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Aula 2 de Epidemiologia SAÚDE DA POPULAÇÃO

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1- DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DE SAÚDE 
DA POPULAÇÃO 
A epidemiologia gera dados quantitativos 
sobre a saúde do conjunto da população, 
formando um diagnóstico populacional, que 
pode estar limitado a: 
1. Uma única condição: um agravo à saúde, 
um fator de risco, o uso de serviços, uma 
característica de interesse (ex: Quantas 
pessoas tiveram doenças respiratórias em 
São Paulo no inverno? Quantas pessoas 
fumam (fator de risco para CA pulmão)? 
Quantas pessoas são atendidas pelos PS de 
hospitais públicos?). 
2. Um grupo de condições (ex: doenças 
cardiovasculares ou infecciosas). 
EPIDEMIOLOGIA DESCRITIVA: informa a 
VARIAÇÃO dos eventos na população. 
Organiza os dados evidenciando a 
FREQUÊNCIA, em diversos subgrupos da 
população, permitindo a comparação (entre 
as faixas etária, sexo, tipo de ocupação, ano, 
etc). 
2- INVESTIGAÇÃO ETIOLÓGICA 
- Modelo Unicausal 
- Modelo Multicausal 
-se 
em 4 fases: 
1. FASE DA MAGIA: os fatores etiológicos 
situam-se na categoria do sobrenatural, 
atribuídos aos deuses, demônios ou forças do 
mal. 
2. FASE DOS FATORES FÍSICOS E DOS 
MIASMAS: emanações do solo, 
supostamente nocivas e produzidas pela 
decomposição de plantas, lixo e animais, 
responsáveis pelos danos a saúde. 
3. FASE MICROBIOLÓGICA, DOS GERMES: 
os agentes microbiológicos explicam a 
ocorrência de doenças. 
4. FASE DA CAUSALIDADE MÚLTIPLA: uma 
vez que a fase anterior não explicava 
integralmente as doenças, esta reconheceu 
que os agravos a saúde são de natureza 
multifatorial. Integra: fatores físicos, biológicos 
e sociais (ou psicossociais). 
ABORDAGEM UNICAUSAL: 
 
1 CAUSA – 1 EFEITO (isola parte de um todo) 
Aplica-se a poucos casos. Ex: 
- A poliomielite pode ser controlada por 
imunização da criança 
- A varíola é erradicada pela vacinação de 
toda população 
- O bócio endêmico praticamente eliminado 
com a iodação do sal de cozinha 
- A incidência de câncer de pulmão reduzida 
significativamente com a diminuição da 
frequência do hábito de fumar 
Partem do princípio da existência de um 
agente ou causa, cuja remoção faz 
desaparecer a doença. 
Mas não funcionam para outras doenças, 
principalmente as DCNT. 
 
EFEITOS A SAÚDE – MÚLTIPLAS CAUSAS 
ÚNICA CAUSA – MUITOS EFEITOS A 
SAÚDE 
Exemplo 1: ETIOLOGIA DA ASMA 
BRÔNQUICA 
Está associada a diversos fatores ou agentes: 
infecções, exercício físico, estresse 
emocional, exposição a poluentes etc. 
Exemplo 2: ETIOLOGIA DAS AFECÇÕES 
CORONARIANAS 
Estão associadas à: obesidade, colesterol 
sérico, sedentarismo, tabagismo, estresse, 
comportamento etc. 
CONSEQUÊNCIA: a prevenção pode ser feita 
em inúmeras direções 
Ex. Doenças coronarianas: controle do peso, 
ingestão de gordura animal, pressão arterial, 
hábito de fumar, estresse da vida moderna. 
DCNT: a eliminação de um dos fatores não 
assegura o controle da doença, embora 
reduza o número de doentes na população e 
postergue para idade mais avançada o 
aparecimento das manifestações clínicas ou 
complicações. 
Doenças infecciosas, nutricionais, 
intoxicações e afecções genéticas: possuem 
agentes etiológicos específicos, de modo que 
são comumente sobre eles concentradas as 
ações preventivas e saneadoras. 
ETAPAS DA INVESTIGAÇÃO ETIOLÓGICA 
e argumentos sobre a causa, fator de risco e 
efeito. Ex: colesterol elevado/estresse 
infarto do miocárdio (efeito) 
Fonte da informação: experiências em 
animais de laboratório, observações clínicas, 
análises comparativas de estatísticas, 
inquéritos populacionais. 
SEGUNDA ETAPA: à partir da investigação 
inicial, questiona-se: “é efeito causal?” ou “é 
coincidência?” 
Quadro. Relação entre o nível de colesterol 
sérico e mortalidade por coronariopatia, em 
adultos do sexo masculino (dados fictícios). 
Se os resultados encontrados por diferentes 
pesquisadores, em diferentes locais, apontam 
para o mesmo tipo de associação entre o 
colesterol sérico e a incidência de 
coronariopatias, tem-se a evidência em favor 
de que a associação seja provavelmente 
causal. 
 
RELAÇÃO DE CAUSALIDADE: CRITÉRIOS 
DE HILL – PROVA 
 
 
1- FORÇA DA ASSOCIAÇÃO: quanto mais 
forte a associação, maior a chance de ter 
relação causal. 
Ex.: Estudo sobre fumo em adolescentes 
mostrou a seguinte força da associação: 
- Adolescentes com 3 ou + amigos fumantes 
têm 17 vezes maior risco para serem 
fumantes do que aqueles sem amigos que 
fumam. 
HÁ EXCEÇÕES: 
- Ex. Associação forte não aceita como causal: 
‘ordem de nascimento e ocorrência de 
síndrome de Down’, pois trata-se, na verdade, 
de associação explicada completamente pela 
idade da mãe (mais elevada entre os recém-
nascidos tardios) 
2- CONSISTÊNCIA: “A associação também é 
observada em estudos realizados em outras 
populações ou utilizando diferentes 
metodologias?” Resultados similares 
reforçam a hipótese de causalidade. 
Ex.: A maioria, senão a totalidade dos estudos 
sobre câncer de pulmão, detectou o fumo 
como um dos principais fatores associados à 
doença. 
3- ESPECIFICIDADE: Quando a introdução 
do fator causal leva ao efeito e a exclusão do 
fator causal leva a não ocorrência do efeito, 
considera-se a causa específica do efeito. 
(Critério questionável, pois diversos agentes 
podem causar diversas doenças, como ex. 
fumo e álcool). 
4- TEMPORALIDADE: A causa precede o 
efeito? A exposição ao fator de risco antecede 
o aparecimento da doença? 
Ex: Obesidade x Sedentarismo 
Pratica parental de alimentação x Consumo 
excessivo da criança 
características imutáveis, como sexo, cor do 
olho, tipo sanguíneo etc.). 
são os únicos que conseguem analisar este 
critério, pois conseguem ver o que veio antes 
– causa ou efeito. 
5- GRADIENTE BIOLÓGICO: O aumento da 
exposição causa um aumento do efeito? 
Sendo positiva essa relação, há mais um 
indício do fator causal. 
Exemplo: um estudo acompanhou médicos 
ingleses por 40 anos para observar os efeitos 
do fumo na mortalidade por câncer de pulmão, 
e constatou que: 
- 15 a 24 cigarros/dia morriam 7,5 a 8 vezes 
mais que os não-fumantes. 
- 25 ou mais cigarros/dia morriam 14,9 a 15 
vezes mais que os não-fumantes. 
6- PLAUSABILIDADE: A associação é 
plausível/ consistente com o conhecimento 
existente? 
Ex.: A associação entre fumo passivo e câncer 
de pulmão é um dos exemplos da 
plausibilidade biológica. Carcinógenos do 
tabaco têm sido encontrados no sangue e na 
urina de não-fumantes expostos ao fumo 
passivo. 
Deve-se ter cuidado porém na adoção deste 
critério para doenças pouco conhecidas ou 
estudadas. O que não é plausível hoje poderá 
ser no futuro! 
7- COERÊNCIA: A associação encontrada 
não entra em conflito com o que é conhecido 
da história natural e a biologia da doença 
(combina aspectos na consistência e 
plausabilidade) 
Os achados devem ser coerentes com as 
tendências temporais, padrões geográficos, 
distribuição por sexo, estudos em animais etc. 
8- EVIDÊNCIA EXPERIMENTAL: 
Experiências diferentes na exposição 
(estudos com grupos expostos e não 
expostos) levam a mudanças na incidência de 
doença? 
Estudos experimentais podem ser conduzidos 
tanto em animais como no homem, porém em 
seres humanos não é eticamente aceitável a 
exposição a situações danosas (ex. fumo). Em 
animais há de se considerar as diferenças 
entre as espécies, além da exposição da dose 
ao animal ser superior à que teria o homem. 
Ex.: Estudo para testar a hipótese de que a 
obesidade é causada por sedentarismo. 
 
- Efeito Hawthorne:ao ser avaliado e 
observado tem-se mudanças no 
comportamento. 
- Efeito placebo: ao ser submetido a um 
tratamento, mesmo que física ou 
quimicamente inócuo, tem-se efeitos 
justificados por mecanismos psicológicos. 
9- ANALOGIA: O observado é análogo 
(comparável, semelhante) ao que se sabe 
sobre outra doença ou exposição? 
Ex.: Se é conhecido que certa droga causa 
malformação congênita, talvez uma outra 
similar que se está estudando também 
poderia, por analogia, ter o mesmo efeito. 
COM EXCEÇÃO DA TEMPORALIDADE, OS 
CRITÉRIOS DE HILL NÃO DEVEM SER 
EXIGIDOS PARA COMPROVAR UMA 
RELAÇÃO CAUSAL. 
Pergunta-chave: os achados encontrados 
indicam causalidade ou apenas associação? 
 
Se a causa não precede o efeito, a associação 
não é causal. 
Os demais critérios podem contribuir para a 
inferência da causalidade, mas não 
necessariamente determinam a causalidade 
da associação (contudo, aumentam a chance 
para tal). 
3- EXPRESSÃO DOS RESULTADOS 
1. FREQUÊNCIA ABSOLUTA 
NÚMERO ABSOLUTO; 
causa impacto. Ex. “Em X local foram 
detectados cinco casos de tuberculose, 
durante o ano”. – se esta afirmação se refere 
a crianças inseridas em um pequeno orfanato, 
a situação é grave, porém se ocorreram 5 
casos no país todo, o quadro muda de figura. 
por vezes é suficiente para causar impacto 
(comparação de região e tempo). Exemplo: 
(As frequências absolutas descrevem a 
extensão do problema e sua evolução) 
2. FREQUÊNCIA RELATIVA 
interpretações: os valores absolutos são 
expressos em relação a outros valores 
absolutos. 
Ex. Formas de apresentação do “Óbito por 
febre amarela, no Rio de Janeiro”: 
A. Em relação a população: número de 
pessoas que morreram por febre amarela em 
relação às residentes no Rio de Janeiro. 
B. Em relação ao total de óbitos: número de 
óbitos por febre amarela em relação ao total 
de óbitos ocorridos no Rio de Janeiro. 
C. Em relação a outro evento (razão): número 
de óbitos por febre amarela e o número de 
óbitos por tuberculose (por ex.) 
O item A se refere ao COEFICIENTE 
(expressa risco) os demais não. 
 
4- VARIÁVEIS: - PESSOA / LUGAR / TEMPO 
FATORES RELACIONADOS A CONDIÇÃO 
DE SAÚDE DAS POPULAÇÕES 
 
distribuição de um agravo à 
saúde é preciso organizar e classificar as 
características em: pessoas, lugar e tempo. 
 
1. Quais pessoas foram atingidas pelo dano? 
(QUEM?) 
2. Em que local elas foram atingidas pelo 
dano? (ONDE?) 
3. Em que época elas foram atingidas pelo 
dano? (QUANDO?) 
A. VARIÁVEIS RELATIVAS ÀS PESSOAS 
1. Variáveis demográficas 
- Idade, sexo, grupo étnico 
2. Variáveis sociais 
- Estado civil, renda, ocupação e instrução 
3. Variáveis que expressam estilo de vida - 
Hábito de fumar, consumo alimentar, prática 
de exercício físico e uso de drogas. 
O sexo e a idade são as variáveis mais 
utilizadas. 
SEXO 
 
- 
mais; 
- A maior mortalidade ♂ ocorre em todas as 
idades. 
 
- Condições que incidem mais no ♂ : 
coronariopatias, neoplasias do aparelho 
respiratório, úlcera péptica, cirrose hepática, 
gota, causas violentas, suicídios. 
- Condições que incidem mais ♀: varizes, 
tireoidopatias, cálculo biliar, artrites e doenças 
reumáticas, depressão e tentativas de 
suicídio. 
- ♀ utilizam os serviços de saúde 20% mais 
que ♂. 
POR QUE HÁ DIFERENÇAS ENTRE OS 
SEXOS? (MORBIMORTALIDADE) 
 
1. Condições ligadas diretamente ao sexo 
feminino: 
- Câncer de mama e útero; 
- Período gravídico-puerperal: expõe a mulher 
a múltiplas agressões (ex. quadros 
hipertensivos, DM gestacional, infecções 
genitais e morte); 
- Ciclos menstruais hipermenorréicos 
(anemia); 
- Uso de contraceptivos sistêmicos; 
- Cesarianas e procedimentos abortivos: 
expõem a mulher ao risco anestésico e 
cirúrgico. 
2. RAZÃO DE SEXO - Número de homens 
para cada grupo de 100 mulheres, em 
determinado espaço geográfico, no ano 
considerado. 
RAZÃO DE SEXO (ou Coeficiente de 
Masculinidade) = Número de homens em uma 
população x 100 
Número de mulheres em uma população 
 
 
predomina 
 
 
 
Dados estatísticos 
A maioria da população brasileira é composta 
de pessoas do sexo feminino, reflexo da maior 
sobrevida das mulheres ao longo das faixas 
etárias. Nas regiões Nordeste, Sudeste e Sul, 
que contêm cerca de 85% da população 
brasileira, o número de mulheres sobrepassa 
o de homens. Observa-se maior proporção de 
homens na Região Norte, por razões 
socioeconômicas que condicionam o emprego 
majoritário de mão-de-obra masculina. 
3. Fatores intrínsecos implicados: 
- Possibilidade de um gene desvantajoso no 
cromossomo Y. 
4. Explicações sociais e comportamentais: 
- Estilo de vida: tipos de profissão e emprego, 
hábitos (álcool, cigarro), forma de lazer. 
- Tendência de modificação: mulheres 
inseridas no contexto masculino (mudanças 
nos perfis de emprego, estilo de vida). 
POR QUE AS MULHERES UTILIZAM O 
SERVIÇO DE SAÚDE 20% MAIS QUE OS 
HOMENS? 
- Será que as mulheres têm mais facilidade de 
relatar queixas e doenças? 
- Mulheres são diferentes nas percepções da 
doença e busca de cuidados? 
- A atenção médica mais frequente leva a 
maior sobrevida? 
- Os motivos que induzem as mulheres a se 
consultar mais frequentemente são de menor 
gravidade? 
Estas questões ainda não foram respondidas, 
mas poderiam explicar as diferenças 
encontradas no perfil de morbimortalidade! 
IDADE 
INCIDÊNCIA DE DOENÇAS É EVIDENTE! 
Exemplo 1. Desnutrição e Infecção: 
- No início da vida: criança é mais exposta a 
riscos: perinatal, infeccioso e nutricional. 
Com a idade ocorre aumento da resistência a 
infecções (repetidas exposições a 
microrganismos). 
- Na fase adulta: infecções de transmissão 
sexual são quase exclusivas. 
- Maior ocorrência na infância, porém 
ocorrendo em todas as idades: infecções 
respiratórias. 
Exemplo 2. Acidentes: 
- Na fase pré-escolar ocorrem nas residências 
– quedas, queimaduras (problema de saúde 
pública); 
- Posteriormente ocorrem na rua, devido ao 
trânsito; - No trabalho; 
- Na população idosa: quedas na residência e 
arredores. 
Exemplo 3. Doenças Crônico-Degenerativas: 
- A prevalência aumenta com a idade, 
ressaltando a 4o/5o década de vida. 
A maioria destas doenças tem longo período 
de latência, mesmo medido em décadas, 
manifestando-se clinicamente usualmente 
somente na fase adulta ou idosa. 
FORMA DE COMPARAÇÃO (IDADE) 
 
homens e mulheres é diferente na população. 
GRUPO ÉTNICO 
(Sinônimos: Raça e Cor (embora associado a 
discriminação)) . 
étnicos: 
Ex. Anemia falciforme: mais frequente em 
negros; 
Formação de quelóides (cicatriz defeituosa da 
pele): mais frequente em negros; 
Mortalidade infantil: mais elevada em negros; 
Câncer cérvico-uterino: mais frequente em 
mulheres negras. 
Interpretação deve ser cuidadosa: forte 
relação da raça e classe social. 
Brasil: grande heterogeneidade genética 
e respectivos descendentes (colonização, 
vinda de africanos, europeus etc.). 
Há controvérsias nas opiniões dos EUA 
quanto a necessidade de estatísticas por 
grupo étnico 
ESTADO CIVIL E FAMÍLIA 
casados apresentam melhores níveis de 
saúde do que os solteiros, viúvos ou 
divorciados; 
constatação é de difícil comprovação; 
Quadro. Descrição da amostra de acordo com 
a ocorrência de óbito, variáveis 
sociodemográficas, ano e tipo de tentativa. 
Barbacena, Minas Gerais, Brasil, 2003 a 2010. 
EXPLICAÇÕES PARA AS DIFERENÇAS DE 
MORBIDADE / ESTADO CIVIL 
1. Mortalidade de viúvos:- É restrita ao sexo masculino. Aqueles que se 
casam novamente têm < mortalidade. 
- Entre as mulheres as taxas de mortalidade 
são semelhante entre as casadas e as viúvas. 
pessoas casadas e solteiras: 
- As pessoas sadias tendem a se casar, 
enquanto as afetadas por algum problema 
físico, mental ou de relacionamento têm > 
dificuldade em constituir família. Há também 
os que vivem perigosamente, e portanto em > 
risco de morbidade e estes tendem a manter-
se solteiros. 
3. Proteção conferida pela família 
O casamento altera o padrão sexual, 
reduzindo riscos venéreos. A gravidez é, em 
geral, melhor planejada. 
Além disso há aspectos positivos da união: 
proteção mútua, maior possibilidade de lidar 
com o estresse da vida moderna. 
 
 
RENDA 
 
– 
ocupações podem representar risco. 
SALÁRIO MÍNIMO: Maneira mais simples de 
quantificar a renda. 
Em pesquisas, quando não há acesso a 
comprovante de rendimentos, o depoimento 
verbal do pesquisado é válido. Distorções: 
- Pessoas com maior renda: subestimam, 
sonegam informações, por medo da 
fiscalização (declaração de rendimentos 
inferior ao real); 
- Pessoas de menor renda: superestimam, por 
vergonha de ganharem pouco; 
- Existem ainda pessoas sem rendimento 
(trabalham por conta). 
RENDA PER CAPITA: Considera todas as 
pessoas da família como iguais OU 
estabelece que 2 crianças equivalem a 1 
adulto. (equivalente-adulto) 
OCUPAÇÃO 
ofício habitualmente exercido. 
indivíduo, representando riscos aos quais o 
trabalhador é exposto. 
 estar relacionada com a classe social. 
- Algumas ocupações menos remuneradas 
expõem os trabalhadores a maior risco. Ex. 
cortador de cana, lixeiro, trabalhos braçais. 
- Em contraposição, funcionários e 
profissionais liberais têm menor risco de 
adquirir doenças profissionais e de acidentes 
de trabalho, e, geralmente, são mais bem 
remunerados. 
 
INSTRUÇÃO 
é a esperança de vida e maior o uso de 
vacinas. 
 
- conhecimentos adquiridos permitem eleger 
modos de vida mais saudáveis; 
- Escolaridade se relaciona com uma ou mais 
variáveis econômicas, com reflexos positivos 
à saúde; 
Como estudar: agrupando números de anos 
de escolaridade ou por nível de escolaridade. 
ESTILO DE VIDA 
para morbidades: 
1. ALIMENTAÇÃO INADEQUADA: os 
excessos levam a obesidade e desequilíbrios 
entre 
os diversos nutrientes. Algumas associações 
consistentes: 
excesso de gordura animal x arteriosclerose, 
sal x hipertensão arterial, 
açúcar x cárie dental, 
falta de fibra x câncer de reto, 
falta de cálcio x osteoporose, 
aditivos químicos x câncer. 
2. ATIVIDADE FÍSICA REDUZIDA: associa-
se a obesidade, doença coronariana, 
problemas na coluna vertebral. Vida moderna 
induz ao sedentarismo: rotinas de trabalho, 
atividades de lazer, TV etc. 
 
3. VÍCIO DE FUMAR: traz prejuízos ao 
fumante e a quem compartilha a fumaça. É 
etiologicamente ligado à bronquite crônica, 
DCV, vários tipos de câncer e doenças do 
aparelho respiratório. 
4. ABUSO DE ÁLCOOL: traz danos à mucosa 
gástrica, fígado, pâncreas, ap. cardiovascular, 
sistema nervoso, doenças nutricionais, 
acidentes, homicídios, suicídios. Porém é bem 
aceito socialmente e há pouca eficácia dos 
métodos para lidar com alcoolismo. 
5. ABUSO DE MEDICAMENTOS E DROGAS 
ILÍCITAS: o consumo de tranquilizantes 
(controlados), bem como de maconha e 
cocaína tem aumentado, principalmente entre 
adolescentes e adultos jovens. 
Os efeitos das drogas envolvem: sistema 
digestório, nervoso, cardiovascular e urinário, 
associando-se a acidentes, violência, morte 
súbita. Drogas injetáveis: risco de AIDS e 
Hepatite B. 
6. PROMISCUIDADE SEXUAL: na segunda 
metade do séx. XX ocorreram mudanças nas 
atitudes frente ao sexo. E foi apenas na déc. 
80, com o aparecimento da AIDS, que houve 
consciência dos riscos de contaminação. 
Comportamentos de risco: relações 
homossexuais com diversos parceiros, uso de 
drogas ilícitas injetáveis e prostituição. 
7. ESTRESSE OU TENSÃO: reações do 
organismo consequente a agressões de 
ordem física, psíquica, infecciosa, capazes de 
perturbar-lhe o equilíbrio do meio interno. 
Agentes estressores (causadores do 
estresse): ruídos da cidade, experiências de 
vida específicas, condições de trabalho. 
ESTILO DE VIDA – TIPOS DE 
COMPORTAMENTO 
Comportamento tipo A: indivíduos 
caracterizam-se por serem competitivos, 
ambiciosos, agressivos, impacientes, 
apressados, tensos. São pessoas decididas a 
vencer na vida, trabalham com agitação, 
raramente tiram férias, se irritam com 
facilidade, quando seus planos são 
retardados. 
Comportamento tipo B: enquadra os 
indivíduos que não possuem as 
características do tipo A. Elas são amigáveis, 
pacientes, despreocupadas, acomodadas e 
sentem menos a premência do tempo. Podem 
ser igualmente eficientes ou ineficientes, 
como as do tipo A. 
Estudo de Framingham: risco de desenvolver 
doenças isquêmicas do coração foi 2-3x maior 
nos indivíduos com comportamento do tipo A. 
VARIÁVEIS RELATIVAS AO LUGAR 
Hipócrates (séc. V a.c.) e relatos da Idade 
Média já constatavam que as doenças variam 
de acordo com a região. 
Variáveis relativas ao lugar: 
País/ Região/ Estado/ Município/ Distrito/ 
Bairro 
USO DAS VARIAVEIS RELATIVAS AO 
LUGAR 
 
1. Indicar os riscos à que a população está 
exposta. 
Exemplos:. Risco de infecção: grande número 
de casos de malária, na região amazônica. 
Risco de doenças não-infecciosas: a litíase 
renal é mais encontrada em regiões de clima 
seco. O bócio endêmico é mais frequente nas 
áreas afastadas do litoral. 
2. Acompanhar a disseminação dos agravos à 
saúde (evolução do processo no espaço). 
Exemplo: Cólera na América Latina: a déc. 90 
testemunhou reintrodução e propagação do 
vibrião colérico no continente. Os primeiros 
casos foram detectados no Peru, alastrando-
se para outros países. 
3. Fornecer subsídios para explicações 
causais: a comparação de áreas ou 
comunidades em que o evento mostra 
diferentes incidências, sugere ideias para 
identificação de possíveis agentes etiológicos. 
Exemplo: Consumo de pescados e doença 
coronariana: estudos realizados na década de 
60 indicaram que os esquimós apresentavam 
menor incidência de doença coronariana, em 
comparação a diversos países, embora 
consumissem dieta rica em gordura e a base 
de peixe. Este foi o ponto de partida para as 
próximas pesquisas, o que levou a postular-se 
o consumo de peixes (ácidos graxos 
poliinsaturados) como medida protetora à 
doença. 
4. Definir as prioridades de intervenção 
Exemplo: Comparação de coeficientes de 
mortalidade infantil. Se a taxa de mortalidade 
infantil é duas vezes maior em um 
determinado município do que a taxa relativa 
de estado, infere-se que há necessidades de 
saúde não-satisfeitas. 
5. Avaliar o impacto das intervenções: são 
pesquisas comparativas entre “aqui e lá”, nas 
quais uma das regiões sofre uma intervenção 
e outra não. 
Exemplo: Controle da esquistossomose. A 
aplicação da moluscicida para controle da 
doença em uma área permite inferir os seus 
reflexos na redução da população de 
caramujos e na diminuição dos casos 
intensidade de infecção. 
C. VARIÁVEIS RELATIVAS AO TEMPO 
Década / Ano/ Semestre/ Trimestre/ Mês 
Semana/ Dia/ Hora 
Ex. O número mensal de nascimentos, de 
óbitos ou de casos de uma doença. 
A evolução da incidência de casos notificados 
de poliomielite, no Brasil. 
A incidência anual de casos de AIDS e de 
DCNT. 
1. Indicar osriscos a que as pessoas estão 
sujeitas: o conhecimento de épocas de maior 
e menor incidência de agravos à saúde 
informa os riscos aos quais as pessoas estão 
expostas, de modo que possam tomar 
providências cabíveis (Ex: maior incidência de 
doenças respiratórias no inver
providência: não permanecer em ambientes 
fechados, adequar ingestão de vitamina C 
etc.); 
2. Monitorar a saúde da população: as 
notificações de determinadas doenças 
permitem detectar precocemente elevações 
da frequência, instituindo assim ações 
imediatas, evitando outros danos e danos 
maiores á população; 
3. Prever a ocorrência de eventos: a previsão 
do que acontecerá no futuro pode ser feita 
pela análise do passado e do presente. A 
previsão funciona bem quando as condições 
que determinam o evento permanecem 
inalteradas. 
Tendência Secular da Prevalência (%) de 
Excesso de Peso em menores de cinco anos, 
adolescentes e adultos. Brasil, 1974 a 2006 e 
estimativas para 2016. 
4. Fornecer subsídios para explicações 
causais: as variações temporais de incidência 
de danos à saúde refletem o efeito de fatores 
causais. 
5. Auxiliar o planejamento de saúde: o 
diagnóstico de tendências e de suas causas 
orienta a aplicação de recursos, provendo 
leitos, medicamentos, pessoal onde e quando 
mais se fizerem necessários. 
6. Avaliar o impacto das intervenções: 
consiste na avaliação “antes e depois” da 
medida, com o objetivo de constatar se houve 
ou não impacto na frequência das doenças. 
VARIAÇÕES SAZONAIS 
 
- A variação sazonal de temperatura no verão 
 maior incidência de diarréias no 
verão e infecções respiratórias no inverno. 
- Acidentes de trabalho ligados à colheita 
agrícola (ex. cana-de-açúcar) são eventos 
sazonais. 
- 
extremos de temperatura. 
Ex. Na Austrália, de 1985-1990, ataques 
cardíacos fatais e não-fatais ocorreram com 
frequência de 20 a 40% maior no inverno e 
primavera, do que nas outras estações do 
ano. 
Em São Paulo durante 2 anos (1989 e 1991) 
foi constatado que tanto o infarto como o 
derrame incidiam mais no calor, estando 4,9% 
das internações anuais por infarto e 2,8% das 
internações pode derrame atribuídas às altas 
temperaturas. 
Períodos chuvosos e não chuvosos: 
- As epidemias de conjuntivite ocorrem mais 
quando a umidade relativa do ar é baixa. 
- Picadas de cobras e escorpiões têm maior 
incidência no período chuvoso (novembro e 
março), quando estes animais saem dos seus 
refúgios a procura de locais secos. 
- Dermafitoses são mais comuns nos meses 
úmidos. 
- A alta incidência de malária está associada à 
época de chuva, que propicia condições para 
maior proliferação do mosquito transmissor. 
IMPORTANTE: A observação do padrão 
sazonal de doenças permite atuar de maneira 
preventiva em tempo hábil. 
Ex. Hidratação das crianças em semanas 
quentes do ano, evitar extremos de 
temperatura aos grupos de risco para ataques 
cardíacos e derrames etc. 
PRINCIPAIS INDICADORES DE SAÚDE 
A. Mortalidade 
B. Morbidade 
C. Indicadores Nutricionais 
D. Indicadores demográficos 
E. Indicadores sociais (condições sócio-
econômicas) 
F. Indicadores ambientais (saúde ambiental) 
G. Serviços de saúde 
H. Indicadores positivos de saúde 
(epidemiologia da saúde / qualidade de vida) 
A. MORTALIDADE 
É o indicador mais utilizado. 
preparação de estatísticas sob diversas 
formas. 
elevadas de mortalidade por causas evitáveis 
permitem concluir a existência de baixos 
níveis sanitários e sociais da população, ex. 4 
a cada 5 óbitos maternos que ocorrem em 
países de Terceiro. Mundo são evitáveis. 
infantil, mortalidade materna e expectativa de 
vida. Quanto > a taxa de mortalidade infantil e 
materna, > é a expectativa de vida ao nascer 
e vice-versa. 
 
LIMITAÇÕES DO USO DA MORTALIDADE 
COMO INDICADOR: 
 
- Exprime a gravidade da situação, por ser o 
último estágio do processo saúde- doença, 
refletindo uma história incompleta da doença 
e de seus fatores determinantes; 
- Danos que raramente levam a óbito, 
(natureza dermatológica, osteoarticular, 
psiquiátrica) praticamente não são 
representados nas estatísticas de 
mortalidade; 
B. MORBIDADE 
expressar mudanças a curto prazo. 
 
 
FONTES DE DADOS PARA O ESTUDO DE 
MORBIDADE: 
1. Registros Rotineiros: 
- Análise dos diagnósticos de altas 
hospitalares, atendimentos de consultas 
externas, prontuários, atestados, resultados 
de exames etc; 
- Informações devem ser confiáveis; 
- Maneira rápida e de baixo custo para 
conhecer a saúde e avaliar programas. 
2. Inquéritos: 
- Consiste em ouvir e examinar diretamente as 
pessoas; 
- Demanda tempo e o custo é relativamente 
alto; 
- Ex. Inquérito colombiano de morbidade: 
realizado em 1965-1966, mediante entrevistas 
domiciliares para detectar problemas de 
saúde ocorridos até duas semanas anteriores 
mostrou os seguintes resultados: de cada 
grupo de mil pessoas, 387 se sentiam doentes 
e apenas 88 buscaram consultas, das quais 
63 foram ao médico e só duas hospitalizadas. 
C. INDICADORES NUTRICIONAIS: 
valiação INDIRETA do estado nutricional 
 
1. Estatísticas vitais: 
- a mortalidade do pré-escolar (um a seis 
anos), - a mortalidade infantil (de menores de 
1 ano), - mortalidade infantil tardia (28 dias a 
11 meses); 
2. Disponibilidade de alimentos; 
3. Renda per capita, distribuição de renda. 
Estas informações permitem predizer o nível 
provável de nutrição na comunidade, em 
termos qualitativos (problemas predominantes 
de DEP ou obesidade) e auxiliam na escolha 
do indicador direto a ser utilizado na 
comunidade. 
Avaliação DIRETA do estado nutricional: 
 
1. Avaliações dietéticas: determinam a 
natureza e quantidade dos alimentos 
consumidos (individualmente e em período de 
tempo determinado), calculando-se o 
consumo de nutrientes, por referência de 
tabelas de composição de alimentos, 
agrupando, por ex., em “adequado” e 
“inadequado”. 
2. Avaliações clínicas: visam detectar sinais e 
sintomas do excesso ou deficiência de 
nutrientes no organismo. 
- proporção de recém-nascidos com baixo 
peso ao nascer 
- proporção de crianças com peso e altura 
inferiores para o esperado (P/I, A/I, P/A, IMC/I) 
- altura do adulto ao entrar no serviço militar 
- IMC na população adulta 
3. Avaliações laboratoriais: dosagens 
bioquímicas (ferro, proteínas, vitaminas, iodo 
etc) são realizadas em amostras de sangue e 
urina. 
- Importantes para o diagnóstico precoce 
(antes do aparecimento de sintomas). 
 
D. INDICADORES DEMOGRÁFICOS: 
 
 
 
 
idade) 
(conhecer a distribuição demográfica permite 
estimar as necessidades, demandas, 
presentes e futuras, de leitos, consultas, 
pessoal e recursos de outra natureza) 
 
E. INDICADORES SOCIAIS: 
-econômicas estão 
intimamente relacionadas à saúde: 
- renda per capita 
- distribuição de renda 
- taxa de analfabetismo 
- proporção de crianças em idade escolar fora 
de escolas 
F. INDICADORES AMBIENTAIS: 
moradia e do peri-domicílio) estão 
estreitamente relacionados com o nível sócio-
econômico. 
básico): 
- Abastecimento de água, de esgotos, de 
coleta de lixo e de águas pluviais. 
G. SERVIÇOS DE SAÚDE: 
o que ocorre no âmbito de assistência à saúde 
(÷ 3 grupos): 
1. INDICADORES DE INSUMOS: 
- Recursos humanos e materiais (médicos, 
dentistas, leitos, ambulatórios). Ex. número de 
médicos e de leitos hospitalares por 1.000 
habitantes. 
- Recursos financeiros (especifica o quanto e 
como se gasta com saúde).Ex. no Brasil os 
gastos com a saúde representam de 2 a 4% 
do PIB (alterações em crises) 
G. SERVIÇOS DE SAÚDE: 
2. INDICADORES DE PROCESSO: 
- Reflete detalhes do processo que conduzem 
a efeitos. 
Ex. “As proporções de gestantes que fazem 
pré-natal, das que tem a primeira consulta no 
trimestre inicial da gravidez e das que 
alcançam um número mínimo de consultas de 
qualidade da assistência prestada à 
população. 
3. INDICADORES DE RESULTADOS (OU DE 
IMPACTO): 
- A satisfação do usuário pode evidenciar 
benefícios dos investimentos feitos no setor. 
 
 
1. INCIDÊNCIA 
2. PREVALÊNCIA 
TAXA DE PREVALÊNCIA 
doença em um dado momento, incluindo 
casos novos e antigos. 
Cálculo: No de casos de uma doença (em um 
dado momento) x 1.000 
No de pessoas no momento 
Interpretação: O número de casos por 1.000 
indivíduos. 
da doença são NOVOS ou ANTIGOS, seu 
cálculo engloba todos os doentes no 
denominador e todos os expostos no 
numerador. 
-se por 1.000 para expressar a 
incidência por 1.000 pessoas. Esta escolha é 
totalmente arbitrária. 
Mede: ocorrência de CASOS NOVOS de uma 
doença em um PERÍODO DE TEMPO 
DETERMINADO (DIA 0____________DIA X) 
Cálculo: Número de casos novos x 1.000 
Pessoas expostas à doença 
toda a população estudada está exposta à 
doença, EXCETO AQUELAS QUE JÁ 
APRESENTAM A DOENÇA (quem já tinha a 
doença no início do período em que se está 
avaliando a ocorrência de casos novos deve 
ser excluído) 
Interpretação: O número de casos NOVOS 
por 1.000 indivíduos. 
Trecho retirado de um artigo de revisão 
bibliográfica: 
Exercício: 
“Em Florianópolis, Salles et al., em estudantes 
na faixa etária de 10 a 17 anos da rede pública 
e privada de ensino, 621 adolescentes, 308 do 
sexo feminino e 308 do masculino, 
encontraram maior incidência de obesidade 
na rede pública de ensino (13,1%) do que na 
rede privada de ensino (7,6%). O sexo 
feminino da rede pública apresentou maior 
incidência de obesidade (11,6%) quando 
comparada com o da rede privada. No total, 
houve maior incidência de obesidade no sexo 
masculino (14,6%), comparado ao sexo 
feminino (7,7%)”. Tipo de estudo: transversal / 
Metodologia: cálculo do IMC. A utilização do 
termo: incidência foi correta? 
QUAL A DIFERENÇA ENTRE 
PREVALÊNCIA E INCIDÊNCIA? 
 
parcela da população em um determinado 
momento, no qual se determina quem 
apresenta a doença e quem não a apresenta. 
azendo isso não estamos 
determinando quando a doença se 
desenvolveu. (ontem, na semana passada ou 
possui a doença a 20-30 anos?). 
inclui uma mistura de pessoas com diferentes 
durações da doença, não havendo medidas 
de risco. 
 
 
EXERCÍCIO 
 
Massachussetts, a enxaqueca foi encontrada 
em 5 de 1.000 homens com idades entre 30 e 
35 anos e 10 de 1.000 mulheres com as 
mesmas idades. 
A dedução de que as mulheres têm um risco 
2 vezes maior de desenvolver enxaqueca 
quando comparadas aos homens num grupo 
de mesma idade é correta? Justifique. 
Resposta: Incorreta, devido a falta de 
distinção entre incidência e prevalência (não 
se sabe se os casos são novos ou antigos) 
Exercicio 2: 
Entre 400 crianças pré-escolares, 
acompanhadas durante um ano, foram 
diagnosticadas dois casos de sarampo. 
Calcule a taxa de incidência por mil 
habitantes. 
Taxa de incidência por 1.000 = 
No de casos de uma doença ocorrendo na 
população durante um determinado período 
de tempo 
No de pessoas sob risco de desenvolver a 
doença durante esse período de tempo 
X 1.000 
R: Casos novos = 2 
Pop exposta = 400 
Incidência = 2/400 * 1.000 = 5 casos por 1.000 
crianças expostas. 
EXERCÍCIO 
Entre 400 crianças pré-escolares submetidas 
a exame parasitológico de fezes, no início do 
ano, foram encontradas 40 com exame 
positivo para Ascaris. 
a. Calcule a prevalência 
Prevalência por 1.000 = 
No de casos de uma doença presente na 
população em um dado momento 
No de pessoas no momento X 1.000 
R: Casos (total) = 40 
Pop (total) = 400 
Prevalência = 40/400*1.000 = 100 casos por 
1.000 crianças. 
 
EXERCÍCIO 
 
em 1.011 adultos que constituíam amostra 
aleatória da população adulta do Distrito 
Federal. No mês de julho de 1985, todas as 
pessoas componentes a amostra foram 
entrevistadas, em domicílio, e os resultados 
armazenados em computador. Foram 
considerados positivos 100 adultos (a 
positividade no teste CAGE indica alta 
probabilidade de alcoolismo). Calcule o 
coeficiente (por 100 habitantes). Trata-se de 
prevalência ou incidência? 
R: Prevalência: (100/1011) * 100 = 10% 
 
EXERCÍCIO 
 
O advento dos hipoglicemiantes orais, no 
tratamento do diabetes, propicia maior 
sobrevida ao doente. O que se pode esperar 
da taxa de prevalência de diabetes na 
comunidade? 
R: Se a duração média da doença aumenta e 
não há mudança na incidência, a taxa de 
prevalência de diabetes tende a se elevar.

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