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Resumo Grécia

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Algumas diferenças entre a Grécia antiga e a atual 
Sociadade e organização politica
São muitas as diferenças entre a Grécia moderna e a Grécia Antiga. O mundo grego antigo estendia-se por uma área muito maior do que o território grego atual. Além disso, há outra diferença básica. Hoje, a Grécia constitui um Estado, cujo nome oficial é "República Helênica". Já a Grécia Antiga nunca foi um Estado unificado com governo único. Era um conjunto de cidades-Estado independentes entre si, com características próprias embora a maioria delas tivesse seus sistemas econômicos parecidos, excluindo-se de Esparta. 
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Grécia Antiga
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Por Cristiana Gomes
GREGOS
Os gregos contribuíram muito para o mundo ocidental, verificamos a presença deste povo nas artes, nos princípios éticos e políticos. Os primeiros povos a ocupar a Grécia foram os Pelasgos em 2000 a.C., porém depois seu território foi invadido por povos indu-europeus conhecidos também como helenos.
A chegada destes povos foi decisiva para a história política da Grécia, porém eles não realizaram uma ocupação uniforme no território grego.
Com esses povos se iniciavam os tempos homéricos. Homero é o suposto autor das obras “Ilíada” e “Odisséia”, essas obras são grande fonte de referência histórica para se conhecer esse período.
CARACTERÍSTICAS DO PERÍODO HOMÉRICO
- Tradição e religião eram grande fonte de poder;
- Autoridade nas mãos do mais velho;
- Valorização da coragem na guerra;
- Cultivo coletivo da terra e a produção era repartida entre todos;
Com o crescimento da população e o conseqüente aumento do consumo de alimentos, houve a necessidade de terras mais férteis para aumentar a produção, o que causou várias disputas que acabaram por romper o processo de repartição coletiva.
CONSEQÜÊNCIAS DESSAS DISPUTAS
- Rompimento da repartição coletiva
- Desigualdade social
- Migrações: alguns deixavam a Grécia para fundar colônias em outras regiões; outros passaram a viver do comércio e artesanato; outros, ainda tornaram-se pequenos agricultores.
- As unidades políticas se ampliaram até formarem as cidades-Estados.
AS CIDADES-ESTADOS
- ESPARTA
Características
- Legislação severa
- Militarismo
- Estrutura social rígida. Dividia a sociedade em 3 grupos.
- Elite: eram os espartanos ou esparciatas. Por serem os únicos considerados cidadãos, podiam controlar a religião a política e os assuntos militares.
- Periecos: eram livres e se dedicavam ao comércio e ao artesanato.
- Hilotas: prisioneiros de guerra, eram a maioria da população.
Os espartanos temiam rebeliões dos hilotas, por esta razão fizeram da cidade um verdadeiro campo militar.
Aos sete anos, os meninos passavam a pertencer ao Estado e eram educados para a guerra, se desobedecessem eram punidos.Toda essa submissão causava transtornos entre as famílias, pois o cidadão espartano servia ao exército até os 60 anos.
O governo espartano era monárquico: dois reis comandavam os exércitos e representavam os interesses das principais famílias espartanas.
- ATENAS
Características
- Sociedade dividida em 3 grupos
- cidadãos: eram os proprietários de terra e o grupo mais poderoso.
- metecos: estrangeiros que se envolviam com o comércio e artesanato.
- escravos: não tinham direito político, assim como as mulheres.
- comércio ativo: exportavam: vinho,azeite,artesanato. Importavam: cobre,ferro e trigo.
Antes de se tornar uma Democracia (leia mais sobre a democracia ateniense), Atenas conheceu a monarquia, oligarquia ( governo de poucas pessoas, pertencentes ao mesmo partido, classe ou família) e a tirania.
LÍDERES
Drácon (legislador)
Sólon (legislador)
Pisístrato (tirano)
Hípias (tirano)
Hiparco (tirano)
Iságoras (último tirano)
Clístenes (sob seu comando, Atenas entrou em um período de reformas políticas que beneficiavam os mais pobres)
Nos séculos V e IV a.C.(Período Clássico), os gregos se envolveram em várias guerras.
1) Guerras Médicas: lutaram contra os persas, pois estes haviam construído um império que ameaçava as colônias gregas.
2) Guerra do Peloponeso (Atenas X Esparta): Esparta saiu vencedora.
3) Tebas X Esparta: Tebas saiu vencedora.
CONSEQÜÊNCIAS DESSAS GUERRAS
- Enfraquecimento das cidades gregas
- Enfraquecimento bélico
OS GREGOS E OS MACEDÔNIOS
Os Macedônios viviam no norte da Grécia, sem acesso para o mar, isolados geograficamente, porém com a ascensão de Filipe II ao poder, organizaram um exército e iniciaram uma campanha militar no intuito de conseguir uma saída para o mar - essa atitude os levou à conquista da Grécia em 338 a.C.
Foi com Alexandre - O Grande, que o Império Macedônico expandiu-se ainda mais. Alexandre derrotou os persas e os fenícios, chegando a invadir a Mesopotâmia e a dominar o extenso território que ia do mar Mediterrâneo até o rio Indo.
O império macedônico reunia traços ocidentais e orientais, ou seja, era marcado pela variedade cultural. Vários conhecimentos resultaram desse intercâmbio cultural, dentre eles a filosofia.
A mistura de hábitos, idéias e religiões dos povos que viviam sob o domínio macedônio ficou conhecido como cultura helenística.
Havia também uma preocupação com a existência humana e a vontade de ter uma vida mais tranqüila. Qual o papel do indivíduo no mundo?
CULTURA GREGA
- Mitologia
Características
- A mitologia grega incluía deuses, semi-deuses e heróis.
- Seus deuses tinham emoções parecidas com os seres-humanos, porém eram imortais. Zeus era o soberano do Olimpo (situado ao norte da Grécia).
- Alguns deuses eram homenageados em templos.
- Os gregos não se preocupavam com a vida após a morte.
- Corpos eram cremados e os cultos eram baseados em sacrifícios humanos.
- Outra forma de homenagear os deuses eram nos jogos pan-helênicos e nas Olimpíadas, feitas em homenagem a Zeus.
- A mitologia grega trazia ensinamentos e exemplos para a reflexão.Os gregos procuravam fornecer explicações para os mistérios da natureza e dos sentimentos humanos.
- Arte
Era centrada no homem, ou seja, era antropocêntrica.
- Exemplos de artistas
Escultura: Fídias, Míron e Praxíteles, são os mais conhecidos, porém o primeiro foi o mais atuante.
Teatro: Ésquilo (“Prometeu acorrentado”), Sófocles (“Édipo rei”), Eurípedes (“Medéia”) e Aristófanes (“As nuvens” e “As rãs”).
Poesia: Homero. Suposto autor da ”Ilíada” e “Odisséia”.
A “Ilíada” narra a Guerra de Tróia e a “Odisséia” conta as aventuras de Ulisses ao voltar para casa após o término dessa guerra.
Outros autores: Hesíodo, Heródoto e Tucídides.
Filosofia: Pitágoras, Sócrates, Platão e Aristóteles.
Veja: Arte Grega
CONCLUSÃO
A Grécia fez importantes contribuições ao campo da arte, da literatura e da filosofia: seus escultores e arquitetos, poetas e dramaturgos, filósofos e legisladores lançaram as bases longínquas de toda a cultura ocidental; suas colônias estenderam-se até o mar Negro, norte da África e sul da Itália e França, mas a constante rivalidade, sobretudo entre Esparta e Atenas, acabou enfraquecendo a civilização grega permitindo a sua conquista por Filipe da Macedônia em 338 a.C.
Seu filho, Alexandre, O Grande difundiu largamente a civilização helênica, como citado anteriormente.
Os cretenses: início da civilização Grega
Creta desenvolveu-se, entre aproximadamente 2000 e 1400 a.C, uma das mais brilhantes civilizações da Antiguidade: a civilização cretense. Essa civilização tinha conhecimento da escrita, desenvolveu uma rica produção artesanal e um imenso comércio marítimo. 
Os cretenses habitavam a ilha de Creta, situada no Mar  Mediterrâneo, entre a Grécia, a Ásia Menor e o Egito. Sua posição geográfica era quase um traço de união entre a Ásia, a Europa e a África. Está no sul do mar Egeu e é a segunda maior ilha do mar Mediterrâneo oriental e a quinta maior de todo aquele mar. Segundo um mito, era naquela ilha que vivia o minotauro. A capital da ilha é a cidade de Iráclio.
Estudos arqueológicos mostram que os primeiros habitantes teriam chegado à ilha por voltado ano 3000 a.C., provavelmente vindos da Ásia Menor.
A partir de 2000 a.C. já se destacavam como senhores do comércio no Mar Egeu. A expansão marítima e o conseqüente contato com várias civilizações desenvolvidas da época levaram os cretenses a construir uma grandiosa civilização.
Não há muitas informações sobre a história de Creta, pois a escrita minóica, que era utilizada pelo povo cretense, ainda não foi totalmente decifrada. A escrita minóica era semelhante aos hieróglifos egípcios, formada por pequenas figuras e símbolos. Apenas os relatos dos antigos gregos, de obras do século  VI e V a.C., e sobretudo as escavações arqueológicas, permitem-nos reconstruir, em parte a história desse povo e conhecer um pouco de sua cultura.
Sabe-se também, que aquela civilização construiu palácios em Cnossos, em Festos, em Maliá e em Santa Trindade – palácios cujas ruínas ainda são vistas.
Inicialmente, os cretenses praticavam uma agricultura especializada, cultivando cereais, oliveiras e vinhas, e criavam animai, mas na verdade o comércio é que era a base da economia.
Para incrementar as atividades comerciais, os cretenses desenvolveram uma diversificada produção artesanal, utilizando metais (cobre, bronze, ouro e prata), e fabricando objetos de cerâmica. E tão importantes eram os artigos de cerâmica para o comércio que os artesãos  chegaram até a ocupar posição de destaque na economia urbana e na sociedade.
A área do comércio de Creta abrangia as ilhas vizinhas do Mar Egeu, a ilha de Chipre, a Síria, de onde traziam metais para suas oficinas, e o Egito, de onde traziam marfim e perfumes. Possuíam um sistema de pesos e medidas semelhante ao dos egípcios e mesopotâmicos. Em Creta surgiu, pela primeira vez, um a civilização que tinha muito poder por dominar os mares, o que, recebeu o nome de talassocracia.
Um traço cultural importante da civilização cretense foi a religião, que se baseava sobretudo, no culto da Deusa-Mãe, uma divindade feminina que governava o Universo e representava a fecundidade. Tal crença contribuiu para  que a mulher tivesse acesso às mesmas atividades masculinas, não sofrendo discriminações ou restrições.
Provavelmente por volta do século XIV a.C., Creta foi dominada pelos aqueus, povo que invadiu a região da Grécia e estabeleceu-se na cidade de Micenas. Da união de culturas dos dois povos surgiu a civilização creto-micênica, ponto de partida para a brilhante cultura grega.
Micenas tornou-se uma importante cidade e dominou toda a região do Mediterrâneo oriental, incluindo a cidade de Tróia. Essa conquista é descrita nas narrativas sobre a guerra de Tróia, que teria ocorrido por volta de 1200 a.C.
Finalmente, por volta do século XII a.C., chegaram os dórios, povo guerreiro que dominou a região e arrasou as cidades forçando a dispersão dos povos que ali estavam  para áreas isoladas no território ou a fuga para as ilhas do Mar Egeu ou a costa do Ásia Menor. O domínio dos dórios levou a destruição da civilização micênica e deu origem a um novo momento na história da Grécia antiga.
            
Creta tornou-se um estado autônomo em 20 de março de 1898 e independente em 6 de outubro de 1908. Em 30 de maio de 1913 passou a pertencer definitivamente à Grécia.

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