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Direito Processual Civil II
STJ
Mandado de Segurança. Ação Civil Pública
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL II
Mandado de Segurança. Ação Civil Pública
Prof. Patricia Marciel
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SUMÁRIO
Mandado de Segurança ...............................................................................3
Breves Considerações .................................................................................3
Pressupostos Gerais do Mandado de Segurança (Individual e Coletivo) ..............4
Ato de Autoridade .......................................................................................4
Lesão ou Ameaça de Lesão ..........................................................................5
Direito Líquido e Certo ................................................................................5
Não Cabimento de Habeas Corpus ou Habeas Data .........................................6
Pressupostos Específicos do Mandado de Segurança Coletivo ............................6
Competência ..............................................................................................7
Condições da Ação ......................................................................................8
Legitimidade ..............................................................................................8
Interesse Processual ...................................................................................9
Possibilidade Jurídica do Pedido ..................................................................10
Procedimento Inerente ao MS Coletivo e Individual .......................................11
Desistência do MS ....................................................................................14
Defesa Oral .............................................................................................14
Entendimento Jurisprudencial .....................................................................14
Ação Civil Pública .....................................................................................17
Breves Considerações ...............................................................................17
Ação Civil Pública x Ação Coletiva ...............................................................18
Condições da Ação ....................................................................................19
Breves Considerações Acerca da Representatividade Adequada para Exercício 
da Legitimidade ........................................................................................19
Ação Civil Pública e o Ministério Público na Defesa dos Interesses Individuais 
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL II
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Homogêneos ............................................................................................21
Ação Civil Pública e a Defensoria Pública ......................................................21
Ação Civil Pública e a Ordem dos Advogados do Brasil – OAB ..........................22
Interesse Processual .................................................................................22
Possibilidade Jurídica do Pedido ..................................................................23
Inquérito Civil ..........................................................................................23
Ônus da Prova no Processo Coletivo x Ação Civil Pública ................................25
Jurisprudência dos Tribunais Superiores .......................................................26
Questões de Concurso ...............................................................................28
Gabarito ..................................................................................................47
Questão Comentada .................................................................................48
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Mandado de Segurança. Ação Civil Pública
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MANDADO DE SEGURANÇA
Olá, querido(a) aluno(a)!
Seguindo a nossa programação, chegamos à quarta aula, que é sobre o manda-
do de segurança, Ação Civil Pública, e jurisprudência aplicada pelos Tribunais Supe-
riores em relação a esses tópicos. A jurisprudência será analisada separadamente 
no estudo de cada assunto aqui abordado, ok? Vamos lá!
Breves Considerações
O mandado de segurança é um remédio constitucional, de natureza cível, com a 
finalidade de resguardar direito líquido e certo, não abrangido por habeas data ou 
habeas corpus, contra atos ofensivos de agentes públicos ou privados no exercício 
de funções públicas, nos termos do art. 5º, LXIX, da CF/1988.
De igual modo, a Lei n. 12.016/2009, que versa sobre o instituto dispõe que 
“conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não 
amparado por habeas corpus ou habeas data, sempre que, ilegalmente ou com 
abuso de poder, qualquer pessoa física ou jurídica sofrer violação ou houver justo 
receio de sofrê-la por parte de autoridade, seja de que categoria for e sejam quais 
forem as funções que exerça”.
Atualmente, o remédio constitucional é utilizado para resguardar direitos indivi-
duais e direitos coletivos.
O mandado de segurança individual objetiva a tutela tradicional de direitos 
individuais, e o mandado de segurança coletivo, por sua vez, tutela direitos 
transindividuais1.
1 Adriano Andrade, Cleber Masson e Landolfo Andrade.
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Pressupostos Gerais do Mandado de Segurança (Individual 
e Coletivo)
Como bem explica Adriano Andrade, Cleber Masson e Landolfo Andrade, os 
pressupostos gerais destinados ao mandado de segurança individual e coletivo são:
•	 o ato deve ser ilegal ou ter sido praticado com abuso de poder;
•	 o ato deve ter causado lesão ou ameaça de lesão a direito;
•	 o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder, necessariamente, deverá 
ser uma autoridade ou agente no exercício de atribuições do Poder Público;
•	 o direito lesado ou ameaçado deve ser direito líquido e certo, que é aquele de-
monstrável de plano, documentalmente, sem necessidade de dilação probatória;
•	 não cabimento de habeas corpus ou habeas data.
Observe que os pressupostos acima listados são inerentes a ambas as modali-
dades de mandado de segurança: individual e coletivo.
Ato de Autoridade
Assim, ato de autoridade é de caráter decisório, “praticado por uma autoridade 
pública (pessoa física investida com poder de decisão pela norma legal de compe-
tência), e que se distingue de simples atos executórios, que não detém carga deci-
sória, mas tão somente executam o comando de um ato de autoridade”2.
Equiparam-se às autoridades, para os efeitos da Lei de Mandado de Segurança, 
os representantes ou órgãos de partidos políticos e os administradores de entida-
des autárquicas, bem como os dirigentes de pessoas jurídicasou as pessoas natu-
rais no exercício de atribuições do Poder Público, somente no que disser respeito a 
essas atribuições (art. 1º, § 1º).
2 Hely Lopes Meirelles, citado por Adriano Andrade, Cleber Masson e Landolfo Andrade.
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Nos termos da Súmula n. 333 do STJ, “cabe mandado de segurança contra ato 
praticado em licitação promovida por sociedade de economia mista ou empresa 
pública”, em razão do regime jurídico a que se submete o agente.
Considera-se autoridade coatora a que tenha praticado o ato impugnado ou 
da qual emane a ordem para a sua prática (art. 6º, § 3º, LMS). É importante 
salientar que um agente que somente cumpriu determinada ordem hierárquica 
(praticando atos executórios) não pode ser considerado autoridade coatora, porém, 
somente “aquele que tenha decidido e executado (praticado) o ato”3.
Lesão ou Ameaça de Lesão
Existe uma lesão efetiva quando já ocorreu a violação de um direito, nesse caso, 
se trata de um mandado de segurança repressivo. Quando há ameaça de lesão e o 
direito está prestes a ser violado, o mandado de segurança terá o caráter preventivo.
Direito Líquido e Certo
Nos termos do art. 6º da LMS, a petição inicial, que deverá preencher os re-
quisitos estabelecidos pela lei processual, será apresentada em duas vias com os 
documentos que instruírem a primeira reproduzidos na segunda e indicará, além 
da autoridade coatora, a pessoa jurídica que esta integra, à qual se acha vinculada 
ou da qual exerce atribuições.
Da previsão apresentada no bojo do texto legal é possível extrair que, para fins 
de mandado de segurança, a simples análise da petição inicial em conjunto com os 
documentos acostados são suficientes para livre convicção do juiz, sem a necessi-
dade de dilação probatória para decisão do caso.
3 Adriano Andrade, Cleber Masson e Landolfo Andrade.
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O direito líquido e certo, portanto, deve estar presente quando não houver 
controvérsia fática, ou quando, para a superação dessa controvérsia, a prova do-
cumental for suficiente4.
Segundo entendimento do STF, controvérsia sobre a matéria de direito não 
impede a concessão de mandado de segurança (Súmula n. 625), já que “para a 
comprovação dos fatos que amparam o direito do autor, baste que o magistrado 
examine os documentos e informações coligidos na ação”5, podendo estar presen-
te, portanto, o direito líquido e certo.
Não Cabimento de Habeas Corpus ou Habeas Data
Quando a lei informa o cabimento de mandado de segurança para proteger direito 
líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, podemos extrair a 
natureza subsidiária da mandamus constitucional, ou seja, “se a matéria não compor-
tar habeas corpus ou habeas data, poderá caber o mandado de segurança”.
Pressupostos Específicos do Mandado de Segurança Coletivo
Os direitos protegidos pelo mandado de segurança coletivo envolvem os direitos 
coletivos e os individuais homogêneos, nos moldes do art. 21, parágrafo único, da 
Lei de Mandado de Segurança:
Parágrafo único. Os direitos protegidos pelo mandado de segurança coletivo podem ser:
I – coletivos, assim entendidos, para efeito desta Lei, os transindividuais, de natureza 
indivisível, de que seja titular grupo ou categoria de pessoas ligadas entre si ou com a 
parte contrária por uma relação jurídica básica;
II – individuais homogêneos, assim entendidos, para efeito desta Lei, os decorrentes 
de origem comum e da atividade ou situação específica da totalidade ou de parte dos 
associados ou membros do impetrante.
4 Adriano Andrade, Cleber Masson e Landolfo Andrade.
5 Adriano Andrade, Cleber Masson e Landolfo Andrade.
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Quanto à omissão legislativa acerca da possibilidade de se abraçar os direitos 
difusos, o STJ se manifestou em julgado sobre o tema, entendendo pela existência 
de microssistema criado “para tutela de interesses difusos referente à probidade 
da Administração Pública, inserindo, nesse contexto, a ação popular, a Ação Civil 
Pública e o mandado de segurança coletivo, como ‘instrumentos concorrentes na 
defesa desses direitos eclipsados por cláusulas pétreas’”6.
Competência
Compete ao Supremo Tribunal Federal:
•	 processar e julgar, originariamente, o mandado de segurança contra atos do 
Presidente da República, das Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado 
Federal, do Tribunal de Contas da União, do procurador-geral da República e 
do próprio Supremo Tribunal Federal (art. 102, I, d, CF/1988);
•	 julgar, em recurso ordinário o mandado de segurança decididos em única instância 
pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão (art. 102, II, d, CF/1988).
Compete ao Superior Tribunal de Justiça:
•	 processar e julgar, originariamente, os mandados de segurança e os habe-
as data contra ato de ministro de Estado, dos Comandantes da Marinha, do 
Exército e da Aeronáutica ou do próprio Tribunal;
•	 julgar, em recurso ordinário, os mandados de segurança decididos em única 
instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos Tribunais dos Estados, 
do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão.
Compete aos Tribunais Regionais Federais processar e julgar, originariamen-
te: os mandados de segurança contra ato do próprio Tribunal ou de juiz federal.
6 Resp n. 552.691/MG, citado por Adriano Andrade, Cleber Masson e Landolfo Andrade.
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Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar os mandados de segurança, 
quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição
Aos juízes federais compete processar e julgar os mandados de segurança e 
os habeas data contra ato de autoridade federal, excetuados os casos de compe-
tência dos Tribunais Federais (critério ratione personae).
Obs.:� considera-se federal a autoridade coatora se as consequências de ordem 
patrimonial do ato contra o qual se requer o mandado houverem de ser 
suportadas pela União ou entidade por ela controlada (art. 2º, Lei n. 
12.016/2009).
Por fim, a competência para julgar atos de autoridade estadual ou municipal 
será da respectiva Justiça Estadual, e, no caso de autoridade distrital, a competên-
cia será da Justiça do DF.
Porém, se o ato for praticado no exercício de atividade pública delegada pela 
União ao Estado, aomunicípio, ou ao Distrito Federal, a competência será da 
Justiça Federal.7
Condições da Ação
Legitimidade
Como em toda ação, é necessário comprovar determinados requisitos, tais como 
as condições da ação: legitimidade, interesse e possibilidade jurídica do pedido.
Na esfera individual, a Lei n. 12.016/2009 prevê como legitimado qualquer pes-
soa física ou jurídica.
7 Adriano Andrade, Cleber Masson e Landolfo Andrade.
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Art. 1º Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não 
amparado por habeas corpus ou habeas data, sempre que, ilegalmente ou com abuso 
de poder, qualquer pessoa física ou jurídica sofrer violação ou houver justo receio de 
sofrê-la por parte de autoridade, seja de que categoria for e sejam quais forem as fun-
ções que exerça.
Já no campo coletivo, são legitimados para impetração do MS: partido político 
com representação no Congresso Nacional, na defesa de seus interesses legítimos 
relativos a seus integrantes ou à finalidade partidária, ou por organização sindical, 
entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há, 
pelo menos, um ano, em defesa de direitos líquidos e certos da totalidade, ou de 
parte, dos seus membros ou associados, na forma dos seus estatutos e desde que 
pertinentes às suas finalidades, dispensada, para tanto, autorização especial.
Art. 5º, LXX – o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por:
a) partido político com representação no Congresso Nacional;
b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em 
funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou 
associados;
Partido político
Organização sindical, entidade 
de classe ou associação
Com representação no Congresso Nacional. Legalmente constituída.
Em funcionamento há, pelo menos, um ano.
Em defesa dos interesses de seus membros ou 
associados.
Interesse Processual
Há interesse quando o autor tem necessidade de buscar um provimento jurisdi-
cional para concretizar sua pretensão, e desde que haja adequação entre o pedido 
por ele deduzido e a pretensão a ser satisfeita8.
8 Adriano Andrade, Cleber Masson e Landolfo Andrade.
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A necessidade é a própria lesão ou a ameaça da lesão a direito líquido e certo 
não abraçado por habeas data ou habeas corpus.
Para o STF, não cabe mandado de segurança contra lei em tese (Súmula n. 
266), ou seja, contra “lei que ainda não incidiu no mundo dos fatos (...)”9.
Possibilidade Jurídica do Pedido
A Lei do MS afirma que não será possível o pedido que se tratar:
•	 de ato do qual caiba recurso administrativo com efeito suspensivo, indepen-
dentemente de caução;
•	 de decisão judicial da qual caiba recurso com efeito suspensivo;
•	 de decisão judicial transitada em julgado;
•	 O pagamento de vencimentos e vantagens pecuniárias assegurados em 
sentença concessiva de mandado de segurança a servidor público da Admi-
nistração direta ou autárquica federal, estadual e municipal somente será 
efetuado relativamente às prestações que se vencerem a contar da data do 
ajuizamento da inicial.
Sobre o tema, o STF pacificou seu entendimento ao editar as Súmulas n. 269 e 
n. 271, as quais traduzem, respectivamente:
O mandado de segurança não é substitutivo de ação de cobrança.
Concessão de mandado de segurança não produz efeitos patrimoniais em relação a pe-
ríodo pretérito, os quais devem ser reclamados administrativamente ou pela via judicial.
9 André Tavares Ramos, citado por Adriano Andrade, Cleber Masson e Landolfo Andrade.
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Obs.:� apesar da vedação expressa nas súmulas, no tocante ao emprego do writ 
como simples ação de reparação de danos, “é possível veicular pedido patri-
monial no mandado de segurança”10.
Por fim, o STF entende, ainda, não ser cabível o mandado de segurança contra 
ato interna corporis do Poder Legislativo, tais como “os relacionados à interpreta-
ção das normas regimentais” (MS 21.754-5/RJ, citado por Adriano Andrade, Cleber 
Masson e Landolfo Andrade).
Procedimento Inerente ao MS Coletivo e Individual
A petição inicial, que deverá preencher os requisitos estabelecidos pela lei pro-
cessual, será apresentada em duas vias com os documentos que instruírem a pri-
meira reproduzidos na segunda e indicará, além da autoridade coatora, a pessoa 
jurídica que esta integra, à qual se acha vinculada ou da qual exerce atribuições.
Em caso de urgência, é permitido, observados os requisitos legais, impetrar 
mandado de segurança por telegrama, radiograma, fax ou outro meio eletrônico de 
autenticidade comprovada (art. 4º, LMS).
Poderá o juiz, em caso de urgência, notificar a autoridade por telegrama, ra-
diograma ou outro meio que assegure a autenticidade do documento e a imediata 
ciência pela autoridade (art. 4º, § 1º, Lei MS).
No caso em que o documento necessário à prova do alegado se ache em re-
partição ou estabelecimento público ou em poder de autoridade que se recuse a 
fornecê-lo por certidão ou de terceiro, o juiz ordenará, preliminarmente, por ofício, 
a exibição desse documento em original ou em cópia autêntica e marcará, para o 
cumprimento da ordem, o prazo de 10 dias. O escrivão extrairá cópias do docu-
mento para juntá-las à segunda via da petição (art. 6º, § 1º, Lei MS).
10 Adriano Andrade, Cleber Masson e Landolfo Andrade.
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A inicial será desde logo indeferida, por decisão motivada, quando não for o 
caso de mandado de segurança ou lhe faltar algum dos requisitos legais ou quando 
decorrido o prazo legal para a impetração (art. 10).
Do indeferimento da inicial pelo juiz de primeiro grau caberá apelação e, quando 
a competência para o julgamento do mandado de segurança couber originariamen-
te a um dos tribunais, do ato do relator caberá agravo para o órgão competente do 
tribunal que integre (art. 10, § 1º).
O ingresso de litisconsorte ativo não será admitido após o despacho da petição inicial.
O pedido de mandado de segurança poderá ser renovado dentro do prazo 
decadencial, se a decisão denegatória não lhe houver apreciado o mérito (art. 
6º, § 6º, Lei MS).
Não sendo o caso de indeferimento, ao despachar a inicial, o juiz ordenará:
•	 que se notifiqueo coator do conteúdo da petição inicial, enviando-lhe a se-
gunda via apresentada com as cópias dos documentos, a fim de que, no prazo 
de 10 dias, preste as informações;
•	 que se dê ciência do feito ao órgão de representação judicial da pessoa ju-
rídica interessada, enviando-lhe cópia da inicial sem documentos, para que, 
querendo, ingresse no feito;
•	 que se suspenda o ato que deu motivo ao pedido, quando houver fundamen-
to relevante e do ato impugnado puder resultar a ineficácia da medida, caso 
seja finalmente deferida, sendo facultado exigir do impetrante caução, fiança 
ou depósito, com o objetivo de assegurar o ressarcimento à pessoa jurídica.
Da decisão do juiz de primeiro grau que conceder ou denegar a liminar caberá 
agravo de instrumento (art. 7º, § 1º).
No mandado de segurança, é possível a concessão de liminar, porém, não será 
concedida medida liminar quando o objeto se pautar em compensação de créditos 
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tributários, entrega de mercadorias e bens provenientes do exterior, reclassificação 
ou equiparação de servidores públicos e concessão de aumento ou extensão de 
vantagens ou pagamento de qualquer natureza.
Os efeitos da medida liminar, salvo se revogada ou cassada, persistirão até a 
prolação da sentença (art. 7º, § 3º, Lei MS).
Deferida a medida liminar, o processo terá prioridade para julgamento (art. 7º, § 4º).
No que se refere ao MS coletivo, especificadamente, a liminar só poderá ser conce-
dida após a audiência do representante judicial da pessoa jurídica de direito públi-
co, que deverá se pronunciar no prazo de 72 horas.
No mandado de segurança coletivo, a sentença fará coisa julgada limitadamente 
aos membros do grupo ou categoria substituídos pelo impetrante (art. 22).
O mandado de segurança coletivo não induz litispendência para as ações in-
dividuais, mas os efeitos da coisa julgada não beneficiarão o impetrante a título 
individual se não requerer a desistência de seu mandado de segurança no prazo 
de 30 dias a contar da ciência comprovada da impetração da segurança coletiva 
(art. 22, § 1º).
O direito de requerer mandado de segurança extinguir-se-á decorridos 120 dias, 
contados da ciência, pelo interessado, do ato impugnado (art. 23).
Constitui crime de desobediência o não cumprimento das decisões proferidas 
em mandado de segurança, sem prejuízo das sanções administrativas.
Não cabem, no processo de mandado de segurança, a interposição de embargos 
infringentes e a condenação ao pagamento dos honorários advocatícios, sem preju-
ízo da aplicação de sanções no caso de litigância de má-fé (art. 25).
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Desistência do MS
É possível a desistência da ação a qualquer tempo, ainda que já proferida a 
decisão de mérito, desde que antes da publicação do julgamento do recurso ex-
traordinário e independentemente da anuência da parte contrária (RE n. 231.671 
AgR-Agr/DF, citado por Adriano Andrade, Cleber Masson e Landolfo Andrade).
No entanto, Adriano Andrade, Cleber Masson e Landolfo Andrade ainda mencio-
nam que acórdão da 2ª Turma do STF, em 2007, entendeu que, no caso de haver 
sido proferida sentença de mérito desfavorável ao impetrante, ele somente poderia 
desistir com anuência da parte contrária.
Defesa Oral
Nos casos de competência originária dos tribunais, caberá ao relator a instrução 
do processo, sendo assegurada a defesa oral na sessão do julgamento (art. 16).
Entendimento Jurisprudencial
O prazo decadencial para impetrar mandado de segurança contra redução do 
valor de vantagem integrante de proventos ou de remuneração de servidor público 
renova-se mês a mês.
PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPE-
CIAL. VIOLAÇÃO DO ART. 535, INC. II, DO CPC. AUSÊNCIA. RELAÇÃO DE TRATO SU-
CESSIVO. DECADÊNCIA NÃO CONFIGURADA. MULTA DO PARÁGRAFO ÚNICO DO ART. 
538 DO CPC. REEXAME DE FATOS E PROVAS. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 7/STJ.
1. Não ocorre contrariedade ao art. 535, inc. II, do CPC, quando o Tribunal de origem 
decide fundamentadamente todas as questões postas ao seu exame, assim como não 
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há que se confundir entre decisão contrária aos interesses da parte e inexistência de 
prestação jurisdicional.
2. Além disso, o magistrado não está obrigado a responder a todas as questões susci-
tadas em juízo, quando já tenha encontrado motivo suficiente para proferir a decisão.
3. Tendo havido redução de proventos por ato unilateral da Administração Pública, como 
na espécie, está configurada a relação de trato sucessivo, com a renovação mensal do 
prazo decadencial para a impetração do mandado de segurança.
4. Impossível afirmar a incorreção dos argumentos estabelecidos pela Corte local para 
imposição da multa prevista no parágrafo único do art. 538 do CPC, porquanto juízo a 
esse respeito demandaria nova análise dos fatos e documentos constantes dos autos, 
providência inadmitida em recurso especial, nos termos da Súmula 7/STJ.
5. Agravo regimental a que se nega provimento.
(AgRg no REsp 1211840/MS, Rel. Ministro OG FERNANDES, SEGUNDA TURMA, julgado 
em 03/02/2015, DJe 06/02/2015)
CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. MANDADO DE SEGURANÇA. PRELIMINARES.
REJEIÇÃO. PROCURADOR FEDERAL. PROMOÇÃO E PROGRESSÃO NA CARREIRA.
ESTÁGIO PROBATÓRIO E ESTABILIDADE. INSTITUTOS JURÍDICOS DISTINTOS.
EFEITOS FINANCEIROS RETROATIVOS. SÚMULAS 269/STF E 271/STF. ART. 1º DA LEI 
5.021/66. NÃO INCIDÊNCIA NA HIPÓTESE. SEGURANÇA CONCEDIDA.
1. O mandado de segurança foi impetrado contra o ato do Advogado-Geral da União que 
indeferiu o recurso hierárquico que a impetrante interpôs contra a decisão da Procura-
dora-Geral Federal.
Em conseqüência, sobressai a legitimidade passiva da autoridade impetrada. Preliminar rejeitada.
2. Em se tratando de um ato administrativo decisório passível de impugnação por meio 
de mandado de segurança, os efeitos financeiros constituem mera conseqüência do ato 
administrativo impugnado. Não há utilização do mandamus como ação de cobrança.
3. A impossibilidade de retroagir os efeitos financeiros do mandado de segurança, a que 
alude a Súmula 271/STF, não constitui prejudicial ao exame do mérito, mas mera orienta-
ção limitadora de cunho patrimonial da ação de pedir segurança. Preliminares rejeitadas.
4. Estágio probatório e estabilidade são institutos jurídicos distintos. O primeiro tem por 
objetivo aferir a aptidão e a capacidade do servidor para o desempenho do cargo público 
de provimento efetivo. O segundo, constitui uma garantia constitucional de permanên-
cia no serviço público outorgada àquele que transpôs o estágio probatório. Precedente.
5. O servidor público federal tem direito de ser avaliado, para fins de estágio probatório,no prazo de 24 (vinte e quatro) meses. Por conseguinte, apresenta-se incabível a exi-
gência de que cumpra o interstício de 3 (três) anos para que passe a figurar em listas 
de progressão e de promoção na carreira a qual pertence.
6. Na hipótese em que servidor público deixa de auferir seus vencimentos, parcial ou in-
tegralmente, por ato ilegal ou abusivo da autoridade impetrada, os efeitos patrimoniais 
da concessão da ordem em mandado de segurança devem retroagir à data da prática do 
ato impugnado, violador de direito líquido e certo. Inaplicabilidade dos enunciados das 
Súmulas 269/STF e 271/STF.
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7. A alteração no texto constitucional que excluiu do regime de precatório o pagamento 
de obrigações definidas em lei como de pequeno valor aponta para a necessidade de 
revisão do alcance das referidas súmulas e, por conseguinte, do disposto no art. 1º da 
Lei n. 5.021/66, principalmente em se tratando de débitos de natureza alimentar, tal 
como no caso, que envolve verbas remuneratórias de servidores públicos.
8. Segurança concedida. (MS 12.397/DF, Rel. Ministro ARNALDO ESTEVES LIMA, TER-
CEIRA SEÇÃO, julgado em 09/04/2008, DJe 16/06/2008)
PROCESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO. MANDADO DE SEGURANÇA. EXCLUSÃO DO PA-
GAMENTO DE HORAS EXTRAS. ATO COMISSIVO. DECADÊNCIA.
1. Trata-se, originariamente, de Mandado de Segurança contra ato de secretário de 
Estado da Administração que excluiu as horas extras da remuneração de servidores. O 
acórdão recorrido extinguiu o feito por decadência.
2. A jurisprudência do STJ é assente em afirmar que, quando houver redução, e 
não supressão do valor de vantagem, configura-se a prestação de trato suces-
sivo, que se renova mês a mês, pois não equivale à negação do próprio fundo 
de direito. Mutatis mutandis, a exclusão do pagamento da verba é ato comissi-
vo que atinge o fundo de direito e, portanto, está sujeito ao prazo decadencial 
do art. 23 da Lei n. 12.016/2009.
3. Recurso Ordinário não provido. RMS 34.363/MT, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, 
SEGUNDA TURMA, julgado em 06/12/2012, DJe 19/12/2012)
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Ação Civil Pública
Breves Considerações
As diversas informações apresentadas até agora, em relação ao processo cole-
tivo, podem ser contempladas por este assunto que se inaugura.
Isso, graças à presença do microssistema que compõe a defesa dos direitos 
coletivos, difusos e individuais homogêneos. Logo, como tratamos de direitos cole-
tivos, estudamos sobre diversos pontos que incluem a ACP.
A Ação Civil Pública é um instrumento de defesa de interesses/direitos metain-
dividuais prevista na Lei n. 7.347/1985 – LACP, com influência da doutrina italiana 
e das class actions dos países de sistema jurídico common law.
A Lei disciplina a Ação Civil Pública de responsabilidade por danos causados ao 
meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histó-
rico, turístico e paisagístico (VETADO) e dá outras providências.
Antes mesmo da edição da LACP, as questões envolvendo reparação de danos 
ao meio ambiente eram tuteladas pela Lei n. 6.938/1981 – LPNMA, Lei da Política 
Nacional do Meio Ambiente.
Pautada por diversos princípios, dentre os quais, alguns já foram objeto de es-
tudo na aula sobre processo coletivo, a Ação Civil Pública é envolvida por princípios 
gerais do processo civil comum. Dentre eles:
•	 acesso à Justiça;
•	 universalidade de jurisdição;
•	 participação no processo e pelo processo;
•	 máxima prioridade jurisdicional;
•	 integração entre a LACP e o CDC.
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A respeito da nomenclatura da Ação incluir “o termo pública,” a Ação Civil Pública 
possui como legitimados, além de entes públicos, pessoas jurídicas de direito privado.
Ação Civil Pública x Ação Coletiva
Atualmente, a Ação Civil Pública é ferramenta processual destinada a proteger 
os direitos coletivos em geral, especificamente, as ações envolvendo direitos difu-
sos e coletivos stricto sensu, e voltadas à proteção.
A ACP possui um rol de legitimados extenso previsto pela Lei, permitindo-lhes a 
propositura da ação nos moldes de principal ou cautelar.
Art. 5º Têm legitimidade para propor a ação principal e a ação cautelar:
I – o Ministério Público
II – a Defensoria Pública; (Redação dada pela Lei n. 11.448, de 2007).
III – a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; (Incluído pela Lei n. 11.448, 
de 2007).
IV – a autarquia, empresa pública, fundação ou sociedade de economia mista; (Incluído 
pela Lei n. 11.448, de 2007).
V – a associação que, concomitantemente:
Observe que, em que pese o MP inaugurar o rol de legitimados, sua competência 
não é exclusiva.
A associação atua como representante processual dos seus associados, e não subs-
tituta processual.
Assim, as ações civis públicas, ao lado das demais ações coletivas em sentido 
estrito, bem como a ação popular e o mandado de segurança coletivo, são conside-
radas ações coletivas em sentido amplo.
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Condições da Ação
São condições da ação inerentes aos processos a legitimidade ad causam, o in-
teresse processo e a possibilidade jurídica do pedido: o “famoso” LIP, estudado nas 
cadeiras introdutórios de Direito!
Apesar de já ter sido destacado nas aulas anteriores, não custa lembrar! As as-
sociações são representantes processuais e precisam de autorização expressa de 
seus associados para que sejam legitimadas a agir.
Breves Considerações Acerca da Representatividade Adequa-
da para Exercício da Legitimidade
Como já tratado no assunto “processo coletivo”, neste tópico, é preciso fazer 
algumas breves considerações sobre a representatividade adequada (Adriano An-
drade, Cleber Masson e Landolfo Andrade):
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•	 Apenas os legitimados previstos em Lei estão autorizados à propositura das 
ações civis públicas;
•	 O STJ tem reconhecido a legitimidade do MP para promover ações civis 
públicas noscasos de loteamentos irregulares ou clandestinos, inclusive 
para que se promova a indenização dos adquirentes, com fundamento na 
proteção ao consumidor e nas questões relacionadas à ordem urbanística e 
ao meio ambiente urbano;
•	 Em relação às associações, impuseram-lhes uma série de requisitos:
−	 elas devem estar legalmente constituídas;
−	 devem existir há, pelo menos, um ano da propositura da ação;
−	 devem ter em seus fins institucionais a defesa dos mesmos tipos de inte-
resses objeto da ação (pertinência temática);
−	 nas ações em face da União, dos estados, do Distrito Federal, dos municí-
pios, e suas autarquias e fundações, deve haver expressa autorização da 
assembleia dos associados, e a petição inicial deve vir acompanhada da 
respectiva ata, bem como da relação nominal dos associados e indicação 
dos respectivos endereços (art. 2º, parágrafo único, Lei n. 9.494/1997).
Obs.:� a Defensoria Pública é legitimada para ação principal e a ação cautelar, 
sendo que, em caso de desistência infundada ou abandono da ação por 
associação legitimada, a Defensoria Pública, o MP e outro legitimado poderá 
assumir a titularidade ativa.
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Ação Civil Pública e o Ministério Público na Defesa dos Inte-
resses Individuais Homogêneos
Em que pese ausência de previsão no texto constitucional sobre legitimidade de 
o MP tutelar direitos individuais homogêneos, a CF/1988 previu a possibilidade de 
o parquet exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis 
com sua finalidade, sendo-lhe vedada a representação judicial e a consultoria jurí-
dica de entidades públicas.
Já o CDC imprime em seu bojo a possibilidade de a defesa coletiva ser exercida 
quando se tratar de interesses ou direitos individuais homogêneos, assim enten-
didos os decorrentes de origem comum, tendo como legitimado, dentre outros, o 
Ministério Público.
Sendo claro que, para a defesa desses direitos homogêneos individuais, haverá 
de ser comprovada a relevância social, conforme dispõe entendimento dos Tribu-
nais Superiores sobre o assunto.
Ação Civil Pública e a Defensoria Pública
A Defensoria Pública é parte legítima para propor Ação Civil Pública, conforme 
dispões o art. 5º da LACP.
Já em relação aos direitos da criança e do adolescente e do idoso, os respectivos 
estatutos mandam aplicar-lhes, no que couber, a LACP, de modo que a legitimidade 
da Defensoria Pública decorre de tal aplicação.
Em relação às pessoas com deficiência, a Lei n. 7.853/1989 inclui a Defensoria 
Pública entre os entes legítimos para tomada de medidas judiciais destinadas à 
proteção de seus interesses difusos, coletivos, individuais homogêneos ou individu-
ais indisponíveis (Adriano Andrade, Cleber Masson e Landolfo Andrade).
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Não se exige a comprovação da pertinência temática para que a Defensoria 
exerça seu papel institucional.
Ação Civil Pública e a Ordem dos Advogados do Brasil – OAB
O Estatuto da OAB prevê, nos arts. 54, XIV, e 57, a legitimação do Conselho 
Federal e das suas seccionais para promover ações civis públicas.
O STJ, após diversos posicionamentos, consolidou o entendimento no sentido 
de que a OAB é legitimada à propositura de Ação Civil Pública em prol de qualquer 
direito difuso ou coletivo, em razão da atribuição de seu estatuto, o qual prevê sua 
competência para ajuizamento de ação direta de inconstitucionalidade de normas 
legais e atos normativos, Ação Civil Pública, mandado de segurança coletivo, man-
dado de injunção e demais ações cuja legitimação lhe seja outorgada por lei.
Porém, no tocante à propositura de uma ação de improbidade administrativa, 
o STJ afastou a legitimidade da OAB, por não haver pertinência temática entre os 
fins institucionais do ente e o bem jurídico defendido (AgRg nno AREsp 563.577/DF 
citado por Adriano Andrade, Cleber Masson e Landolfo Andrade).
Interesse Processual
Faltará ao autor interesse processual na propositura de ações civis pú-
blicas para impugnar atos judiciários típicos (de natureza jurisdicional), por 
ausência de necessidade, ante a existência de outros meios adequados, como, 
por exemplo, a via recursal, com exceção da desconstituição de sentença eivada 
por vício insanável.
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Já os atos judiciais atípicos (de natureza administrativa) poderão ser objeto de 
ações civis públicas, quando ofendam ou ameacem interesses difusos, coletivos ou 
individuais homogêneos. O STF já reconheceu a legitimidade do MP na propositura 
de ações para anulação de benefícios fiscais, em proteção do interesse dos cida-
dãos do DF à integridade do erário e à higidez do processo de arrecadação tributá-
ria (Resp n. 1.187.297/RJ e RE n. 576.155/DF citados por Adriano Andrade, Cleber 
masson e Landolfo Andrade).
Possibilidade Jurídica do Pedido
Não restam dúvidas quanto ao presente tema, uma vez que o pedido será juri-
dicamente possível desde que não haja vedação legal.
É possível que o pedido em uma Ação Civil Pública se relacione à condenação da 
Administração Pública em obrigação de fazer, com o fim de proceder com políticas 
públicas, ou seja, de modo a efetivar os direitos básicos fundamentais previstos na 
ordem jurídica.
A obrigação de fazer nas ações civis públicas busca a condenação da Administra-
ção Pública a concretizar direitos fundamentais, com afirmações positivas do Estado.
Com isso, os direitos fundamentais básicos garantidores ao mínimo exis-
tencial da pessoa humana não se submetem à reserva do possível, já que 
“ligados intimamente à dignidade humana”, segundo entendimento do STF.
Inquérito Civil
O inquérito civil é regulado pela Resolução n. 23, de 17 setembro de 2007 do CNMP.
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O art. 6º da LACP estabelece que qualquer pessoa poderá e o servidor pú-
blico deverá provocar a iniciativa do Ministério Público, ministrando-lhe informa-
ções sobre fatos que constituam objeto da ação civil e indicando-lhe os elementos 
de convicção.
Se, no exercício de suas funções, os juízes e tribunais tiverem conhecimento de 
fatos que possam ensejar a propositura da ação civil, remeterão peças ao Ministério 
Público para as providências cabíveis (art. 7º, LACP).
O inquérito civil, procedimento preparatório deinquérito civil, é ato investiga-
tório privativo do MP, conforme dispõe o art. 129, III, da CF/1988, e se presta a 
colher dados necessários à demanda: elementos que descrevam o fato e elementos 
que identifiquem ao investigado. O IP ainda tem como característica sua dispensa-
bilidade, ou seja, caso o MP tenha elementos suficientes para a propositura de uma 
ação civil, não há necessidade de promover o inquérito civil.
Art. 8º, § 1º LACP O Ministério Público poderá instaurar, sob sua presidência, inquérito 
civil, ou requisitar, de qualquer organismo público ou particular, certidões, informações, 
exames ou perícias, no prazo que assinalar, o qual não poderá ser inferior a 10 (dez) 
dias úteis.
O inquérito civil, de natureza unilateral e facultativa, será instaurado para apu-
rar fato que possa autorizar a tutela dos interesses ou direitos a cargo do Ministério 
Público nos termos da legislação aplicável, servindo como preparação para o exer-
cício das atribuições inerentes às suas funções institucionais.
O inquérito civil poderá ser instaurado:
•	 de ofício;
•	 em face de requerimento ou representação formulada por qualquer pessoa 
ou comunicação de outro órgão do Ministério Público, ou qualquer autoridade, 
desde que forneça, por qualquer meio legalmente permitido, informações so-
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bre o fato e seu provável autor, bem como a qualificação mínima que permita 
sua identificação e localização;
•	 por designação do procurador-geral de Justiça, do Conselho Superior do Mi-
nistério Público, Câmaras de Coordenação e Revisão e demais órgãos superio-
res da Instituição, nos casos cabíveis (Resolução n. 23/2007, CNMP).
Para que o MP requisite informações necessárias conforme disposto na Lei, não há 
necessidade de abertura de IP.
É possível que o MP não junte aos autos da Ação Civil Pública todos os documentos 
colhidos em fase inquisitorial, por considerar desnecessária sua juntada ao processo.
Ônus da Prova no Processo Coletivo x Ação Civil Pública
Com previsão no art. 371 do CPC, em regra, o juiz apreciará a prova constante 
nos autos, independentemente do sujeito que a tiver promovido, e indicará, na de-
cisão, as razões da formação de seu convencimento.
Como já sabemos, a distribuição do ônus da prova previsto no art. 373 do CPC, 
estático, pode ser alterado para o modo dinâmico a parte que tiver melhores con-
dições de produzi-la.
No microssistema do processo coletivo, o ônus da prova pode ser invertido para 
facilitação dos direitos coletivos.
Inclusive, o STJ já se posicionou afirmando que não há óbice a que seja 
invertido o ônus da prova em ação coletiva, ainda que proposta Ação Civil 
Pública pelo MP, levando em consideração a defesa dos direitos dos consu-
midores e das vítimas (Resp n. 951.785/RS – citado por Adriano Andrade, Cleber 
Masson e Landolfo Andrade).
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Acerca do entendimento jurisprudencial sobre a inversão do ônus da prova:
•	 é possível a inversão do ônus da prova em Ação Civil Pública tratando 
sobre dano ambiental, transferindo ao empreendedor da atividade poten-
cialmente perigosa o ônus de demonstrar a segurança do empreendimento 
(Resp n. 972.902/RS);
•	 não é possível a inversão do ônus da prova em ações de improbidade 
administrativa (Resp n. 763.941/MG).
Jurisprudência dos Tribunais Superiores
De acordo com a Súmula n. 512 do STF, “não cabe condenação em honorários 
de advogado na ação de mandado de segurança”.
O valor das astreintes não pode ser reduzido de ofício em segunda instância 
quando a questão é suscitada em recurso de apelação.
Astreintes é pena pecuniária; é multa por período de atraso no cumprimento da 
obrigação e a data a partir da qual será devida.
DIREITO PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. CUMPRIMENTO DE SENTENÇA.
EXECUÇÃO DE ASTREINTES. DECISÃO QUE NÃO PÔS FIM À EXECUÇÃO. RECURSO CA-
BÍVEL. INTERPOSIÇÃO DE APELAÇÃO. ERRO GROSSEIRO. ART. 475-M, § 3º, DO CPC. 
IMPOSSIBILIDADE, NESSE CASO, DE REDUZIR DE OFÍCIO O VALOR DA MULTA. PRECE-
DENTES. RECURSO ESPECIAL NÃO PROVIDO.
1. A decisão que fixa a multa cominatória, consoante reiterados pronunciamentos desta 
Corte, não faz coisa julgada, podendo ser modificada a qualquer tempo, até mesmo na 
fase executiva, até de ofício.
2. Cumpre esclarecer, todavia, que o órgão julgador somente estará autorizado a co-
nhecer de ofício o tema em questão e emitir pronunciamento de mérito a seu respeito, 
quando aberta a sua jurisdição.
3. Dizer que determinada questão pode ser conhecida de ofício significa reconhecer 
que o juiz pode decidi-la independentemente de pedido, mas em momento pro-
cessual adequado. Aceitando-se que o momento adequado para a entrega de uma 
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prestação jurisdicional de mérito só se inaugura, no caso dos recursos, quando ultra-
passada sua admissibilidade, tem-se de concluir que, no âmbito recursal cível, não 
cabe pronunciamento meritório de ofício sem que o recurso interposto tenha sido ao 
menos admitido. Precedentes.
4. No caso dos autos o Tribunal de origem não poderia ter reduzido de ofício o valor das 
astreintes, porque a questão foi suscitada em recurso de apelação não conhecido.
5. A decisão que julga impugnação ao cumprimento de sentença sem extinguir a fase 
executiva desafia agravo de instrumento, nos termos do art. 475-M, § 3º, do CPC/73, 
sendo impossível conhecer a apelação interposta com fundamento no princípio da fun-
gibilidade recursal, tendo em vista a existência de erro inafastável.
6. Recurso especial não provido.
(REsp 1508929/RN, Rel. Ministro MOURA RIBEIRO, TERCEIRA TURMA, julgado em 
07/03/2017, DJe 21/03/2017)
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QUESTÕES DE CONCURSO
1. (FGV/2016/IBGE) Francisco, servidor de fundação pública federal de direito pú-
blico, percebeu vantagem econômica direta, consistente na quantia de cem mil 
reais em espécie, para facilitar a alienação de bem público da fundação por preço 
inferior ao valor de mercado, beneficiando seu cunhado, que é Deputado Federal. 
Descoberta a fraude, por meio de investigações levadas a cabo pelo Ministério Pú-
blico Federal, o parquet ajuizou Ação Civil Pública por ato de improbidade adminis-
trativa em face de todos os envolvidos. O processo deve tramitar perante o:
a) juízo de competência cível da Justiça Federal do primeirograu de jurisdição;
b) juízo de competência criminal da Justiça Federal do primeiro grau de jurisdição;
c) órgão colegiado de competência cível do respectivo Tribunal Regional Federal;
d) órgão colegiado de competência criminal do respectivo Tribunal Regional Federal;
e) Supremo Tribunal Federal.
2. (CESPE/TRF-1ª REGIÃO/2017) A respeito de mandado de segurança, ação popu-
lar, Ação Civil Pública e ação de improbidade administrativa, julgue o item a seguir.
Na hipótese de abandono de Ação Civil Pública proposta por associação, poderá a 
Defensoria Pública assumir a titularidade ativa.
3. (CESPE/DPE-AL/2017) A Defensoria Pública moveu Ação Civil Pública, com base 
no Estatuto da Criança e do Adolescente, contra determinado município e em favor 
dos interesses de uma criança de quatro anos de idade, que não havia sido matri-
culada na educação infantil por falta de vagas. O réu alegou em contestação que a 
Ação Civil Pública não pode ser utilizada para demandas individuais, que as vagas 
na educação infantil, em razão da demanda expressiva, não podem ser destinadas 
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para casos específicos, devendo ser observada uma ordem de inscrição, sob pena 
de violação ao princípio da igualdade perante a lei.
Considerando essa situação hipotética, assinale a opção correta.
a) A Ação Civil Pública é inviável na medida em que no Estatuto da Criança e do 
Adolescente não há previsão expressa de ações de responsabilidade por ofensa aos 
direitos assegurados à criança e ao adolescente referentes ao não oferecimento ou 
oferta irregular do atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a cinco 
anos de idade.
b) A Ação Civil Pública seria viável se o autor fosse o Ministério Público, na medida 
em que a Defensoria Pública não é legitimada para ações previstas no Estatuto da 
Criança e do Adolescente para responsabilização por ofensa aos direitos assegura-
dos à criança e ao adolescente referentes ao não oferecimento ou oferta irregular 
do ensino obrigatório e de atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero 
a cinco anos de idade.
c) A medida intentada pela Defensoria Pública é descabida: a Ação Civil Pública 
destina-se a tutelar interesses difusos ou coletivos, não sendo instrumento jurídi-
co-processual hábil a tutelar interesses individuais indisponíveis de apenas uma 
criança, de modo que o processo deve ser extinto sem resolução de mérito.
d) A Ação Civil Pública é viável na medida em que no Estatuto da Criança e do 
Adolescente há previsão expressa de ações de responsabilidade por ofensa aos 
direitos assegurados à criança e ao adolescente referentes ao não oferecimento ou 
oferta irregular do ensino obrigatório e de atendimento em creche e pré-escola às 
crianças de zero a cinco anos de idade.
e) A causa terá seguimento, visto que é cabível a Ação Civil Pública na hipótese, mas, 
no julgamento do mérito, os argumentos do réu deverão ser acolhidos, já que conferir 
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tratamento desigual à criança implica violação ao princípio da igualdade, o que não 
encontra amparo na norma especial do Estatuto da Criança e do Adolescente.
4. (CESPE/TRF-1ª REGIÃO/2017) A respeito de mandado de segurança, ação popu-
lar, Ação Civil Pública e ação de improbidade administrativa, julgue o item a seguir.
Situação hipotética: Um juiz de primeiro grau indeferiu petição inicial de mandado 
de segurança após o autor ter apresentado duas emendas previamente rejeitadas. 
Assertiva: Nessa situação, contra o indeferimento poderá o autor interpor agravo 
de instrumento.
5. (CESPE/TRF-5ª REGIÃO/2017) Caio impetrou mandado de segurança no STJ 
apresentando dois pedidos cumulados de reconhecimento de nulidade de dois atos 
praticados por ministro de Estado. O STJ, em decisão colegiada final, concedeu par-
cialmente a segurança para reconhecer a nulidade apenas de um dos atos pratica-
dos pelo ministro. Para impugnar essa decisão, Caio apresentou recurso ordinário, 
e a União interpôs recurso extraordinário.
Considerando as normas jurídicas e a jurisprudência dos tribunais superiores, assi-
nale a opção correta a respeito dessa situação hipotética.
a) Pedido de concessão de efeito suspensivo a qualquer um dos recursos, se feito 
entre a interposição e a publicação da decisão de admissão de tal recurso, deverá 
ser dirigido ao presidente ou ao vice-presidente do STJ.
b) Se o Supremo Tribunal Federal negar provimento ao recurso interposto por Caio 
e der provimento ao recurso da União, deverão ser fixados honorários de sucum-
bência em grau recursal.
c) A admissibilidade dos recursos apresentados será examinada na origem, sendo 
ainda possível que o tribunal recorrido determine o sobrestamento dos recursos.
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d) Caso o recurso de Caio verse apenas sobre matéria constitucional, o STJ deverá 
aplicar o princípio da fungibilidade e receber o recurso como extraordinário.
e) Na hipótese de o presidente ou vice-presidente do STJ determinar, erroneamen-
te, sobrestamento do recurso da União, a União deverá interpor recurso de agravo 
em recurso extraordinário.
6. (CESPE/PREFEITURA DE BELO HORIZONTE-MG/2017) No que se refere a man-
dado de segurança e Ação Civil Pública de responsabilização por ato de improbida-
de administrativa, assinale a opção correta.
a) A desistência do mandado de segurança só será homologada pelo juiz depois de 
o impetrado manifestar concordância.
b) Mandado de segurança e Ação Civil Pública por improbidade administrativa po-
dem ser ajuizados preventivamente.
c) Se o MP for autor de Ação Civil Pública por ato de improbidade administrativa, 
a pessoa jurídica de direito público interno interessada integrará a lide na condição 
de litisconsorte passivo do agente público ímprobo.
d) A extensão subjetiva da coisa julgada em mandado de segurança coletivo varia 
conforme o resultado da lide.
7. (CESPE/PREFEITURA DE FORTALEZA-CE/2017) Julgue o próximo item, a respei-
to de litisconsórcio, intervenção de terceiros e procedimentos especiais previstos 
no CPC e na legislação extravagante.
Situação hipotética: Determinado servidor público impetrou mandado de seguran-
ça com a finalidade de majorar seu vencimento. Após o devido trâmite, foi prolata-
da sentença concedendo a segurança pleiteada. Assertiva: Nesse caso, as parcelas 
devidas em razão de diferenças salariais entre a data de impetração e a de imple-
mentação da concessão da segurança deverão ser pagas por meio de precatórios.
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8. (CESPE/TRE-PE/2017) Acerca do prazo decadencial para impetrar mandado de 
segurança contra a redução ilegal de vantagem integrante de remuneração de ser-
vidor público e dos efeitos financeiros decorrentes de eventual concessão da ordem 
mandamental, assinale a opção correta de acordo com o entendimento do STJ.
a) O prazo renova-se mês a mês e os efeitos financeiros da concessão da ordem 
retroagem à data do ato impugnado.
b) O prazo conta-se a partir da redução, não havendo efeitos financeiros retroativos de 
valores eventualmente vencidos, por não haver direito adquirido no regime jurídico.
c) O prazo conta-se a partir da redução, devendo o impetrante ajuizar nova de-
manda de natureza condenatória para reivindicar os valores vencidos.
d) O prazo renova-se mês a mês, devendo o impetrante ajuizar nova demanda de 
natureza condenatória para reivindicar os valores vencidos.
e) O prazo conta-se a partir da redução e os efeitos financeiros da concessão da 
ordem retroagem à data do ato impugnado.
9. (CESPE/TRE-PE/2017) Acerca dos aspectos processuais das ações coletivas, as-
sinale a opção correta.
a) Em Ação Civil Pública, fará coisa julgada erga omnes a sentença cujo pedido 
tiver sido julgado improcedente por insuficiência de provas.
b) O processamento e o julgamento das ações civis públicas competem ao juízo do 
domicílio do causador do dano.
c) Em ação de improbidade administrativa, é facultado ao Ministério Público agir 
no processo como fiscal da lei, desde que ele não atue como parte.
d) Partido político tem legitimidade para impetrar mandado de segurança coletivo, 
sem a necessidade de demonstrar representação no Congresso Nacional.
e) A legitimidade para propor ação popular é do cidadão; se ele desistir da ação, 
poderá o Ministério Público promover o seu prosseguimento.
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10. (CESPE/PGE-AM/2016) Julgue o item subsequente, relativos a Ação Civil Públi-
ca, mandado de segurança e ação de improbidade administrativa.
Conforme o entendimento do STJ, é cabível mandado de segurança para convalidar 
a compensação tributária realizada, por conta própria, por um contribuinte.
11. (CESPE/TCE-PR/2016) No que concerne ao mandado de segurança, à reclamação 
e às ações popular, civil pública e de improbidade administrativa, assinale a opção 
correta de acordo com a legislação e com a jurisprudência dos tribunais superiores.
a) O cabimento do mandado de segurança depende da presença de direito líquido 
e certo e, portanto, esse instrumento será inadequado quando a matéria de direito, 
objeto da ação, for controvertida.
b) O Superior Tribunal de Justiça possui competência originária para julgar ação 
popular quando no polo passivo da demanda figurar ministro de Estado.
c) O Superior Tribunal de Justiça reconhece o direito à propositura de ação de im-
probidade exclusivamente contra particular, nos casos em que não se possa identi-
ficar agente público autor do ato de improbidade.
d) A reclamação é a medida que poderá ser utilizada para garantir a observância 
do caráter vinculante de decisão proferida nos incidentes de resolução de deman-
das repetitivas e de assunção de competência.
e) O Supremo Tribunal Federal consagrou o entendimento no sentido da indispen-
sabilidade da observância do princípio do contraditório no inquérito civil que funda-
mente o ajuizamento de Ação Civil Pública.
12. (CESPE/DPE-AL/2017) No que diz respeito à tutela em juízo dos interesses in-
dividuais homogêneos, difusos e coletivos, julgue os itens a seguir.
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I – A Defensoria Pública tem legitimidade para a propositura da Ação Civil Pú-
blica que vise promover a tutela judicial de direitos coletivos de que sejam 
titulares quaisquer grupo de pessoas ligadas por uma relação jurídica com a 
parte contrária.
II – A sentença de improcedência proferida em Ação Civil Pública que tenha por 
objeto a defesa de interesses coletivos formará coisa julgada secundum 
eventum probationis.
III – Inexiste litispendência entre ações individuais e Ação Civil Pública coletiva 
que tenham objetos idênticos.
IV – A sentença prolatada em Ação Civil Pública proposta por entidade associativa 
na defesa dos interesses dos seus associados abrangerá apenas os substi-
tuídos que tenham, na data da propositura da ação, domicílio no âmbito da 
competência territorial do órgão prolator.
Estão certos apenas os itens
a) I e II.
b) I e III.
c) II e III.
d) II e IV.
e) III e IV.
13. (CESPE/TRF-5ª REGIÃO/2017) O Ministério Público de determinado estado da 
Federação e o Ministério Público Federal ajuizaram, em litisconsórcio, Ação Civil Pú-
blica para tutela de direitos individuais homogêneos de consumidores lesados por 
contrato de consumo.
De acordo com o STJ, nessa situação hipotética,
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a) caso seja rejeitado o pedido, com sentença transitada em julgado, estará ve-
dada a propositura de nova demanda coletiva, com o mesmo objeto, por outro 
legitimado coletivo.
b) se o réu for condenado em obrigação de dar quantia certa, os juros de 
mora incidirão a partir da sentença condenatória que vier a ser prolatada na 
fase de conhecimento.
c) o juiz deve extinguir o processo sem resolução do mérito em razão da ilegitimi-
dade do Ministério Público, por se tratar de tutela de direitos individuais homogê-
neos em situação decorrente de contrato particular.
d) deve ser permitida a formação do litisconsórcio ativo independentemente de ra-
zão específica que justifique a atuação conjunta na lide, bastando que se verifique 
a legitimidade ministerial para propositura de demanda.
e) caso seja julgada procedente a ação, a contagem do prazo prescricional aplicá-
vel às execuções individuais de sentença condenatória só se iniciará com a publica-
ção de edital no órgão oficial.
14. (CESPE/TRF-5ª REGIÃO/2017) Em se tratando de Ação Civil Pública por danos 
ambientais ajuizada
a) por associação de vítimas, eventuais multas processuais serão revertidas em 
favor dos associados.
b) pelo Ministério Público, a indenização arbitrada em sentença será destinada às 
vítimas diretas do prejuízo ambiental.
c) por estado-membro, a indenização arbitrada em sentença será destinada ao 
erário estadual.
d) por associação, a indenização arbitrada em sentença será destinada aos associados.
e) pelo Ministério Público, eventuais multas processuais serão revertidas emfavor 
do Fundo de Direitos Difusos.
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15. (MPE-SP/MPE-SP/2017) Assinale a alternativa INCORRETA quanto à Ação Civil 
Pública para defesa da pessoa com deficiência.
a) Para instruir a petição inicial, o interessado poderá requerer às autoridades 
competentes as certidões e informações necessárias, que só poderão ser utilizadas 
para a instrução da ação civil.
b) A sentença que concluir pela carência da ação ou improcedência do pedido fica 
sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de confir-
mada pelo tribunal.
c) O pedido do interessado de certidões e informações para a ação civil só poderá ser 
negado nos casos em que interesse público, devidamente justificado, impuser sigilo.
d) A Ação Civil Pública não pode ser proposta quando houver lesão ou ameaça de 
lesão de direito individual indisponível de pessoa com deficiência.
e) No caso de a ação ser julgada improcedente por deficiência de provas, qualquer le-
gitimado pode intentar outra ação com idêntico fundamento, valendo-se de prova nova.
16. (MPE-SP/MPE-SP/2017) Um legitimado ativo decide ajuizar Ação Civil Pública 
para defesa da pessoa idosa em caso afeto à Justiça Estadual. São diversos os foros 
de domicílio do idoso, do domicílio do réu e do local no qual o dano foi produzido. 
O foro competente será o do local
a) em que o dano foi produzido.
b) do domicílio do réu.
c) do domicílio do idoso ou do réu, a critério do autor.
d) do domicílio do idoso ou do local em que o dano foi produzido, a critério do autor.
e) do domicílio do idoso.
17. (MPE-SP/MPE-SP/2017) Leia as seguintes afirmações com relação à Ação Civil 
Pública (Lei n. 7.347/85) e assinale a alternativa INCORRETA.
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a) O Presidente do Tribunal a quem competir o conhecimento do recurso poderá, a 
requerimento de pessoa jurídica de direito público interessada, em decisão motiva-
da e irrecorrível, suspender a execução de liminar concedida em Ação Civil Pública, 
para evitar grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia pública.
b) Se a associação legitimada desistir, infundadamente, da Ação Civil Pública 
por ela proposta, o Ministério Público ou outro legitimado assumirá o polo ativo 
da relação processual.
c) A multa fixada liminarmente só será exigível do réu após o trânsito em julgado 
da decisão favorável ao autor, mas será devida desde o dia em que for configurado 
o descumprimento.
d) Decorridos 60 (sessenta) dias do trânsito em julgado da sentença condenatória 
sem que a associação autora promova a execução, deverá fazê-lo o Ministério Pú-
blico, facultada a mesma iniciativa aos demais legitimados.
e) Na ação que tenha por objeto o cumprimento da obrigação de fazer, o juiz de-
terminará a cumprimento da prestação da atividade devida, sob pena de execução 
específica, ou de cominação de multa diária, independentemente de requerimento 
do autor, se esta for suficiente e compatível.
18. (FEPESE/PC-SC/2017) Assinale a alternativa incorreta a respeito do mandado 
de segurança.
a) Não se concederá mandado de segurança quando se tratar de decisão judicial 
da qual caiba recurso com efeito suspensivo.
b) Da sentença, denegando ou concedendo o mandado, cabe apelação.
c) Considera-se autoridade coatora aquela que tenha praticado o ato impugnado 
ou da qual emane a ordem para a sua prática.
d) O pedido de mandado de segurança poderá ser renovado dentro do prazo deca-
dencial, se a decisão denegatória não lhe houver apreciado o mérito.
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e) O direito de requerer mandado de segurança extinguir-se-á decorridos 180 dias, 
contados da ciência, pelo interessado, do ato impugnado.
19. (FCC/TRE-PR/2017) A respeito do mandado de segurança é INCORRETO afirmar:
a) O direito de requerer mandado de segurança extinguir-se-á decorridos cento e 
vinte dias, contados da ciência, pelo interessado, do ato impugnado.
b) Do indeferimento da petição inicial pelo juiz de primeiro grau caberá agravo 
de instrumento.
c) Da sentença que conceder ou denegar a segurança caberá apelação.
d) Concedida a segurança, a sentença estará sujeita obrigatoriamente ao duplo 
grau de jurisdição.
e) O pedido de mandado de segurança poderá ser renovado dentro do prazo deca-
dencial, se a decisão denegatória não lhe houver apreciado o mérito.
20. (CESPE/TRE-BA/2017) De acordo com a jurisprudência dos tribunais superio-
res, julgue os itens que se seguem.
I – A fixação de astreintes pelo juiz faz coisa julgada material, caso não 
seja objeto de recurso pela parte interessada, não podendo ser alterada 
posteriormente.
II – Tendo sido a intimação feita por oficial de justiça, a contagem do prazo re-
cursal inicia-se da data em que a parte tomou conhecimento da intimação, 
porque a contagem a partir da data da juntada do mandado somente se apli-
ca para hipóteses de citação.
III – O prazo decadencial para a impetração de mandado de segurança em razão 
de redução ilegal do valor de vantagem integrante de remuneração de servi-
dor público se renova a cada mês.
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IV – São protelatórios os embargos de declaração cuja finalidade seja rediscutir 
matéria julgada em conformidade com precedente firmado pelo rito dos re-
cursos repetitivos.
Estão certos apenas os itens
a) I e II.
b) I e IV.
c) II e III.
d) III e IV.
e) II, III e IV.
21. (VUNESP/CÂMARA DE SUMARÉ-SP/2017) Em mandado de segurança caberá 
o pagamento
a) de custas e honorários advocatícios pela parte sucumbente.
b) de honorários advocatícios, uma vez que não há adiantamento de custas, para 
a parte sucumbente.
c) do décuplo das custas adiantadas pelo impetrante, se a segurança for concedida.
d) de honorários advocatícios apenas se a segurança for concedida.
e) de custas pelo impetrante se a ordem for denegada.
22. (VUNESP/CÂMARA DE COTIA-SP/2017) Assinale a alternativa correta a respei-
to do mandado de segurança.
a) Dentre os legitimados a ajuizar o mandado de segurança estão as Chefias dos 
Poderes Executivos, o espólio, a massa falida e o Ministério Público.
b) Os representantes de partidos políticos e os administradores de entidades au-
tárquicas não podem figurar como sujeitos passivos do mandado de segurança.
c) Cabe mandado

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