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Universidade Anhanguera-Uniderp Curso de Arquitetura e Urbanismo Instalações Elétricas e Especiais Profa. Ana Cláudia de Oliveira Pedro Andrêo 1 Quadro de distribuição de circuitos É o local onde se concentra a distribuição de toda a instalação elétrica e onde se reúnem os dispositivos de controle e proteção dos circuitos, tais como: chaves com fusíveis, disjuntores termomagnéticos (DTM) ou disjuntores diferenciais residuais (DR). O quadro de distribuição de circuitos recebe os condutores (fios) que vêm do medidor ou centro de medição, e dele partem após a proteção os circuitos terminais que vão alimentar diretamente os circuitos de iluminação, tomadas e aparelhos elétricos da instalação. São constituídos normalmente de quadros fixados à parede, sobrepostos ou embutidos. O quadro de distribuição (QD) é também conhecido como quadro de luz (QL), e dele fazem parte os seguintes componentes: disjuntor geral; barramentos de interligação das fases; disjuntores dos circuitos terminais; barramento de neutro e barramento de proteção (terra). A estrutura do quadro é composta de caixa metálica, chapa de montagem dos componentes, isoladores, tampa (espelho) e sobre-tampa. O tamanho pode variar de acordo com suas necessidades, mas o material deve, obrigatoriamente, ser incombustível. Hoje em dia, o material mais utilizado é o metal. Nos quadros mais antigos, recomenda-se trocar as chaves de fusíveis por disjuntores, os quais oferecem maior segurança, além de não precisarem ser substituídos em caso de anormalidades, pois são automáticos, isto é, desligam-se quando há sobrecarga nas instalações elétricas. Após resolvido o problema, basta religá-los. De acordo com NBR 5410, o quadro de distribuição (QD) ou quadro de luz (QL) deve estar localizado em locais de fácil acesso, com grau de proteção adequado à classificação das influências externas, possuir identificação (nomenclatura) do lado externo e identificação dos componentes, obedecendo ainda aos seguintes parâmetros: As placas dos equipamentos e dispositivos constituintes do conjunto não devem ser retiradas. No interior do conjunto, a correspondência entre os componentes e o circuito respectivo deve ser feita de forma clara e precisa. A designação dos componentes deve ser legível, executada de forma durável e posicionada de modo a evitar qualquer risco de confusão. Além disso, deve corresponder à notação adotada no projeto elétrico (diagrama e memoriais). Também deverá ser prevista em cada quadro de distribuição uma capacidade de reserva (espaço) que permita ampliações futuras compatíveis com a quantidade e o tipo de circuitos efetivamente previstos inicialmente. Essa previsão de reserva deverá obedecer ao seguinte critério: Quadros com até seis circuitos, prever espaço reserva para, no mínimo, dois circuitos. Quadros de sete a 12 circuitos, prever espaço reserva para, no mínimo, três circuitos. Quadros de 13 a 30 circuitos, prever espaço reserva para, no mínimo, quatro circuitos. Quadros acima de 30 circuitos, prever espaço reserva para, no mínimo, 15% dos circuitos. O dimensionamento e a especificação técnica dos quadros de distribuição deverão ser feitos de acordo com a NBR 6808 (ABNT). Universidade Anhanguera-Uniderp Curso de Arquitetura e Urbanismo Instalações Elétricas e Especiais Profa. Ana Cláudia de Oliveira Pedro Andrêo 2 A manutenção preventiva dos quadros de distribuição e painéis é de extrema importância. De acordo com a NBR 5410, a estrutura do (s) quadro (s) e/ou painel (is), deve ser periodicamente verificada, observando-se seu estado geral quanto à fixação, danos na estrutura, pintura, corrosão, fechaduras e dobradiças. Também deve ser verificado o estado geral dos condutores e cordoalhas de aterramento, bem como o estado geral de conservação e funcionamento dos componentes com partes internas móveis como contatores, relés, chaves seccionadoras, disjuntores etc. No caso de componentes fixos como fusíveis, condutores, barramentos, calhas, canaletas, conectores, terminais, transformadores etc., deve ser inspecionado o estado geral, observando-se sinais de aquecimento, fixação, identificação, ressecamento e limpeza. Nos casos de sinalizadores, deve ser verificada a integridade do (s) soquete (s), fixação e a limpeza interna e externa. Universidade Anhanguera-Uniderp Curso de Arquitetura e Urbanismo Instalações Elétricas e Especiais Profa. Ana Cláudia de Oliveira Pedro Andrêo 3 Localização no projeto arquitetônico O quadro de distribuição deve estar localizado em local de fácil acesso, preferencialmente, o mais próximo possível do medidor ou centro de medição. Sua localização deve ser tal que seu alimentador não precise fazer muita curva ou mudar de prumada. Essa recomendação é para se evitar gastos desnecessários com os fios do circuito de distribuição de energia, que são os que possuem diâmetros maiores de toda a instalação, sendo, portanto, mais caros. Deve ser colocado o mais próximo possível do centro de gravidade da carga que irá atender, de modo que fique equidistante dos pontos extremos. A distância máxima do quadro até a tomada mais distante não deve ultrapassar 35 metros. Quando essa condição não é satisfeita, é preferível subdividir o quadro em dois ou mais quadros de distribuição. Essa subdivisão de quadros de distribuição é comum quando a área construída for superior a 250 metros. Quando temos um edifício com vários pavimentos, os quadros se localizam em cada unidade. A fiação que interliga o centro de medição aos quadros é colocada individualmente dentro de um conduíte para cada quadro de distribuição. As posições mais recomendáveis para a localização do quadro de distribuição de circuitos terminais dentro de uma residência são: corredores, circulações, vestíbulos, cozinhas, áreas cobertas etc. O QD ou QL deve ser instalado na parede de modo que seu centro fique aproximadamente 1,5 m em relação ao piso acabado. Nos cômodos como cozinhas e áreas de serviço, o arquiteto deve tomar cuidado para que a instalação do QD ou QL não atrapalhe a colocação de armários. O quadro não deve ser localizado em ambientes reservados (quartos e salas específicas), privados (banheiros), ou que fiquem trancados. Fonte: CARVALHO JUNIOR, Roberto de. Instalações elétricas e o projeto de arquitetura. 6. ed. São Paulo: Blucher, 2015.
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