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Aula_03 Sintaxe I

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AULA 3 – 
O PREDICADO, TERMO ESSENCIAL DA ORAÇÃO
CURSO DE LETRAS – PROFESSORA MARCIA DIAS LIMA DA SILVA
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 O SINTAGMA E A PREDICAÇÃO 
De acordo com a tradição gramatical, temos:
Predicado verbal – quando é formado por verbo transitivo ou intransitivo.
Exemplo. Os professores chegaram
Predicado nominal – quando é formado por verbo de ligação + predicativo do sujeito.
Exemplo. Professores e alunos estão atrasados
Predicado verbo-nominal – quando é formado por verbo transitivo ou intransitivo + predicativo do sujeito ou do objeto.
Exemplo. A aluna fez todas as atividades cansada
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 VERBOS PREDICADORES E VERBOS INSTRUMENTAIS 
Verbos predicadores. São verbos que fazem exigência quanto à espécie de sujeito da respectiva oração. Há duas subclasses de verbos predicadores: transitivos e intransitivos.
Verbos transitivos diretos. Ele comprou o carro.
Verbos transitivos indiretos. Ele necessita de um carro.
Verbos intransitivos. Choveu muito ontem.
 
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VERBOS PREDICADORES E VERBOS INSTRUMENTAIS
Verbos instrumentais. São verbos que não fazem exigência quanto à espécie de sujeito da respectiva oração e obrigatoriamente introduzem predicadores verbais (infinitivo, gerúndio e particípio) e não-verbais (SN, SAdj, SAdv, SPrep) se chamam instrumentais. Verbos instrumentais são verbos auxiliares e de ligação.
	Exemplos.
	Ele está cansado.
	 VL S Adj
			 O vento está soprando.
 			Verbo auxiliar + verbo no gerúndio
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O objeto direto é o termo da oração que completa o verbo transitivo direto (VTD) sem mediação de uma preposição. 
Trata-se, no período simples, de um sintagma nominal que funciona como argumento do verbo transitivo direto. 
O objeto direto pode ser substituído pelos pronome clíticos o, a, os, as.
	Exemplo. Ele comprou o livro (= Ele comprou-o)
 OBJETO DIRETO 
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	O objeto direto preposicionado completa um verbo transitivo direto (VTD) apesar do uso da preposição. Geralmente, é usado para solucionar casos de ambiguidade de oração ou por uma questão de estilo ou ênfase.
	a) Evita a ambiguidade.	
	Exemplos.
	Ao povo ninguém engana 	
	Ao Guarani venceu recentemente a Ponte Preta.
	A ambiguidade poderia ser evitada caso a frase estivesse na ordem direta: 
	A Ponte Preta venceu o Guarani recentemente.
 OBJETO DIRETO PREPOSICIONADO 
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b) A preposição é obrigatória, pois não se usa pronome oblíquo tônico sem preposição.
Exemplos. Nas horas de dificuldade, só consultavam a mim. 
Nem eles entende a nós, nem nós a eles. 
c) A preposição é obrigatória, pois o pronome interrogativo quem é sempre precedido de preposição.
Exemplo. Estamos hospedando a quem agora?
d) Sendo objeto direto a palavra Deus ou pessoa.
Enalteço a Deus por gratidão.
Amo a meus pais.
 OBJETO DIRETO PREPOSICIONADO 
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e) Essas medidas beneficiarão a todos.
	A preposição é usada por estilo, pois pronomes indefinidos admitem preposição.
 
f) Os filhotes iam comendo do prato da própria mãe.
	A preposição é facultativa por intenção partitiva.
g) Os bravos soldados cumpriram com o seu dever.
 A preposição é facultativa por estilo, por tradição da língua.
 
 OBJETO DIRETO PREPOSICIONADO 
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Objeto direto interno. Bechara (1992): A ideia expressa pelo verbo se faz através de complemento da mesma família de palavras ou da mesma esfera de significação
	
	Exemplos.
	Viver uma vida de sacrifícios.
	Lidei cruas guerras. [...]
	Dormir o sono da eternidade.” (p. 63)
	
 OBJETO DIRETO INTERNO
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O objeto indireto é o complemento do verbo transitivo indireto (VTI). Ele é o termo que completa um verbo transitivo indireto (VTI) com mediação de uma preposição. 
	
	Pergunta: Para reconhecer o objeto indireto, basta perguntar QUEM ou QUE depois do verbo + preposição.
	
	Exemplo. Eu dei o livro ao Pedro.
 OD OI
 OBJETO INDIRETO
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É introduzido pela preposição a; 
o signo léxico denota um ser animado ou concebido com o tal; 
herança do dativo latino: expressa o significado gramatical “beneficiário”, “destinatário”; 
é comutável pelo pronome pessoa objetivo lhe/lhes, que é flexionado em número (‘lhe’ só pode ser usado para pessoas)
	Exemplo. O professor escreveu o bilhete aos pais. = O professor escreveu-lhes o bilhete.
	
 OBJETO INDIRETO
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Rocha Lima (1972) já trata de complemento relativo: “[...] é o complemento que, ligado ao verbo por uma preposição determinada (a, com, de, em, etc.), integra, com o valor de objeto direto, a predicação de um verbo de significação relativa.” O complemento relativo possui similaridades tanto com o objeto direto como com objeto indireto. Vejamos as razões:
	Originalmente, o complemento relativo é, assim como o objeto indireto, ligado ao verbo por uma preposição. Todavia, o complemento relativo possui duas diferenças básicas:
 O COMPLEMENTO RELATIVO: UM CONCEITO A SE CONHECER
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Não pode ser substituído por lhe/lhes, pois somente o objeto indireto o faz. Deve ser substituído por preposição + outro pronome que não lhe/lhes.
	O pronome ‘lhe’ só pode substituir pessoa.
Pode, via de regra, perder sua preposição, por ser semanticamente esvaziada, como ocorre, na língua falada, com os verbos assistir, obedecer, atender etc.
 O COMPLEMENTO RELATIVO: UM CONCEITO A SE CONHECER
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	Enquanto o objeto indireto aponta para seres animados, exclusivamente, o complemento relativo aponta para seres tanto animados quanto inanimados. 
	Exemplos. 
Isso depende dos documentos. / Isso depende deles.
Ela se separou do marido. / Ela se separou dele.
Vamos assistir a um filme. / Vamos assistir a ele.
As crianças gostam de chocolate. / As crianças gostam dele. 
 O COMPLEMENTO RELATIVO: UM CONCEITO A SE CONHECER
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IMPORTANTE
	O pronome oblíquo o (a, os, as) funciona somente como OD; o pronome oblíquo lhe (s), quando complemento do verbo só pode ser OI; os outros pronomes podem ser tanto OD quanto OI 
1. Conto-lhe ( OI ) sobre isso, porque o ( OD ) admiro muito.
2. Deste-me ( OI ) um conselho que muito me ( OD ) sensibilizou.
3. Convenci-me ( OD ) de que te ( OD ) venceria. 
 (‘Convencer’ pode ser transito direto pronominal)
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Objeto direto pleonástico. Esse tipo de objeto direto é usado, quando se quer dar ênfase à ideia o objeto direto aparece repetido na oração. 
Exemplo. Essas pessoas, já as conheço.
Objeto indireto pleonástico. É quando o objeto indireto aparece duplamente na oração para se dar ênfase a ideia. 
Exemplo.Aos noivos, desejemos a eles muita felicidade.
O OBJETO PLEONÁSTICO
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	Agente da passiva. Pratica ação verbal que o sujeito recebe. 
	O agente da passiva vem sempre precedido pelas preposições por ou de (pelo, pelos, pela, pelas, do, da, dos, das) e só existe se a oração estiver na voz passiva. 
	
	Quando a oração é passada da voz ativa para a voz passiva; na voz ativa, perde a preposição e vira sujeito da oração.
AGENTE DA PASSIVA
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A mãe do Júlio fez um saboroso bolo. – Voz ativa.
A MÃE DO JÚLIO = Sujeito.
UM SABOROSO BOLO = objeto direto.
 
Um saboroso bolo foi feito pela mãe do Júlio. 
 
	Nesse caso, UM SABOROSO BOLO passa a sujeito da oração e PELA MÃE DO JÚLIO é o nosso agente da passiva, pois aponta para a pessoa que praticou a ação revelada pelo verbo.
AGENTE DA PASSIVA
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O predicativo do sujeito ocorre nos seguintes casos:
1) Quando o verbo for de ligação (verbo instrumental) como argumento deste verbo, mas com dependência sintático-semântica com o sujeito. Nesse caso, temos o predicado nominal. Vejamos:
A manhã é fria.
O céu está limpo.
As fichas permaneceram incompletas.
O COMPLEMENTO PREDICATIVO: O PREDICATIVO DO SUJEITO
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O futebol é capaz de mudar um país.
E quando se fala em mudança, 
o Itáu é o primeiro a apoiar _:-)
(Propaganda disponível no Caderno
de Esportes, Jornal O Globo, p.1, 08/08/2011
O COMPLEMENTO PREDICATIVO: O PREDICATIVO DO SUJEITO
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2) Quando o verbo for predicador, ou seja, transitivo ou intransitivo, mas, no predicado, houver expressão atributiva referente ao sujeito, como em:
As pessoas chegaram cansadas. CHEGAR = verbo intransitivo.
Os meninos chutaram a bola animados. CHUTAR = verbo transitivo direto.
O COMPLEMENTO PREDICATIVO: O PREDICATIVO DO SUJEITO
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	O predicativo do objeto é o termo que se refere ao objeto de um verbo transitivo ampliando-lhe o sentido, vejamos exemplos:
O juiz declarou o réu inocente.
As grávidas tinham os pés inchados.
O COMPLEMENTO PREDICATIVO: O PREDICATIVO DO OBJETO
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VAMOS PRATICAR?
	Algodão colorido de Campina Grande, na PB, conquista o exterior 
	
	Uma das cooperadas é Socorro Sobreira, dona de uma confecção de roupas infantis. A empresária trabalha com moda há 22 anos. O algodão colorido mudou o negócio. “A gente tem alcançado cada vez mais clientes, pessoas interessadas, que geralmente se encantam com o produto. A gente ouve muito o cliente e está sempre pedindo a eles que nos deem retorno”, diz.
	(Adaptado de http://g1.globo.com/economia/pme/noticia/2011/08/algodao-colorido-de-campina-grande-na-pb-conquista-o-exterior.html, 14/08/2011, 16 h 20 min)) 
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VAMOS PRATICAR?
Uma das cooperadas é Socorro Sobreira, dona de uma confecção de roupas infantis. 
A empresária trabalha com moda há 22 anos. 
(‘Trabalhar’ com algo é TI)
O algodão colorido mudou o negócio. 
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VAMOS PRATICAR?
“A gente tem alcançado cada vez mais clientes, 
	pessoas interessadas, 
	que geralmente se encantam com o produto. 
	Encantar pode ser “Verbo transitivo direto pronominal e indireto(encantar alguém com algo)”.
A gente ouve muito o cliente e está sempre pedindo a eles que nos deem retorno”, diz. 
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	Marque a alternativa que contém o(s) complemento(s) do verbo do período e a(s) correta(s) classificação(ões): 
	“Ceda o lugar aos mais velhos.”, 
1 O lugar (objeto indireto). 
2. O lugar (objeto direto) aos mais velhos (objeto indireto). 
3. Aos mais velhos (objeto direto). 
4 Não há complemento, o verbo é intransitivo. 
VAMOS PRATICAR?
Até a próxima aula!
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