensoria Pública 
- Associações 
 
 
 
SERVIÇOS PÚBLICOS 
 
1) Conceito: é a atividade administrativa traduzida em utilidades e comodidades para a 
sociedade. 
 
2) Atividades Consideradas Serviço Público: existem duas teorias para definir as 
atividades consideradas serviços públicos: 
a) Teoria Essencialista: será serviço público aquelas atividades que sejam essenciais. 
b) Teoria Formalista: será serviço público aquela atividade indicada pela lei. 
O Brasil adota a Teoria Formalista. Assim, algumas atividades, mesmo não sendo 
essenciais, são consideradas serviços públicos. Exemplo: lotéricas. 
 
3) Não são Serviços Públicos: 
31 
 
a) Poder de polícia (pois restringe, e não amplia direitos) 
b) Atividade meio (limpeza, vigilância...) 
c) Obra pública 
 
4) Classificação 
a) Serviços Gerais (“uti universi”): não possui destinatários determinados, pois não é 
possível mensuração por indivíduo. (é cobrado mediante impostos) 
Exemplo: iluminação pública. 
b) Serviços Individuais (“uti singuli”): prestados a destinatários determinados, tendo 
em vista que é possível mensurar individualmente a utilização. 
Exemplo: água, luz, telefone... (cobrados por taxas e 
 
5) Competência para a Prestação 
a) União: suas competências estão previstas no artigo 21 da CF. 
b) Municípios: suas competências são aquelas de interesse local. Exemplo: cemitério. 
c) Estados: sua competência é residual. 
 
OBS. 1: a prestação de serviço local de gás canalizado é de competência dos estados. 
OBS. 2: o artigo 23 da CF enumera os casos de competência comum da União, estados 
e municípios. 
OBS. 3: O DF possui as competências dos estados e municípios. 
 
6) Base Constitucional: o artigo 175 da CF estabelece que “incumbe ao poder público 
diretamente ou sob regime de “concessão ou permissão, sempre através de licitação, 
a prestação de serviços públicos”. 
A autorização também tem base constitucional, estando prevista no artigo 21, §11 e 
§12. 
A lei 8987/95 regulamentou a prestação de serviços públicos. 
 
7) Concessão, Permissão e Autorização 
a) Concessão: é a delegação de um serviço público a uma pessoa jurídica ou 
consórcio de empresas mediante a assinatura de um contrato ou concessão. 
Características: 
- Pessoa jurídica ou consórcio de empresas 
- Modalidade concorrência 
- Prazo determinado 
 
b) Permissão: é a delegação de um serviço público a uma pessoa jurídica ou pessoa 
física mediante assinatura de um contrato de adesão. 
Características: 
- Pessoa jurídica ou pessoa física 
- Qualquer modalidade de licitação 
- Prazo determinado 
- O contrato é precário e pode ser revogado a qualquer momento 
32 
 
 
c) Autorização: é a delegação do serviço público mais simples e de baixa 
complexidade a uma pessoa jurídica ou física. É realizada por ato administrativo, 
logo, não precisa de licitação. 
Características: 
- Pessoa física ou pessoa jurídica 
- Não precisa de licitação 
- Prazo determinado 
- Precário e pode ser revogado a qualquer momento 
 
8) Serviço Adequado: todo serviço público deve ser prestado de forma adequada. 
Considera-se serviço adequado aquele que atender os seguintes requisitos/princípios: 
a) Regularidade: serviço prestado da mesma forma independente do local. 
b) Generalidade: todos devem ter direito ao serviço prestado. 
c) Continuidade: serviço prestado continuamente, salvo três exceções. 
d) Eficiência 
e) Segurança: o serviço não pode oferecer riscos. 
f) Atualidade: compreende à modernidade das instalações e dos equipamentos, 
bem como a conservação e expansão do serviço. 
g) Cortesia 
h) Modicidade das tarifas: as tarifas têm que ser as mais baixas possíveis. 
O edital pode prever outras fontes de receita. 
O valor pode ser diferenciado em razão do uso (moto e caminhão pagam valores 
diferentes no pedágio). 
 
9) Extinção da Concessão: a concessão pode ser extinta das seguintes formas: 
a) Advento Contratual: ocorre com o término do prazo. 
b) Encampação: é a extinção da concessão devido a interesse público. É necessário 
lei e prévia indenização. 
c) Caducidade: ocorre quando a empresa descumpre o contrato. 
d) Rescisão: ocorre quando a Administração descumpre o contrato. Necessita de 
ordem judicial. 
e) Anulação 
f) Falência ou extinção da empresa

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