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Prof. Jorge Marcelo Titiry Pinto E-mail da Turma: sistemica.unesa@gmail.com É o responsável por conduzir o sangue pelo organismo, sendo constituído por vasos sanguíneos (artérias e veias) e pelo coração, que funciona como a bomba propulsora para o movimento do sangue. O sangue circulante transporta o material nutritivo que foi absorvido pela digestão dos alimentos para todas as células do organismo. De forma semelhante, quando o sangue circula pelos pulmões, o oxigênio é incorporado às hemácias, e conduzido até as células do organismo. O gás carbônico produzido pela respiração celular é levado pelo sangue aos pulmões para eliminação através do ar exalado. Além disso, o sangue circulante também transporta os produtos do metabolismo celular, água e íons em excesso, desde os locais onde foram produzidos até os órgãos encarregados de eliminá-los. O papel regulador se deve aos hormônios e outras moléculas reguladoras que o sangue transporta desde seu local de origem até os tecidos distantes nos quais esses elementos devem atuar. O sangue possui ainda células especializadas na defesa orgânica contra substâncias estranhas e micro-organismos, como os leucócitos. Permeabilidade seletiva: através de fenômenos físico-químicos complexos material nutritivo e O2 CAPILAR TECIDOS produtos metabólicos (CO2) O corpo de um adulto tem em média 5L de sangue, circulando continuamente. Levar material nutritivo e oxigênio às células; O sangue transporta material nutritivo absorvido pela digestão para todas as células; Assim como o Oxigênio incorporado ao sangue, quando este circula pelos pulmões; Transporte de produtos do metabolismo celular, desde os locais onde foram produzidos até os órgãos encarregados de os eliminar; O sangue possui células especializadas na defesa orgânica contra substâncias estranhas e microorganismos. O coração, órgão central do sistema cardiovascular, é ligeiramente maior que uma mão fechada e funciona como uma bomba dupla, autoajustável, de sucção e pressão, cujas porções trabalham em conjunto para impulsionar o sangue para todas as partes do corpo. O coração e as raízes de seus grandes vasos (vasos da base) estão envolvidos pelo pericárdio, um saco fibrosseroso de parede dupla que tem a função de separar o coração dos outros órgãos do mediastino, protegendo-o e limitando sua expansão súbita durante a diástole ventricular. O pericárdio consiste em uma camada externa fibrosa, o pericárdio fibroso, e de uma camada interna serosa, o pericárdio seroso. Este último apresenta uma lâmina parietal, aderente ao pericárdio fibroso e uma lâmina visceral, aderente ao miocárdio que também é chamada de epicárdio. Entre as duas lâminas do pericárdio seroso existe um espaço potencial que normalmente contém uma película fina de líquido seroso que permite o coração mover-se sem atrito, chamado de cavidade do pericárdio. Características: Órgão muscular, oco, que funciona como uma bomba contrátil-propulsora. É formado pelo tecido muscular estriado cardíaco, que constitui a camada média ou miocárdio. A camada interna chama-se endocárdio, e a camada externa, epicárdio. Forma: Tem a forma aproximada de um cone truncado. Apresenta uma base (superior), um ápice (inferior) e faces (esternocostal, diafragmática e pulmonar) Sua maior porção se encontra à direita do plano mediano. Fica disposto obliquamente, de tal forma que a base é medial e o ápice é lateral. Na base encontramos os vasos da base do coração (vasos por onde o sangue chega e sai do coração). Localização e camadas: Situa-se na cavidade torácica, atrás do esterno, acima do músculo diafragma sobre o qual em parte repousa, no espaço compreendido entre os dois sacos pleurais, o mediastino. As paredes do coração são constituídas por três camadas: o epicárdio, camada mais externa que forma a lâmina visceral do pericárdio seroso; o miocárdio, a camada média e espessa constituída pelo músculo cardíaco; e o endocárdio, a camada interna que recobre a superfície interna do coração e suas valvas. Situação de Condução: O controle da atividade cardíaco é feito através do vago (atua inibindo) e do simpático (atua estimulando) Estes nervos agem sobre uma formação situada na parede do átrio direito – o nó sinu-atrial, considerado como o “marcapasso do coração”. Nó sinu-atrial impulso nó átrio-ventricular feixe átrio-ventricular ramos direito e esquerdo. O coração apresenta a forma de um cone truncado, apresentando uma base, um ápice e faces (esternocostal, diafragmática e pulmonar). Na superfície externa do coração, observamos dois apêndices, cada qual se relacionando com um dos átrios, chamados de aurículas. A cavidade cardíaca apresenta três septos, que dividem o coração em quatro câmaras: O septo átrio-ventricular (horizontal) divide o coração em duas porções, superior e inferior. O septo inter-atrial (vertical) divide a porção superior em dois átrios [do latim atrium – sala de espera] (direito e esquerdo). O septo interventricular (vertical) divide a porção inferior em dois ventrículos [do latim ventrículus – diminutivo de ventre] (direito e esquerdo). Os átrios apresentam, cada um, uma projeção externa, as aurículas (devido à forma similar a uma orelha de animal). [Do latim auris – relativo ou semelhante à orelha]. AD AE VE VD AD AE VD VE Septo Átrioventricular Septo Interventricular O coração é irrigado pelas artérias coronárias direita e esquerda. Os dois principais ramos da artéria coronária direita são o ramo marginal direito e o ramo interventricular posterior; os dois principais ramos da artéria coronária esquerda são o ramo interventricular anterior e o ramo circunflexo. A drenagem venosa do coração é feita, principalmente, pelas veias cardíacas que desembocam no seio coronário. São elas: a veia cardíaca magna, a veia cardíaca parva e a veia interventricular posterior (cardíaca média). O controle da atividade cardíaca é feito através do plexo cardíaco (simpático), que atua aumentando a frequência cardíaca e dilatando as artérias coronárias, e através do nervo vago (parassimpático), que atua de maneira oposta. Estes nervos vão atuar sobre o complexo estimulante do coração, que conduz os impulsos e coordena o ciclo cardíaco. O complexo estimulante do coração consiste em células musculares cardíacas e fibras de condução altamente especializadas para os impulsos iniciais e os conduzem rapidamente através do coração. Nódulo (nó) sino-atrial ou sinusal (SA) ou marcapasso: região especial do coração, que controla a freqüência cardíaca. Localiza-se perto da junção entre o átrio direito e a veia cava superior. Constituído por um aglomerado de células musculares especializadas freqüência rítmica de aproximadamente 72 contrações por minuto. Sistema de Purkinje ou fascículo átrio-ventricular: sistema especial de condução composto de fibras musculares cardíacas especializadas que transmitem os impulsos com uma velocidade aproximadamente 6 vezes maior do que o músculo cardíaco normal. Os principais elementos são: o nó sinoatrial, o nó atrioventricular,o fascículo atrioventricular, os ramos direito e esquerdo, e os ramos subendocárdicos VASOS DA BASE: vasos através dos quais o sangue chega ou sai do coração, com raízes situadas na base do coração. ÁTRIO DIREITO: desembocam veia cava superior e inferior ÁTRIO ESQUERDO: desembocam 4 veias pulmonares (duas de cada pulmão) VENTRÍCULO DIREITO: sai tronco pulmonar (divide em artéria pulmonar direita e esquerda) VENTRÍCULO ESQUERDO: sai arco aórtico Valva do tronco pulmonar e valva do arco aórtico, constituídas por três válvulas semilunares; Evitar refluxo durante a diástole ventricular, ou seja retorno do sangue ventricular AD AE VE AD AE VD VE VD Cordas Tendíneas Músculos Papilares Duas artérias: coronárias direita (ramo marginal e ramo interventricular posterior) e esquerda (ramo interventricular anterior e o ramo circunflexo), irrigam o coração; Correm no seio coronário (separa os A dos V); Coronária Esquerda + volumosa e preponderante Sistema diferenciado por ter 2 vias de drenagem: 1)Sistema venoso usual 2)Seio coronário: tronco curto, calibroso que desemboca no átrio direito e recebe em trajeto as vv: v cardíaca magna, v cardíaca média, v cardíaca pequena. As vv cardíacas anteriores que drenam o VD desembocam diretamente na AD; 1-v. cardíaca magna 2-seio coronário 3-v. cardíaca pequena 4-v. cardíaca média O controle da atividade cardíaca é feito através do n vago (atua inibindo) e do n simpático (atua estimulando), que agem sobre o Nó sinoatrial localizado na parede do AD, considerado o marca passo do coração. Este impulso se espalha pelo miocárdio; O impulso chega ao nó atrioventricular (no septo interatrial), e se propaga aos ventrículos através do Fascículo atrioventricular (com Ramos esquerdo e direito); O conjunto dessas estruturas citadas acima dá-se o nome de complexo estimulante do coração; Lesões deste sistema interferem na transmissão do estímulo e, consequentemente, alteram o ritmo e o trabalho do coração. Ex.: Doença de Chagas. O coração impulsiona a corrente sanguínea através da contração e relaxamento da musculatura; Relaxa (diástole) – enchimento das câmaras; Contração (sístole) – distribuição do sangue; Atividade deve ser ordenada e com intervalos curtos; Átrio deve contrair para encher os ventrículos – posteriormente a contração ventricular deve se iniciar. A circulação sistêmica tem início no ventrículo esquerdo, de onde o sangue é bombeado para a rede capilar dos tecidos de todo o organismo. Após as trocas, o sangue retorna pelas veias ao átrio direito. A circulação pulmonar tem início no ventrículo direito, de onde o sangue é bombeado para a rede capilar dos pulmões. Depois de sofrer hematose, o sangue oxigenado retorna ao átrio esquerdo. Pulmão Coração Corpo CO2 O2 O2 CO2 Hematose Veias Pulmonares Sangue arterial O2 Artéria aorta Sangue arterial Hematose Sangue venoso Veias cavas Sangue venoso Artérias Pulmonares CO2 TRAJETO; TRANSPORTE; TROCA GASOSA; (HEMATOSE) GASES TRANSPORTADOS: - H2O + CO2 (PULMÃO) TRAJETO; TRANSPORTE; TROCA GASOSA; (HEMATOSE) GASES TRANSPORTADOS: H2CO3(PLASMA SANGUÍNEO) Características das Artérias: Artéria é um termo latinizado do grego, que significa “vasos contendo ar”, que era o que os antigos pensavam sobre seu conteúdo. São tubos cilindroides, elásticos, nos quais o sangue circula centrifugamente em relação ao coração. Possuem elasticidade a fim de manter o fluxo sanguíneo constante: as artérias podem dilatar- se no sentido transversal para conter maior volume de sangue; podem também distender-se no sentido longitudinal, atendendo aos deslocamentos dos segmentos corpóreos. Forma e Calibre: Possuem grande, médio, pequeno calibre, e arteríolas. Grande calibre ou elásticas (aorta, tronco braquiocefálico, subclávia) - diâmetro interno de 7 mm. Distribuidoras (ou musculares) ou de médio calibre (a maioria das artérias do corpo) - diâmetro interno entre 2,5 a 7 mm. Pequeno calibre - diâmetro interno entre 0,5 e 2,5 mm. Arteríolas (são os menores ramos das artérias e oferecem maior resistência ao fluxo sanguíneo, contribuindo assim para reduzir a pressão do sangue antes de atingirem os capilares) - diâmetro interno com menos de 0,5 mm. À Esquerda – Ilustração de uma artéria, com suas divisões internas. À Direita – macrofotografia eletrônica colorizada do interior de uma arteríola, com a presença de hemácias. Ramos Terminais e Colaterais: Ramos terminais: quando a artéria dá ramos e o ramo principal deixa de existir. Ramos colaterais: quando a artéria emite ramos e o tronco de origem continua a existir. Os ângulos dos ramos colaterais podem ser: Ângulo agudo (o mais frequente; permite que o sangue circule com facilidade e no mesmo sentido da corrente da artéria de origem) Ângulo reto (ocorre diminuição na velocidade de circulação do sangue). Ângulo obtuso, recebe o nome de ramo recorrente (neste caso o sangue circula em direção oposta àquela da artéria de origem). Artéria Profunda Ramo colateral reto da Artéria Axilar Artéria Superficial Ramo colateral agudo da Artéria Braquial Artéria Braquial Ramos recorrentes da artéria ulnar Ramos Terminais – artérias braquial (esq.) e ulnar (dir.) Sentido do fluxo sangüíneo Situação: As artérias podem ser superficiais ou profundas (a maioria). A quase totalidade das artérias é profunda, e isto é funcional, pois nesta situação as artérias encontram-se protegidas. As artérias têm “filia” pelos ossos e “fobia” pela pele. As artérias profundas são acompanhadas por uma ou duas veias, tendo esta(s) mesmo trajeto, calibre semelhante e em geral o mesmo nome da artéria que acompanham, sendo chamadas de veias satélites. Aorta: Parte ascendente da aorta, arco da aorta, parte descendente da aorta (parte torácica da aorta e parte abdominal da aorta); Cabeça e Pescoço: Tronco braquiocefálico, artérias carótida comum, carótida interna, carótida externa e subclávia; Tórax: Parte torácica da aorta: artérias intercostais posteriores; Abdome e Pelve: Parte abdominal da aorta: artéria frênica inferior, tronco celíaco (artéria hepática comum, gástrica esquerda e esplênica), renal, mesentérica superior, mesentérica inferior, ilíaca comum (ilíaca interna e externa); Membros superiores: Artéria axilar, braquial, braquial profunda, radial, ulnar e interóssea comum; Membros inferiores: Artéria femoral, femoral profunda, poplítea, tibial anterior, tibial posterior e fibular. Características: São tubos nos quais o sangue circula centripetamente em relação com o coração. A forma varia de acordo com a quantidade de sangue em seu interior. Quando cheias são mais ou menos cilíndricas, quando pouco cheias ou mesmo vazias são achatadas. Em virtude da menor tensão de sangue em seu interior e de possuir paredes mais delgadas, as veias são muito depressíveis, podendo suas paredesentrar em contato (“colabamento”) e assim permanecer por algum tempo. O poder de distensão das veias no sentido transversal é tão acentuado, que elas podem, segundo alguns autores, quintuplicar o seu diâmetro. Forma e calibre: Possuem grande, médio, pequeno calibre, e vênulas. De uma forma geral, possuem calibre maior que as artérias de mesmo tamanho, assim como seu número é muito maior do que o das artérias. Isto se deve ao fato de que a velocidade do sangue nas veias é menor do que nas artérias, tendo as veias que transportar um volume de sangue igual às artérias em um mesmo espaço de tempo. Ilustração de uma veia, com suas divisões internas e a válvula venosa. Ilustração de uma veia, com suas divisões internas e a válvula venosa. Situação: As veias podem ser: a) Superficiais ou Profundas. Veias Superficiais: são subcutâneas, visíveis com frequência por transparência na pele, mais calibrosas nos membros e no pescoço. Drenam o sangue da circulação cutânea e servem também como via de descarga auxiliar da circulação profunda. Veias Profundas: podem ser solitárias, isto é, não acompanham artérias (vv. cavas, v. ázigos, v. porta, etc.) ou satélites das artérias. b) Tributárias ou Afluentes. Veias Tributárias: são aquelas que “dão seu tributo” sanguíneo às veias afluentes. Veias Afluentes: vão “confluindo no leito principal”, tornando as veias principais mais calibrosas à medida que chegam ao coração. C) Comunicantes, Viscerais ou Parietais. Veias comunicantes: comunicam as veias superficiais com as profundas. As veias da cabeça e do tronco podem ser classificadas em viscerais (ao drenarem as vísceras) e em parietais (ao drenarem as paredes daqueles segmentos). Cabeça e Pescoço: Veia jugular interna, jugular externa e braquiocefálica; Tórax: Veia cava superior, cava inferior, ázigo, hemiázigo e hemiázigo acessória; Abdome e Pelve: Veia renal e porta do fígado; Membro superior: Veia subclávia e axilar; Profundas: veias braquiais, ulnares, radiais, interósseas anteriores e posteriores; Superficiais: veia cefálica, basílica, intermédia do cotovelo, intermédia do antebraço, cefálica do antebraço e basílica do antebraço; Membro inferior: Profundas: femoral, femoral profunda, poplítea, tibiais anteriores, tibiais posteriores e fibulares; Superficiais: veia safena magna e safena parva. Válvulas: A presença de válvulas é uma das principais características das veias, embora haja exceções, pois estão ausentes nas veias do cérebro e em algumas veias do pescoço e do tronco. As válvulas são pregas membranosas da camada interna das veias em forma de bolso. Possuem uma borda aderente à parede do vaso e uma borda livre voltada em direção ao coração. Seio da válvula (espaço delimitado pela borda aderente entre a válvula e a parede da veia). Impede que o sangue retorne pois a progressão da corrente sanguínea venosa não é contínua, e, uma vez cessada a força que a impulsiona o sangue tende a retornar devido a ação da força da gravidade. A insuficiência de muitas válvulas de uma mesma veia provoca sua dilatação e consequente estase sanguínea: é o que chamamos de varizes. Um dos mais importantes fatores do retorno do sangue venoso ao coração é a contração muscular, que comprime as veias impulsionando o sangue nelas contido. Capilares Sanguíneos – são vasos microscópios, interpostos entre as artérias e veias. Neles se processam as trocas entre o sangue e os tecidos. Ilustração de uma veia, com fluxo venoso. As setas apontando para a direita indicam o fluxo venoso. As setas apontando para a esquerda indicam o refluxo, ou volta do sangue. Esta volta é impedida pelas válvulas, que se fecham. Círculo Arterial Cerebral (Polígono de Willis): É formado pelas: Aa. Comunicantes anterior Aa. cerebrais anteriores D/E Aa. comunicantes posteriores D/E Aa. cerebrais posteriores D/E Prof. Ms. Eduardo Ribeiro eduardoribeirorj@yahoo.com.br Prof. Ms. Eduardo Ribeiro eduardoribeirorj@yahoo.com.br Infarto agudo do miocárdio Qual paciente pode ter um ataque cardíaco? Infelizmente qualquer pessoa; Influencia: histórico familiar de doenças coronárias; Diabetes associado a um colesterol alto, hipertenção, obesidade, estresse que são os mais propensos a terem infarto. Dor precordial irradiando para braço esquerdo ou mandíbula ou para as costas associada a sudorese fria ou enjoo.
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