Aula Legislações NOVO

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Aula II
Legislações
- Etapas de um projeto
Leis complementares municipais n°s 002/2011 (Plano Diretor) e 004/2011 (Código de Obras) do Município de São Miguel do Oeste
NBR 9050/2004 e Cartilha de Acessibilidade (CREA)
Decreto Estadual no 4.909 de 18 Out 1994
LEGISLAÇÃO MUNICIPAL
Lei complementar municipal n° 002/2011 (Plano Diretor)
A Cidade de São Miguel do Oeste é dividida em 3 Macrozonas: 
Macrozona Urbana Consolidada; 
Macrozona de Expansão Urbana; 
Macrozona Rural.
A Macrozona de Expansão Urbana é dividida em duas zonas: 
Zona de Expansão Imediata (ZEI) e 
Zona de Expansão Futura (ZEF).
Mapa do Macrozoneamento
MZUC- macrozona urbana consolidada
ZEI- zona de expansão imediata
ZEF- zona de expansão futura
Lei complementar municipal n° 002/2011 (Plano Diretor)
 Incidem ainda em alguns locais as Áreas Especiais de Interesse, que podem ser de Interesse Comercial, Interesse Social, Interesse Industrial, Interesse Ambiental, entre outros;
 O Macrozoneamento e as Áreas de Interesse são delimitadores dos índices construtivos no município, como taxa de ocupação, coeficiente de aproveitamento, número de pavimentos, entre outros...
Mapa do Macrozoneamento Áreas de especial interesses
Conceituação
 O que é TAXA DE OCUPAÇÃO?
- É o instrumento de controle de ocupação do solo que estabelece a relação entre a projeção máxima de construção permitida no plano horizontal e o tamanho do lote
- A taxa de ocupação é definida de acordo com a fórmula:
TO = PCH/AT 
TO = taxa de ocupação 
PCH = projeção máxima de construção no plano horizontal 
AT = área total do lote
TAXA DE OCUPAÇÃO
Exemplo:
Área lote: 300,00m²
Área construída total: 168,55m²
Taxa de ocupação :168,55m² = 0,5618
	 300,00m²
Taxa de ocupação= 56,18%
Exercício:
Área lote: 500,00m²
Área construída (projeção máxima horizontal): 278,34m²
Qual é a taxa de ocupação desta edificação neste lote???
TAXA DE OCUPAÇÃO
Não são computadas na aplicação da taxa de ocupação: sacadas, balcões, varandas e floreiras abertas em balanço até 1,20 metros; marquise e toldos; pérgolas até 5,00m (cinco metros) de largura; beirais ou coberturas em balanço, até 1,20 metros, piscinas e quadras desportivas descobertas; centrais de gás; telheiro exclusivo para estacionamento de veículos; hall de entrada, área de escadarias e poço do elevador; áreas destinadas obrigatoriamente à circulação e estacionamento de veículos. 
TAXA DE OCUPAÇÃO
Conceituação
 O que é COEFICIENTE DE APROVEITAMENTO?
- A área máxima de construção será através da aplicação do coeficiente de aproveitamento do Lote – CA.
- O coeficiente de aproveitamento é definido de acordo com a fórmula:
CA = AC/AT 
CA = coeficiente máximo de aproveitamento do lote 
AC = área total da construção
AT = área total do lote
Exemplo:
Área lote: 280,00m²
Área construída total: 320,70m²
Coeficiente de aproveitamento: 320,70m² = 1,14
		 280,00m²
Taxa de ocupação= 1,14
COEFICIENTE DE APROVEITAMENTO
Exercício:
Área lote: 320,00m²
Área construída total: 710,00m²
Qual é o coeficiente de aproveitamento desta edificação neste lote?
COEFICIENTE DE APROVEITAMENTO
Não são computadas na aplicação do coeficiente de aproveitamento: área de sacadas, balcões e floreiras em balanço, com projeção máxima de 1,20 metros; áreas de recreação e lazer comum com no máximo 50% da área do pavimento tipo coberto; reservatório de água; poço do elevador e casa de máquina; hall de entrada e área de escadarias; área de estacionamento/garagens obrigatórias.
COEFICIENTE DE APROVEITAMENTO
NÚMERO MÁXIMO DE PAVIMENTOS
Altura limite de uma edificação, que varia de acordo com o zoneamento e área de interesse no qual o lote é inserido, sendo utilizado para cálculo do número de pavimentos, a distância máxima entre pisos fixada em 3,60 metros. 
Não são computados no número máximo de pavimentos: pavimentos inferiores ao pavimento térreo tomando-se como referência o nível do meio-fio do passeio de acesso a este pavimento, até o limite máximo de 03 pavimentos; áticos – a projeção da área coberta sobre a laje de cobertura do último pavimento, desde que não ultrapasse o máximo de 1/2 (da área do pavimento, para uso exclusivo de lazer, em hipótese alguma para uso residencial ou comercial; jiraus, mezaninos e sótãos, desde que ocupem área equivalente a, no máximo, 1/3 da área do piso imediatamente inferior e que sejam compartimentos únicos do pavimento; pavimentos de garagem.
RECUOS E AFASTAMENTOS
Os recuos frontais e afastamentos laterais e de fundos mínimos de cada edificação, com relação ao alinhamento predial e às divisas laterais e de fundos, serão sempre tomadas perpendicularmente em relação às mesmas, a partir do ponto mais avançado da edificação. 
Para residência unifamiliar e condomínio residencial horizontal- 4,00 metros
Para oficina mecânica- 10,00 metros
Para unidades comerciais/institucionais/saúde- Não exigido
Para residencial multifamiliar vetical- Não exigido
Para uso misto (Residencial + Comercial) Não exigido
Os afastamentos das divisas laterais e dos fundos, quando existirem aberturas, serão, no mínimo, de 1,50 metros (sempre respeitando os prismas de iluminação e ventilação).
Paredes cegas- a partir dos pavimentos em que se exige afastamentos, no mínimo 5% da testada do lote, não podendo ser inferior a 85 cm. 
TAXA DE PERMEABILIDADE
Área do terreno, que varia de acordo com o zoneamento, que não pode ser pavimentada, pois é destinada a permeabilidade do solo. Orienta-se a utilização de revestimentos como grama, terra, brita, paver assentado sobre pó de brita (até 50%) ou concregrama (até 75%).
VAGAS DE ESTACIONAMENTO
Dimensões mínimas de 2,40 metros de largura, comprimento não inferior a 4,70 metros e área mínima de 12,00m². A área de manobra deve ter comprimento mínimo igual ao comprimento da vaga de estacionamento. 
Os rebaixos de meio-fio para acesso de veículos devem ter extensão máxima de 3,50 metros por setor rebaixado.
Número necessário de vagas de estacionamento- (Anexo VII da presente lei), sendo que para salas comerciais 1 vaga/50m².
Deverá existir, sempre que necessária, passagem de pedestres, com largura mínima de 1,20 metros, separada das destinadas aos veículos. 
Lei complementar municipal n° 004/2011
 (Código de Obras)
Consideram-se edificações para uso de saúde as destinadas à prestação de assistência médico-cirúrgica e social, com ou sem internamento de pacientes, podendo ser:
I- hospitais;
II- maternidades;
III- clínicas, laboratórios de análises e pronto-socorro;
IV- postos de saúde. 
As edificações para uso de saúde deverão obedecer, além das normas deste Código, às condições estabelecidas pelo Ministério da Saúde e Agência Nacional de Vigilância Sanitária, observando ainda as legislações estadual e municipal pertinentes à matéria.
As edificações destinadas a comércio, serviços ou atividades profissionais deverão ter dispositivo de prevenção contra incêndios, de conformidade com normas específicas do Corpo de Bombeiros. 
 
CIRCULAÇÕES EM UM MESMO NÍVEL:
largura mínima de 1,20 metros para uma extensão máxima de 10,00 metros. Excedido esse comprimento, haverá um acréscimo de 0,05 metros na largura, para cada metro ou fração de metro.
CIRCULAÇÕES EM NÍVEIS DIFERENTES:
Escadas:
 as escadas de uso coletivo nas edificações em geral, terão largura mínima de 1,20 metros;
 nas escadas de uso coletivo, sempre que o número de degraus consecutivos exceder 16 será obrigatório intercalar um patamar com extensão mínima de 0,80 metros e com a mesma largura do degrau;
 os degraus de escadas de uso coletivo não poderão ser desenvolvidos em leque;
 a altura máxima do degrau será de 0,18 metros e a profundidade mínima será de 0,27 metros para escadas de uso coletivo.
 deverão ainda observar todas as exigências das normas pertinentesao Corpo de Bombeiros.
-Rampas:
 as rampas para pedestres não poderão apresentar declividade superior a 12%.
 as rampas para uso coletivo deverão possuir largura mínima de 1,50 metros (inclusive no patamar) e corrimão nos dois lados. 
 devem observar todas as exigências das normas pertinentes ao Corpo de Bombeiros.
 as rampas para pessoas portadoras de deficiência devem atender o disposto na tabela abaixo (NBR 9050):
 
Vãos de iluminação e ventilação: devem ter área mínima de 1/12 da área do piso Para ambientes não habitáveis). Os ambientes habitáveis devem ter vãos correspondentes a 1/7 da área do piso. Os banheiros podem comunicar-se com o exterior através de dutos de ventilação ou através de ventilação mecânica. As garagens devem ter vãos correspodente a 1/20 da área do piso.
Prismas de iluminação e ventilação: devem seguir o disposto na tabela abaixo.
-Dos reservatórios de água: unidades de comércio e prestação de serviços, negócios e atividades profissionais: 6 litros/dia por metro quadrado de área útil; 
 
-Das águas pluviais: 
 nas edificações construídas no alinhamento, as águas pluviais provenientes de telhados, balcões deverão ser captadas por meio de calhas e condutores. 
 as águas provenientes de marquises poderão desaguar sobre o passeio público. 
 - Dos depósitos de lixo: 
 toda edificação deve ter local apropriado, desimpedido e de fácil acesso, com capacidade adequada e suficiente para acomodar os diferentes componentes do resíduo sólido. 
 o depósito coletor de lixo deverá ter acesso direto da rua por passagem de dimensão mínima de 1,20m (um metro e vinte centímetros) de largura e 2,20m (dois metro e vinte centímetros) de altura e atender as normas estabelecidas neste Código. 75 75 
 o depósito coletor deverá ter o volume de 0,125m³ para cada 200m² de área construída. 
Das instalações hidrossanitárias: Quando não existir rede de esgotamento sanitário na via pública e sistema de tratamento público, a edificação deverá ser dotada de fossa séptica na forma da ABNT e para tal, o efluente deverá ser tratado por meio de pelo menos uma das seguintes alternativas, de acordo com as normas da ABNT: 
I - sumidouro; 
II - vala de infiltração; 
III - vala de filtração; 
IV - filtro anaeróbio; 
V – sistema alternativo, desde que possua certificação aprovada por órgão competente e licenciamento ambiental quando legalmente exigido. 
 
A legislação municipal permite o lançamento de esgoto em rede de esgoto ou pluvial, desde que tratado através de fossa séptica, filtro anaeróbio e clorador, antes do lançamento na rede.
Outro sistema muito utilizado é o de fossa séptica e sumidouro.
Os fossos devem distar 1,50 entre si e de todas as divisas.
Deme atender a NBR 7229/1993 e 13969/1997.
Das instalações elétricas: A instalação de equipamentos de energia elétrica das edificações será projetada e executada de acordo com as normas da ABNT e os regulamentos da empresa concessionária local de energia. 
PREVENTIVO CONTRA INCÊNDIOS
Decreto Estadual no 4.909, de 18 Out 1994.
 Art. 1° - As presentes normas tem por finalidade fixar os requisitos mínimos nas edificações e no exercício de atividades, estabelecendo Normas e Especificações para a Segurança Contra Incêndios, no Estado de Santa Catarina, levando em consideração a proteção de pessoas e seus bens.
IN (INSTRUÇÃO NORMATIVA 009/2014)
Saídas de Emergência:
As Saídas de Emergências compreendem, de uma forma geral:
I - escadas;
II - rampas;
III - portas;
IV - portinholas;
V - local para resgate aéreo;
VI - elevadores de emergência e segurança;
VII - passarelas;
Exige-se nas Saídas de Emergência das edificações, a observação de:
I - acessos (circulação, corredores e hall);
II - saídas adequadas em todos os pavimentos (escadas, rampas);
III - saídas finais adequadas (descargas e portas).
Saídas de Emergência:
As folhas das portas que se abrem para os acessos não poderão diminuir, durante sua abertura, a largura efetiva mínima permitida dos acessos, devendo abrir sempre no sentido do fluxo de saída.
Os acessos devem permanecer livres de quaisquer obstáculos, tais como, móveis, divisórias móveis, locais para exposição de mercadorias, e outros, de forma permanente.
Os critérios de definição de caminhamento máximo a ser percorrido para as edificações que possuam o pavimento no mesmo nível do logradouro público (edificações térreas) serão: 
Ambiente setorizado: caminhamento máximo de 25,00 metros.
A largura de descarga atenderá aos seguintes requisitos:
I - será proporcional ao número de pessoas que por ela transitarem;
II - terá no mínimo 1,2m de largura; 
III - não poderá ser menor que a largura das escadas que com ela se comunique.
A largura mínima da circulação (acessos, corredores, rotas de saídas horizontais, hall) será dimensionada em função dos pavimentos que servirem, devendo:
possuir, no mínimo, 1,2m nas edificações em geral; 
possuir, no mínimo, 2,4m em hospitais e assemelhados, para permitir a passagem 
de macas, camas, e outros; e,
a circulação deverá ter uma largura mínima igual a da escada com a qual se comunica.
A largura mínima das escadas e rampas deverá satisfazer as seguintes condições:
possuir, no mínimo, 1,2m para edificações em geral.
possuir, no mínimo, 2,4m em hospitais ou similares com internação, ou locais semelhantes com qualquer procedimento que cause restrição momentânea de locomoção do paciente, para permitir a passagem de macas, camas, e outros.
Degraus:Os degraus devem obedecer aos seguintes requisitos:
devem ser revestidos por materiais incombustíveis e antiderrapantes 
possuir o espelho (h) entre 16 e 18cm;
ter seu comprimento (b) dimensionado pela fórmula: 63 cm ≤ (2h + b) ≤ 64 cm;
não são admitidos degraus em leque, exceto para escadas de acesso restrito.
Unidades de passagem: 0,55 metros, sempre deverá ser considerada duas unidades de passagem (uma pessoa subindo e outra descendo), totalizando uma largura de 1,10 metros. Considerando corrimãos em ambas as laterais, a largura considerada para acessos e saídas deve ser sempre de 1,20 metros.
ACESSIBILIDADE- NBR 9050/2004 E DECRETO 5296/2004
Este manual tem por objetivo facilitar o entendimento dos conceitos, das regras e prazos estabelecidos no Decreto nº 5.296/04, direcionado às atividades de planejamento e construção das cidades e das edificações, bem como a todos profissionais de engenharia, arquitetura e urbanismo.
Sempre devemos pensar no deslocamento do cadeirante em duas situações: 
1- Como o PNE chega do passeio público até o interior da edificação?
2- Como o PNE chega do carro (vaga de estacionamento adaptada) até o interior da edificação?
Módulo de referência
Medidas necessárias para rotação sem deslocamento:
Medidas necessárias para rotação com deslocamento:
Rampas: As rampas devem ter inclinação de acordo com os limites estabelecidos na norma ABNT NBR 9050/04.
Inclinações de até 4,99% não são consideradas rampas, por isso não são passíveis de corrimãos e patamares.
Acima de 5%, as rampas devem ter corrimão em ambas as laterais e patamares de acordo com os desníveis estabelecidos na tabela acima. 
Para desníveis de até 1,5 centímetros, não é necessário concordância através de rampas!
Portas, Janelas e Dispositivos: As pessoas que utilizam equipamentos auxiliares no seu deslocamento, tais como cadeiras de rodas ou andadores, necessitam de um espaço adicional para a abertura da porta. Assim, a maçaneta estará ao alcance da mão e o movimento de abertura da porta não será prejudicado. As dimensões variam em função da abertura da porta e da forma de aproximação, se lateral ou frontal.
Sanitários: Devem estar localizados em rotas acessíveis e ter dimensões mínimas de 1,50x1,70 metros (quando lavabos).
VAGAS DE ESTACIONAMENTO
 Vagas para pessoa portadora de deficiência: 2% do total de vagas, sendo reservada no mínimo 01 vaga próximo ao acesso principal ou á elevador (Decreto 5296/2004). A vaga deve serdemarcada.