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CONSTITUIÇÃO ESTADUAL COMP ESTADUAL

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CONSTITUIÇÕES ESTADUAIS: 
A primeira idéia é de que os estados membros são autônomos, a constituição dispõe acerca 
deles no capítulo terceiro do título terceiro, não está dito explicitamente, como no caso dos 
municípios, mas a idéia implícita é de que os estados membros são autônomos. É 
importante, refletir acerca do que é autonomia, em que ela consiste. Dois elementos podem 
identificar a autonomia: 1o- sujeito da autonomia, ou simplesmente: quem é autônomo? 
(não é tão relevante a pergunta quando se trata de pessoas físicas, sendo relevante no caso 
das pessoas jurídicas), 2o- objeto da autonomia (depois de identificar quem é autônomo, é 
preciso saber a resposta da seguinte pergunta: ele é autônomo para fazer o quê?). Esse 
segundo elemento (objeto da autonomia) se subdivide em outros dois elementos: 
1o- conjunto de tarefas (conjunto de realidades para as quais esse ser autônomo dedicará 
sua autonomia, ou seja, ele é autônomo para certos fins), 2o-meios necessários para realizar 
seu fins (sem eles o ser não pode ser autônomo). Por sua vez, o elemento da autonomia que 
diz respeito aos meios necessários pode subdividir-se em dois: 1o-meios humanos (gente) e 
2o-meios financeiros (dinheiro). 
Essa idéia de autonomia estava muito boa na definição de município (a definição que as 
constituições brasileiras vinham definindo autonomia dessa forma: “a autonomia dos 
municípios será assegurada pela eleição do prefeito e do vice prefeito em data tal e pela 
administração própria no que respeite ao peculiar interesse local e especialmente quanto a 
decretação e arrecadação dos tributos de sua competência e organização dos serviços 
públicos do município”, lembrando que tal definição valia para os estados membros), a 
constituição de 1988 abandona, lamentavelmente, essa definição, que continha a essência da 
autônomia. A primeira análise da autonomia é acerca do sujeito, pessoa física é fácil, mas 
como a pessoa jurídica é autônoma? Isso significa em primeiro lugar que entidade toda 
resolve suas “coisas” e, considerando a quantidade de pessoas no mundo moderno, isso é 
feito de forma representativa, então, por conseguinte, eleição dos dirigentes de tal entidade, 
ou seja, a entidade se governa a si mesma, e, consequentemente, ela elege as pessoas que 
vão administrar a entidade em nome do conjunto, e a entidade deve prever as ocasiões em 
que é necessário ouvir o conjunto todo. Portanto, essencialmente, isso significa eleição 
direta e autonomia política: auto governo, esse é o primeiro elemento de autonomia 
(principalmente no caso das pessoas jurídicas: capacidade da entidade de governar a si 
mesma, através de 
um processo direto ou através de representação. Do lado do objeto temos o segundo 
elemento da autonomia, os fins, o que é um conjunto de fins? Um conjunto de assuntos que 
são reservados a atuação dessa entidade, na verdade isso é um conjunto de competências, a 
questão das competências aparece aqui, se você tem uma entidade autônoma, que defina seu 
governo, mas não possui um conjunto de atividades reservadas a ela, estando suas 
atividades a mercê da interferência de qualquer um, não haverá autonomia, porque as coisas 
que ela deve resolver também podem ser resolvidas por todo o mundo (ou seja, em outros 
níveis de administração, em outros níveis de governo) e a entidade em questão não terá 
nada para resolver por conta própria, sendo assim, uma entidade precisa ter um conjunto de 
obrigações que são dela e não dos outros, mas não basta isso, ter capacidade de auto 
governo e ter capacidade ter um conjunto de tarefas, fins ou competências reservadas a ela, 
sendo imprescindíveis os meios necessários para enfrentar essas competências, realizar 
essas 
competências, os meios humanos significam um conjunto de pessoas, funcionários, que irão 
realizar as tarefas que estão a cargo dessa entidade, não sendo, claro, um conjunto qualquer 
de pessoas, um conjunto disperso, ou seja, esse conjunto de funcionários deve ser 
organizado, obedecendo a uma determinada estrutura, que tenha um organograma, para que 
tais funcionários não precisem procurar o prefeito por exemplo, para saber seus afazeres, é 
uma organização dos serviços públicos, e isso se chama autonomia administrativa. 
Por outro lado deve-se contar com os meios financeiros, pois é impossível gerir algo sem a 
parte financeira , essa entidade precisa de uma receita, por isso na definição de autonomia 
presente nas constituições anteriores se falava em “decretação, arrecadação e utilização dos 
tributos de sua competência”, portanto, há tributos de sua competência, cabendo a entidade 
decretar, arrecadar e aplicar tais tributos, essa é a autonomia financeira do município ou do 
estado. É por isso que se falava de uma tríplice autonomia municipal: autonomia política, 
autonomia administrativa e autonomia financeira, na autonomia administrativa podia-se 
englobar a questão das competências, pois a organização dos serviços públicos locais é 
realizada para atingir os ditos fins municipais ou estaduais, por isso, há uma relação muito 
próxima entre a a questão da distribuição das competências e a questão do organograma, da 
organização dos serviços públicos locais), a tríplice autonomia do município, ou, 
considerando-se esse lado do esquema, duas autonomias: uma autonomia chamada auto 
governo e outra que podemos chamar de auto administração, estou usando de propósito 
essas palavras diferentes, “autonomia” de uma lado e “auto” de outro, para podermos 
considerar os dois lados da chave: autonomias política, financeira e administrativa 
considerando esse lado que é mais “desdobrado”, enquanto que “auto governo” e “auto 
administração” estariam mais próximos de um ponto de partida do esquema. Portanto, a 
autonomia implica, e isso vale para qualquer autonomia (não somente no município e 
estado, mas também na União) vai implicar nessas três coisas, ou nesse conjunto complexo 
de coisas: vai implicar um “quem” é autônomo (relevante para pessoas jurídicas), a 
definição de um objeto da autonomia, que por sua vez, implica um conjunto de fins ou um 
conjunto de competências, e, por fim, implica esse duplo aspecto de meios, meios humanos 
e meios financeiros (autonomia administrativa e autonomia financeira propriamente dita), 
portanto autonomia é isso. Isso é uma idéia básica para podermos acompanhar o nosso 
assunto do estado membro na constituição, essa é uma idéia geral, ou seja, saber o que é 
autonomia em qualquer situação, vamos aplicar agora isso no estado membro e no 
município. Primeiro, essa autonomia da auto organização, diz a constituição no art. 25, os 
estados organizam-se e regem-se pelas constituições que adotarem, os estados tem 
constituições, conforme nós já salientamos, por que é que os estados tem constituição? Nós 
vimos que uma das diferenças naquela escadinha entre a União, estado e município, a União 
é soberana, a união tem constituição, o estado membro não é soberano, é o erro daquele 
decreto inicial de 1989 dizer que os estados eram soberanos, os estados não são soberanos, 
os estados são autônomos, mas participam da soberania nacional, e é nesse sentido que 
justifica-se o fato deles possuirem constituição, na verdade eles tem constituição a dois 
títulos, uma porque essa união, o Estado brasileiro, que é soberano, é um Estado de tipo 
federativo, portanto, é um Estado no qual estados membros, partes integrantes dele 
(Estado), são indispensáveis, não pode haver o Estado brasileiro, não existindo como tal, 
sem ser um Estado de tipo federativo, ou seja, sem ser um Estado federal, a federação 
inclusive é uma cláusula pétrea, não pode ser destruída a federação, não pode haver emenda 
para acabar com ela e é um dos motivos pelos quais tais estados membros temconstituição, 
a outra é a fixação de que os estados teriam pré existido, ou seja, eles é que teriam sido 
independentes originariamente, eles é que teriam vindo à luz, à existência, por conta própria 
e, num segundo momento é que eles se associam, portanto, num primeiro momento eles é 
que tinham soberania, eles é que tinham constituição e só depois transferem algumas das 
faculdades que eles tinham, para esse ente maior que eles organizam, os estados 
têm poderes, os três poderes, essas idéias chamam umas as outras, soberania, constituição e 
poder (três poderes). O município, por sua vez, é apenas autônomo, não se diz que ele 
participa da soberania nacional, portanto ele não tem constituição e não tem poder, isso tudo 
é uma terminologia constitucional equivocada. Portanto, os estados membros tem 
constituição, por essa dupla razão: uma porque o Brasil e um Estado federal, do qual os 
estados membros participam necessariamente, integram necessariamente, e outra por conta 
daquela fixação de que os estados membros teriam pré existido, eles é que teriam tido 
constituição no início, eles é que teriam sido soberanos. 
Bem... “os estados organizam-se e regem-se pelas leis que adotarem, observados os 
princípios estabelecidos nessa constituição”, quais são os princípios constitucionais a que o 
estado membro a se conformar de acordo? Nós podemos identificar três tipos de 
princípios, tradicionalmente, a constituição atual só admite, atualmente, dois tipos de 
princípios, haviam os princípios constitucionais estabelecidos, haviam os princípios 
constitucionais sensíveis e haviam os princípios contitucionais extensíveis. A constituição 
atual desconsidera este terceiro tipo (extensíveis) e cria certas complicações. O que são 
princípios constitucionais estabelecidos? A rigor, todas essas três categorias são princípios 
constitucionais estabelecidos, mas há uma diferença entre elas, uma peculiaridade que a 
segunda e terceira categorias acrescentam (sensíveis e extensíveis), de modo que podemos 
falar de três categorias, princípios contitucionais estabelecidos é tudo aquilo que a 
constituição dispõe acerca dos estados; em primeiro lugar ela dispõe algumas coisas de 
forma expressa e essas coisas dipostas de forma expressa, elas tem dois tipos: ou são 1o-
mandatórias ou são 2o-vedatórias, há um conjunto de regras que a constituição impõe: “os 
estados membros farão isso ou aquilo...”, “os estados membros tem tal organização...” e etc, 
são, portanto, mandatos, ordens, determinações que a constituição está fazendo para os 
estados membros, por outro lado ela tem disposições vedatórias, aquelas que vedam aos 
estados fazer determinada coisa, proibem os estados de fazer determinada coisa, vimos 
algumas no art.19: “é vedado a união, aos estados, ao distrito federal e aos municípios 
estabelecer cultos religiosos, recusar fé aos documentos públicos...”, portanto, há 
determinações de caráter positivo, essa que mandam fazer determinada coisa, estruturam o 
estado de determinada forma, e há outras de caráter vedatória, aquelas que impedem os 
estados de fazer alguma coisa, esse foi o princípio constitucional estabelecido. Os princípios 
constitucionais sensíveis são princípios constitucionais estabelecidos, mas eles acrescentam 
uma nota especial, e por isso são dito sensíveis, são princípios que tem uma sensibilidade 
particular, qual é essa sensibilidade? Consiste no fato de que, sendo eles afetados, sendo 
eles violados, sendo eles infringidos de algum modo, acarretam uma solução radical, que é a 
solução da intervenção federal dos estados membros, uma vez atingidos esses princípios, 
que a constituição relaciona claramente, acho que é matéria do art.34, aparece aí uma 
relação de princípios constitucionais de obediência necessária pelos estados membros, 
faltando essa obediência, havendo uma 
infração a esses princípios que constituição explicitou e arrolou, segue-se a solução da 
intervenção federal, são princípios constitucionais estabelecidos, mas eles se destacam dos 
outros, porque eles permitem, eles possibilitam a intervenção, eles são tão sensíveis, tão 
graves e tão importantes que, em sendo violados de algum modo, em sendo afetados de 
algum modo, segue-se o remédio extremo da intervenção, hoje a constituição trata destes 
dois tipos de princípios, os princípios constitucionais estabelecidos e os princípios 
constitucionais sensíveis, as constituições anteriores faziam referência ainda a uma terceira 
categoria, que eram os extensíveis “eles também eram extensíveis, pois é a própria 
constituição que está dizendo isso) são regras da constituição federal aplicadas a união, mas 
que a constituição mandava extender aos estados, por isso que eram extensíveis, hoje a 
constituição não diz mais isso, mas aí cria-se uma outro problema que a doutrina suscita, e 
aí nos voltamos aos princípios estabelecidos, se nós só temos hoje os princípios 
estabelecidos e os princípios sensíveis, que são estabelecidos, mas que tem sobre eles a 
característica de possibilitar a intervenção, a doutrina começa a discutir a existência de 
princípios constitucionais estabelecidos implícitos, que é um pouco o caso, em última 
análise, dos extensíveis, nos extensíveis havia uma determinação constitucional de que uns 
tantos princípios, umas tantas regras da união deviam ser aplicados aos estados, mas não há 
mais essa redação, aí se cria o problema dos princípios constitucionais implicítos, haveriam 
princípios constitucionais implícitos? Esse é um problema interessante, o supremo tribunal 
federal, com base em princípios constitucionais implícitos, tem considerado algumas 
disposições constitucionais estaduais, a doutrina e a jurisprudência que vão tentando 
entender, descobrir, dentro da constituição, regras que seriam de aplicação forçosa, num 
nível de estado membro, mesmo que não tenha determinação explícita. Bom, nós temos em 
relação a auto organização , esse primeiro elemento da autonomia, que na verdade é mais do 
que autonomia, sendo relativo a soberania, dos estados temos esse problema grave que é 
problema da constituição estadual, quais são os limites do poder constituite estadual? Num 
certo sentido, fazer a consituição federal é muito fácil, você ser constituinte federal é muito 
fácil, porque você vai ter uma liberdade de criação normativa muito grande, não há 
limitação do conteúdo que 
você vai dispor, em relação, pelo menos, a constituição anterior, não há regra de direito 
positivo que esteja limitando sua atuação como representante do poder constituinte 
originário, mas em relação ao constituinte estadual? Você tem os limites da constituição 
federal, você tem os princípios estabelecidos e os princípios sensíveis, muito bem... mas for 
a esses princípios estabelecidos e os princípios sensíveis o que é que você pode dispor sobre 
a estrutura do estado membro? É claro que nós temos dois limites, dois extremos radicais 
que devem ser afastados, de uma lado não se pode admitir a tese de que os estados membros 
não possam dispor nada de novo, nada de diferente, se o estado membro não puder 
estabelecer nada de novo, ou nada de diferente da constituição federal, estou falando das 
regras que a constituição federal estabeleceu para a união (não as regras que a constituição 
federal elaborou para os estados, pois essas os estados tem que obedecer), se elas tem que 
ser repetidas, reproduzidas tais quais, num nível de estado membro, se o estado não tem 
nenhuma liberdade de dispor sobre isso, que autonomia do estado seria essa? Quer dizer, se 
o estado membro tem que reproduzir tal qual o modelo federal (as disposições 
constitucionais federais relativas a união) se elas tiverem que ser reproduzidas tais quais no 
nível do estado membro,evidentemente não necessidade nenhuma e nem sentido em se 
fazer uma constituição estadual, esse é um extremo a ser afastado, tem que se reconhecer 
uma certa liberdade ao constituinte estadual, por outro lado, não se pode pretender também 
que essa 
liberdade é absoluta, isto é, que aqueles assuntos que não constam de regras constitucionais 
estabelecidas ou das regras constitucionais sensíveis, o que não constar disso, ou seja, no 
resto, o estado membro terá liberdade absoluta de dispor, se você imaginar que o estado 
membro tem liberdade absoluta de dispor as coisas, você poderia terminar imaginando que 
o estado vai criar uma instituição totalmente anômala, diferente do modelo federal, 
estranha, contraditória, etc, eu acho que são dois extremos, nem a tese de se pretender que 
os estados membros não tem liberdade nenhuma, nem a tese de prentender que eles tem 
liberdade total, liberdade absoluta, ele terá alguma liberdade de dispor, mas então é preciso 
distinguir os assuntos sobre os quais ele pode criar, pode inovar, pode ter alguma liberdade 
de definição, e os assuntos sobre os quais ele não pode ter essa liberdade de definição, 
tirados, é claro, os princípios estabelecidos e os princípios sensíveis, sobre os quais ele não 
tem liberdade nenhuma; é a questão dos princípios constitucionais implícitos: os limites do 
poder constituinte estadual, é uma questão que ordinariamente não se põe, mas que se põe 
no momento de fazer a constituição estadual esse problema é um problema magno, até onde 
vai esse poder constituinte do estado membro? Bom... essa é a primeira parte, da autonomia 
dos princípios constitucionais que são esses, os princípios constitucionais estabelecidos, os 
mandatórios e os vedatórios, que são muitos, e os princípios constitucionais sensíveis que 
aparecem sobretudo no art.34 inciso 7o, e sobretudo a questão dos princípios 
constitucionais impĺícitos, saber se existem, até onde vai, em que consiste etc e tal; 
passando ao segundo ponto, vou falar agora dos fins, das competências, as competências 
dos estados membros, que é um prolongamento daquele assunto que nós viemos estudando 
da competências de teor geral e depois as competências da união, quais são as competências 
dos estados membros, a competência material e a competência legislativa, a gente viu que a 
regra fundamental é a regra da competência remanescente, em matéria de assunto de 
competência material e assunto de competência legislativa a regra essencial é a competência 
remanescente do estado membro, quer dizer, a idéia de que o estado tem todos os poderes 
menos aqueles que eles transferiram para a união, a união tem competências específicas e os 
estados, remanescentes, parece que essa competência remanescente do estado é muito 
grande, vamos ver em que consiste, em matéria de competência material, o estado tem 
também a competência material comum, e em matéria de competência legislativa os estados 
tem a competência concorrente, o que é que o estado tem que fazer também? São aqueles 
assuntos de competência material comum do art. 23, nós vimos já, aqueles assuntos que a 
união deve fazer, os estados devem fazer e os municípios devem fazer, quanto a 
competência legislativa concorrente, a gente tem uma série de assuntos que são da união e 
do estado, a idéia é que a união tem aqueles princípios gerais e os estados tem as regras 
específicas, e também tem ainda a possibilidade de dar mais regras gerais se a união não o 
fizer; bom.... portanto, basicamente na competência a gente tem isso, mas a gente tem que 
ressaltar também que em competência material você tem alguma competência específica, 
que a própria constituição estabelece claramente, a competência remanescente, a regra geral 
da competência remanescente está no par. 1o do art. 25: “são reservadas aos estados as 
competências que não lhe sejam vedadas por esta constituição”, aí é que tá a regra geral da 
competência remanescente, todas as competências que não são da união são do estado, 
também não peculiar interesse local, que é a regra do município, aí a constituição estabelece 
no par. 2o uma competência específica, que é uma competência que estaria na competência 
remanescente mas que ela resolve explicitar. Serviços locais de gás canalizado, podia-se 
que isso seria competência do município, mas a constituição aí, explicitamente, diz que é 
competência do estado, portanto, a gente tem uma competência específica, essa do art. 25, 
par. 2o, que estaria dentro das competências remanescentes, mas que está explicitada aí; 
competência material comum.... tirando aquilo que é competência da união, o que é que 
resta? Aqui pra nós, eu não sei muito o que é que resta não... os estados membros tem é 
competência material comum, mas tirando a competência material comum, ou seja, a 
competência remanescente propriamente dita, eu não sei se resta alguma coisa não, o que é 
competência material remanescente do estado? (que não seja competência material comum, 
pois sobre essa não há dúvida, e sendo remanescente, que não seja da união), eu acho que 
esse sistema de Rui Barbosa terminou foi enfraquecendo os estados, esvaziando os estados 
de funções, em matéria de competência legislativa a gente dirá do mesmo modo, a gente 
tem uma competência remanescente, e vamos voltar a ela, e temos a competência 
concorrente, que é essa competência que é aquela competência legislativa suplementar, os 
estados tem a competência específica, em matéria concorrente, e ainda suplementa a 
legislação da união quando não houver, além disso, há algumas coisas de competência 
específica, algumas coisas de competência remanescente é especificada na constituição, a 
gente tem, por exemplo, o art. 25, par. 3o, portanto, essa é uma competência legislativa, que 
estaria na competência remanescente e que a constituição explicitou, como também o art. 18 
par. 4o, quando se prevê a hipótese de incorporação, fusão e 
desmembramento de municípios, isso far-se-á por lei estadual, portanto é matéria de lei 
estadual a criação de municípios, fusão de municípios, etc e tal, eis duas competências 
legislativas que a constituição explicitou, então o art.25 par. 3o e o art. 18 par. 4o, e a 
competência remanescente mesmo? Qual é a competência legislativa do estado que 
remanesce no estado e portanto, não competência legislativa da união? Eu não sei, todo 
direito, conforme nós vimos é federal, todo direito material da união, direito civil, direito do 
trabalho, direito penal, comercial e etc e tal, é tudo da união, outros ramos do direito 
aparecem como legislação concorrente, o estado tem um papel concorrente naquelas outras 
matérias do art.24, que é que resta? Eu penso que o que resta são algumas coisas, algumas 
regras na faixa do direito administrativo e de direito tributário e de direito financeiro, quer 
dizer, meios, regulamentação sobre meios, sobre a existência e funcionamento dos estados, 
não vai muito além desse terreno administrativo, financeiro e tributário a competência 
remanescente legislativa do estado, ou seja, é uma falsa competência remanescente, não 
existe competência remanescente nenhuma, ele vai tratar simplesmente de seus meios, a 
organização de seus serviços, dispor sobre seus orçamentos, sobre seus tributos, plano 
anual, seus cargos públicos e etc, quer dizer, a organização das suas tarefas, de seu 
organograma, da organização de seus serviços, e dos tributos que constituição reserva para 
o estado, parece que é isso em que consiste, simplesmente, competência legislativa 
remanescente do estado, ou seja, muito pouco, é uma ilusão manter essa idéia de 
competência remanescente, de que os estados teriam todos os poderes menos os que eles 
transferiram, transfiraram foi tudo, sei que é transferiram, porquenão existiram antes, 
porque eles não tem é nada, praticamente nada, qual é a tarefa legislativa do estado? É, 
basicamente, a legislação concorrente, que tá lá explicitada no art. 24, e é essa matéria 
remanescente, que é matéria de meios, meios administrativos, meios financeiros e meios 
tributários, simplesmente isso. 
Agora a parte do governo, a parte da estrutura do poder do estado, vamos ver primeiro o 
poder executivo, o que é que a constituição dispõe sobre o poder executivo? Isso aparece no 
art. 28: a eleição possui as mesmas datas do sistema federal, 1o domingo de outubro e o 
último domingo de outubro, se houver 2o turno, observado quanto ao mais, o disposto no 
art.77, aqui você tem uma espécie de princípio constitucional extensível, tá mandando 
observar , quanto ao mais, o disposto no art.77, quer dizer, as regras relativas ao presidente 
e vice presidente da república se aplicam aí também, eleição do presidente da república 
importará do vice presidente com ele registrado, a do governador vai ser do mesmo modo, 
eleito o candidato que obtiver maioria absoluta de votos, se nenhum candidato obtiver, regra 
do 2o turno, esse conjunto de regrinhas que tão lá no art. 77 e são hipóteses de cassação de 
mandatos ou de extinção de mandatos, perda de mandatos “perderá o mandato o governador 
que assumir outro cargo ou função na administração pública, direta ou indireta, ressalvada a 
posse por concurso público”, portanto é uma hipótese de extinção que a constituição federal 
já antecipa, claro que aí, exemplo de princípio constitucional estabelecido, portanto, a 
constituição estadual não pode deixar de reproduzir, de copiar, e o par. 2o prevê uma regra 
de remuneração do governador: “subsídios do governador, vice governador e secretário de 
estado, serão fixados por lei, de iniciativa da assembléia legislativa, observado o que dispõe 
o art. 37 inciso 11, art. 39 par. 4o, arts 150, 153” esses últimos artigos (150 e 153) são 
referentes a existência de tributos acerca disso e o art 37 inciso 11 e o art 39 par 4o veremos 
já, o fato de os subsídios serem fixados por lei de iniciativa da assembléia é uma novidade 
da constituição de 88. A constituição de 88 inova nesse assunto, estabelece que é lei, e não 
estabelece essa regra do prazo, será fixadas por lei 
da assembléia legislativa observado o que se dispõe aí, portanto lei, ou seja, lei é aquilo que 
é aprovado pelo legislativo e também é aprovado pelo executivo, precisa da aprovação dos 
2, os chamados 2 poderes políticos, e não prevê o prazo para isso, é lei, portanto, o 
executivo vai sancionar, podendo também vetar, ele vai participar desse processo de fixação 
que beneficiará ele mesmo, observadas as regras do art 37, inciso 11, e art 39, par 4o, o art 
39, par 4º. 
acerca do legislativo, o que a constituição diz? pode-se dizer que o número de deputados na 
assembléia legislativa terá o triplo da representação do estado na câmara dos deputados, 
portanto, o básico é você saber quantos deputados o estado tem na câmara dos deputados, o 
número de deputados , na assembléia legislativa, , atingido o número de 36, ou seja, se o 
estado tiver 12 deputados na câmara, mas só poderá ter no máximo 39, mesmo q tenham 
mais de 12, portanto há uma contenção aí, desse jeito; “será de 4 anos o mandato de 
deputado estaduais, aplicando-se as regras desta constituição sobre sistema eleitoral, 
inviolabilidade, imunidade, remuneração, perda de mandato, pedido de licença, 
impedimentos e incorporação às forças armadas”, outro princípio extensível, manda 
extender aos deputados estaduais essas regras relativas aos deputados federais, veremos 
melhor isso no próximo semestre, “os subsídios dos deputados estaduais serão fixados por 
iniciativa de lei de iniciativa da assembléia, em razão de, no máximo, 75% daquilo que é 
estabelecido para os deputados federais, observados aqueles mesmos artigos (39, par 4o e 
37, incisos 10 e 11)”, fica aí estabelecido um limite, 75% do que o deputados federais 
recebem, isso é um teto, um valor máximo admitido, isso não é a remuneração dos 
deputados estaduais, não é obrigatório, por exemplo, que um deputado estadual ganhe 750 
quando se o federal receba 1000; “compete às assembleias legislativas dispor sobre seu 
regimento interno, polícia e serviços administrativos de sua sercretaria, prover os 
respectivos cargos, e a lei disporá sobre iniciativa popular no processo legislativo. O 
judiciário estadual vai ser tratado em outro lugar da constituição, vai ser tratado no capítulo 
relativo ao poder judiciário federal, há uma diferença fundamental entre o poder judiciário e 
outros 2 poderes, o executivo e o legislativo, o executivo e o legislativo são poderes 
políticos, o executivo e o legislativo são poderes que realmente pertencem a um nível de 
governo, esse judiciário estadual integra ao judiciário todo como um poder, e sobre poder 
judiciário não se pode dizer propriamente que é um poder federal, mas que é um poder 
nacional, é um poder nacional, essa é a razão pela qual as regras sobre o judiciário estadual 
não estão no capítulo sobre os estados, mas estão no capítulo sobre o poder judiciário, poder 
judiciário federal, por que? Porque ele aplicam o mesmo direito, que é o direito federal ou o 
direito nacional. O judiciário nacional, não somente do judiciário estadual, ou 
predominantemente estadual, aí vocês vão ter no capítulo sobre judiciário uma série de 
regras sobre isso, regras que tratam do tribunal de justiça do estado, definem alguma coisa 
da competência do tribunal de justiça do estado, a competência deve ser dada na 
constituição estadual, mas alguma coisa já aparece na constituição federal, a composição do 
TJ, também 
regras básicas aparecem aí, aparece a previsão de criação de juizados especiais, justiça de 
paz e etc, uma entrância especial para litígios agrários, uma regra sobre o tribunal do júri, 
uma representação acerca da inconstitucionalidade de lei perante a constituição estadual, há 
um conjunto de regras que tratam da estrutura, do funcionamento e atribuições do judiciário 
federal, mas lá adiante, nos arts. 93, 96, 98, 126, por aí, 125 e etc.

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