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Introdução ao USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS

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Prévia do material em texto

URM
Prof. Dr. Moacyr Luiz Aizenstein
Departamento de Farmacologia
Instituto de Ciências Biomédicas – USP, SP
aizenst@icb.usp.br
PATOLOGIA DA PRESCRIÇÃO
 Condutas 
 tratamento exagerado de doenças simples.
 tratamento inadequado em doenças 
graves e crônicas.
 mau uso de antimicrobianos ( >50% ).
 abuso de injetáveis.
 auto-medicação.
 falta de adesão ao tratamento.
 Medicamento:
não indicado para uma condição 
especifica.
de segurança não estabelecida
de eficácia duvidosa ou não 
demonstrada. 
via administração, dose, duração 
incorretas.
associação duvidosa c/ outros fármacos.
 incompatível com as características 
fisiológicas ou patológicas do paciente.
 4% de causas de óbito nos EUA.
 enorme custos desnecessários. 
 5 a 7% das causas de hospitalização.
 aumentam em média 20% do período de 
internação.
 principais efeitos adversos :
 hemorragias
 arritmias cardíacas 
 insuficiência renal 
 insuficiência hepática
 alergias 
 Malaria: cloroquina 81/92 paises.
 Tuberculose: 2 a 40% tratamentos.
 Gonorréia: penicilina 5 a 98%.
 Meningite bacteriana: 12 a 55% penicilina.
 Diarréia: 5 a 95% a TMP + Sulfa.
 Erros de Medicação : evento (resposta) 
adverso previsível ( prevenível ) decorrente 
de uma falha na prescrição, dispensação, ou 
administração do medicamento.
 Responsáveis : equipe de saúde e/ou o 
próprio paciente ( ? ). Constituem parte do 
USO IRRACIONAL DE MEDICAMENTOS
 Reações adversas : qualquer resposta 
nociva causada por um medicamento após 
administração de doses normalmente 
utilizadas no Homem.
 reação idiossincrática.
 interação medicamentosa ainda desconhecida.
 Definição : Resultados clínicos negativos 
derivados da Farmacoterapia , que produzidos 
por diversas causas conduzem ao não alcance 
do objeto terapêutico ou ao surgimento de 
efeitos não desejados.
Como evitar ?
FATORES QUE INFLUEM NO USO IRRACIONAL 
PACIENTES PRESCRITORES INDÚSTRIA REGULAÇÃO
Falta informações Capacitação Promoções Registro falho 
Crenças Acesso a informação Vantagens Farmacovigilância
Falta diálogo c/ Tempo dispendido Lobby Fiscalização 
prescritor na consulta insuficiente
Concordância Pressão na prescrição
( adesão) Crenças
MINISTÉRIO DA SAÚDE
DE MEDICAMENTOS NO BRASIL
POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA
URM
 Definição: é a atitude que garante ao 
paciente receber medicação apropriada 
para sua situação clínica, nas doses 
adequadas as suas necessidades 
individuais, pelo tempo necessário e ao 
menor custo possível.
 Maximizar a atividade terapêutica.
 Minimizar riscos para o paciente.
 Evitar custos desnecessários.
1. cura da doença.
2. redução ou eliminação dos sintomas. 
3. evitar progressão da doença.
4. prevenir instalação da doença.
COMO ATINGIR ESTES 
OBJETIVOS ?
PRATICANDO ATITUDES 
PROFISSIONAIS BASEADAS EM 
EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS 
 Farmacologia / Fisiopatologia.
 Farmacologia Clínica e Terapêutica .
 Farmacoepidemiologia.
 Farmacoeconomia.
 Farmacovigilância.
 Farmacogenômica.
 Pacientes especiais(ex.: idade, estado 
gestacional ).
 Pacientes c/ comorbidades (ex.: doenças renais, 
hepáticas).
 Adesão ao tratamento.
 Conhecer a Farmacocinética do medicamento em 
estudo ( Administração, Distribuição, 
Metabolismo e Excreção ) .
 Conhecer a Farmacodinâmica do medicamento.
 Conhecer as possíveis interações medicamentosas 
entre medicamentos e sua relevância.
 Conhecer as indicações clínicas do medicamento.
 Conhecer a fisiopatologia para a qual o 
medicamento é indicado.
 Farmacologia / Fisiopatologia.
 Farmacologia Clínica e Terapêutica
 Farmacovigilância.
 Farmacoepidemiologia.
 Farmacoeconomia.
 Farmacogenômica.
 Pacientes especiais(ex.: idade, estado 
gestacional ).
 Pacientes c/ comorbidades (ex.: doenças renais, 
hepáticas).
 Adesão ao tratamento.
Evento 
adverso
Detecção
prevençã
o
compreensã
o
avaliaçã
o
Definição: ciência e as atividades relativas a detecção, avaliação,
compreensão e prevenção dos efeitos adversos ou qualquer outro possível
problema relacionado com medicamento. (OMS-2002)
 Hipócrates : ”primum non nocere”
 ensaio clínico fase 4
 mecanismo de proteção à saúde
 qualidade da prescrição
 verificar alterações de medicamentos e efeitos 
indesejáveis
 importante notificar aos organismos competentes
 equipe: farmacêutico, médico e enfermeira 
FARMACOVIGILÂNCIA
 Farmacologia / Fisiopatologia.
 Farmacologia Clínica e Terapêutica
 Farmacovigilância.
 Farmacoepidemiologia.
 Farmacoeconomia.
 Farmacogenômica.
 Pacientes especiais (ex.: idade, estado 
gestacional ).
 Pacientes c/ comorbidades (ex.: doenças renais, 
hepáticas).
 Adesão ao tratamento.
 Definição : estudo do uso e dos efeitos dos 
fármacos em grupos populacionais.
 Metodologia : métodos de avaliação 
epidemiológica aplicados a Farmacologia.
 Importância : utilização em Ensaios Clínicos 
onde se avaliam principalmente novos 
fármacos e na fase IV pós-mercadológica.
DESENVOLVIMENTO DO MEDICAMENTO- análise de segurança e eficácia
Farmacovigilância
 Farmacologia / Fisiopatologia.
 Farmacologia Clínica e Terapêutica
 Farmacovigilância.
 Farmacoepidemiologia.
 Farmacoeconomia.
 Farmacogenômica.
 Pacientes especiais(ex.: idade, estado 
gestacional ).
 Pacientes c/ comorbidades (ex.: doenças renais, 
hepáticas).
 Adesão ao tratamento.
 Definição : disciplina que utiliza estudos 
que objetivam comparar custos (recursos 
consumidos ) e resultados (clínicos e 
humanos) entre duas ou mais 
alternativas terapêuticas.
 Racionalizar a aplicação de recursos sem 
prejuízo na qualidade do serviço.
 Custos na saúde:
 diretos : medicamentos, exames laboratoriais, 
suprimentos, equipe.
 indiretos : hotelaria , custos familiares.
 intangíveis : sofrimento, óbito
Opção A – HEPARINA NÃO FRACIONADA Opção B – HEPARINA DE BAIXO PESO MOLECULAR 
( ENOXAPARINA)
Custo do fármaco MENOR Custo do fármaco MAIOR
Custo da hospitalização ( 7 dias) Custo do tratamento ambulatorial
Custo da enfermagem Não necessário
Custo da monitorização Não necessário
Custo das possíveis complicações Custo das possíveis complicações
Medicina baseada em evidências= mesmo 
resultado
Medicina baseada em evidências = mesmo resultado
CUSTOS X CUSTOS Y
 Farmacologia / Fisiopatologia.
 Farmacologia Clínica e Terapêutica
 Farmacovigilância.
 Farmacoepidemiologia.
 Farmacoeconomia.
 Farmacogenômica.
 Pacientes especiais(ex.: idade, estado 
gestacional , obesos).
 Pacientes c/ comorbidades (ex.: doença renal, 
hepática).
 Adesão ao tratamento.
 alergia.
 toxicidade.
 sensibilidade a fármacos.
 resistência a fármacos.
 tolerância a fármacos.
 idiossincrasia.
 Significado : maneira própria de ver ( reagir ) 
ao mundo constituição.
 Reação anormal ao fármaco (cinética ou 
dinâmica) devido a fatores genéticos 
(farmacogenoma). 
Exs.:
 anemia hemolítica após sulfas.
 resistência à warfarina. 
 polimorfismo das enzimas do CYP450 
 Reação anormal (mediada pelo sistema 
imunológico) decorrente de sensibilização 
prévia ao medicamento :
 no trato gastrointestinal (alergia a 
alimentos)
 na pele (dermatite de contato e urticária)
 no sistema respiratório (asma e rinite)
 no sistema vascular (choque anafilático) Farmacologia / Fisiopatologia.
 Farmacologia Clínica e Terapêutica
 Farmacovigilância.
 Farmacoepidemiologia.
 Farmacoeconomia.
 Farmacogenômica.
 Pacientes especiais(ex.: idoso, gestante ).
 Pacientes c/ comorbidades (ex.: doença renal, 
hepática).
 Adesão ao tratamento.
 Pacientes especiais 
 Idade
 Peso
 Gestante
 Prematuro: nascimento antes da 37ª semana de 
gestação
 Termo: nascimento entre 37ª - 42ª de gestação
 Pós – termo: depois da 42ª semana
 Recém – nascido: 0 – 28 dias pós – natal
 Infante: 1 – 12 meses
 Criança: 1 – 12 anos
 Adolescente: 13 – 18 anos 
Fármacos antiepiléticos na gestação :
Má-formação congênita 
 Fenitoína, fenobarbital
Fissura labiopalatal
Má-formação cardíaca
 Avaliar características específicas do idoso 
para a seleção de fármacos.
 Ajustar a posologia.
 Promover a adesão ao tratamento.
 Detectar precocemente o risco de efeitos 
adversos e/ou interações.
 Barreiras:
 Esquecimento.
 Confusão mental.
 Diminuição da mobilidade e destreza.
 Problemas financeiros.
 Número de medicamentos utilizados.
 Aumento da suscetibilidade a efeitos 
adversos.
MORBIDADE PRESENTE FÁRMACOS NÃO 
RECOMENDADOS
constipação intestinal opióides, antidepressivos 
tricíclicos,
analgésicos, anti-hipertensivos
hipertensão anfetaminicos , iMAO
ulcera, gastrite, refluxo 
esofágico
aspirina.; anti-inflamatórios
epilepsia clozapina,tioridazina,clorproma
zina
doenças hemorrágicas aspirina, clopidrogel, heparina
hiperplasia prostática antiespasmódicos, diuréticos
depressão benzodiazepínicos, 
antihipertensivos
diabetes corticóides. beta bloqueadores
 Farmacologia / Fisiopatologia.
 Farmacologia Clínica e Terapêutica
 Farmacovigilância.
 Farmacoepidemiologia.
 Farmacoeconomia.
 Farmacogenômica.
 Pacientes especiais(ex.: idade, estado 
gestacional ).
 Pacientes c/ comorbidades (ex.: doenças renais, 
hepáticas).
 Adesão ao tratamento.
 Importante em pacientes assintomáticos quanto 
as doenças renais, mas que apresentam :
 hipertensão 
 diabetes
 edema 
 anemia 
 alterações eletrolíticas 
 Fármacos não metabolizados e eliminados 
principalmente “ in natura “ pelos rins.
 Fármacos metabolizados em compostos ativos 
e eliminados pelos rins .
 Fármacos nefrotóxicos. 
 indução por fármacos : 
 AINEs, aciclovir, aminoglicosídeos, warfarina, lítio, 
iECA.
 contrastes usados no cateterismo.
 diabetes, infecções, estado nutricional, síncope 
cardíaca, incidência maior em > 65 anos.
 importante: controle da glicemia em diabéticos 
. 
 Causas de doenças hepáticas
 Hepatite viral
 A, B, C, D, E.
 Exposição prolongada e excessiva ao etanol.
 Doenças auto-imunes.
 Doenças infecciosas.
 Anormalidades vasculares.
 Síndrome de Budd-Chiari
 Obstrução de veias hepáticas
 Necrose hepatocelular
 Paracetamol
 Propiltiouracil
 Salicilatos
 Sais de ferro
 Alopurinol
 Dantroleno
 Halotano
 Cetoconazol
 Isoniazida
 Avaliar quanto o fármaco ativo depende do 
metabolismo hepático para sua inativação.
• reduzir a dose para metade e ir aumentando 
aos poucos.
 Avaliar o papel do fígado na ativação de um 
pró-fármaco.
• aumentar a dose em 50% e ir titulando aos 
poucos.
 estabelecer o tratamento farmacológico 
individualizado para o paciente.
planejar o tratamento para atingir os 
resultados desejados.
 acompanhar o tratamento e acompanhar os 
resultados .
 Como maximizar a atividade terapêutica e 
minimizar riscos e custos ?
1. Fatores referentes ao fármaco.
 2. Fatores referentes ao paciente. 
EFEITOSEFEITOS
DESEJÁVEL INDESEJINDESEJÁÁVELVEL
TERAPÊUTICOTERAPÊUTICO COLATERALCOLATERAL ADVERSOADVERSO
USO DE MEDICAMENTOS
MEDIDAS EDUCATIVAS 
informar e persuadir 
agentes de saúde e usuários
MEDIDAS ECONÔMICAS
oferecer incentivos a agentes de 
saúde, usuários e instituições
MEDIDAS REGULATÓRIAS 
restringir e controlar o mercado
GESTÃO
protocolos clínicos
 insuficiência de pessoal / financiamento?
 falta de consciência dos custos que 
representa?
 falta de conhecimento técnico-científico para 
as intervenções necessárias?
 falta de interesse político?
 excesso de corporativismo impedindo sua 
implantação?

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