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23 PROTOCOLO DE APH CBMMG

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Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BELO HORIZONTE 
2013 
 
INSTRUÇÃO TÉCNICA OPERACIONAL 
Nº 23 
 
 
Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 
 
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DE 
MINAS GERAIS - CBMMG 
 
 
 
 
 
 
 BELO HORIZONTE 
1ª Edição Revisada 
 
 
Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 
 
 
Governador do Estado de Minas Gerais: Antônio Augusto Junho Anastasia 
Secretário de Estado de Defesa Social: Rômulo de Carvalho Ferraz 
Comandante Geral do CBMMG: Sílvio Antônio de Oliveira Melo 
Subcomandante Geral/ Chefe do Estado-Maior: Ivan Gamaliel Pinto 
 
Impressão: Ajudância Geral do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais 
 
Revisão: Cap BM QOS José Ricardo Monteiro Fernandes – Psicólogo 
 Cap BM QOS Luciane Rugani Teles Correa – Médica 
Cap BM QOS Laudo Yogui – Médico 
 
M663 Minas Gerais. Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais. 
Instrução Técnica Operacional n.23 - Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar. 
Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais. Belo Horizonte, 2013. 169p. 
1. Atendimento Pré-hospitalar 2. Primeiros Socorros 3.Trauma 4. 
Procedimentos 
I. Título 
 CDU: 
616.02551 
 
 
Para citar este documento: 
MINAS GERAIS. Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais. Instrução Técnica 
Operacional n.23: protocolo de atendimento pré-hospitalar. 1 ed. rev. ampl. Belo 
Horizonte: CBMMG, 2013.169p 
 
Disponível em: http://www.bombeiros.mg.gov.br/component/content/article/20660-
instrucoes-tecnicas-operacionais.html 
 
 
 
 
 
 
Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 
 
 
ELABORAÇÃO 
Adair Honório da Silva, Primeiro Sargento BM 
Técnico em Emergências Médicas – CBMMG 
 
Alexandre Cardoso Barbosa, Primeiro Tenente BM 
Técnico em Emergências Médicas - CBMMG 
 
Amilton Reis, Terceiro Sargento BM 
Enfermeiro, COREn/MG - 209.024 - FES/JF 
Doutorando em Ciências Biomédicas da Saúde 
Mestre em Terapia Intensiva - IBRATI-SOBRATI/SP 
 
Bruno César Amorim Machado, Primeiro Tenente BM 
Enfermeiro, COREn/MG 041.380 - UFMG 
Especialista em Urg/Emerg e APH - UNA/BH 
 
Donizetti Silva de Oliveira, Major BM 
Pedagogo – UEMG 
Especialista em Criminalística - PCMG e Segurança Pública - DHC 
Técnico em Emergências Médicas – CBMMG 
 
Emerson Borges, Primeiro Sargento BM 
Técnico em Emergências Médicas – CBMMG 
 
Guilherme Bicalho Mourão Dinelli, Soldado BM 
Psicólogo, CRP 04/29623 - UFMG 
Técnico em Emergências Médicas – CBMMG 
 
Guilherme Inácio do Couto Oliveira, Capitão BM 
Biólogo - UFMG 
Técnico em Emergências Médicas – CBMMG 
 
Herbert Aquino Marcelino, Primeiro Tenente BM 
Acadêmico de Direito – PUCMINAS 
Técnico em Emergências Médicas – CBMMG 
 
Joanas Cardoso Neto, Terceiro Sargento BM 
Técnico em Emergências Médicas – CBMMG 
 
Juliano de Figueiredo Alves, Segundo Sargento BM 
Técnico em Emergências Médicas – CBMMG; 
Graduando em Enfermagem – Faculdade Pitágoras, de Poços de Caldas – MG; 
Instrutor de Emerg. Méd. da ASHI e MFA/USA, de Salv. Aquático SOBRASA e de Mergulho da NAUI-USA 
 
Leonard de Castro Farah, Segundo Tenente BM 
Pós Graduando em Gestão de Desastres AVM UFSC 
Técnico em Emergências Médicas – CBMMG 
PHTLS - Hospital das Clinicas USP 
 
Kleber Silveira de Castro, Capitão BM 
Educador Físico CREF 021423-G/MG - FUMEC 
Piloto De Helicóptero ANAC 135678 – BOA/CBMMG 
 
Richelmy Murta Pinto, Primeiro Tenente BM 
Técnico em Enfermagem – Colégio Estadual do Estado do Espírito Santo 
Instrumentador Cirúrgico - Escola Técnica de Saúde do Espírito Santo 
Técnico em Emergências Médicas - CBMMG 
 
Sebastião Carlos Fernandes Reis, Major BM 
Bacharel em Direito - UFMG 
Técnico em Emergências Médicas – CBMMG 
 
Waldeci Gouveia Rodrigues, Major BM 
Especialista em Normalização de Medidas Contra Incêndio - PUCMINAS 
Técnico em Emergências Médicas – CBMMG 
 
Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 
 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
 
 
 - Advertência de alerta 
 
 
 - Advertência de competência privativa do profissional médico ou 
necessidade de apoio pelo Suporte Avançado de Vida 
 
 
Figura 1 – Identificação visual de queda facial e debilidade dos braços, conforme a 
Escala de Cincinatti. 
 
Figura 2 – Zonas de inervação conforme segmento medular para avaliação da altura 
da lesão no TRM 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 
 
GLOSSÁRIO 
A 
Abaulamento - ato ou efeito de abaular, tornar convexo. 
Abandono - deixar um paciente com trauma ou doença antes do pessoal de resgate 
chegar. Deixar o local sem dar informações sobre o paciente também é considerado 
uma forma de abandono. 
Abdome - região do corpo entre o diafragma e a pélvis que localiza parte do 
aparelho digestivo. 
Abdome agudo - Dor abdominal de aparecimento súbito e não traumático 
geralmente referenciado como a queixa principal do paciente. 
Abdominal (cavidade) - cavidade anterior de corpo que se localiza entre o 
diafragma e os ossos da pélvis. Aloja e protege os órgãos abdominais, glândulas, 
vasos e nervos importantes. 
Abdominal (quadrante) - as quatros zonas da parede abdominal anterior, são 
usadas para referências rápidas, na localização de estruturas de traumas e de dor. 
Abdução - movimento de um membro afastando-se da linha média do corpo. 
Abrasão - arranhão, escoriação. 
Abscesso - uma coleção de pus associada com morte de tecido e infecção. 
Acidente com múltiplas vítimas - qualquer acidente, desastre ou emergência que 
envolva mais de um paciente. 
Adução - movimento de uma extremidade em direção à linha média do corpo. 
Afundamento do tórax - condição onde várias costelas estão fraturadas de tal 
modo que a parede do tórax não consegue mover-se adequadamente durante a 
respiração. 
Alérgico - qualquer substância que causa uma resposta alérgica. 
Alvéolos - pequenas cavidades pulmonares tipo saco, onde ocorre uma troca 
gasosa entre gases alveolares e o sangue capilar pulmonar. 
Amnésia - perda de memória. Essa perda geralmente é de forma súbita. 
Amputação - remoção cirúrgica ou traumática de uma parte do corpo. A maioria das 
amputações é de extremidades ou de uma de suas partes. 
Angina - dor no tórax próximo ao coração, freqüentemente causada por um 
suprimento insuficiente de sangue no coração. 
Angústia respiratória ou insuficiência respiratória - qualquer dificuldade para 
respirar. Às vezes, o problema é grave e requer cuidados de emergência. Uma vez 
que tal situação tenha iniciado é difícil de predizer, a curto prazo, o curso do 
problema. 
Antisséptico - substância hipoalergênica e atóxica com ação letal e inibitória do 
crescimento dos microorganismos. 
Aorta - maior artéria do corpo que conduz sangue oxigenado para o organismo. 
Apneia - parada da respiração. 
Apgar – Escala de avaliação neonatal que avalia a freqüência cardíaca, esforço 
respiratório, tônus muscular, irritabilidade e coloração da pele. Cada critério vale dois 
pontos, totalizando uma nota de 0-10. Notas inferiores a 7 podem ser em função da 
prematuridade e requer avaliações conseqüentes. 
Arritmia - falta de ritmo; irregularidade e desigualdade das contrações do coração. 
Artéria - cada um dos vasos que conduzem o sangue do coração a todas as partes 
do corpo. 
Artéria femoral - artéria principal da extremidade inferior, localizada na parte 
superior (coxa). 
 
Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 
 
Arteríola - artéria muito pequena, de dimensões microscópicas. 
Arteriosclerose - "endurecimento das artérias" causado pela deposição de cálcio.Articulação - junção natural de dois ou mais ossos. 
Asfixia - suspensão ou supressão da atividade respiratória e da circulação do 
sangue. 
Asma - condição em que ocorre uma constrição dos bronquíolos, causando uma 
redução do fluxo de ar. 
Asséptico - limpo, livre de partículas de contaminação. Não significa estéril. 
Assistolia - É a total ausência de atividade elétrica no coração, com conseqüente 
parada cardíaca. 
Aterosclerose - aumento da espessura e perda de elasticidade das paredes 
internas das artérias, acompanhados de formação de ateromas. 
Átrio - câmara superior do coração. 
Avulsão – ferimento em que parte do tecido é arrancada do corpo. 
 
B 
Bandagem - um dispositivo, como gaze ou atadura, que pode ser usado para 
manter um curativo no lugar. 
Bilateral - que existe em ambos os lados do corpo. 
Bradicardia - termo utilizado na medicina para designar uma diminuição na 
frequência cardíaca. 
Brônquio - a porção das vias aéreas que conecta a traquéia aos pulmões. 
Bronquíolos - pequenas terminações que levam o ar do ambiente aos alvéolos 
pulmonares e vice-versa. 
 
C 
Cãibras - condição provocada pela perda de fluidos e sais do corpo. Usualmente 
ocorre em pessoas que trabalham em locais com calor excessivo e 
com grande esforço muscular. 
Cânula de Guedel (cânula orofaríngea) - dispositivo oral que ajuda a manter a 
língua afastada da orofaringe, promovendo a abertura das vias aéreas. 
Cânula nasofaríngea - sonda flexível que é lubrificada e inserida no nariz de um 
paciente até o nível da nasofaringe (atrás da garganta) para permeabilizar as vias 
aéreas superiores. 
Capilar - vaso sanguíneo microscópico no qual ocorre as trocas entre a circulação 
sanguínea e os tecidos. 
Cardíaco - que se refere ao coração. 
Cateter - tubo flexível que é introduzido no corpo para permitir drenagens ou 
infusões de fluidos. 
Cavidade pélvica - parte baixa da cavidade abdominal, cercada pelos ossos da 
pelve. 
Cavidade pleural - espaço entre as duas membranas pleurais: parietal e visceral. 
Cavidade torácica - cavidade do corpo superior ao diafragma. Faz a proteção do 
coração e pulmões. 
Cefaléia - dor de cabeça, localizada ou difusa. 
Cefálico - referente à cabeça. 
Cérvix - a parte inferior do útero onde começa a vagina. 
Cetoacidose - condição de um diabético quando utiliza muita gordura, tentando 
obter energia por falta de glicose disponível. 
Cetônica - hálito de odor adocicado e amoniacal. É um sinal de coma diabético. 
 
Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 
 
Choque - reação do corpo em resposta a falência do sistema circulatório em prover 
sangue e oxigênio adequadamente para todos os órgãos, tecidos e células. 
Cianose - coloração azulada da pele e das mucosas, devido a baixa oxigenação 
sanguínea. 
Coágulo - uma formação composta de fibras e um emaranhado de células 
sanguíneas que ajudam a parar a hemorragia de uma ferida. 
Cóccix - osso mais baixo da coluna vertebral. 
Coma - é o estado no qual uma pessoa perde completa ou parcialmente a 
consciência, devido a baixa atividade elétrica encefálica. 
Compressão direta - pressão direta aplicada ao local do sangramento. 
Convulsão - alteração no funcionamento do cérebro que causa contrações 
descontroladas dos músculos. 
Cordão umbilical - estrutura que liga o corpo do feto à placenta. 
Coroamento - quando a cabeça do bebê está saindo pela abertura vaginal, durante 
o parto. 
Coronárias - artérias que irrigam o coração (miocárdio). 
Corte - ferimento aberto com extremidades lisas (incisão) ou extremidades 
irregulares (laceração). 
Crepitação - um ruído que ocorre pelo atrito das partes fraturadas. 
Crônico - Termo usado para significar muito tempo ou que ocorre com freqüência. 
Curativo - cobertura protetora, ajuda no controle de hemorragias e previne a 
contaminação das feridas. 
Curativo oclusivo - curativo fechado. 
 
D 
Delirium tremens - uma severa reação que ameaça a vida, relacionada à 
abstinência de álcool do paciente. As mãos do paciente tremem, pode ocorrer febre 
alta, alucinações, comportamentos incomuns e convulsões. 
Dequitação - expulsão da placenta após o nascimento do bebê. 
Derme - a segunda camada da pele. É rica em vasos sangüíneos e nervos, 
encontra-se abaixo da epiderme. 
Desfibrilação - aplicação de um choque elétrico no paciente numa tentativa de 
restabelecer um ritmo normal espontâneo do coração. 
Desfibrilador externo automático (DEA) - um aparelho elétrico que pode detectar 
batidas irregulares do coração (fibrilações) e dar um choque no tórax do paciente. 
Desmaio - ocorre quando o paciente tem uma perda temporária da consciência, 
causada pela redução de sangue no cérebro. 
Diabetes - doença causada pela produção inadequada de insulina. 
Diafragma - músculo da respiração que separa a cavidade abdominal da cavidade 
torácica. 
Diástole - período durante o qual o coração recupera seu volume de repouso, 
depois da contração; relaxamento cardíaco. 
Diastólica - referente à diástole. 
Dispneia - dificuldade respiratória. 
Distal - longe de um ponto de referência. 
Distendido - inflado, inchado, dilatado. 
Distensão - ferimento no músculo causado pela hiperextensão. 
Doença infecciosa - qualquer doença causada por agentes infecciosos 
microbianos, tais como bactérias ou vírus. 
 
 
Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 
 
E 
Eclâmpsia - uma complicação na gravidez que produz convulsões e pode levar ao 
coma ou até à morte. 
Edema - inchaço devido ao acúmulo de líquidos nos tecidos. 
Emergências Ambientais – para fins desta ITO 23, o termo Emergências 
Ambientais empregado no Módulo 500, do inglês: environmental emergencies, foi 
utilizado segundo os manuais norte-americanos de referência e compõem 
procedimentos que não se enquadram diretamente na questão de emergências 
clínicas e/ou emergências traumáticas. Além disso, é necessário destacar que não 
se deve confundir o termo com a ideia de situações relativas às “emergências 
ambientais” comuns em nossa realidade operacional, como incêndios florestais, 
enchentes e inundações. 
Enfisema - doença crônica na qual os pulmões sofrem uma perda progressiva da 
elasticidade. 
Epiglote - saliência de cartilagem e outros tecidos que estão no topo da laringe. Ela 
fecha as vias aéreas na hora da deglutição, desviando os sólidos e líquidos para o 
esôfago. 
Epilepsia - disfunção cerebral que cursa com descargas elétricas desorganizadas e 
excessivas do cérebro, que interrompem temporariamente sua função habitual e 
produzem manifestações involuntárias no comportamento, no controle muscular, na 
consciência e/ou na sensibilidade do indivíduo. 
Epistaxe - sangramento nasal. 
Equimose - descoloração da pele devido a uma hemorragia interna. Tipicamente 
uma marca "preta e azul". 
Escala de Coma de Glasgow - escala confiável para estimar rapidamente 
gravidade da disfunção neurológica em pacientes com alteração da consciência. 
Escápula - um osso grande, par e chato, localizado na porção póstero-superior do 
tórax, que se articula com a clavícula. 
Escoriação - ferimento aberto que lesa a camada superficial da pele. 
Esfigmomanômetro - aparelho para verificar a pressão arterial. 
Esôfago - tubo muscular que conduz o alimento da boca para o estômago. 
Estabilização - imobilização feita em uma parte lesada do corpo, com o objetivo de 
ajudar a reduzir os movimentos involuntários, minimizando a dor ou espasmos 
musculares. 
Estéril - livre de toda a forma de vida microbiana. 
Estetoscópio - instrumento que amplia os sons. 
Evisceração - termo aplicado a saída de algum órgão ou parte dele por uma ferida 
aberta. 
Exame pré-natal - acompanhamento médico realizado durante a gestação. 
Expiração - soltar o ar, exalar. 
 
F 
Falanges - ossos dos dedos. 
Faringe - garganta. 
Fêmur - osso da coxa. 
Feto - criança no estágio intra-uterino, com mais de 8 semanas. 
Fibrilação Ventricular – ritmo cardíaco em queas contrações ocorrem sem 
coordenação das fibras musculares do coração. 
Fibrina - material de proteína fibrosa responsável pelos coágulos de sangue. 
 
Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 
 
Fibrinolítico - ativadores do plasminogênio usados na terapêutica da trombose 
arterial para dissolver rapidamente a rede de fibrina e assim dissolver os trombos 
Fíbula - osso lateral da perna. 
Flexão - movimento de ângulo de uma articulação. 
Fluxômetro - dispositivo de medida que permite ao usuário ajustar o fluxo de 
oxigênio selecionando 2, 4, 6, 8...15 litros por minuto. 
Formigamento - sensação de comichão ou agulhada, que surge espontaneamente 
quando ocorre compressão dos vasos sanguíneos ou nervos. 
Fratura - quebra, rachadura, lasca de uma parte óssea. 
 
G 
Gemelar - relativo a gêmeos; diz-se de dois ou mais irmãos ou irmãs nascidos no 
mesmo parto. 
Genitália - órgãos reprodutores externos. 
Geniturinário - sistema genital e urinário. 
Genupeitoral - ação de dobrar os joelhos unindo-os em direção ao tórax. 
Glicose - açúcar simples, primeira fonte de energia para o corpo. 
 
H 
Hematoma - coleção de sangue abaixo da pele ou tecidos, geralmente resultante de 
um trauma. 
Hemorragia - perda de sangue causado por uma solução de continuidade em vasos 
sanguíneos. 
Hipoglicemia - é um distúrbio provocado pela baixa concentração de glicose no 
sangue. 
Hipotermia - ocorre quando a temperatura corporal do organismo cai abaixo do 
normal (35°C), de modo não intencional. 
Hipovolemia - perda de sangue ou plasma pelo organismo. 
Hipóxia - inadequado suprimento de oxigênio aos tecidos do corpo. 
 
I 
Icterícia – é uma síndrome caracterizada por uma caracterizada pela coloração 
amarelada na pele e mucosas devido a uma acumulação de bilirrubina no 
organismo. 
Imobilização - aplicação de um dispositivo que imobiliza uma extremidade 
deformada, inchada e com dor. Imobilizar - fixar ou restringir parte do corpo para 
reduzir ou eliminar o movimento. 
Infarto - definido como uma lesão tecidual isquêmica irreversível, devida à falta de 
oxigênio e nutrientes em determinada parte de um órgão. 
Inflamação - presença de dor, calor, vermelhidão e inchaço de tecidos quando há 
um processo infeccioso, irritativo ou traumático. 
Inspiração - entrada de ar para os pulmões. 
Insulina - hormônio produzido pelo pâncreas, que transporta o açúcar 
(glicose) para as células do organismo. 
Intravenoso - dentro da veia. 
Isquemia - provisão de sangue diminuída para um órgão ou tecidos. 
 
L 
Laringe - parte das vias aéreas entre a garganta e a traquéia. 
Ligamento - tecido fibroso que liga as articulações aos ossos. 
 
Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 
 
Luxação - deslocamento de uma extremidade de um osso em uma articulação. 
 
 
M 
Mandíbula - o osso do queixo. 
Medial - linha vertical, central do corpo. 
Meninges - membranas que revestem o cérebro e a medula. 
Miocárdio - músculo cardíaco. 
Mobilização - termo de uso geral para descrever qualquer procedimento organizado 
para mover uma vítima, de um local para outro. 
Movimento paradoxal torácico - quando um segmento da parede do tórax move-se 
para a direção oposta ao restante. Está associado ao afundamento do tórax. 
Muco - humor viscoso e semitransparente que constitui a base de muitas secreções; 
mucosidade. 
Músculo intercostal - músculos que se localizam entre as costelas, ajudando a 
aumentar o volume da cavidade do tórax. 
 
N 
Neoplasia – termo relacionado ao crescimento exagerado de células; proliferação 
celular sem controle e autônoma; tumor. 
 
P 
Palpação - toque manual feito para sentir uma parte do corpo, tais como o crânio, 
tórax, abdome, membros superiores e inferiores ou o pulsação. 
Parada cardíaca - interrupção da atividade cardíaca 
Paralisia - perda completa ou parcial da habilidade para mover uma parte do corpo. 
A sensibilidade da área também pode estar ausente. 
Parto pélvico - parto onde as nádegas ou pernas do bebê se apresentam primeiro 
durante o parto. 
Perfusão capilar - fluxo de sangue pelos vasos capilares. 
Períneo - região localizada entre os órgãos genitais externos e o ânus. 
Peritônio - membrana que envolve e delimita a cavidade abdominal. 
Permeável - desobstruído; livre. 
Pleura - dupla membrana que reveste a parede dos pulmões. 
Pneumotórax – Lesão que resulta na presença de ar no espaço pleural, comumente 
levando ao colapso pulmonar. 
Posterior - atrás, costas. 
Pressão arterial diastólica - a pressão sangüínea na parte interna das artérias 
quando o coração está relaxado. Veja pressão arterial sistólica. 
Pressão arterial sistólica - a pressão sangüínea na parede das artérias, quando o 
coração está contraído. Veja pressão sangüínea diastólica. 
Pressão intracraniana - pressão no interior do crânio, que pode variar em virtude 
do acúmulo de líquidos nessa cavidade. 
Pressão sangüínea - a pressão causada pelo sangue que força as paredes dos 
vasos. Normalmente é medida a pressão do sangue nas artérias. 
Priapismo - ereção peniana involuntária, sem estímulo sexual, persistente 
associada a algum dano espinhal. 
Proximal – é aplicada na descrição anatômica, para indicar que a parte do corpo 
referida se situa mais próxima de um centro, articulação ou linha mediana. 
Pulmonar - que se refere aos pulmões. 
 
Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 
 
Pulso - a expansão e contração alternada das paredes das artérias combinadas 
com a ejeção de sangue pelo coração. 
Pulso distal - um pulso medido no fim de uma extremidade. Normalmente refere-se 
ao pulso radial nas extremidades superiores e o pulso pedioso para as extremidades 
baixas. Ver pulso radial e pulso pedial. 
Pulso pedial ou pedioso - pulso perceptível no "peito" do pé. 
Pulso radial - pulso palpável no punho. 
 
R 
Rádio - osso lateral do antebraço. 
Respiração - ato de respirar. A troca de oxigênio e gás carbônico ocorre nos 
pulmões. 
Respiração artificial - manobra de forçar a entrada de ar ou oxigênio para o pulmão 
de um paciente que não esteja respirando adequadamente ou com dificuldade 
respiratória. Também chamado de ventilação artificial. 
Respiração diafragmática - respirações fracas e rápidas com pequeno ou nenhum 
movimento do tórax. Há um leve movimento do abdome. O esforço do paciente para 
tomar fôlego utiliza apenas o músculo do diafragma. 
Ressuscitação cardiopulmonar (RCP) - conjunto de manobras sobre o coração e o 
pulmão para, artificialmente, manter a respiração e a circulação. 
Ressuscitação pulmonar - substituição artificial da função ventilatória do paciente. 
 
S 
Sangramento arterial - perda de sangue por uma artéria. O fluxo geralmente é 
rápido e jorra refletindo as batidas do coração. 
Sangramento venoso - perda de sangue por uma veia, de cor vermelho escuro. 
Sibilo - ruído característico da asma brônquica, semelhante a um assobio agudo. 
Sistêmico - refere-se ao corpo todo. 
Sístole - contração cardíaca simultânea para os dois ventrículos e átrios. 
Sistólico - relativo à sístole. 
Sudorese - secreção de suor; transpiração. 
 
T 
Tala rígida - dispositivo duro feito de material com pequena flexibilidade (como 
metal, plástico ou madeira) para imobilizar articulações e extremidades acima e 
abaixo do local da lesão. 
Taquicardia – freqüência cardíaca acima dos parâmetros normais. 
Tecidos moles - tecidos do corpo que compõem a pele, músculos, nervos, vasos 
sanguíneos, tecidos gordurosos, células de revestimento que recobre órgãos e 
glândulas. 
Tração - ação de puxar com suavidade um membro para estabilizar um segmento 
ósseo ou articulação. 
Trauma - lesão causada por transferência de energia ao corpo através de um 
agente físico externo. 
Trombose - formação de um coágulo em um vaso sanguíneo. 
 
V 
Vascular - referente aos vasos sanguíneos. 
Veia - vasos sanguíneos que retornam sangue para o coração. 
Ventilação - enchimento os pulmõesde ar. 
 
Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 
 
Ventrículo - é uma das duas câmaras inferiores do coração. Bombeiam sangue do 
coração para os pulmões e para todo o corpo. 
Vênula - porção mais fina das veias que começa no final do leito capilar e retorna 
sangue para as veias maiores. 
Vértebra - unidade óssea da coluna vertebral. 
Vias aéreas - estruturas anatômicas onde ocorre a passagem de ar, que entrou pelo 
nariz e boca, para efetuar troca gasosa em nível pulmonar. 
Visão transitória – é a redução parcial ou total da visão de um ou ambos os olhos, 
decorrente de problemas circulatórios envolvendo o nervo óptico ou córtex occipital. 
 
Z 
Zigomático - osso da face, também chamado de zigoma. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 
 
LISTA DE SIGLAS 
 
AHA American Heart Association 
AIT Ataque Isquêmico Transitório 
AVC Acidente Vascular Cerebral 
AVDN Alerta – Responde a Estímulo Verbal – Responde à Dor – Não Responde 
AVE Acidente Vascular Encefálico 
BPM Batimentos por Minuto 
BVM Bolsa Válvula Máscara 
COF Cânula Orofaríngea 
CTB Código de Trânsito Brasileiro 
DCAP-QELS Deformidade – Contusão – Abrasão – Punção / Penetração = Queimadura – 
Edema – Laceração – Sensibilidade 
DD Doença Descompressiva 
DEA Desfibrilador Externo Automático 
DPOC Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica 
EAP Edema Agudo de Pulmão 
ECA Estatuto da Criança e do Adolescente 
ECG Escala de Coma de Glasgow 
EPI Equipamento de Proteção Individual 
Gu BM Guarnição Bombeiro Militar 
HR Hospital de Referência 
IFC Isolamento de Fluidos Corporais 
ILCOR International Liaison Committee on Resuscitation 
IRPM Incursão respiratória por minuto 
LPM Litros por minuto 
MDL Mecanismo de Lesão 
MTV Manually-Triggered Ventilator (Ventilação Manualmente Acionada) 
NDD Natureza da Doença 
OPQRST Origem – Provocado por... – Qualidade – (ir)Radiação – Severidade – Tempo 
OVACE Obstrução de Vias Aéreas por Corpos Estranhos 
PAS Pressão Arterial Sistólica 
PCR Parada Cardiorrespiratória 
PHTLS Prehospital Trauma Life Support 
PR Parada Respiratória 
RAPH Relatório de Atendimento Pré-Hospitalar 
RCP Ressucitação Cardiopulmonar 
REDS Relatório de Evento de Defesa Social 
RN Recém Nascido 
SAMPUM Sinais/Sintomas – Alergia – Medicações – Passado Médico – Ultima Alimentação 
– Mecanismo da Lesão/Natureza da Doença 
SBV Suporte Básico de Vida 
SAV Suporte Avançado de Vida 
SpO2 Saturação Parcial de Oxigênio 
TCE Trauma Crânio-Encefálico 
TS Trauma Score (escala de trauma score) 
TRM Trauma Raquimedular 
VPM Ventilações por Minuto 
 
 
Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 
 
SUMÁRIO 
INTRODUÇÃO 15 
 
MÓDULO 100 – AVALIAÇÃO DO PACIENTE 16 
P 101 Avaliação do Paciente ................................................................... 17 
MÓDULO 200 – SUPORTE BÁSICO DE VIDA 29 
P 201 PCR Adulto .................................................................................... 30 
P 202 PCR Criança e Lactente ................................................................ 33 
P 203 OVACE Adulto e Criança ............................................................... 36 
P 204 OVACE Lactente e Neonatal ......................................................... 37 
P 205 Parada Resp. Adulto Criança Lactente .......................................... 39 
P 206 SBV Neonatal ................................................................................ 41 
P 207 DEA ............................................................................................... 43 
MÓDULO 300 - EMERGÊNCIAS CLÍNICAS 48 
P 301 Emergências Cardiovasculares ..................................................... 49 
P 302 AVC/AVE......................................................................................... 52 
P 303 Emergências Respiratórias ............................................................ 56 
P 304 Crise Convulsiva ............................................................................ 57 
P 305 Diabetes Mellitus e Hipoglicemia ................................................... 58 
P 306 Emergências Obstétricas ............................................................... 61 
P 307 Abdome Agudo .............................................................................. 66 
P 308 Emerg. Psiquiátricas e Comportamentais ...................................... 67 
P 309 Envenenamento e Intoxicação ....................................................... 69 
P 310 Abuso de Álcool e Drogas ............................................................. 72 
MÓDULO 400 – TRAUMAS 75 
P 401 Trauma Crânio-Encefálico (TCE) ................................................... 76 
P 402 Trauma Raquimedular (TRM) ........................................................ 78 
P 403 Trauma Torácico ............................................................................ 81 
P 404 Trauma Abdominal ......................................................................... 83 
P 405 Trauma Pélvico e Genital ............................................................... 84 
P 406 Choque Elétrico ............................................................................. 86 
P 407 Ferimentos Específicos .................................................................. 88 
P 408 Hemorragia .................................................................................... 91 
P 409 Lesões Músculo Esqueléticas ........................................................ 93 
P 410 Lesões na Cabeça e Pescoço ....................................................... 95 
P 411 Queimaduras .................................................................................. 98 
P 412 Violência Sexual ............................................................................ 101 
 
 
Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 
 
MÓDULO 500 – EMERGÊNCIAS AMBIENTAIS 103 
P 501 Afogamento .................................................................................... 104 
P 502 Acidentes de Mergulho .................................................................. 108 
P 503 Animais Peçonhentos / Perigosos ................................................. 112 
P 504 Emergências Relacionadas ao Calor ............................................. 114 
P 505 Hipotermia e Congelamento .......................................................... 117 
MÓDULO 600 – PROCEDIMENTOS GERAIS 120 
P 601 Isolamento de Fluidos Corporais ................................................... 121 
P 602 Triagem Pré-Hospitalar .................................................................. 123 
P 603 Oximetria de Pulso ......................................................................... 126 
P 604 Administração de Oxigênio ............................................................ 127 
P 605 Aspiração de Vias Aéreas .............................................................. 132 
P 606 Pac. Pediátricos – Generalidades e Abuso ................................... 134 
P 607 Pac. Portador Deficiência Física e Mental ..................................... 137 
P 608 Paciente Idoso – Generalidades e Abuso ...................................... 139 
P 609 Operação de Veículos de APH ...................................................... 141 
P 610 Extricação ...................................................................................... 144 
P 611 Outro Profissional de Saúde na Cena ........................................... 146 
P 612 Recusa de Atendimento ................................................................. 147 
P 613 Presunção de Óbito .......................................................................149 
APÊNDICE 150 
Apêndice 01 Aspectos Médicos, Legais e Éticos............................................ 151 
Apêndice 02 Sinais Vitais ............................................................................... 153 
Apêndice 03 Estado de Choque .................................................................... 155 
Apêndice 04 Escala de APGAR ..................................................................... 157 
Apêndice 05 Escala de Coma de Glasgow – Adulto ...................................... 158 
Apêndice 06 Escala de Coma de Glasgow – Pediátrica ................................ 159 
Apêndice 07 Escala de Trauma Score ........................................................... 160 
Apêndice 08 Mapa Carga Padrão de UR ....................................................... 161 
Apêndice 09 Duração de Cilindro de O2 ........................................................ 164 
 
 Referências Bibliográficas ............................................................................... 166 
 
 
 
 
Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 15 
 
Introdução 
Os socorristas que atuam nas viaturas de Atendimento Pré-hospitalar (APH) 
do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG) prestam os primeiros 
atendimentos e transporte às vítimas de incidentes clínicos, traumáticos, obstétricos 
e psiquiátricos. São profissionais não-médicos, com treinamento em suporte básico 
de vida, com ações não invasivas, detentores de cursos específicos de APH: 
Resgate Básico e Técnico em Emergências Médicas. 
Em complementação daqueles treinamentos, faz se necessário um 
documento formal de padronização das condutas operacionais nas prontidões de 
incêndio. Iniciativas como a aprovação da Resolução Nº 176, de 28 de outubro de 
2005, que aprovou o primeiro protocolo de atendimento pré-hospitalar (APH) no 
âmbito do CBMMG foi um avanço. As constantes atualizações nas diretrizes do 
International Liaison Committee on Resuscitation (ILCOR), porém, motivaram a 
nomeação de uma comissão para propor um novo protocolo de APH. Assim, após 
dois anos de estudos e pesquisas das melhores doutrinas médicas, aplicáveis ao 
serviço operacional bombeiro militar (BM), foi publicada pelo Comando Geral do 
CBMMG a Instrução Técnica Operacional 23 – Protocolo de APH (ITO - 23). 
De posse da ITO-23, o Bombeiro Militar terá um instrumento de retaguarda 
para pesquisa e uma doutrina sólida de amparo técnico e jurídico. Assim, cabe à 
guarnição BM prestar um atendimento sistemático, que se estende do 
dimensionamento da cena até as comunicações e documentação posteriores ao 
atendimento, pautado nesse novo protocolo, que segue as melhores evidências 
científicas produzidas para o atendimento pré-hospitalar. 
A ITO-23 está organizada em 6 módulos por tipo 
de atendimento, acrescido de um conjunto de apêndices 
de suporte. Como alerta, é usado o triângulo ao lado, a 
fim de reforçar ou contradizer certas condutas, fazer 
ressalvas ou esclarecer alguns procedimentos. O símbolo médico acima (chamado 
caduceu) é usado para alerta ao socorrista quanto à necessidade de apoio de uma 
equipe de suporte avançado de vida 
 
Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 16 
 
Módulo 100 – Avaliação do Paciente Revisado em 15/01/2013 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MÓDULO 100 
- Avaliação do Paciente - 
 
 
Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 17 
 
Módulo 100 – Avaliação do Paciente Revisado em 15/01/2013 
 
P 101 – AVALIAÇÃO DO PACIENTE 
 
1. DIMENSIONAMENTO DA CENA 
a. Providencie o Isolamento dos Fluídos Corporais – IFC por 
dispositivos de barreira (luvas, óculos, máscara e avental). 
b. Mantenha a cena segura, conforme procedimentos específicos 
dos demais protocolos desta instrução, e: 
i. Promova sua segurança pessoal e a da Gu BM; 
ii. Proteja o paciente; 
iii. Proteja as testemunhas e os demais profissionais presentes na 
cena; 
iv. Se a cena está comprovadamente insegura, torne-a segura. Se 
necessário, acione outros órgãos para tanto. Do contrário, não 
entre na cena. 
c. Descubra a Natureza da Doença – NDD (Clínico) ou o Mecanismo 
de Lesão – MDL (Trauma). 
i. Casos clínicos – Natureza da Doença – NDD; 
1. Verifique junto ao paciente, familiares ou testemunhas por 
que o CBMMG foi acionado – NDD 
2. Determine o número total de pacientes 
(a) Solicite recursos adicionais, inclusive 
suporte avançado de vida, se necessário 
(b) Inicie a triagem, se for o caso 
3. Se recursos são disponíveis, proceda à avaliação inicial 
ii. Trauma - Mecanismo de Lesão – MDL; 
1. Obtenha informações do paciente, familiares ou 
testemunhas e inspecione na cena qual é o MDL 
2. Determine o número total de pacientes 
(a) Solicite recursos adicionais, inclusive 
suporte avançado de vida, se necessário 
(b) Acione o plano de catástrofe, se houver 
necessidade 
(c) Inicie a triagem, se for o caso 
3. Proteja a coluna espinhal do paciente e proceda a 
avaliação inicial; 
2. AVALIAÇÃO INICIAL 
a. Forme uma impressão geral do paciente. 
i. Determine o MDL (Trauma) / NDD (Clínico); 
 
 
 
Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 18 
 
Módulo 100 – Avaliação do Paciente Revisado em 15/01/2013 
 
ii. Determine a idade e sexo do paciente; 
iii. Se o paciente está em alguma circunstância que ameaça a sua 
vida, trate-a imediatamente; 
iv. Mantenha a imobilização da coluna, se necessário; 
v. Determine a queixa principal; 
vi. Identifique-se pelo nome, explique que você é um Bombeiro 
Militar e peça consentimento para ajudá-lo; 
b. Avalie o nível de consciência – AVDN. 
i. Alerta; 
ii. Responde a estímulo Verbal; 
iii. Responde a estímulo Doloroso; 
iv. Não responde. 
c. Avalie as vias aéreas do paciente. 
i. Paciente responsivo – o paciente está conversando ou 
chorando? 
1. Se sim, avalie se a respiração está adequada 
2. Se não, siga o protocolo específico do Módulo 200 
ii. Paciente irresponsivo; 
1. Abra as vias aéreas 
(a) Pacientes clínicos: a manobra de 
hiperextensão da coluna cervical e 
elevação do queixo (head-tilt chin-lift) 
(b) Pacientes de trauma ou natureza da lesão 
desconhecida: estabilize a coluna cervical 
e tracione a mandíbula (jaw thrust / chin 
lift) 
2. Retire ponte fixa, prótese parcial removível e prótese 
total, se presentes e caso estejam obstruindo as vias 
aéreas (a prótese, principalmente a total, pode ser 
imprescindível para a manutenção do formato anatômico 
da boca). 
3. Aspire as vias aéreas, se necessário 
4. Insira cânula orofaríngea (ECG ≤ 8, sem reflexo de 
vômito) 
d. Avalie a respiração do paciente. 
i. Se respira, avalie profundidade, frequência, esforço e 
bilateralidade; 
1. Se inadequada, auxilie a respiração 
ii. Se não respira, inicie SBV, conforme Módulo 200. 
 
Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 19 
 
Módulo 100 – Avaliação do Paciente Revisado em 15/01/2013 
 
 Se o paciente está inconsciente, ou a respiração é inadequada ou ausente, 
auxilie a respiração utilizando adjuntos respiratórios (máscara facial, cânula 
orofaríngea e bolsa válvula máscara) e ofereça oxigênio conforme P604 
e. Avalie a circulação do paciente. 
i. Avalie o pulso carotídeo em adulto e criança, braquial em 
lactente e neonato; 
1. Se não tem pulso, inicie RCP, conforme Módulo 200 
ii. Avalie e controle hemorragia externa; 
iii. Avalie a perfusão capilar: temperatura, enchimento capilar, 
umidade e cor da pele. 
f. Identifique a prioridade do paciente. 
i. Trate e transporte imediatamente (Load and Go), se: 
1. Má impressão geral 
2. Não responde, não tosse, nem geme 
3. Responsivo, mas não obedece a comando 
4. Respiração difícil 
5. Pneumotórax hipertensivo6. Eviscerações 
7. Trauma combinado com: 
 antecedentes médicos relevantes 
 idade maior que 55 anos 
 Hipotermia 
 Queimaduras 
 Gravidez 
8. Estado de choque – hipoperfusão 
9. TCE com ECG < 10 
10. Ejeção de veículo 
11. Amputação acima do pulso ou tornozelo 
12. Fratura de fêmur bi-lateral 
13. Instabilidade pélvica 
14. Hipotensão mantida PAS <90 mmHg 
15. Obstrução que não pode ser removida de forma 
mecânica 
16. Parto complicado 
17. Dor torácica, com PA sistólica menor que 100 mmHg 
18. Hemorragia descontrolada – exanguinante 
 
 
Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 20 
 
Módulo 100 – Avaliação do Paciente Revisado em 15/01/2013 
 
19. Dor severa em qualquer parte do corpo 
20. Incapacidade para mover qualquer parte do corpo 
21. Qualquer condição que impeça a vítima de respirar e o 
SAV não se faz presente 
 Se paciente é de alta prioridade, transporte imediatamente. Aferição de sinais 
vitais, rápida avaliação física, exame físico detalhado, avaliação continuada e demais 
tratamentos podem ser completados a caminho do hospital de referência. 
 Intercepte com Suporte Avançado de Vida, se disponível, a caminho do hospital. 
g. Execute Histórico e Exame Físico (paciente de trauma e clínico). 
 
3. HISTÓRICO E EXAME FÍSICO 
a. Paciente de Trauma. 
i. Reconsidere o mecanismo de lesão (MDL); 
1. São MDL significativos: 
(a) Ejeção do veículo 
(b) Morte de outro passageiro do mesmo 
veículo 
(c) Queda de uma altura igual ou superior a 3 
vezes a altura do paciente, especialmente 
se cabeça e/ou dorso colidem com 
superfície rígida 
(d) Capotamento de veículo 
(e) Colisão a alta velocidade 
(f) Atropelamento 
(g) Acidente com motocicletas e bicicletas 
(h) Inconsciência ou alteração do estado 
mental após trauma 
(i) Trauma penetrante na cabeça, tórax ou 
abdome 
(j) Lesões ocultas - relacione a cena com o 
paciente e avalie a transferência de 
energia 
ii. Em paciente com mecanismo de lesão significativo: 
1. Execute a rápida avaliação física (90 
seg); 
(a) Continue a estabilização da coluna 
espinhal 
(b) Considere a solicitação do SAV 
 
 
 
 
Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 21 
 
Módulo 100 – Avaliação do Paciente Revisado em 15/01/2013 
 
(c) Avalie o estado mental 
(d) Inspecione e apalpe, olhando, 
procurando por DCAP – QELS: 
a. D eformidades 
b. C ontusões 
c. A brasões 
d. P unção / Penetração 
------------------------------------------- 
e. Q ueimaduras 
f. E dema 
g. L acerações 
h. S ensibilidade 
(e) Avalie a cabeça e pescoço 
(f) Imobilize a coluna cervical com colar 
(g) Avalie o tórax 
(h) Avalie o abdome 
(i) Avalie a pelve 
(j) Avalie as quatro extremidades. 
Verifique: 
a. Pulso distal 
b. Sensibilidade 
c. Motricidade 
d. Perfusão capilar 
(k) Role o paciente – para verificar as 
costas, quando for posicioná-lo na 
prancha longa 
2. Avalie sinais vitais (incluindo oximetria); 
3. Avalie o SAMPUM: 
(l) S inais e sintomas 
(m)A lergias 
(n) M edicamentos que faz uso 
(o) P roblemas médicos anteriores 
(p) U ltima alimentação oral 
(q) M ecanismo da lesão / Natureza da 
doença 
4. Reavalie a Decisão de Transporte; 
 
Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 22 
 
Módulo 100 – Avaliação do Paciente Revisado em 15/01/2013 
 
iii. Em paciente sem MECANISMO DE LESÃO SIGNIFICATIVO; 
1. A avaliação é dirigida para lesão específica 
(queixa principal) 
2. Avalie os sinais vitais (incluindo oximetria) 
3. Avalie o SAMPUM 
4. Classifique na Escala de Coma de 
Glasgow – ECG – e Tabela de Trauma 
Score Revisado 
5.Reavalie a Decisão de Transporte 
b. Paciente de Caso Clínico. 
i. Paciente responsivo; 
1. Avalie o histórico do paciente e a doença atual 
2. Avalie SAMPUM 
3. Avalie as queixas do paciente e os sinais e sintomas 
(a) Avalie O P Q R S T: 
(a) O rigem (Onde está o problema) 
(b) P rovocados por... 
(c) Q ualidade 
(d) (ir)R adiação 
(e) S everidade 
(f) T empo 
4. Execute uma rápida avaliação física, somente se 
necessário (90 seg): 
(a) Avalie cabeça, pescoço, tórax, abdome, 
pelve, extremidades e região posterior do 
tronco 
5. Avalie os Sinais Vitais (incluindo oximetria) 
6. Classifique na Escala de Coma de Glasgow – ECG – e 
Tabela de Trauma Score Revisado 
7. Reavalie a Decisão de Transporte 
ii. Paciente irresponsivo; 
1. Execute uma rápida avaliação física (90 seg) 
(a) Avalie cabeça 
(b) Avalie pescoço 
(c) Avalie tórax 
(d) Avalie abdômen 
(e) Avalie pelve 
 
Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 23 
 
Módulo 100 – Avaliação do Paciente Revisado em 15/01/2013 
 
(f) Avalie quatro extremidades (MI e MS) 
(g) Avalie região posterior do tronco 
2. Avalie sinais vitais (incluindo oximetria) 
3. Obtenha o histórico do SAMPUM de testemunhas, 
solicitante e familiares da vítima na cena da ocorrência, 
antes de conduzir o paciente 
4. Reavalie a Decisão de Transporte 
 Forneça tratamento das emergências médicas baseado nos sinais e 
sintomas, e no mecanismo de lesão, conforme protocolos específicos e 
regulação médica, se disponível. 
 
 Classifique o paciente na escala de coma de Glasgow e na Trauma Escore 
Revisado durante o Histórico e Exame Físico. 
 O tempo total de cena máximo deve ser de 10 minutos. 
 Exceção: vítima em local de difícil acesso e ordem contrária da regulação 
médica. 
4. EXAME FÍSICO DETALHADO 
a. Pacientes com lesões específicas (por exemplo, corte no dedo) 
não exigirão exame físico detalhado. 
b. Execute o exame físico detalhado para reunir informações 
adicionais. 
c. Pode ser executado na cena, se o tempo o permitir, ou a caminho 
do hospital. 
d. Avalie cabeça, face, ouvidos, pescoço, tórax, abdome, pelve, 
extremidades e região posterior do tronco, procurando por DCAP - 
QELS: 
i. D eformidades; 
ii. C ontusão; 
iii. A brasão; 
iv. P unção / Penetração; 
 --------------------------------------------- 
v. Q ueimaduras; 
vi. E dema; 
vii. L aceração; 
viii. S ensibilidade; 
 
 
 
 
 
Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 24 
 
Módulo 100 – Avaliação do Paciente Revisado em 15/01/2013 
 
e. Avalie os olhos. 
i. Pupilas alteradas; 
ii. Corpos estranhos; 
iii. Sangue na órbita; 
f. Avalie o nariz. 
i. Saída de líquor ou sangue; 
g. Avalie a boca. 
i. Dentes fraturados; 
ii. Obstruções; 
iii. Inchaço ou laceração na língua; 
iv. Odores; 
v. Descoloração; 
h. Avalie o pescoço. 
i. Distensão das veias jugulares; 
ii. Crepitação; 
iii. Desvio de traquéia; 
i. Avalie o tórax. 
i. Crepitação; 
ii. Movimento paradoxal; 
iii. Avalie o murmúrio vesicular no ápice e base do tórax, nas 
regiões hemiclaviculares e hemiaxilares, bilateralmente; 
j. Avalie o abdômen. 
i. Rigidez; 
ii. Flacidez; 
iii. Distensão; 
iv. Dor; 
k. Avalie a pelve apalpando suavemente, em busca de: 
i. Instabilidade; 
ii. Dor; 
l. Avalie todas as quatro extremidades. 
i. Pulso distal; 
ii. Sensibilidade; 
iii. Motricidade; 
iv. Perfusão capilar; 
m. Lateralize, avalie as costas, inclusive região da pelve posterior, 
inspecione e apalpe, buscando DCAP-QELS. 
 
Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 25 
 
Módulo 100 – Avaliação do Paciente Revisado em 15/01/2013 
 
n. Reavalie os sinais vitais. 
 
Em caso de Paciente de Trauma, com Mecanismo de Lesão Significativo, e 
Pacientes Clínicos Inconscientes a Classificação na Escala de Coma de 
Glasgow – ECG – e Tabela de Trauma Score Revisado são realizadas durante o 
Exame Físico Detalhado. 
 
5. AVALIAÇÃO CONTINUADA 
a.Repita a avaliação inicial, sendo 1 vez a cada 15 minutos para 
paciente estável e no mínimo 1 vez a cada 5 minutos para paciente 
instável. 
i. Reavalie o estado mental; 
ii. Mantenha vias aéreas pérvias; 
iii. Monitore a qualidade e frequência da respiração; 
iv. Reavalie a qualidade e frequência do pulso; 
v. Monitore a cor e temperatura da pele; 
vi. Reavalie a pressão arterial; 
vii. Monitore a oximetria; 
viii. Restabeleça as prioridades do paciente; 
b. Repita o Histórico e Exame Físico referente às queixas e lesões do 
paciente. 
 
c. Cheque intervenções. 
i. Confira se o fornecimento de oxigênio e ventilação estão 
adequados; 
ii. Confira o controle de hemorragia; 
iii. Confira a adequação de outras intervenções; 
 
6. COMUNICAÇÕES E DOCUMENTAÇÕES 
a. Comunicação com a regulação médica / COBOM-CIAD / SOU / 
SOF. 
i. Ao chegar à cena, repasse à regulação médica / COBOM-CIAD 
/ SOU / SOF a situação geral da ocorrência, quantidade e 
condição clínica das vítimas, além de necessidade de apoio 
adicional, inclusive USA; 
ii. Informe à regulação médica / COBOM-CIAD / SOU / SOF a 
necessidade de acionamento dos hospitais de referência, 
incluindo o tempo de chegada; 
 
 
Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 26 
 
Módulo 100 – Avaliação do Paciente Revisado em 15/01/2013 
 
iii. Informe à regulação médica / COBOM-CIAD / SOU / SOF os 
seguintes dados do paciente: 
1. Dados pessoais (nome, idade, carteira de identidade etc) 
2. Achados da avaliação 
3. Frequência respiratória 
4. Frequência cardíaca 
5. Pressão arterial sistólica e diastólica 
6. Oximetria de pulso 
7. Escala de Coma de Glasgow 
8. Escala de Trauma Score 
9. Procedimentos adotados 
10. Outros que a regulação médica / COBOM-CIAD / SOU / 
SOF solicitar 
 
 A critério da regulação médica, poderá ser determinado aos socorristas a 
execução de procedimentos não previstos neste Protocolo de APH, nos 
limites das atribuições legais dos Bombeiros Militares. 
 
b. Comunicações Verbais. 
i. Depois de chegar ao hospital, relate verbalmente o ocorrido à 
equipe de saúde; 
ii. Refira-se ao paciente pelo nome (se é conhecido); 
iii. Resuma a queixa principal, histórico do agravo à saúde, 
condutas executadas na cena, tratamentos adicionais dados em 
deslocamento, resposta do paciente, dados vitais e informações 
adicionais; 
 
c. Comunicações Interpessoais. 
i. Estabeleça e mantenha contato visual com o paciente; 
ii. Quando atuar, posicione no mesmo nível ou no nível mais baixo 
que o paciente; 
iii. Seja honesto com o paciente; 
iv. Use uma linguagem que o paciente possa entender; 
v. Tenha domínio de sua própria linguagem corporal; 
vi. Fale claramente, devagar e com boa pronúncia; 
vii. Chame o paciente pelo seu próprio nome; 
 
 
Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 27 
 
Módulo 100 – Avaliação do Paciente Revisado em 15/01/2013 
 
viii. Se o paciente tiver dificuldade para ouvir, fale claramente com 
os lábios visíveis; 
ix. Dê tempo para o paciente responder sua pergunta antes de 
fazer a próxima; 
x. Aja e fale com calma, de maneira confiante; 
 
d. Relatório de Atendimento Pré-Hospitalar / REDS. 
i. A pessoa que preencheu o relatório deve ser a que atendeu o 
paciente; 
ii. O RAPH / REDS deve ter informações objetivas e subjetivas, e 
ser claro; 
iii. As informações do RAPH / REDS pertencem ao paciente ou ao 
seu representante legal. Seja discreto; 
iv. Encaminhamento – Conforme DIAO. 
 
Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 28 
 
Módulo 100 – Avaliação do Paciente Revisado em 15/01/2013 
 
AVALIAÇÃO DO PACIENTE 
 DIMENSIONAMENTO DA CENA 
  
 AVALIAÇÃO INICIAL 
  
 HISTÓRICO E EXAME FÍSICO 
   
Paciente de Trauma Paciente Clínico 
  
Reconsidere o Mecanismo de lesão 
 
COM MECANISMO 
DE LESÃO SIGNIFICATIVO 
SEM MECANISMO DE 
LESÃO SIGNIFICATIVO 
 RESPONSIVO IRRESPONSIVO 
  
Rápida Avaliação Física 
Avaliação Dirigida à 
Queixa Principal 
 Histórico da Doença Rápida Avaliação Física 
  
Sinais vitais Sinais Vitais SAMPUM Sinais vitais 
  
SAMPUM SAMPUM 
Avaliação Dirigida a 
Queixa Principal 
SAMPUM 
  
Reavalie a Decisão de 
Transporte 
ECG e TS Sinais Vitais 
Reavalie a Decisão de 
Transporte 
   
 Reavalie a Decisão de 
Transporte 
 ECG e TS 
  
 Reavalie a Decisão 
de Transporte 
 
  
Exame Físico Detalhado 
 
Avaliação Continuada 
  
Comunicações e Documentação 
 
Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 29 
 
Módulo 200 – Suporte Básico de Vida Revisado em 15/01/2013 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MÓDULO 200 
- Suporte Básico de Vida - 
 
 
Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 30 
 
Módulo 200 – Suporte Básico de Vida Revisado em 15/01/2013 
 
P 201 – PCR ADULTO 
 
1. DIMENSIONAMENTO DA CENA / AVALIAÇÃO INICIAL 
a. Conduta 
i. Verifique a consciência da vítima, tocando em seu ombro e 
perguntando se está bem; 
ii. Se inconsciente, cheque rapidamente (não mais que 5 seg.) se 
a respiração está normal, com expansão visível do tórax; 
iii. Se a vítima não respira ou não respira normalmente (respiração 
anormal ou agônica - gasping) acione apoio, inclusive SAV, e 
providencie o DEA rapidamente; 
iv. Se há apenas 1 socorrista: 
1. Cheque o pulso carotídeo (de 5 a 10 seg.). Não havendo: 
a. Deite o paciente de costas em superfície plana e 
rígida 
b. Inicie RCP com 30 compressões torácicas e 2 
respirações de resgate com elevação visível do 
tórax 
2. Continue o procedimento de 30x2 até que o DEA esteja 
disponível e com as pás conectadas no paciente 
v. Se há 2 ou mais socorristas (RCP em dupla): 
1. Cheque pulso carotídeo (de 5 a 10 seg.). Não havendo: 
a. Deite o paciente de costas em superfície plana e 
rígida 
b. Um socorrista inicia a RCP com 30x2 e o outro 
opera o DEA 
2. Um socorrista faz as 30 compressões, o outro faz as 2 
respirações de resgate, juntos, mas não ao mesmo tempo 
3. Após 5 ciclos de 30x2, caso o DEA não esteja disponível, 
troca-se o compressor (intervalo de 5 seg. para troca) 
 
 Execute compressões rápidas e fortes, no terço inferior do osso esterno, 
com no mínimo 100 compressões por minuto, deprimindo o esterno em 5 cm. 
 Permita o retorno completo do tórax após cada compressão. 
 Minimize as interrupções entre os ciclos de compressões. 
 Evite excesso de ventilação (hiperventilação). 
vi. Permita que o DEA faça a leitura, assim que disponível e 
conectado; 
 
 
 
Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 31 
 
Módulo 200 – Suporte Básico de Vida Revisado em 15/01/2013 
 
vii. Se choque indicado, aplique-o e continue a RCP iniciando pelas 
compressões; 
viii. Se choque não indicado, continue RCP pelas compressões; 
ix. Se o SAV não está na cena, transporte para o HR nos seguintes 
casos: 
1. O pulso da vítima retorna 
2. Após a aplicação de 6 a 9 choques, separados por 2 
minutos de RCP 
3. O DEA emite 3 mensagens consecutivas, separadas por 
2 minutos de RCP, de que o choque não é indicado 
x. Todos os deslocamentos com vítima em PCR serão realizados 
com manobras de RCP com 30x2. A troca do compressor será a 
cada dois minutos ou 5 ciclos; 
xi. Durante o deslocamento, intercepte com o SAV, se disponível. 
 
 
 
 A RCP deve ser realizada mesmo com o retorno do pulso após a 
desfibrilação. Somente cesse a RCP em caso de: a) início de rigor mortis; 
b) exaustão dos membros da Gu BM após os revezamentos; c) determinação 
pelo SAV ou regulaçãomédica; d) transferência do paciente a outra equipe; 
e) retorno espontâneo da circulação e respiração do paciente, acompanhado 
de retorno da consciência, manifestado por movimentos e respiração normal. 
 
 Em caso de ambiente hostil, a Gu BM fica autorizada a iniciar o 
deslocamento mesmo fora dos critérios anteriores deste protocolo. 
 
 Se o paciente estiver com via aérea avançada, não cesse as compressões 
para fazer ventilações. Ministre uma ventilação a cada 6 a 8 seg (8 a 10 
ventilações/min) assíncronas com compressão torácica. Cerca de 1 segundo 
por ventilação. 
 Forneça O2 conforme P 604. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 32 
 
Módulo 200 – Suporte Básico de Vida Revisado em 15/01/2013 
 
Segundo a AHA, as faixas etárias são: 0 a 28 dias (neonato), 29 dias a 1 ano 
(lactente), 1 a 8 anos (criança) e acima de 8 anos (adulto). 
 Para fins de SBV, no entanto, a faixa etária da criança é de 1 ano até a 
puberdade e do adulto da puberdade em diante. As demais faixas etárias 
permanecem inalteradas. 
 
2. HISTÓRICO E EXAME FÍSICO 
3. EXAME FÍSICO DETALHADO 
4. TRANSPORTE 
5. AVALIAÇÃO CONTINUADA 
6. COMUNICAÇÕES E DOCUMENTAÇÕES 
 
 
Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 33 
 
Módulo 200 – Suporte Básico de Vida Revisado em 15/01/2013 
 
P 202 – PCR CRIANÇA E LACTENTE 
 
1. DIMENSIONAMENTO DA CENA / AVALIAÇÃO INICIAL 
a. Conduta 
i. Verifique a consciência da vítima (em criança, toque em seu 
ombro e pergunte se está bem; em lactentes, toque nos pés); 
ii. Se inconsciente, cheque rapidamente (não mais que 5 seg.) se 
a respiração está normal, com expansão visível do tórax; 
iii. Se a vítima não respira ou não respira normalmente (respiração 
anormal ou agônica “gasping”) acione apoio, inclusive SAV, e 
providencie o DEA rapidamente: 
iv. Se há apenas 1 socorrista: 
1. Cheque pulso carotídeo na criança e braquial no lactente 
(de 5 a 10 seg.). Não havendo: 
a. Deite o paciente de costas em superfície plana e 
rígida 
b. Inicie RCP com 30 compressões torácicas e 2 
respirações de resgate, com elevação visível do 
tórax 
2. Continue o procedimento de 30x2 até que o DEA esteja 
disponível e com as pás conectadas no paciente 
v. Se há 2 ou mais socorristas (RCP em dupla): 
1. Cheque pulso carotídeo na criança e braquial no lactente 
(de 5 a 10 seg.). Não havendo: 
a. Deite o paciente de costas em superfície plana e 
rígida 
b. Um socorrista inicia a RCP com 15 X 2 e outro 
opera o DEA 
2. Após as 15 compressões torácicas, abra rapidamente as 
vias aéreas e forneça duas respirações de resgate com 
expansão visível do tórax 
a. Compressões torácicas em lactente e em dupla 
são executadas com a técnica dos dois polegares, 
mãos circundando o tórax. Não ventile e comprima 
ao mesmo tempo, a menos que esteja com via 
aérea avançada 
 
 
 
 
 
Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 34 
 
Módulo 200 – Suporte Básico de Vida Revisado em 15/01/2013 
 
 Execute compressões rápidas e fortes, com no mínimo 100 compressões 
por minuto, deprimindo o esterno 5 cm em criança e 4 cm em lactente. 
 Em criança, posicione 1 mão no terço inferior do osso esterno. Em lactente, 
posicione 2 dedos, localizados 1 dedo abaixo da linha intermamária. 
 Permita o retorno completo do tórax após cada compressão. 
 Minimize as interrupções entre os ciclos de compressões. 
 Evite excesso de ventilação (hiperventilação) 
vi. Permita que o DEA faça a leitura assim que disponível e 
conectado; 
vii. Para crianças e lactentes, ao usar o DEA, o socorrista deve 
utilizar um atenuador de carga pediátrico, se disponível; se não, 
utilize o DEA padrão; 
viii. Se choque indicado, aplique-o e continue a RCP pelas 
compressões; 
ix. Se choque não indicado, continue RCP pelas compressões; 
x. Se o SAV não está na cena, transporte para o HR nos seguintes 
casos: 
1. O pulso da vítima retorna 
2. Após a aplicação de 6 a 9 choques, separados por 2 
minutos de RCP 
3. O DEA emite 3 mensagens consecutivas, separadas por 
2 minutos de RCP, de que o choque não é indicado 
xi. Todos os deslocamentos com vítima em PCR serão realizados 
com manobras de RCP com 30 X 2 (1 socorrista) ou 15 X 2 (2 
socorristas) com troca do compressor a cada dois minutos; 
xii. Durante o deslocamento, intercepte com o SAV, se disponível. 
 
 
  A RCP deve ser realizada mesmo com o retorno do pulso após a 
desfibrilação. Somente cesse a RCP em caso de: a) início de rigor mortis; 
b) exaustão dos membros da Gu BM após os revezamentos; c) determinação 
pelo SAV ou regulação médica; d) transferência do paciente a outra equipe; 
e) retorno espontâneo da circulação e respiração do paciente, acompanhado 
de retorno da consciência, manifestado por movimentos e respiração normal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 35 
 
Módulo 200 – Suporte Básico de Vida Revisado em 15/01/2013 
 
 Em caso de ambiente hostil, a Gu BM fica autorizada a iniciar o 
deslocamento mesmo fora dos critérios anteriores deste protocolo. 
 
 Em caso de lactente, FC < 60 bpm é indicativo de parada cardiorrespiratória. 
 A verificação de pulso carotídeo em Lactente pode acarretar isquemia 
cerebral. Não se verifica, portanto, pulso carotídeo em lactente, e sim pulso 
braquial. 
 
Segundo a AHA, as faixas etárias são: 0 a 28 dias (neonato), 29 dias a 1 ano 
(lactente), 1 a 8 anos (criança) e acima de 8 anos (adulto). 
 Para fins de SBV, no entanto, a faixa etária da criança é de 1 ano até a 
puberdade e do adulto da puberdade em diante. As demais faixas etárias 
permanecem inalteradas. 
 
  Se o paciente estiver com via aérea avançada, não cesse as compressões 
para fazer ventilações. Ministre uma ventilação a cada 6 a 8 seg (8 a 10 
ventilações/min) assíncronas com compressão torácica. Cerca de 1 segundo 
por ventilação. 
 Forneça O2 conforme P 604 
 
2. HISTÓRICO E EXAME FÍSICO 
3. EXAME FÍSICO DETALHADO 
4. TRANSPORTE 
5. AVALIAÇÃO CONTINUADA 
6. COMUNICAÇÕES E DOCUMENTAÇÕES 
 
 
 
 
Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 36 
 
Módulo 200 – Suporte Básico de Vida Revisado em 15/01/2013 
 
P 203 – OVACE ADULTO E CRIANÇA 
 
1. DIMENSIONAMENTO DA CENA / AVALIAÇÃO INICIAL 
a. Conduta. 
i. Verifique consciência. SE CONSCIENTE, verifique o sinal 
universal de engasgo (mãos no pescoço). Em seguida constate: 
1. A vítima respira normalmente? 
2. A vítima consegue falar? 
3. A vítima consegue tossir? 
ii. Caso positivo para algum critério acima, acalme o paciente e o 
encaminhe a recurso hospitalar na posição sentado; 
iii. SE CONSCIENTE, expressando o sinal universal de engasgo e 
não consegue falar, tossir ou respirar, inicie as compressões 
abdominais contínuas em J até desalojar o corpo estranho ou o 
paciente tornar-se inconsciente; 
1. Lembre-se: 
a. Na grávida e no obeso a posição é diferenciada 
com as mãos no osso esterno 
iv. Se o paciente TORNAR-SE INCONSCIENTE, cheque a boca a 
procura do corpo estranho, mas sem fazer varredura. Caso não 
o encontre encaminhe o paciente ao Hospital fazendo RCP 
durante o transporte; 
v. Se durante o primeiro contato com o paciente o mesmo JÁ 
ESTIVER INCONSCIENTE, inicie a RCP pelas compressões e 
siga o protocolo de RCP; 
 Lembre-se: após cada ciclo de compressões cheque rapidamente a boca à 
procura do corpo estranho antes de fazer as 2 respirações de resgate. 
 Forneça O2 conforme P 604 
 
2. HISTÓRICO E EXAME FÍSICO 
3. EXAME FÍSICO DETALHADO 
4. TRANSPORTE 
5. AVALIAÇÃO CONTINUADA 
6. COMUNICAÇÕES E DOCUMENTAÇÕESProtocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 37 
 
Módulo 200 – Suporte Básico de Vida Revisado em 15/01/2013 
 
P 204 – OVACE LACTENTE E NEONATAL 
 
1. DIMENSIONAMENTO DA CENA / AVALIAÇÃO INICIAL 
a. Conduta. 
i. Verifique consciência. SE CONSCIENTE, verifique: 
1. A vítima respira normalmente? 
2. A vítima consegue chorar? 
3. A vítima consegue emitir som? 
ii. Caso positivo para algum critério acima, acalme o paciente e o 
encaminhe a recurso hospitalar no colo do socorrista / pai / mãe; 
iii. SE CONSCIENTE e não consegue tossir (no caso do lactente), 
nem emitir som, e a obstrução tenha sido por líquido, peça à 
mãe, pai ou parente que sugue com a boca a boca e o nariz da 
vítima; em seguida o socorrista deve ventilar 2 vezes. Caso a 
obstrução se mantenha, execute 5 pancadas entre as escápulas 
e 5 compressões no tórax; 
1. Faça as pancadas e compressões até o líquido sair, o 
paciente respirar normalmente ou tornar-se inconsciente. 
iv. SE CONSCIENTE e não consegue tossir (no caso do lactente), 
nem emitir som, e a obstrução tenha sido por corpo estranho 
sólido detectado ou presenciado, retire o corpo estranho se 
visível. Caso não veja o corpo estranho e/ou a obstrução se 
mantenha, execute 5 pancadas entre as escápulas e 5 
compressões no tórax; 
1. Faça as pancadas e compressões até o objeto sair, o 
paciente respirar normalmente ou tornar-se inconsciente. 
v. Se o paciente TORNAR-SE INCONSCIENTE, cheque a boca à 
procura do corpo estranho, mas sem fazer varredura. Caso não 
o encontre encaminhe o paciente ao Hospital fazendo RCP 
durante o transporte; 
vi. Se durante o primeiro contato com o paciente o mesmo JÁ 
ESTIVER INCONSCIENTE, inicie a RCP pelas compressões e 
siga o protocolo de RCP. 
 São sinais de OVACE em lactente, cianose e olhos arregalados, além da 
dificuldade de chorar, tossir e emitir sons. 
 Durante a desobstrução do lactente e neonato, a cabeça do mesmo deve 
permanecer em nível inferior ao do corpo. 
 Nunca faça compressão abdominal no lactente com OVACE. 
 Na obstrução por líquido, caso o pai, mãe ou parente não queira e/ou não 
sugou com a boca, o socorrista deve iniciar de imediato as 5 pancadas entre 
as escápulas e 5 compressões no tórax. 
 
 
 
Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 38 
 
Módulo 200 – Suporte Básico de Vida Revisado em 15/01/2013 
 
 Lembre-se: após cada ciclo de compressões, cheque rapidamente a boca à 
procura do corpo estranho antes de fazer as respirações de resgate, sendo 2 
no caso de lactente e 1 no caso de neonato. 
 Forneça O2 conforme P 604 
 
2. HISTÓRICO E EXAME FÍSICO 
3. EXAME FÍSICO DETALHADO 
4. TRANSPORTE 
5. AVALIAÇÃO CONTINUADA 
6. COMUNICAÇÕES E DOCUMENTAÇÕES 
 
 
Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 39 
 
Módulo 200 – Suporte Básico de Vida Revisado em 15/01/2013 
 
P 205 – PARADA RESP. ADULTO, CRIANÇA e LACTENTE 
 
1. DIMENSIONAMENTO DA CENA / AVALIAÇÃO INICIAL 
a. Parada respiratória em Adulto. 
i. Verifique a consciência da vítima (tocando em seu ombro e 
perguntando se está bem); 
ii. Se inconsciente, cheque rapidamente (não mais que 5 seg.) se 
a respiração está normal, com expansão visível do tórax; 
iii. Se a vítima não respira ou não respira normalmente (respiração 
anormal ou agônica “gasping”) acione apoio, inclusive SAV, e 
solicite o DEA rapidamente: 
iv. Cheque pulso por 5 a 10 seg. Se tem pulso palpável, mas não 
respira, faça 1 respiração de resgate a cada 5 a 6 seg. durante 
10 a 12 ciclos e a cada 1 minuto ou no fechamento do ciclo pare 
e cheque pulso novamente. 
1. Para fim de padronização das equipes de resgate 
utilizaremos 1x5x10 
v. Com via aérea avançada (em apoio ao médico atendente) 
utilizando a BVM ou a válvula MTV-100 (ou similar), forneça 1 
ventilação a cada 6 a 8 segundos durante 8 a 10 ciclos por 1 
minuto; 
1. Para fim de padronização das guarnições de resgate 
utilizaremos 1x6x10 
b. Parada respiratória em Criança e Lactente. 
i. Verifique a consciência da vítima (tocando em seu ombro e 
perguntando se está bem – em criança – ou tocando os pés – 
em lactente); 
ii. Se inconsciente, cheque rapidamente (não mais que 5 seg.) se 
a respiração está normal, com expansão visível do tórax; 
iii. Se a vítima não respira ou não respira normalmente (respiração 
anormal ou agônica “gasping”) acione apoio e solicite o DEA 
rapidamente: 
iv. Cheque pulso por 5 a 10 seg. (carotídeo em criança e braquial 
em lactente). Se tem pulso palpável, mas não respira, inicie 1 
respiração de resgate a cada 3 a 5 seg. durante 12 a 20 ciclos e 
a cada 1 minuto ou no fechamento do ciclo pare e cheque pulso 
novamente; 
1. Para fim de padronização das guarnições de resgate 
utilizaremos 1x3x20 
 
 
 
 
Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 40 
 
Módulo 200 – Suporte Básico de Vida Revisado em 15/01/2013 
 
v. Com via aérea avançada (em apoio ao médico atendente) 
utilizando a BVM ou a válvula MTV-100 (ou similar) forneça 1 
ventilação a cada 6 a 8 segundos durante 8 a 10 ciclos por 
minuto; 
1. Para fim de padronização das guarnições de resgate 
utilizaremos 1x6x10 
 
 Aqueça o paciente - PRINCIPALMENTE LACTENTE E NEONATO - evitando a 
hipotermia e o estado de choque. 
 Forneça O2 conforme P 604 
 
2. HISTÓRICO E EXAME FÍSICO 
3. EXAME FÍSICO DETALHADO 
4. TRANSPORTE 
5. AVALIAÇÃO CONTINUADA 
6. COMUNICAÇÕES E DOCUMENTAÇÕES 
 
 
 
 
Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 41 
 
Módulo 200 – Suporte Básico de Vida Revisado em 15/01/2013 
 
P 206 – SBV NEONATAL 
1. DIMENSIONAMENTO DA CENA / AVALIAÇÃO INICIAL 
a. Conceito. 
i. Neonatos são os pacientes na idade de 0 a 28 dias; 
ii. Recém-nascido (RN), para fins deste Protocolo, é o neonato que 
acabou de nascer; 
b. Conduta. 
i. Se o RN é termo, o líquido amniótico está claro, o RN está 
respirando ou chorando e tem bom tônus muscular, aqueça, 
limpe as vias aéreas se necessário, seque e avalie a cor da 
pele; 
1. Se rosada, posicione o RN junto à mãe e monitore 
2. Se cianótico, forneça O2 suplementar e avalie respiração, 
pulsação e cor da pele 
 Acione o SAV tão logo observe uma condição crítica: cianose, dispneia, 
OVACE, parada respiratória, PCR, frequência cardíaca < 100 bpm e demais 
descritas no P 101. 
ii. Após 30 seg de O2, se RN está respirando e freq. cardíaca é > 
100 bpm, mas o RN está cianótico, ventile com O2 suplementar 
e reavalie após 30 seg; 
1. Se freq. cardíaca > 100 bpm e a pele está rosada, 
apenas monitore o paciente e NÃO FORNEÇA O2 
2. Se freq. cardíaca é de 60 a 100 bpm continue ventilando 
1 resp x 3 seg x 20 ciclos e a cada 1 minuto cheque 
pulso braquial 
3. Se freq. cardíaca < 60 inicie RCP pelas compressões 
torácicas na frequência de 3 comp x 1 resp x 30 ciclos 
com 90 compressões e 30 respirações a fim de atingir 
120 eventos por minuto (90 comp.+ 30 resp.) 
iii. Se RN está apnéico ou freq. card. < 100 bpm ventile com O2 
suplementar. Reavalie após 30 segundos; 
1. Se freq. cardíaca > 100 bpm e a pele está rosada, 
apenas monitore o paciente e NÃO FORNEÇA O2 
2. Se freq. cardíaca é de 60 a 100 bpm continue ventilando 
1 resp x 3 seg x 20 ciclos e a cada 1 minuto cheque 
pulso braquial 
3. Se freq. cardíaca < 60 inicie RCP pelas compressões 
torácicas na frequência de 3 comp x 1 resp x 30 ciclos 
com 90 compressões e 30 respirações a fim de atingir 
120 eventos por minuto 
 
 
Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 42 
 
Módulo 200 – Suporte Básico de Vida Revisado em 15/01/2013 
 
a. Se o tempo até o hospital é menor que o tempo de 
chegada do SAV na cena, inicie deslocamento 
executando RCP 
b. Se tempo até o hospital é maior que tempo de 
chegada do SAV, permaneça na cena executando 
RCP 
iv. A abordagemao RN é diferente do Adulto, Criança e Lactente. 
Para o RN continua o procedimento de ABC da vida uma vez 
que ele é vítima mais de parada respiratória do que cardíaca. 
Então proceda: 
1. Verifique a consciência da vítima (cheque responsividade, 
tocando em seus pés) 
2. Se inconsciente, abra vias aéreas mantendo a cabeça 
neutra e faça a técnica VOS (ver, ouvir e sentir) de 5 a 10 
segundos. Se não respira, forneça 2 respirações de 
resgate com expansão visível do tórax 
3. Mantenha a posição do A e do B e faça o C, checando 
pulso braquial de 5 a 10 segundos. Caso haja pulso, mas 
não respiração, mantenha 1 x 3 x 20, mas caso não tenha 
pulso mantenha 3 x 1 x 30, conforme procedimentos 
acima descritos 
 Em caso de neonato, FC < 60 bpm é indicativo de parada cardiorrespiratória. 
 A Técnica VOS deve ser utilizada a cada vez que o socorrista for reconferir o 
pulso. 
 A verificação de pulso carotídeo em Lactente pode acarretar isquemia 
cerebral, portanto se verifica pulso carotídeo somente braquial ou femoral. 
2. HISTÓRICO E EXAME FÍSICO 
3. EXAME FÍSICO DETALHADO 
4. TRANSPORTE 
5. AVALIAÇÃO CONTINUADA 
6. COMUNICAÇÕES E DOCUMENTAÇÕES 
 Para avaliar o pulso do RN conte por 6 segundos e multiplique por 10. 
 Forneça 40 a 60 insuflações por minuto no RN que necessite assistência 
ventilatória. 
 Forneça O2 conforme P 604. 
 Compressões torácicas em dupla são executadas com a técnica dos dois 
polegares mãos circundando o tórax, na razão de 3 compressões para 1 
ventilação. Não ventile e comprima ao mesmo tempo, a menos que esteja com 
via aérea avançada. 
 
 
Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 43 
 
Módulo 200 – Suporte Básico de Vida Revisado em 15/01/2013 
 
P 207 – DEA 
 
1. DIMENSIONAMENTO DA CENA / AVALIAÇÃO INICIAL 
a. Indicações. 
i. PCR com ritmo chocável (FV – Fibrilação Ventricular e TVSP – 
Taquicardia Ventricular Sem Pulso); 
 
 
 
 
Traçado Eletrocardiógrafo da TVSP – Taquicardia Ventricular Sem Pulso 
(FONTE: http://www.medicinaintensiva.com.br/ecgpatologico.htm) 
 
 
 
 
Traçado Eletrocardiógrafo da FV - Fibrilação Ventricular 
(FONTE: http://www.medicinaintensiva.com.br/ecgpatologico.htm) 
 
ii. Adulto, Criança, Lactente e Neonato com as devidas pás 
específicas para cada paciente e atenuadores de corrente se 
possível ou pás de adultos para todos os pacientes se apenas 
estas estiverem disponíveis; 
b. Contraindicações. 
i. Paciente respirando, com pulso e ritmo sinusal normal; 
 
 
 
 
Traçado Eletrocardiógrafo do RSN – Ritmo Sinusal Normal) 
(FONTE: http://www.medicinaintensiva.com.br/ecgpatologico.htm) 
 
c. Potenciais efeitos adversos / complicações do uso. 
i. Queimadura na pele do paciente; 
ii. Desativação de marca-passo ou cardiodesfibrilador implantado 
(CDI); 
iii. Lesões no operador ou pessoas próximas em contato com o 
paciente; 
 
 
Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 44 
 
Módulo 200 – Suporte Básico de Vida Revisado em 15/01/2013 
 
d. Precauções no uso do DEA. 
i. Afaste o paciente da água e de superfície molhada; 
ii. Antes de conectar as pás, sempre seque e limpe o local 
permitindo que o adesivo da pá cole perfeitamente; 
iii. Afaste as pás cerca de 2 a 2,5 cm de distância do marca-passo 
ou cardiodesfibrilador implantado (CDI); 
iv. Afaste as pás de local lesionado da pele; 
v. Retire adesivo de medicação transcutânea se houver, limpe e 
seque a superfície onde a pá será instalada; 
vi. Não movimente o paciente durante a utilização do DEA, devido 
aos artefatos de ruídos e à simulação de FV decorrentes do 
próprio movimento; 
vii. Não toque nem deixe ninguém tocar o paciente durante a 
análise do ritmo e a administração do choque; 
viii. Raspe os pelos do tórax do paciente, se necessário, nos locais 
onde serão colocadas as pás; 
ix. Evite operar o DEA próximo a celulares e rádios de 
comunicação (HT) ligados, linhas de trem e metrô, e linhas de 
alta voltagem; 
x. Retire, quando possível, correntes, adornos e assessórios 
metálicos do pescoço e mamilo do paciente antes de colocar as 
pás; 
xi. Não use o DEA concomitante com oximetria de pulso, aparelhos 
de pressão e equipamentos médicos em contato com o paciente 
sob monitoramento. 
Remova fontes de oxigênio e gases anéstesicos inflamáveis antes de 
executar a desfibrilação. Há risco de incêndio e de explosão! 
e. Conduta para utilização do DEA. 
i. Inicie RCP até que o DEA esteja disponível; 
1. Prepare o paciente, ligue o DEA, conecte as pás 
(continue a RCP). Quando do sinal de “analisando o ritmo 
cardíaco”, não toque no paciente e PARE a RCP 
2. Se choque indicado: 
 Afaste todas as pessoas de perto do paciente 
 Pressione o botão de choque ao vê-lo piscar 
 Reinicie imediatamente a RCP pelas compressões 
 A cada 2 minutos o DEA reinicia a avaliação 
3. Se choque não indicado 
 Continue a RCP 
 
 
Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 45 
 
Módulo 200 – Suporte Básico de Vida Revisado em 15/01/2013 
 
4. Se o SAV não está na cena, transporte para o HR nos 
seguintes casos: 
 O pulso da vítima retorna 
 Após a aplicação de 6 a 9 choques, separados por 
2 minutos de RCP 
 O DEA emite 3 mensagens consecutivas, 
separadas por 2 minutos de RCP, de que o choque 
não é indicado. 
ii. Posição das pás: 
As pás devem ser posicionadas de forma anterolateral, de 
forma que a onda elétrica atravesse o coração. Posições 
alternativas, porém, podem ser consideradas, com base nas 
características individuais do paciente, aceitando-se: 
anteroposterior, infraescapular anteroesquerda e 
infraescapular anterodireita. 
 
 A RCP deverá ser realizada até que o DEA esteja em condições de ser 
utilizado, e que seja, o mais rápido possível. 
 
f. DEA e transporte. 
i. Se durante o transporte, o paciente entra em PCR dentro da UR, 
pare, desligue a viatura e adote os passos de RCP e de 
desfibrilação; 
ii. Se a UR estiver em deslocamento com RCP em andamento, 
não pare a viatura, nem cesse a RCP para o DEA analisar o 
ritmo e administrar o choque. Apenas mantenha as pás 
conectadas e aderidas; 
g. Situações especiais. 
i. Se durante a aplicação do DEA a bateria descarregar, continue 
a RCP e inicie deslocamento; 
 Evite usar telefone celular próximo ao DEA. O alto nível de reação 
eletromagnética emitida pode resultar numa grande interferência prejudicando 
o funcionamento do DEA e colocando em risco o paciente. 
 
 O DEA foi desenvolvido para aplicação em procedimentos de desfibrilação 
que possibilita estímulo elétrico ao coração podendo ser usado por qualquer 
pessoa em qualquer ambiente hospitalar ou extra-hospitalar, unidades de 
resgate aéreo ou terrestre, dando suporte avançado à vida. 
 
 
 
 
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Módulo 200 – Suporte Básico de Vida Revisado em 15/01/2013 
 
 O DEA é um equipamento energizado internamente capaz de operar 
recebendo energia de uma fonte de alimentação elétrica interna. Não abra o 
equipamento. Não dê choques com as pás curto-circuitadas, pois o dispositivo 
de disparo pode danificar-se. O paciente deverá estar imóvel durante a análise. 
Não utilize as pás se o invólucro estiver violado. 
 
2. HISTÓRICO E EXAME FÍSICO 
3. EXAME FÍSICO DETALHADO 
4. TRANSPORTE 
5. AVALIAÇÃO CONTINUADA 
6. COMUNICAÇÕES E DOCUMENTAÇÃO 
 
 
 
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Módulo 200 – Suporte Básico de Vida Revisado em 15/01/2013 
 
TABELA DE ATENDIMENTO DE SUPORTE BÁSICO DE VIDA 
PACIENTE 
1 SOCORRISTA 2 SOCORRISTAS 3 SOCORRISTAS 
PR PCR PR PCR PR PCR 
Neonato 
(0 a 28 dias) 
1 x 3 x 20 3 x 1 x 30 1 x 3 x 20 3 x 1 x 30 1 x 3 x 20 3 x 1 x 30 
Lactente

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