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Ação Civil Pública para Preservação de Patrimônio Histórico

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EXM.º SENHOR JUIZ DA VARA CIVEL DA COMARCA DE CAICÓ/CE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ASSOCIAÇ DE MORADORES UNIDOS DE CAICÓ, pessoa jurídica de direito privado, C N PJ nº XXXXXX, entidade não governamental, sem fins lucrativos, com sede na cidade de Caicó - CE, na Rua XXXXX, nº XXX, bairro XXXXX, CEP XXXXX, por meio do seu Presidente, o Sr. Justino, estado civil XXXX, profissão XXXXX, inscrito no CPF nº XXXXX, endereço eletrônico XXXXXXXX, residente e domiciliado na Rua XXXXXXXX, nº XXXXXXX, bairro XXXX, CEP XXXXX, Cidade de Caicó/CE, com fundamento no Art. 5º, da lei 7.347/85, por seu procurador constituído, vem a presença de V. Ex.ªpropor: AÇÃO CIVIL PÚBLICA COM COMINAÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA: 
Em face de PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE C AICÓ, pessoa jurídica de direito público interino, com sede na rua xxxxx, nº xxxxxx, bairro xxxxxx, CEP n° xxxxx, endereço eletrônico xxxxx, Caicó – CE, e GUARARAPES ADM LTDA, pessoa jurídica de direito privado, CNPJ nº xxxxxx, com sede na cidade de xxxxx, na Rua xxxxxx, nº xxxx, bairro xxxxxx, CEP xxxxxxx, endereço eletrônico xxxxx, pelas razões de fato e de direito a seguir colacionadas: 
 
I- DA LEGITIMIDADE ATIVA 
Nos termos do art. 5º, inciso V, alínea “a” e alínea “b”, a Impetrante possui legitimidade ativa para propor a ação, pois, é uma associação que possui mais de um ano de fundação e tem por objeto a preservação do patrimônio histórico, cultural e meio ambiente do município. 
 
II- DA LEGITIMIDADE PASSIVA 
Qualquer pessoa que cometa atos lesivos nos termo do Art., 1º da Lei nº 7.347/85, ou seja, PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE CAICÓ E A EMPRESA GUARARAPES ADM LTDA. 
 
III- DO CABIMENTO DA AÇÃO 
A presente ação visa proteger o “COLOSSEU’, patrimônio histórico e cultural do município, da época da colonização portuguesa, o que está harmonia com o Art. 129, inciso III da Constituição Federal. 
 
IV- DA COMPETÊNCIA 
Compete ao Juízo da Comarca de Caicó no termos do Art.2º da lei de Ação Civil Pública. 
 
V- DAS CUSTAS PROCESSUIAS EO UTRAS DESPESAS 
Conforme preceitua o Ar t.18 da lei da ACP, não ha verá custas ou qualquer despesa, salvo má fé comprovada. 
 
VI- DO S FATOS 
O Sr. Justino fundou, em 01/12/2000, a Associação dos Moradores Unidos de Caicó, hoje com mais de 200 associados, entidade sem fins lucrativos, que tem por objeto a preservação do patrimônio histórico, cultural e do meio ambiente de Caicó. 
O município possui algumas ruínas da época da colonização portuguesa que fazem parte do patrimônio histórico e cultural, dentre elas a mais famosa, o “O CLOSSEU”, que conta com intensa visitação de turistas por ser ponto turístico. Desde setembro de 2017, a empresa GUARARAPES ADM LTDA, contratada pela Prefeitura de Caicó, não realiza a manutenção local, ocasionando grave deterioração e necessitando de sérios reparados os quais a empresa promete, toda via não o faz.
A Impetrante tomou conhecimento do fato e reuniu seus diretores afim de buscar uma solução para o problema, por ser uma entidade sem fins lucrativos e sem recursos financeiros, buscaram auxilio jurídico junto a Defensoria Pública que de imediato oficializou a Prefeitura solicitando informações e providências cabíveis. 
No dia 10 /01/2018, a mesma informou que já havia tomado as cabíveis providencias e até o momento não obteve retorno. Informou ainda que em reunião com o responsável da empresa foi dado prazo para a resolução e o mesmo não havia cumprido. Vale ressaltar quer mesmo frente ao descumprimento do contrato, esse continua vigente. 
 
VII- DO DIREITO
A ruína do “COLOSSEU” é um patrimônio histórico e cultural dado suas características de direito difuso, quais sejam: não pertence a um indivíduo específico, ou seja, são transindividuais, tem natureza indivisível, de titular idade de pessoas indeterminadas. A falta de manutenção pode ocasionar deterioração total do bem histórico a ponto de perder sua beleza como ruína, como patrimônio histórico. 
A Lei 7.347 de ação civil pública tem como escopo prevenir ou reprimir danos morais ou materiais causados ao patrimônio histórico, cultural, ao meio ambiente e outros interesses difusos e coletivos.
Conforme relatado, a atuação de inércia dos impetrados concernente á manutenção vem causando grave lesão ao referido patrimônio. Apesar de inúmeras tentativas de busca pela solução, as Impetrantes continuam inertes, razão pela qual se faz necessária a intervenção judiciária para preservar o bem tutelado pela Carta Magna. 
 
VIII- DAS PROVAS QUE SE PRETENDE PRODUZIR 
Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos.
IX- DA TUTELA ANTECIPADA 
Diante da inefetividade esta tal, é incerto o prazo para se obrigar os Impetrantes a fazer a manutenção do local. O NCPC elege a situação como urgência em seu Art. 300, pois o “Periculum in Mora” pode ocasionar danos irreparáveis ou de difícil reparação. A falta de manutenção pode ocasionar deterioração total do bem histórico a ponto de perder sua beleza com a ruína, como patrimônio histórico. Referente ao “fumus boni iuris” é certo que o bem que se pretende tutelar é público e de titulares indeterminados como já mencionados anteriormente, é também bem tutelado pela Carta Magna e pela lei infraconstitucional nº 7.347/85. 
Sendo um dos réus pessoa jurídica de Direito público ela deverá ser intimada para se pronunciar no prazo de 72 horas nos termos do Art. 2° Le i 8.437 /92. Diante do apresentado, estão presentes os requisitos para a concessão da tutela antecipada de urgência em caráter antecedente nos termos do artigo 12 da Lei 7.347/85.
X- DO PEDIDO 
a)Seja de ferida medida liminar requerida; 
b)Seja ordenada a citação dos réus para, querendo, apresentar contestação no prazo legal, sob pena de revelia;
c)A intimação do ilustre representante do Ministério Público, nos termos do artigo 5°, §1° da Lei 7.347/85, para acompanhar todos os atos e termos da presente ação; 
d)Sejam julgados procedentes os pedidos iniciais para fins de condenação em perdas e danos dos responsáveis pelos atos ou a obrigação de fazer sob pena de multa diária a ser estipulado por V. Ex.ª; 
e) A condenação dos réus nas custas processuais e honorários advocatícios; 
f)Para provar o alegado, requerer a produção de todos os meios de prova em Direito admitidas, principalmente a documental, pericial, testemunhal e o depoimento pessoal do seu representante legal, pena de confissão. 
 
XI- DO VALOR DA CAUSA 
Dá se a causa o valor de R$ XXXXXXXXXX
PEDE DEFERIMENTO 
Caicó, xxxxxxx de xxxxxxxxx de 2018 
 
 Advogado 
OAB/ xxxxxxx Nºxxxxxx

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