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1 DELEGADO FEDERAL E ESTADUAL – MÓDULO II Disciplina: Direito Administrativo Prof.: Alexandre Mazza Aula: 04 Monitor: Munir MATERIAL DE APOIO - MONITORIA Índice I. Anotações da aula II. Lousas I. ANOTAÇÕES DA AULA PODERES DA ADMINISTRAÇÃO Principais competências da Administração Pública - disciplinar; - hierárquico; - de polícia; - regulamentar; - vinculado; - discricionário; - normativo (atos administrativos normativos / abstratos – não se esgotam na 1ª aplicação). Exemplos: decretos, regulamentos, instruções normativas. Poder-dever: criado por Santi Romano. Dever-poder: criado por Bandeira de Mello. Uso regular do poder: não aciona uma norma específica, é um indiferente jurídico. Uso irregular do poder (abuso de poder): exercício inadequado de uma competência. No Brasil, foi desenvolvida por Hely Lopes Meirelles. Esse gênero gera nulidade do ato e o abuso de poder sempre pressupõe um agente competente. Não é vício de competência. Segundo Carvalho Filho (corrente minoritária), pode ser vício de competência. O abuso de poder se subdivide em 2 espécies: a) excesso de poder: - ultrapassa os limites de sua atribuição; - viola a razoabilidade / proporcionalidade; - requisitos: motivo (fato) / objeto (conteúdo). b) desvio de poder: - desvio de finalidade / desvio de competência / tredestinação ilícita (tredestinação lícita – artigo 519 do CC); 2 - torna o ato nulo quando praticado pelo servidor competente, visando interesse alheio ao previsto na regra de competência (alheio ao interesse público); - viola princípios da impessoalidade e da finalidade; - requisito: finalidade. OBS: 1º lugar – MOTIVO (fato) – infração. 2º lugar – ATO (declaração jurídica) – multa de trânsito. 3º lugar – MOTIVAÇÃO (justificativa escrita) – notificação do infrator. Poderes em espécie a) Poder regulamentar (artigo 84, IV e VI, CF). - Privativa dos chefes do Poder Executivo (Presidente da República, Governador, Prefeito) para expedir decretos (forma do ato – serve para reduzir a discricionariedade da aplicação da lei) e regulamentos (conteúdo do ato – atos administrativos gerais e abstratos) para dar fiel execução à lei. CUIDADO!!! Decretos e regulamentos só vinculam a estrutura estatal. Por isso, leis de direito privado não se sujeitam ao poder regulamentar, pois afetam particulares. - Espécies de regulamento (polêmica) 1) Administrativos / organização: são aqueles que disciplinam questões internas de funcionamento da Administração. 2) Delegados / autorizados / habilitados: são aqueles em que o Legislativo transfere ao Executivo competência para legislar sobre certos temas. Não existem no Brasil. 3) Executivos (artigo 84, IV): - comuns; - fiel execução à lei; - pressupõe lei anterior na matéria; - para Bandeira de Mello, são os únicos existentes no Brasil (corrente minoritária); - não podem ser delegados. 4) Autônomos / independentes: - tratam temas não legislados; - reservados ao Poder Executivo (reserva de regulamento); - artigo 84, VI, CF (STF, maioria da doutrina) – extinção de funções ou cargos públicos vagos; - podem ser delegados. b) Poder de polícia (limitações administrativas) Artigo 78 do CTN - taxa de SP; - taxa de polícia. Sentido amplo: - limitações administrativas + limitações legais. Sentido estrito: - só limitações administrativas. 3 Limitações administrativas – liberdade e propriedades privadas – em favor do interesse público. Atuação do poder de polícia: - segurança; - higiene; - ordem; - costumes; - disciplina da produção e do mercado; - tranquilidade pública; - respeito à propriedade; - direitos individuais ou coletivos; - exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público. Uma das características mais importantes do poder de polícia consiste na expedição de atos liberatórios de atividades previamente vedadas pela lei (atos liberatórios de polícia). Exemplo: licença para construir (ato vinculado de polícia) e autorização para porte de arma. O poder de polícia se subdivide em 3 atividades administrativas: - limitar; - fiscalizar (sindicar); - sancionar. O poder de polícia é externo (extra murus). O poder de polícia dentro do ambiente estatal passa a ser poder disciplinar. O poder de polícia é indelegável a particulares e a PJ’s de direito privado (jus imperii). c) Poder disciplinar O poder disciplinar é interno (intra murus). Só atinge agentes públicos e contratados. O poder disciplinar é eventual. d) Poder hierárquico O poder disciplinar é interno (intra murus). Só atinge agentes públicos e órgãos públicos. Não se aplica a particulares e a entidades descentralizadas (são dotadas de autonomia – são vinculadas ao poder central). e) Poder vinculado (ato vinculado) Sem margem de liberdade. Sem mérito. Não admite revogação. f) Poder discricionário (ato discricionário) Com margem de liberdade regrada pela lei. É diferente de ato arbitrário (ato ilegal). Discricionariedade é só no objeto (juízo de conveniência) ou no motivo (juízo de oportunidade). 4 II. LOUSAS 5 6 7 8
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