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2 Parcelas sem natureza salarial

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Curso de Direito 
 
Direito do Trabalho II 
Professor: César Claudino Pereira. 
E-mail: 
cesarclaudinoadvogado@gmail.com 
 
1 
Parcelas sem natureza 
salarial 
2 
De acordo com o art.457, §2º, da CLT: 
 “Não se incluem nos salários as ajudas de 
custo, assim como as diárias para viagem que 
não excedam de cinquenta por cento do 
salário percebido pelo empregado.” 
 As parcelas a seguir não terão 
reflexo nas demais verbas 
trabalhistas, sendo pagas a título de 
indenização. 
3 
Lei 13.467/2017 
“Art. 457. ........................................................... 
§ 1º Integram o salário a importância fixa estipulada, as gratificações 
legais e as comissões pagas pelo empregador. 
§ 2º As importâncias, ainda que habituais, pagas a título de ajuda de 
custo, auxílio alimentação, vedado seu pagamento em dinheiro, diárias 
para viagem, prêmios e abonos não integram a remuneração do 
empregado, não se incorporam ao contrato de trabalho e não 
constituem base de incidência de qualquer encargo trabalhista e 
previdenciário. 
............................................................................................. 
§ 4º Consideram-se prêmios as liberalidades concedidas pelo 
empregador em forma de bens, serviços ou valor em dinheiro a 
empregado ou a grupo de empregados, em razão de desempenho 
superior ao ordinariamente esperado no exercício de suas atividades.” 
(NR) 
4 
Participação nos lucros e 
resultados – PLR. 
 Há expressa previsão da 
participação nos lucros e 
resultados na Constituição Federal, 
inclusive prevendo a natureza 
indenizatória dessa parcela. De 
acordo com o artigo 7º, XI, da 
CF/88. 
5 
Verifica-se que a PLR não 
substitui nem complementa 
a remuneração do 
empregado. Assim sendo, 
não integra ou reflete para 
qualquer efeito trabalhista. 
6 
Nem todos os empregados possuem 
direito ao pagamento da PLR. De 
acordo com a Lei nº 10.101/2000, que 
regulamentou essa matéria, há 
necessidade de negociação entre a 
empresa e seus empregados, 
mediante negociação coletiva (acordo 
ou convenção coletiva) ou comissão 
escolhida pelas partes, para que seja 
fixado a PLR. 
7 
O empregado que contribuiu com a 
empresa para a obtenção do 
resultado positivo terá direito à 
participação nos lucros, mesmo se 
extinto o contrato antes da data 
prevista para o pagamento da 
parcela. A negociação coletiva, 
segundo o TST, não poderá retirar do 
empregado o direito à PLR. 
8 
Súmula 451 do TST. 
Ajuda de custo 
 A ajuda de custo é outra parcela com 
natureza nitidamente indenizatória. Sua 
finalidade é reembolsar despesas efetuadas 
pelo empregado. Exemplo: despesas 
realizadas em razão da transferência, 
conforme previsto no art. 470 da CLT: 
 “As despesas resultantes da transferência 
correrão por conta do empregador.” 
9 
Diárias para viagem 
 Em regra, as despesas gastas pelo 
empregador com viagens serão pagas a título 
de ressarcimento (indenização), sem natureza 
salarial, portanto. Entretanto com base no 
princípio da primazia da realidade, se as 
diárias excederem a 50% do salário do 
empregado, pressupõe que exista fraude, e 
neste caso terá natureza salarial. Inclusive, há 
expressa previsão legal, de acordo com o 
art.457, § 2º, da CLT. 
10 
Súmula nº 101 do TST. 
Tratando-se de empregado 
mensalista, a integração das diárias 
no salário deve ser feita tomando-se 
por base o salário mensal por ele 
percebido e não o valor do dia de 
salário, somente sendo devida a 
referida integração quando o valor 
das diárias, no mês, for superior à 
metade do salário mensal. 
11 
Súmula nº 318 do TST 
As diárias distinguem-se da ajuda 
de custo, uma vez que esta última 
corresponde a um pagamento 
único efetuado ao empregado por 
ocasião de transferência. Ajuda de 
custo tem sempre natureza 
indenizatória. 
12 
Vale Transporte – Lei nº 7.418/85 
 O vale transporte é pago pelo 
empregador de forma antecipada e tem 
como objetivo cobrir as despesas de 
deslocamento da residência para o 
trabalho, por meio do sistema de 
transporte coletivo público. Todos os 
empregados urbanos e rural têm direito 
de receber essa quantia, inclusive os 
empregados domésticos. 
13 
Essa parcela, por expressa 
previsão em lei, não possui 
natureza salarial, nem se 
incorpora à remuneração para 
quaisquer efeitos. 
Consequentemente, não é base de 
incidência de contribuição 
previdenciária ou de FGTS. 
14 
Cabe ao empregado informar, por 
escrito, seu endereço residencial e 
os meios de transporte mais 
adequados para o deslocamento. 
Se o trabalhador prestar 
informações falsas, poderá ser 
dispensado por justa causa. 
15 
Salário família 
De acordo com art.7º, XII, da CF/88: 
 “São direitos dos trabalhadores 
urbanos e rurais, além de outros 
que visem à melhoria de sua 
condição social: salário família pago 
em razão do dependente do 
trabalhador de baixa renda nos 
termos da lei.” 
16 
Salário família é um benefício 
previdenciário concedido aos 
segurados de baixa renda (artigos 
65 a 70 da Lei nº 8.213/91), em 
razão dos filhos menores de 14 
anos ou inválidos de qualquer 
idade. 
17 
 
18 
A sua finalidade é ajudar os pais a 
custear a educação dos filhos. Esse 
benefício não possui natureza salarial 
e para a sua obtenção há necessidade 
de preencher dois requisitos: 
a) Trabalhador de baixa renda; 
b) Filhos menores de 14 anos, ou 
inválidos de qualquer idade. 
19 
Apenas os empregados urbanos e 
rurais e trabalhadores avulsos têm 
direito a esse benefício 
previdenciário. Os empregados 
domésticos possuem esse 
benefício. Lei complementar nº 
150 de 2015. 
20 
Súmula nº 344 do TST. 
O pagamento do salário família é 
feito pelo empregador ao 
empregado. Posteriormente, o 
valor é compensado pelo INSS. 
Para o trabalhador avulso, o 
pagamento é realizado 
diretamente pelo INSS. 
21 
Carência para pagamento salário família 
 Carência é o número mínimo de 
contribuições mensais necessárias 
para recebimento de um benefício 
pago pela Previdência Social. O 
salário família não possui carência, 
basta apresentar a documentação 
dos filhos menores de 14 anos ou 
inválidos de qualquer idade. 
22 
Observação 
 É exigida a apresentação anual de atestado 
de vacinação obrigatória para os filhos de até 
6 anos de idade e comprovação semestral de 
frequência à escola para os filhos a partir dos 
6 anos. Não apresentada a documentação 
obrigatória, comprovante de vacinação ou 
frequência escolar, o benefício do salário 
família será suspenso até que a 
documentação seja apresentada. 
23 
Ademais, há equiparação ao filho, para fins 
desse benefício, dos enteados e tutelados. 
Observação 
 O valor do benefício do 
salário família será 
ajustado periodicamente 
conforme decreto 
governamental. 
24 
Deve-se ressaltar que esse 
benefício é pago em razão de cada 
um dos filhos do trabalhador. 
Assim sendo, é cabível a 
cumulação de benefícios para o 
pai e para a mãe, desde que 
ambos sejam de baixa renda, e o 
filho seja menor de 14 anos. 
25 
Cessação do benefício 
O direito ao salário família cessa 
automaticamente: 
a) Com a morte do filho ou equiparado; 
b) Quando o filho completar 14 anos de 
idade, exceto se inválido; 
c) Com a recuperação da capacidade para o 
inválido; 
d) Com o desemprego ou morte do segurado. 
26 
Tendo havido divórcio, separação 
judicial ou de fato dos pais, ou em 
caso de abandono legalmente 
caracterizado ou perda do pátrio 
poder, o salário família passará a ser 
pago diretamente àquele a cujo o 
cargo ficar o sustento do menor, ou a 
outra pessoa, e houver determinaçãojudicial nesse sentido. 
27 
Salário-Utilidade ou Salário IN Natura 
O salário do empregado poderá ser 
pago em dinheiro e parte em 
utilidades. No salário-utilidade ou in 
natura ocorre a substituição de parte 
paga em dinheiro por utilidades que 
seriam adquiridas pelo empregado. 
Exemplo: moradia e alimentação. 
28 
 
29 
Ressalte-se que é vedado o 
pagamento apenas em 
utilidades. No mínimo, 30% do 
salário deverá ser pago em 
dinheiro. Ademais, as parcelas 
pagas em utilidades são 
“descontadas” do salário do 
empregado. 
30 
Alguns desses descontos 
possuem limites, 
percentuais previstos em 
lei. Os demais descontos 
deverão respeitar o real 
valor da utilidade. 
31 
OJ nº 18 da SDC e Súmula nº 258 do TST. 
De acordo com a CLT 
a) Em relação empregado urbano, 
devem ser respeitados os 
seguintes percentuais: 
alimentação limitada a 20%, e 
moradia, a 25% do salário 
contratual do empregado (art.458, 
§3º da CLT). 
32 
b) Em relação ao empregado rural, 
os percentuais são limitados a 
25% para a alimentação e a 20% 
para a moradia. Esses descontos 
ocorrem sobre o salário mínimo. 
33 
É vedado o pagamento de utilidades: 
cigarro, bebidas e drogas afins. Súmula 
nº 367, Item II do TST. 
Se a alimentação é fornecida 
habitualmente, por força do 
contrato de trabalho ou do 
costume, integrará a 
remuneração do empregado, 
configurando salário-utilidade. 
34 
Se houver previsão expressa em norma 
coletiva que retire essa natureza 
salarial, a alimentação será paga como 
parcela indenizatória e não integrará o 
salário do empregado. Ademais, se a 
alimentação é fornecida com base no 
Plano de Alimentação do Trabalhador – 
PAT, previsto na Lei nº 6.321/76, não 
tem natureza salarial. 
35 
Súmula nº 241 do TST e OJ nº 123 e 133 do TST. 
Natureza jurídica da utilidade 
Torna-se imprescindível verificar se a 
utilidade recebida pelo empregado 
possui natureza salarial, pois uma vez 
reconhecido esse caráter, integra as 
demais parcelas. Exemplo: o 
transporte fornecido pelo 
empregador é salário-utilidade ou 
apenas ferramenta de trabalho? 
36 
Requisitos para configurar salário-utilidade: 
a) Utilidade deverá ser fornecida 
habitualmente. Exemplo: empregado 
recebe todos os meses duas cestas 
básicas. 
b) Utilidade fornecida terá caráter de 
contraprestação, ou seja, é paga pelo 
trabalho desempenhado pelo 
empregado. 
37 
Salário-utilidade é salário, 
logo integra demais 
parcelas trabalhistas, 
quando preenchidos 
cumulativamente os dois 
requisitos anteriores. 
38 
Exemplo 
Empregado recebe R$ 1000,00 em 
dinheiro e R$ 200,00 em alimentação. 
Salário desse empregado é de R$ 
1.200,00. Sobre esse valor ocorrerá, 
por exemplo, os depósitos do FGTS e 
será calculado o décimo terceiro 
salário. 
39 
Se a utilidade fornecida é para o 
trabalho, ou seja, como ferramenta 
indispensável à realização dos 
serviços, não terá natureza salarial, 
mas sim de indenização. Exemplo: 
energia elétrica, EPIs, enxada e facão, 
carro fornecido para o vendedor da 
empresa etc... Não são considerados 
salário. 
40 
SALÁRIO IN NATURA 
PELO SALÁRIO-UTILIDADE 
(CONTRAPRETAÇÃO) 
PARA NÃO É SALÁRIO-
UTILIDADE 
(FERRAMENTA DE 
TRABALHO). 
41 Súmula nº 367, item I, do TST. 
Há previsão de algumas utilidades 
que, em regra, não possuem 
natureza salarial quando 
fornecidos pelo empregador. 
De acordo com art. 458, §2º, da CLT. 
 
Fazer a leitura do texto do artigo. 
42 
Da forma, do tempo e local do pagamento. 
O salário poderá ser pago de três formas: 
a) Salário por unidade de tempo. O 
empregado receberá pelos minutos e 
horas que estiver à disposição do 
empregador, aguardando ou 
executando ordens. Nesse caso, o 
salário independe da produtividade 
do trabalhador. 
43 
Da forma, do tempo e local do pagamento. 
O salário poderá ser pago de três formas: 
b) Salário por unidade de obra ou 
salário por produção: empregado 
receberá de acordo com as 
quantidade produzida, ou seja, o 
salário estará intimamente ligado ao 
seu desempenho pessoal, 
independentemente do tempo gasto. 
44 
Da forma, do tempo e local do pagamento. 
O salário poderá ser pago de três formas: 
c) Salário por tarefa. Forma 
mista de pagamento. Receberá 
conforme o serviço prestado 
(produção) e em período 
previamente fixado (tempo). 
45 
A periodicidade do pagamento 
deverá ocorrer em intervalos não 
superiores a um mês, exceto o 
pagamento das gratificações, 
comissões e percentagens. O 
salário poderá ser pago por dia, 
semana, quinzena ou mês. 
46 
O pagamento deve ser efetuado até o 
5º dia útil subsequente ao mês 
vencido. Esse prazo para o pagamento 
do salário está previsto no art. 459 da 
CLT. 
O pagamento do salário pago em 
pecúnia deverá ocorrer em moeda 
corrente do País (real). Nesse sentido 
afirma o art. 463 da CLT. 
47 
O local do pagamento deverá 
ocorrer, em regra, no local de 
trabalho, em dia útil, dentro do 
horário de trabalho ou 
imediatamente após seu 
encerramento, exceto se efetuado 
depósito em conta bancária do 
empregado (art. 465 da CLT). 
48 
A prova do pagamento será feita 
mediante recibo. Também tem força 
de recibo o comprovante de depósito, 
em conta bancária (art.464 da CLT). 
Para o analfabeto, diante da 
impossibilidade de assinatura, deve 
ser colocada sua impressão digital. 
Não sendo possível a impressão 
digital, será feita assinatura a rogo. 
49 
Assinatura a rogo ocorre quando um terceiro assina pelo empregado analfabeto 
(ou que esteja impossibilitado de assinar) na presença de duas testemunhas. 
Garantias de proteção ao salário 
Dentre as características do salário, 
destaca-se sua natureza alimentar, pois 
ele tem finalidade de garantir o sustento 
do trabalhador e de sua família. Diante 
disso, o salário é protegido contra 
eventuais abusos cometidos pelo 
empregador e, ainda, protegido em face 
dos credores do empregador e dos 
credores do próprio empregado. 
50 
Garantia em face de eventuais abusos 
cometidos pelo empregador: 
a) Irredutibilidade salarial: O 
empregador não poderá, por ato 
unilateral, reduzir o salário do 
empregado. Há possibilidade de 
redução salarial, excepcionalmente, 
via negociação coletiva (acordo e 
convenção). 
51 
b) Intangibilidade salarial. Essa garantia veda 
que descontos ilegais e abusivos seja efetuados 
pelo empregador no salário. Excepcionalmente, 
alguns descontos são permitidos: 
1- Desconto em razão do salário-utilidade; 
2- Descontos no salário em razão de dano causado 
pelo empregado; (OJ nº 251 da SDI-I do TST). 
3- Adiantamentos salariais feitos em favor do 
empregado; 
4- Descontos legais (pensão alimentícia, por 
exemplo) e convencionais (previsão em acordo 
coletivo – contribuição assistencial). 
52 
c) Vedação ao truck systen. 
Truck system é o pagamento do 
salário por meio de vales ou 
bônus para compra de 
produtos em armazém mantido 
pelo empregador. (art.462, §2º 
CLT) 
53 
d) Pagamento na primeira audiência 
judicial. No caso de rescisão do 
contrato de trabalho, o empregador é 
obrigado a pagar ao empregado, à 
data do comparecimento na Justiça 
do Trabalho, a parte incontroversa, 
sob pena de pagá-la acrescida de 
50%. 
54 
Proteção em face dos credores do 
empregador. 
Deve-se ressaltar, mais uma vez, que 
os riscos do empreendimento são 
exclusivos do empregador. Assim 
sendo, na falência, o salário constitui 
crédito privilegiado. Em razão do 
caráter alimentar, o salário é 
protegido em face dos credores do 
empregador. 
55 
Proteção em face dos credores 
 do próprio empregado. 
O salário do empregado éimpenhorável, 
mesmo quando depositado em conta - 
corrente. Há exceções a essa 
impenhorabilidade, entretanto, em razão 
de pagamento de prestação alimentícia. 
Diante disso, os credores do trabalhador 
não poderão requerer a penhora sobre o 
salário, em virtude das dívidas contraídas 
pelo empregado. 
56 
Equiparação salarial 
De acordo com o art.7º, XXX, da CF/88: São 
direitos dos trabalhadores urbanos e 
rurais, além de outros que visem à 
melhoria de sua condição social: 
proibição de diferença de salários, de 
exercício de funções e de critério de 
admissão por motivo de sexo, idade, 
cor ou estado civil. 
57 
Com base no princípio da 
igualdade, é vedado o tratamento 
diferenciado para trabalhadores 
que exerçam a mesma função. Há 
previsão do direito à equiparação 
salarial, nas hipóteses de 
tratamento diferenciado. 
58 
 
59 
Para tanto é necessário que o 
empregado que pretenda 
adquirir a equiparação 
(trabalhador equiparando) 
preencha os seguintes 
requisitos cumulativamente: 
60 
1- Trabalho exercido pelo 
empregado requerente 
(trabalhador equiparando ou 
paragonado) e o empregado 
paradigma (pessoa com quem se 
pretende a equiparação) deve ser 
prestado para o mesmo 
empregador. 
61 
2- Trabalho na mesma localidade; 
3- Empregados possuam a mesma 
função; 
4- Tempo na função não poderá 
ser superior a dois anos; 
5- Trabalho de igual valor; 
6- Inexistência de quadro de 
carreira. 
62 
Importante destacar, que a 
simultaneidade na prestação de 
serviços é imprescindível à 
equiparação salarial. Dessa forma, é 
necessário que equiparando e 
paradigma tenham, numa 
determinada época, mesmo que 
situação pretérita, exercido 
simultaneamente a mesma função. 
63 
Observação 1 
O empregado readaptado 
não poderá servir como 
paradigma, em razão das 
peculiaridades de suas 
condições pessoais. 
64 
Observação 2 
O instituto da equiparação salarial não é 
aplicado aos servidores da Administração 
direta, autárquica e fundacional, por força do 
art.37, XIII, da CF/88. As regras da equiparação 
salarial, entretanto, são aplicáveis aos 
empregados públicos de sociedade de 
economia mista e empresas públicas. Essas 
empresas são organizadas com regras próprias 
das empresas privadas. 
65 
Desvio de função 
 Instituir o quadro de carreira é decisão que 
caberá exclusivamente ao empregador, pois 
esse ato insere-se dentro do seu poder 
diretivo. Ocorre que, uma vez implementado 
o quadro, ele deverá ser respeitado, pois 
integra as cláusulas do contrato de trabalho. 
Se o empregador descumprir as regras do 
regulamento, estará configurando desvio de 
função. 
66 
Ocorre desvio de função 
quando empregado que 
deveria estar desempenhando 
uma determinada função está 
prestando serviços esporádicos 
em outra, com salário mais 
elevado. 
67 
Lei 13.467/2017 
“Art. 458. ............. 
 § 5º O valor relativo à assistência prestada por serviço 
médico ou odontológico, próprio ou não, inclusive o 
reembolso de despesas com medicamentos, óculos, 
aparelhos ortopédicos, 
próteses, órteses, despesas médico-hospitalares e outras 
similares, mesmo quando concedido em diferentes 
modalidades de planos e coberturas, não integram o 
salário do empregado para qualquer efeito nem o salário 
de contribuição, para efeitos do previsto na alínea q do § 
9o do art. 28 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 
1991.”(NR) 
68 
Lei 13.467/2017 
“Art. 461. Sendo idêntica a função, a todo trabalho de 
igual valor, prestado ao mesmo 
empregador, no mesmo estabelecimento empresarial, 
corresponderá igual salário, sem distinção de sexo, etnia, 
nacionalidade ou idade. 
§ 1º Trabalho de igual valor, para os fins deste Capítulo, 
será o que for feito com igual produtividade e com a 
mesma perfeição técnica, entre pessoas cuja diferença de 
tempo de serviço para o mesmo empregador não seja 
superior a quatro anos e a diferença de tempo na função 
não seja superior a dois anos. 
69 
§ 2º Os dispositivos deste artigo não prevalecerão quando o empregador tiver pessoal 
organizado em quadro de carreira ou adotar, por meio de norma interna da empresa 
ou de 
negociação coletiva, plano de cargos e salários, dispensada qualquer forma de 
homologação ou 
registro em órgão público. 
§ 3º No caso do § 2º deste artigo, as promoções poderão ser feitas por merecimento e 
por antiguidade, ou por apenas um destes critérios, dentro de cada categoria 
profissional. 
...................................................................................... 
§ 5º A equiparação salarial só será possível entre empregados contemporâneos no 
cargo ou 
na função, ficando vedada a indicação de paradigmas remotos, ainda que o paradigma 
contemporâneo tenha obtido a vantagem em ação judicial própria. 
§ 6º No caso de comprovada discriminação por motivo de sexo ou etnia, o juízo 
determinará, além do pagamento das diferenças salariais devidas, multa, em favor do 
empregado discriminado, 
no valor de 50% (cinquenta por cento) do limite máximo dos benefícios do Regime 
Geral de 
Previdência Social.” (NR) 
70 
Referência Bibliográfica 
1- Curso de Direito do Trabalho- Maurício Godinho 
Delgado – Editora LTr. 
2- CLT-LTr – Armando Casimiro Costa; Melchíades 
Rodrigues Martins e Sonia Regina da S. Claro. 
3- Direito do Trabalho – Para os concursos do TRT e 
do MPU – Henrique Correia – Editora JusPodivm. 
OBS.: Material Didático Pedagógico com o 
propósito de orientar o aluno no estudo do direito 
do trabalho, se faz necessário acompanhamento 
doutrinário, jurisprudencial e da legislação em 
vigor. 
 
71

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