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COMISSÕES DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA

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COMISSÕES DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA 
 
A Lei 9.958/2000, acrescentou e alterou artigos à CLT, instituindo as Comissões de 
Conciliação Prévia e permitindo a execução de título extrajudicial na Justiça do 
Trabalho. 
 
Referidas Comissões foram regulamentadas pela Portaria MTE 329/2002, 
posteriormente alterada pela Portaria MTE 230/2004. 
 
INSTITUIÇÃO 
 
As empresas e os sindicatos podem instituir Comissões de Conciliação Prévia, de 
composição paritária, com representantes dos empregados e dos empregadores, com a 
atribuição de tentar conciliar os conflitos individuais do trabalho. 
 
As Comissões referidas poderão ser constituídas por empresa, grupos de empresas, por 
sindicato ou ter caráter intersindical (no âmbito de mais de um sindicato). 
 
LIMITES 
 
A Comissão conciliará exclusivamente conflitos que envolvam trabalhadores 
pertencentes à categoria profissional e à base territorial das entidades sindicais que as 
tiverem instituído. 
 
COMPOSIÇÃO 
 
A Comissão instituída no âmbito da empresa será composta de, no mínimo, dois e, no 
máximo, dez membros e conciliará exclusivamente conflitos que envolvam 
trabalhadores pertencentes à categoria profissional e à base territorial das entidades 
sindicais que as tiverem instituído. 
 
REMUNERAÇÃO OU GRATIFICAÇÃO DE MEMBROS 
 
A forma de custeio da Comissão será regulada no ato de sua instituição, em função da 
previsão de custos, observados os princípios da razoabilidade e da gratuidade ao 
trabalhador. 
 
LOCAL E HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO 
 
O local e o horário de funcionamento da Comissão devem ser amplamente divulgados 
para conhecimento público. 
 
SESSÃO DE CONCILIAÇÃO 
 
TERMO DE CONCILIAÇÃO 
 
A conciliação deverá ser reduzida a termo, que será assinado em todas as vias pelas 
partes e membros da Comissão, fornecendo-se cópias aos interessados. Caso a 
conciliação não prospere, será fornecida ao Empregado e ao Empregador declaração da 
tentativa conciliatória frustrada, com a descrição de seu objeto, firmada pelos membros 
da Comissão. 
 
RESTRIÇÕES DE USO DE SÍMBOLOS 
 
ESTABILIDADE DOS REPRESENTANTES DOS EMPREGADOS 
 
DEMANDA TRABALHISTA SERÁ SUBMETIDA A COMISSÃO – 
OBRIGATORIEDADE 
 
Qualquer demanda de natureza trabalhista será submetida à Comissão de Conciliação 
Prévia se, na localidade da prestação de serviços, houver sido instituída a Comissão no 
âmbito da empresa ou do sindicato da categoria, consoante o disposto no art. 625-D 
da CLT. 
 
A demanda será formulada por escrito ou reduzida a termo por qualquer dos membros 
da Comissão, sendo entregue cópia datada e assinada pelo membro aos interessados. 
 
CONCILIAÇÃO 
 
PRAZO PRESCRICIONAL 
 
NÚCLEOS INTERSINDICAIS DE CONCILIAÇÃO TRABALHISTA 
 
JURISPRUDÊNCIA 
 
COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA – PROPOSTA CONCILIATÓRIA – 
QUITAÇÃO GERAL DO CONTRATO DE TRABALHO. A legislação trabalhista, ao 
prever a possibilidade das partes recorrerem à Comissão de Conciliação Prévia, teve por 
escopo permitir que o empregado apresentasse suas reivindicações e as partes, sob a 
mediação dos conciliadores firmassem um acordo. Foge ao objetivo do artigo 625-E da 
CLT a simples submissão do empregado à Comissão para o fim de receber valores de 
verbas incontroversas e, ato contínuo, dar plena e geral quitação do extinto contrato de 
trabalho, o que enseja o reconhecimento da nulidade da avença, com base no artigo 9º 
da CLT e 171, inciso II, do Código Civil. PROCESSO TRT Nº 00060-2006-066-15-00-
6 ROPS. Juíza Relatora ELENCY PEREIRA NEVES. Decisão N° 021277/2007.

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