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Material de Apoio Direito Administrativo Alexandre Mazza Aula 01

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DELEGADO FEDERAL E ESTADUAL – MÓDULO II 
Disciplina: Direito Administrativo 
Prof.: Alexandre Mazza 
Aula: 01 
Monitor: Munir 
 
 
 
MATERIAL DE APOIO - MONITORIA 
 
 
Índice 
 
I. Anotações da aula 
II. Jurisprudência correlata 
III. Lousas 
 
 
I. ANOTAÇÕES DA AULA 
 
NOÇÕES GERAIS DE DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
Conceito: Direito Administrativo é o ramo do direito público que estuda princípios e regras 
reguladores do exercício da função administrativa. 
 
1) Ramo do direito público: corresponde a chamada taxonomia (natureza jurídica) do 
direito administrativo. Estuda atividades estatais. 
 
2) Função administrativa: 
 
- Pode ser desdobrada em órgãos, agentes e atividades da Administração Pública. 
 
- Função administrativa é uma das 3 funções básicas do Estado, função típica do 
Poder Executivo (não é exclusiva do Executivo, podendo ser exercida de modo atípico 
pelo Legislativo e Judiciário). 
 
- Também é exercida pelos órgãos primários (Ministério Público, Defensoria Pública e 
Tribunal de Contas). 
 
- Pode ser exercida por particulares mediante delegação 
(concessão/permissão/autorização) estatal. 
 
- Exercida em caráter infralegal (submissão à lei). 
 
- Consiste em aplicar de ofício (sem provocação da parte interessada) a lei. Tudo que 
a Administração faz pode ser de ofício. 
 
- Não faz coisa julgada material (modelo da unidade da jurisdição) – sistema inglês. 
 
- Decisão fundamental que garante independência ao Poder Executivo é o mérito do 
ato discricionário. 
 
FONTES DE DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
São 4: 
 
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- lei; 
- doutrina; 
- costumes; 
- jurisprudência. 
 
A criação das súmulas vinculantes fortalece que a jurisprudência é uma fonte do 
direito administrativo. 
 
SISTEMAS ADMINISTRATIVOS 
 
- Estruturas de controle sobre a Administração. 
 
- No mundo existem 2 modelos: 
 
a) Unidade de jurisdição (ou sistema inglês): adotado pelo Brasil na CF/88 (artigo 5º, 
XXXV). Todas as causas são decididas pelo Poder Judiciário (estrutura encabeçada 
por um só órgão – STF). 
 
b) Contencioso administrativo (modelo francês): dualidade de jurisdição. Há 2 
justiças: causas comuns (Poder Judiciário) e causas de interesse da Administração 
Pública (contencioso administrativo). 
 Poder Judiciário: Suprema Corte 
 Contencioso: Conselho de Estado 
 Tribunal de Conflitos: não tem superioridade hierárquica em relação ao 
Contencioso e ao Judiciário. Define se o caso é do Contencioso ou do Judiciário. 
 
REGIME JURÍDICO-ADMINISTRATIVO 
 
 PRINCÍPIOS DO DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
A norma jurídica é um gênero subdividido em 2 espécies: princípios e regras. 
 
Os princípios tem maior abrangência e veiculação de valores fundamentais do sistema. 
São dotados de força cogente máxima. O poder normativo é indiscutível. O descumprimento 
de princípio gera consequências: 
 
- decisão (ato/processo/contrato): NULA. 
- agente público: PENAS DA LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA (artigo 11 da Lei 
8.429/92  exige dolo) – atos de improbidade que atentam contra princípios da 
Administração. 
 
As regras são normas jurídicas de aplicação mais restrita. 
 
PRINCÍPIOS ESPECÍFICOS 
 
2 noções centrais (supra princípios): 
 
a) Supremacia do interesse público sobre privado (primário); 
b) Indisponibilidade do interesse público. 
 
Expressos/constitucionais: São 10. 
 
Legalidade 
Impessoalidade 
 Moralidade 
 Publicidade 
Eficiência 
 3 
Vide artigo 37, caput, CF. 
- Devido processo legal (artigo 5º, LIV, CF); 
- Contraditório (artigo 5º, LV, CF); 
- Ampla defesa (artigo 5º, LV, CF) – “recurso a ela inerentes” (duplo grau); 
- Celeridade processual (artigo 5º, LXXVIII, CF); 
- Participação (artigo 37, § 3º, CF). 
 
CUIDADO!!! O princípio da obrigatória motivação não está expresso na CF/88. 
 
 Impessoalidade: vedação de favoritismos e perseguições na Administração Pública. 
Artigo 37, § 1º, CF: vedação de promoção pessoal. 
PROPAGANDAS DO GOVERNO 
- atos, obras e campanhas tem que ter um caráter educativo, informativo e de 
orientação social. NÃO pode conter nomes, símbolos ou imagens que caracterizem 
promoção pessoal de agente público ou autoridade. 
 
 Moralidade: súmula vinculante 13 STF (antinepotismo) – proíbe nomeação de 
parentes (cônjuge, companheiro, ascendente, descendente, colateral até 3º grau, 
nepotismo direto, nepotismo cruzado). 
Não proíbe primos, agentes políticos do Executivo (STF), cartórios e tabelionatos. 
 
 Publicidade (Lei 9.784/99): divulgação oficial dos atos administrativos. 
Oficial  feita em um veículo governamental + meio adequado ao tipo de ato. 
 
Princípios infraconstitucionais (Lei 9.784/99 – artigo 2º) 
 
 Razoabilidade (Direito Processual – EUA): moderação/bom-senso em todas 
condutas. 
Está em qualquer setor da atividade administrativa. 
 
 Proporcionalidade: aplicado no direito administrativo sancionatório (penas para a 
Administração). Aplica penas sobre agentes/contratados (disciplinar) e sobre 
particulares (poder de polícia). 
Adequação entre meios e fins. 
STF (RE 466.343-1)  3 testes de proporcionalidade (Direito Constitucional alemão): 
- adequação; 
- necessidade; 
- proporcionalidade. 
OBS: Prova de Delegado/DF  acrescentou a legitimidade do meio e a legitimidade do 
objetivo. 
 
 Autotutela: a Administração deve anular e revogar seus próprios atos. 
Artigo 54 da Lei 9.784/99 – prazo de 5 anos para anular seus atos (boa-fé). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 4 
II. JURISPRUDÊNCIA CORRELATA 
 
STF - RECURSO EXTRAORDINÁRIO: RE 466343 SP 
 
PRISÃO CIVIL. Depósito. Depositário infiel. Alienação fiduciária. Decretação da medida 
coercitiva. Inadmissibilidade absoluta. Insubsistência da previsão constitucional e das normas 
subalternas. Interpretação do art. 5º, inc. LXVII e §§ 1º, 2º e 3º, da CF, à luz do art. 7º, § 7, 
da Convenção Americana de Direitos Humanos (Pacto de San José da Costa Rica). Recurso 
improvido. Julgamento conjunto do RE nº 349.703 e dos HCs nº 87.585 e nº 92.566. É ilícita 
a prisão civil de depositário infiel, qualquer que seja a modalidade do depósito. 
 
(STF - RE: 466343 SP , Relator: Min. CEZAR PELUSO, Data de Julgamento: 03/12/2008, 
Tribunal Pleno, Data de Publicação: DJe-104 DIVULG 04-06-2009 PUBLIC 05-06-2009 EMENT 
VOL-02363-06 PP-01106 RDECTRAB v. 17, n. 186, 2010, p. 29-165) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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III. LOUSAS 
 
 
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