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Universidade Estácio de Sá – Polo Santa Cruz Introdução a Engenharia – André Martins Aluno (a): Jullyanna da Costa Abade PRÉDIOS RESISTENTES A TERREMOTOS E m meio à destruição causada pelo terremoto seguido de tsunami que atingiu a costa leste do Japão prédios continuam em pé apesar do forte tremor. O que explica isso são as altas tecnologias de engenharia civil desenvolvidas há anos pelos japoneses para minimizar os prejuízos e mortes causados pelos desastres naturais. “Eles concebem o prédio como um elemento dinâmico, já que ele estará sempre sujeito a movimentos em qualquer direção”, explicou André Dantas, engenheiro civil especialista em logística de desastres e professor associado da Universidade de Canterbury (Nova Zelândia). Os estudos sobre construções resistentes a terremotos começaram fora do Japão na década de 70. Dois pesquisadores, Robert Park e Thomas Paulay, iniciaram estudos na Nova Zelândia sobre como desenvolver elementos de construção, como o pilar e a laje, mais resistentes aos abalos sísmicos. Depois do terremoto de Kobe, em 1995, que matou cerca de 6,5 mil pessoas, os japoneses passaram a investir mais em novas tecnologias na construção civil. Ao construir um novo prédio, a preocupação começa na fundação, parte do edifício que fica em contato com o solo. Os prédios ganham alicerces com suspensão para absorver o impacto gerado pelo terremoto. Nos prédios como os do governo japonês, são instalados amortecedores eletrônicos, que podem ser controlados à distância. Em prédios mais simples são usados amortecedores de molas que funcionam de um jeito parecido à suspensão de veículos. Os engenheiros também colocam um material especial para amortecer as junções entre as colunas, a laje e as estruturas de aço que compõe cada andar. “Esse material ajuda a dissipar a energia quando a estrutura se movimenta em direções opostas, assim o prédio não esmaga os andares intermediários”, explica Dantas. Todos os andares possuem, além de paredes de concreto, uma estrutura de aço interna, que ajuda a suportar o peso do prédio. Uma das partes mais importantes dos prédios com tecnologias mais modernas contra terremotos é o sistema de contrapeso inercial: instalada na parte mais alta, uma bola pesada o bastante para movimentar o prédio no sentido contrário às vibrações do solo atenua o movimento e permite que o prédio se mantenha 40% mais estável durante um terremoto. Os vidros das janelas, uma das partes mais sensíveis da construção, são envolvidos por borracha, para que não fiquem em contato direto com a esquadria de aço. Com isso, enquanto o prédio sacode, o vidro também se movimenta, porém de maneira controlada. Em prédios com poucos andares uma técnica simples, porém, de alto valor, chamada “Shear walls”, consiste na construção de paredes muito fortes, recheadas de ferro e muito concreto preparadas para se manterem firmes durante um tremor. Contudo, engenheiros de países localizados em regiões com alta movimentação de placas tectônicas, como o Japão, tentam preparar os prédios para suportar terremotos de diversas intensidades, de modo a minimizar os prejuízos e mortes causados pelos desastres naturais que ocorrem frequentemente nessas áreas. Diante do caso apresentado, pôde ser verificado a essência da engenharia, que desde os primórdios vem se adaptando ás necessidades do problema, para assim, formular uma solução clara e viável, gerando um projeto que será posto em prática. Isto é, identificar, formular e solucionar problemas em engenharia que resultará na elaboração de um novo produto, sistema ou processo, ou a sua melhoria. Referências Bibliográficas Tecnologia usada nos prédios resistentes a terremotos. CIVILIZAÇAO ENGENHARIA. Disponível em: <https://civilizacaoengenheira.wordpress.com/2013/11/27/tecnologia-usada-nos-predios-resistentes-a-terremotos/> Acesso em: 25 de setembro de 2017. O Japão e a incrível engenharia antissísmica. CONSTRU 360. Disponível em: <http://constru360.com.br/o-japao-e-a-incrivel-engenharia-anti-sismica-terremoto/> Acesso em: 25 de setembro de 2017. Página 4 | 4
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