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Ciencias para concurso publico - Marinha

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. 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Marinha 
Aprendizes-Marinheiros 
 
 
QUÍMICA E FÍSICA AR ATMOSFÉRICO - Composição, propriedades e pressão atmosférica. .......... 1 
ÁGUA - Características, propriedades e poluição da água. ................................................................ 4 
FUNDAMENTOS DA QUÍMICA - Propriedades da matéria; Mudanças de estado físico; Classificação 
de misturas; Fracionamento de misturas; Estrutura do Átomo; Classificação periódica dos elementos; e 
Ligações iônicas e moleculares: características e propriedades dos compostos iônicos e moleculares. 13 
MECÂNICA - Conceito de movimento e de repouso; Movimento Uniforme (MU); Movimento 
Uniformemente Variado (MUV); Interpretação de gráficos (posição x tempo e velocidade x tempo); Leis 
de Newton; Energia (cinética, potencial gravitacional e mecânica); Princípio de Conservação da Energia 
Mecânica; Máquinas simples (alavanca e sistemas de roldanas); Trabalho de uma força; Potência; 
Conceito de pressão, Teorema (ou Princípio) de Stevin e Teorema (ou Princípio) de Pascal. .............. 52 
TERMOLOGIA - Conceitos de temperatura e de calor; Escalas termométricas (Celsius, Fahrenheite e 
Kelvin); Relação entre escalas termométricas; Equilíbrio térmico; Quantidade de calor sensível (Equação 
Fundamental da Calorimetria); Quantidade de calor latente; Mudanças de estado físico; Processos de 
propagação do calor e Transformações gasosas (incluindo o cálculo do trabalho). .............................. 91 
ÓPTICA GEOMÉTRICA - Fontes de luz; Princípios da Óptica Geométrica, Reflexão e Refração da luz, 
Espelhos e Lentes. .............................................................................................................................. 104 
ONDULATÓRIA E ACÚSTICA - Conceito de onda; Características de uma onda (velocidade de 
propagação, amplitude, comprimento de onda, período e frequência); Equação Fundamental da Onda; 
Classificação quanto à natureza e à direção de propagação; Som (conceito, características, produção e 
velocidade de propagação) e Efeito Doppler. ...................................................................................... 117 
ELETRICIDADE - Processos de Eletrização; Elementos de um circuito (gerador, receptor, resistor e 
capacitor); Circuitos elétricos (série, paralelo e misto); Aparelhos de medição (amperímetro e voltímetro); 
Leis de Ohm; Potência elétrica; Consumo elétrico e Capacitância. ..................................................... 128 
MAGNETISMO - Ímãs e suas propriedades; Bússola; Campo magnético da Terra; Experimento de 
Oersted. .............................................................................................................................................. 148 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1417156 E-book gerado especialmente para MAURILIO MARQUES GONCALVES
 
. 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Candidatos ao Concurso Público, 
O Instituto Maximize Educação disponibiliza o e-mail professores@maxieduca.com.br para dúvidas 
relacionadas ao conteúdo desta apostila como forma de auxiliá-los nos estudos para um bom 
desempenho na prova. 
As dúvidas serão encaminhadas para os professores responsáveis pela matéria, portanto, ao entrar 
em contato, informe: 
- Apostila (concurso e cargo); 
- Disciplina (matéria); 
- Número da página onde se encontra a dúvida; e 
- Qual a dúvida. 
Caso existam dúvidas em disciplinas diferentes, por favor, encaminhá-las em e-mails separados. 
O professor terá até cinco dias úteis para respondê-la. 
Bons estudos! 
1417156 E-book gerado especialmente para MAURILIO MARQUES GONCALVES
 
. 1 
 
 
Caro(a) candidato(a), antes de iniciar nosso estudo, queremos nos colocar à sua disposição, durante 
todo o prazo do concurso para auxiliá-lo em suas dúvidas e receber suas sugestões. Muito zelo e técnica 
foram empregados na edição desta obra. No entanto, podem ocorrer erros de digitação ou dúvida 
conceitual. Em qualquer situação, solicitamos a comunicação ao nosso serviço de atendimento ao cliente 
para que possamos esclarecê-lo. Entre em contato conosco pelo e-mail: professores@maxieduca.com.br 
 
Atmosfera1 
 
Denomina-se atmosfera a mistura de gases, partículas, radiação e vapor da água que envolve o 
planeta Terra. Pode se comparar a atmosfera com a casca de uma fruta, que assim como essa casca 
protege o fruto, a atmosfera protege a Terra. Sem essa camada nosso planeta seria bombardeado por 
raios cósmicos, sofreríamos variações de temperatura catastróficas e muitos organismos não seriam 
capazes de se desenvolver e sobreviver. 
 
Composição do Ar2 
 
A composição da atmosfera, no que tange à matéria, pode variar bastante com a altitude. Contudo, há 
gases que, apesar de sua participação relativa ser muito pequena, desempenham um papel fundamental. 
Assim, o dióxido de carbono, o ozônio e o vapor d’agua, mesmo ocorrendo em pequenas concentrações 
são fundamentais em fenômenos meteorológicos ou mesmo para a manutenção da vida. 
 
Constituinte Fórmula % em volume ppm 
Nitrogênio N2 78,08 780.800 
Oxigênio O2 20,95 209.500 
Argônio Ar 0,93 9.300 
Dióxido de carbono CO2 0,0358 358 
Neônio Ne 0,0018 18 
Hélio He 0,00052 5,2 
Metano CH4 0,00017 1,7 
Criptônio Kr 0,00011 1,1 
Hidrogênio H2 0,00005 0,5 
Óxido nitroso N2O 0,00003 0,3 
Ozônio O3 0,00004 0,04 
Fonte: Masters (1997, p. 22) 
 
Combustão 
 
As reações de combustão estão presentes em muitos aspectos do nosso cotidiano. Podemos definir 
como reação de combustão aquela que tem um combustível, isto é, um composto que é consumido e 
produz energia térmica; e um comburente, que na maioria das vezes é o oxigênio presente no ar. É 
preciso também que haja uma fonte de ignição para dar início à reação, que pode ser uma chama ou uma 
faísca. 
Esses três fatores compõem o triângulo de fogo, pois depois que se dá início à reação de combustão, 
a energia liberada sustenta a reação e permite que ela continue até que o combustível, o comburente ou 
o calor (energia liberada), acabe. Isso significa que ocorrerá uma reação em cadeia. 
 
 
1 RAMOS, J. J. M., Leitão, L. – A Atmosfera da Terra; BOLETIM SPQ - 1991 
2 SILVA, F., CHAVES, M., LIMA, Z. – Atmosfera Terrestre; UFRN - 2009 
QUÍMICA E FÍSICA AR ATMOSFÉRICO - Composição, propriedades e pressão 
atmosférica. 
 
1417156 E-book gerado especialmente para MAURILIO MARQUES GONCALVES
 
. 2 
 
 
Formas De Combustão 
 
- Combustão Completa: É aquela em que a queima produz calor e chamas e se processa em ambiente 
rico em comburente. 
- Combustão Incompleta: É aquela em que a queima produz calor e pouca ou nenhuma chama e se 
processa em ambiente pobre em comburente. 
- Combustão Espontânea: É aquela gerada de maneira natural, podendo ser pela ação de bactérias 
que fermentam materiais orgânicos, produzindo calor e liberando gases. 
- Explosão: É a queima de gases ou partículas sólidas em altíssima velocidade, em locais confinados. 
 
Formas De Propagação 
 
 O calor pode-se propagar de três diferentes maneiras: Condução, Convecção e Irradiação. Como 
tudo na natureza tende ao equilíbrio, o calor é transferido de objeto com temperatura mais alta para 
aqueles com temperatura mais baixa. O mais frio de dois objetos absorverá calor até que esteja com a 
mesma quantidade de energia do outro. 
 
- Condução - É a transferência de calor através de um corpo sólido de molécula a molécula. Quando 
dois ou mais corpos estão em contato, o calor é conduzindo através deles como se fosse um só corpo. 
- Convecção - É a transferência de calor pelo próprio movimento ascendente de massas de gases ou 
líquido. 
- Irradiação - É a transmissão de calor por ondas de energia caloríficas que se deslocam atravésdo 
espaço. 
Propriedades do Ar3 
 
O ar tem algumas características que nos ajuda a perceber sua existência, já que não o vemos ou 
sequer podemos tocá-lo. Suas propriedades físicas são: 
 
Matéria e Massa: O ar é composto de matéria, afinal é formado por diversos gases, que por sua vez 
são formados por átomos. Logo, o ar tem massa e ocupa espaço. 
 
Pressão: O ar atmosférico exerce pressão sobre a superfície terrestre, é a chamada pressão 
atmosférica. Quanto mais próximo da superfície maior é a pressão (o ar tem mais massa e pesa mais) e 
à medida que aumenta a altitude diminui a pressão. 
 
Densidade: O ar tem peso graças à gravidade, por isso a concentração dos gases é maior próximo 
ao nível do mar, consequentemente mais denso. Então o ar que respiramos é mais denso do que o ar 
das montanhas, porque em altitudes maiores a densidade do ar diminui e ele se torna rarefeito. 
 
Resistência: O ar se contrapõe ao movimento porque ele tem resistência. Quanto mais rápido for o 
deslocamento (maior a velocidade) maior será a resistência. 
 
Compressibilidade, Expansibilidade e Elasticidade: O ar pode sofrer compressão ou expansão e 
depois retornar ao estado em que estava. Quando é comprimido ele diminui o seu volume 
(Compressibilidade). Exemplo: apertar o êmbolo da seringa até o fim, tapando o orifício. O ponto até onde 
vai o êmbolo mostra o quanto o ar foi comprimido. 
 
3DUARTE, M. “Propriedades do Ar”. Toda Matéria. 2016 
1417156 E-book gerado especialmente para MAURILIO MARQUES GONCALVES
 
. 3 
Se parar de acontecer compressão, o ar volta a ocupar o espaço que ocupava antes (Elasticidade). 
Exemplo: quando apertamos o êmbolo da seringa, tapando o orifício e depois soltamos, o êmbolo retorna 
à posição anterior. 
Quando o ar se expande aumenta o seu volume (Expansibilidade). Exemplo: um vidro com perfume é 
aberto e o cheiro se espalha pelo ambiente, pois o aroma volátil misturado com o ar ocupa um espaço 
maior 
Ar e Saúde4 
 
Nos grandes centros populacionais o ar é muito poluído. Está carregado de fuligem e gases tóxicos 
que são emitidos por industrias e automóveis. Estas impurezas provocam sérios danos à saúde, pois 
além de por si só serem prejudiciais ao ser humano, elas podem estar carregando microorganismo 
transmissores de doenças como vírus e bactérias. 
Devemos ter alguns cuidados básicos para evitar contaminações: 
- lavar sempre copos, talheres e toalhas antes de usá-los; 
- lavar sempre bem as mãos; 
- tomar vacinas. 
 
Bactérias 
 
As bactérias podem transmitir doenças através do ar, como a tuberculose e a meningite. Há também 
a pneumonia, difteria e coqueluche. 
A tuberculose é provocada pelo bacilo de Koch, que ataca o ser humano e também outros animais. É 
contagiosa e pode se manifestar em vários órgãos do corpo. A mais comum é a tuberculose pulmonar. O 
bacilo passa de pessoa para pessoa através da tosse, que vai para o ar e contamina outra pessoa. Ou 
também pelo contato com roupas, talheres e outros objetos contaminados, por isso a pessoa infectada 
deve usar tudo separado e bem esterilizado. 
Seus sintomas só são percebidos meses depois da instalação da bactéria no organismo. É muito 
confundido com mal-estar. Ou um simples resfriado. Com o avanço da doença, iniciam-se as tosses com 
catarro, febre, palidez, falta de apetite, emagrecimento e consequentemente fraqueza geral. 
Se não for tratada, pode causar lesões nos pulmões (no caso da tuberculose pulmonar) até a sua 
completa destruição. 
Esta doença pode ser curada. Por meio de radiografias, é possível detectar a doença. 
A prevenção é feita através da vacina BCG. 
A meningite meningocócica é uma doença que ataca as meninges, que são membranas que protegem 
o sistema nervoso central. É causado pela bactéria Neisseria Meningitidis. Seus sintomas são dor de 
cabeça muito forte, febre, vômitos e dor na nuca. 
Deve ser combatida logo no seu estágio inicial. 
A pessoa que contai esta doença deve ficar isolada e hospitalizada porque pode ser transmitida pelo 
ar para outras pessoas. O contágio se dá pelas vias respiratórias. 
A prevenção é feita por meio de vacinas. 
 
Vírus 
 
As doenças causadas por vírus são as viroses. São evitadas, geralmente, com vacinas e através da 
boa alimentação. Podem ser: gripe, caxumba, poliomielite e o sarampo. 
A gripe é a virose mais comum. É contagiosa e provoca distúrbios no aparelho respiratório. Causam 
febre, mal-estar, dores de cabeça e nas costas. Se não for bem curada pode causar outras doenças mais 
graves como a pneumonia e a tuberculose. 
Para combater a doença, devemos: 
- repousar; 
- beber líquidos e sucos com vitamina C para reforçar as defesas do corpo; 
- usar lenço ao tossir ou espirrar para não contaminar outras pessoas. 
 
A caxumba é uma doença que pode ser transmitida pelo ar e também por objetos contaminados. 
A pessoa contaminada apresenta inchaço embaixo e em frente às orelhas. Se este vírus atingir o 
ovário ou os testículos, a pessoa pode ficar estéril (não poderá gerar filhos). 
 
 
4http://www.soq.com.br 
1417156 E-book gerado especialmente para MAURILIO MARQUES GONCALVES
 
. 4 
A poliomielite é conhecida como paralisia infantil. Pode ser adquirida pelo ar e também por objetos e 
alimentos contaminado. 
- A pessoa contaminada pode ficar com alguma deficiência física. 
- Grandes campanhas de vacinação foram feitas contra esta doença e hoje ela praticamente não existe 
mais no Brasil. 
 
O sarampo penetra nas vias respiratórias e se alastra pelo corpo. 
- Seus sintomas são febre, tosse, vermelhidão por todo o corpo. 
- Esta doença afeta principalmente as crianças. 
- Existem vacinas contra o sarampo. 
 
Questões 
 
01. (SEEC/RN – Professor Biologia e Ciências – CESGRANRIO) O ar atmosférico é formado por 
vários componentes, incluindo vários gases, vapor d’água, micro-organismos e impurezas (poeira e 
fuligem). O gás mais abundante presente no ar atmosférico é o: 
 
(A) oxigênio 
(B) hidrogênio 
(C) nitrogênio 
(D) gás carbônico 
(E) monóxido de carbono 
 
02. É a força que o ar exerce sobre a superfície terrestre: 
(A) Altitude 
(B) Rarefação 
(C) Pressão atmosférica 
(D) Força latitudinal 
(E) Proporção atmosférica 
 
03. (Petrobras - Técnico de Logística de Transporte Júnior – Controle – CESGRANRIO) A 
importância de cada um dos componentes de um processo de combustão não pode ser avaliada 
individualmente porque 
(A) o mais importante deles é o oxigênio, o combustível da reação. 
(B) basta o contato entre dois deles para que ocorra a reação. 
(C) nenhum deles, por si só, dá origem à queima ou combustão. 
(D) este tipo de reação ocorre apenas sob catálise do ar atmosférico. 
(E) cada um deles tem características típicas de produtos de reação. 
 
Respostas 
01. C/ 02. C/ 03. C 
 
 
 
ÁGUA 
 
Água no planeta Terra5 
 
A água é um recurso natural essencial para a sobrevivência de todas as espécies que habitam a Terra. 
No organismo humano a água atua, entre outras funções, como veículo para a troca de substâncias e 
para a manutenção da temperatura, representando cerca de 70% de sua massa corporal. Além disso, é 
considerada solvente universal e é uma das poucas substâncias que encontramos nos três estados 
físicos: gasoso, líquido e sólido. É impossível imaginar como seria o nosso dia-a-dia sem ela 
 
5 http://qnesc.sbq.org.br/ 
ÁGUA - Características, propriedades e poluição da água. 
 
1417156 E-book gerado especialmente para MAURILIO MARQUES GONCALVES
 
. 5 
Uma vez que a água é fundamental para a manutenção da vida, é importante saber como ela se 
distribui no nosso planeta e como ela circula de um meio para outro. O volume total de água na Terranão 
aumenta nem diminui, é sempre o mesmo. O volume de água disponível distribui-se da seguinte forma: 
 
- Água do Mar: 97% 
- Geleiras: 2,2% 
- Água doce: 0,8%, onde 97% desse valor é agua subterrânea e 3% água superficial. 
 
Pode-se ver claramente que, da água disponível, muito pouco pode ser utilizada mais facilmente para 
abastecimento público. Desta pequena fração de 0,8%, apenas 3% apresentam-se na forma de água 
superficial, da extração, mais fácil. Esses valores ressaltam a grande importância de preservarem os 
recursos hídricos na Terra, e de se evitar a contaminação da pequena fração mais facilmente disponível. 
No nosso planeta, a água se apresenta em diferentes compartimentos. A quantidade de água presente 
em cada um destes compartimentos, assim como o seu tempo de residência, varia bastante. Os oceanos 
se constituem no maior destes compartimentos, onde a água tem um tempo de residência de 
aproximadamente 3 mil anos. Eles são ainda a fonte da maior parte do vapor d’água que aporta no ciclo 
hidrológico. Sendo grandes acumuladores do calor oriundo do sol, os oceanos desempenham um papel 
fundamental no clima da Terra. 
O segundo maior reservatório de água do planeta são as geleiras e calotas polares. O continente 
Antártico contém cerca de 85% de todo o gelo existente no mundo. O restante pode ser encontrado no 
Oceano Ártico e ainda na Groenlândia. 
As águas subterrâneas encontram-se abaixo da superfície em formações rochosas porosas 
denominadas aquíferos. Estas águas têm influência e também são influenciadas pela composição 
química e pelos minerais com os quais estão em contato. Os aquíferos são reabastecidos pela água que 
se infiltra no solo e eventualmente flui para reservatórios que se localizam abaixo de seu próprio nível. 
Corpos de água doce em contato direto com a atmosfera compreendem lagos, reservatórios, rios e 
riachos. Coletivamente, estas águas são chamadas de superficiais. 
A concentração de sais na água faz com que as águas superficiais sejam divididas em duas grandes 
categorias. Águas doces se distinguem de águas salinas pelo seu baixo conteúdo de sais, sendo 
normalmente encontradas em rios e lagos. 
O exemplo mais significativo de águas salinas é o das águas oceânicas. Via de regra, águas salinas 
apresentam níveis de cerca de 35 g.L-1 de espécies dissolvidas, entre as quais as predominantes são 
formadas por íons de sódio e cloreto. O encontro das águas doces e salinas resulta em regiões 
denominadas estuários. Nestas regiões, observa-se geralmente um gradiente de salinidade, cujos níveis 
aumentam à medida que se aproxima da foz do rio. 
Um exemplo típico de comportamento não conservativo é a precipitação do ferro coloidal, que ocorre 
à medida em que se aumenta a salinidade da água de um estuário. Como resultado, o ferro acaba sendo 
depositado nos sedimentos. 
Do ponto de vista ambiental, um importante reservatório são os mangues, nos quais os níveis do lençol 
freático se encontram praticamente na superfície. Estes ecossistemas suportam uma vasta população de 
plantas e animais, constituindo-se em berçários bastante importantes para a vida selvagem 
Finalmente, a atmosfera é o compartimento que contém a menor quantidade de água, além de ser 
aquele onde a água tem o menor tempo de residência, cerca de 10 dias. A atmosfera contribui para a 
precipitação, que em última instância é o meio através do qual a água que se evapora predominantemente 
dos oceanos é devolvida à terra. 
 
Estrutura da Água 
 
A água é uma substância formada por dois elementos: Hidrogênio e Oxigênio, onde cada molécula de 
água é composta por um átomo de oxigênio e dois átomos de hidrogênio. Esses átomos se unem por 
ligação covalente, ou seja, os elétrons dos elementos são compartilhados. Por conta que o oxigênio 
possui uma maior eletronegatividade (propriedade de atrair elétrons que cada elemento possui), ele atrai 
os elétrons dessa molécula de forma muito mais efetiva que os hidrogênios, criando assim polos com 
cargas positiva, os hidrogênios, e negativa o oxigênio. 
 
1417156 E-book gerado especialmente para MAURILIO MARQUES GONCALVES
 
. 6 
 
 
Essa polaridade gerada por esses elementos garante a molécula de água propriedades muito 
importantes, como seu ponto de fusão e ebulição e também sua imensa capacidade de dissolução de 
substâncias. Dentre suas propriedades é importante citar que a água é inodora, insipida e incolor, ou seja, 
ela não possui cheiro, gosto e cor, respectivamente. 
 
Estados Físicos da Água 
 
Na natureza a água pode ser encontrada nos 3 estados físicos da matéria: sólido, liquido e gasoso. 
Na temperatura ambiente (aproximadamente 22ºC) a água é liquida, quando sua temperatura atinge 0ºC 
ela se torna gelo, e quando chega a 100ºC ela se torna vapor. 
 
 No estado sólido, a água se apresenta na forma de gelo. Neste estado físico, ela é mais comum em 
regiões frias do continente como na Antártida e no Polo Norte. A água também pode passar do estado 
físico líquido para o sólido de forma artificial, ou seja, quando colocamos água no congelador de nossas 
geladeiras. 
O estado líquido é o mais comum, por conta da temperatura média do planeta, logo seu uso é mais 
comum no dia a dia. É a água que bebemos, tomamos banho, lavamos roupa e louças e etc. Neste estado 
está presente nos mares, rios, lagos, riachos e etc. 
O estado gasoso, embora menos visível, também está muito presente em nossas vidas. Num dia de 
muito calor, por exemplo, a água dos rios, mares e até da roupa que estendemos no varal é transformada 
em vapor de água. Para a quantidade de vapor de água que temos no ar dá-se o nome umidade, e seu 
excesso ou escassez causa grandes diferença na forma que vivemos. 
 
Mudanças de Estados Físicos da Água 
 
As Mudanças de Estados Físicos da Água são divididas em 5 processos, a saber: 
 
 
 
Fusão: Mudança do estado sólido para o estado líquido, ocorre por aquecimento, como por exemplo 
um gelo que derrete num dia de calor. Além disso, o denominado "Ponto de Fusão" (PF) é a temperatura 
que a água passa do estado sólido para o líquido. No caso da água, o ponto de fusão da água é de 0ºC. 
 
Vaporização: Mudança do estado líquido para o estado gasoso por meio do aquecimento da água. 
Assim, o "Ponto de Ebulição" (PE) de uma substância é a temperatura a que essa substância passa do 
estado líquido para o estado gasoso e, no caso da água, é de 100ºC. É importante citar que existem três 
tipos de vaporização: Evaporação, Ebulição e Calefação. Onde cada forma de vaporização vai depender 
da velocidade em que a água se torne gasosa. 
 
1417156 E-book gerado especialmente para MAURILIO MARQUES GONCALVES
 
. 7 
Solidificação: Mudança de estado líquido para o estado sólido provocado pelo arrefecimento ou 
resfriamento. Assim como o Ponto de Fusão (PF), o "Ponto de Solidificação" (OS) da água é de 0ºC. O 
exemplo mais comum são os cubos de água que colocamos no refrigerador para fazer os cubos de gelo. 
 
Liquefação: Chamada também de Condensação, esse processo identifica a mudança do estado 
gasoso para o estado líquido decorrente do resfriamento. Como exemplo podemos citar, a geada, o 
orvalho das plantas e até mesmo quando algum vidro "embaça". 
 
Sublimação: Mudança direta do estado sólido para o estado gasoso, por meio do aquecimento. 
Também denomina a mudança direta do estado gasoso para o estado sólido (Ressublimação), por 
resfriamento, por exemplo: gelo seco e naftalina. 
 
Ciclo da água 
 
Uma vez visto como a água se distribui em nosso planeta, é importante também o conhecimento de 
como a água se movimenta de um meio para outro na Terra. A essa circulação de água se dá o nome de 
ciclo hidrológico. Neste ciclo distinguem-se os seguintes mecanismos de transferência da água. 
 
- Precipitação; 
- Escoamento superficial; 
- Infiltração;- Evapotranspiração. 
 
 
 
Precipitação 
 
A precipitação compreende toda a água que cai da atmosfera na superfície da Terra. As principais 
formas são: chuva, neve, granizo e orvalho. A precipitação é formada a partir dos seguintes estágios: 
- Resfriamento do ar à proximidade de saturação (quantidade máxima de vapor da água que o ar pode 
conter); 
- Condensação do vapor d`água na forma de gotículas; 
- Aumento do tamanho das gotículas por coalizão e aderência até que estejam grandes o suficiente 
para formar a precipitação. 
 
Escoamento superficial 
 
A precipitação que atinge a superfície da Terra tem dois caminhos por onde seguir: escoar na superfície 
ou infiltrar no solo. O escoamento superficial é responsável pelo deslocamento da água sobre o terreno, 
formando córregos, lagos e rios eventualmente atingindo o mar. A quantidade de água que escoa 
depende dos seguintes fatores principais: 
 
- Intensidade da chuva; 
- Capacidade de infiltração do solo. 
 
Infiltração 
1417156 E-book gerado especialmente para MAURILIO MARQUES GONCALVES
 
. 8 
 
A infiltração corresponde à água que atinge e adentra o solo, formando os lençóis d`água. A água 
subterrânea é grandemente responsável pela alimentação dos corpos d´água superficiais, principalmente 
nos períodos secos. Um solo coberto com vegetação (ou seja, que absorve água de maneira eficiente) é 
capaz de desempenhar melhor as seguintes funções: 
 
- Menos escoamento superficial (menos enchentes nos períodos chuvosos); 
- Mais infiltração (maior alimentação dos rios nos períodos secos); 
- Menos transporte de partículas do solo para os cursos d´água. 
 
Evapotranspiração 
 
A transferência da água para o meio atmosférico se dá através dos seguintes principais mecanismos, 
conjuntamente denominados de evapotranspiração: 
 
- Evaporação: transferência da água superficial do estado líquido para o gasoso. A evaporação 
depende da temperatura e da umidade relativa do ar; 
- Transpiração: as plantas retiram a água do solo pelas raízes. A água é transferida para as folhas e 
então evapora. Este mecanismo é importante, considerando-se que em uma área coberta com vegetação 
a superfície das folhas para a evaporação é bastante elevada. 
 
A água como solvente 
A água possui uma elevada capacidade de dissolver substâncias, por isso ela é denominada solvente 
universal, por isso no ambiente é muito difícil encontrar água pura, em razão da facilidade com que as outras 
substâncias se misturam a ela. Mesmo a água da chuva, por exemplo, ao cair, traz impurezas do ar nela 
dissolvidas ou gases ali presentes. Se a água apresentar cor, cheiro ou sabor, isso se deve a substâncias 
(líquidos, sólidos ou gases) nela presentes. 
A substância que se dissolve em outra recebe a denominação de soluto (por exemplo: o sal). A substância 
que é capaz de dissolver outras, como a água, é chamada de solvente. A associação do soluto com o 
solvente é uma solução. 
 
Importância para a Vida 
A propriedade que a água tem de atuar como solvente é fundamental para a vida. Como por exemplo no 
sangue várias substâncias (como sais minerais, vitaminas, açucares, entre outras) são transportadas 
dissolvidas na água. 
 
Porcentagem de água em alguns órgãos do corpo humano 
 
Nas plantas, os sais minerais dissolvidos na água são levados das raízes às folhas, assim como o 
alimento da planta (açúcar) também é transportado dissolvido em água para todas as partes desse 
organismo. No interior dos organismos vivos, ocorrem inúmeras reações químicas indispensáveis à vida, 
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como as que acontecem na digestão. A maioria dessas reações químicas no organismo só acontece se as 
substâncias químicas estiverem dissolvidas em água. 
 
Principais tipos de água 
 
Na natureza, encontramos diversos tipos de água, que variam de acordo com os elementos e 
substâncias que a compõe. Algumas são ideais para o consumo, enquanto outras são prejudiciais à 
saúde. Vejamos a baixo os principais tipos: 
 
Potável: É a água que o segura para o consumo. Ela não possui substâncias tóxicas e também é livre 
de doenças por contaminação. É o tipo de água que é coletada, tratada e distribuída para a população 
de quase todas as cidades. Também pode ser obtida de poços artesianos e em alguns riachos e 
mananciais; 
 
Doce: É a água que encontramos em rios, lagos e ribeiras. Geralmente tem coloração marrom, devido 
ao fato de se encontrar uma grande quantidade de terra dissolvida. Para poder ser consumida ela 
necessita passar por processo de tratamento. O Brasil é um país rico em água doce por conta da grande 
quantidade de rios como o Rio São Francisco, Rio Grande, a bacia do Rio Amazonas, entre outros; 
 
Salgada: A água do mar. Possui uma grande quantidade de sais, principalmente o cloreto de sódio, 
popularmente conhecido como sal de cozinha. Esta água não pode ser consumida. Em alguns países 
ocorre um processo chamado de dessalinização da água do mar onde o sal é retirado da água tornando-
a apta ao consumo. Este processo ocorre especialmente em países onde há falta de água doce. 
 
Mineral: Esta possui uma grande quantidade de minerais. Algumas possuem propriedades 
terapêuticas. E também existem as águas minerais que são próprias para o consumo, como podemos ver 
algumas empresas envasam e as vendem. A cidade de Água de Lindóia no interior de São Paulo é 
reconhecida como uma das mais importantes na produção de água mineral. Situada no chamado circuito 
das águas, onde há diversas cidades com fontes de águas minerais. 
 
Salobra: A água que se caracteriza por uma aparência turva, ela possui grande quantidades de 
substâncias dissolvidas. É encontrada facilmente em regiões de mangue, e não pode ser consumida pelo 
ser humano. 
 
Contaminada: É a água onde geralmente são depósitos os resíduos de industrias e também esgotos. 
Nela possui grande quantidade de produtos químicos e microrganismos que são nocivos à saúde, 
portanto não pode ser consumida. 
 
Poluição da Água6 
 
Cada ecossistema natural possui um limite de quanta matéria orgânica gerada pelas atividades 
humanas ele é capaz de decompor, ou seja, quando o ser humano despeja uma quantidade que 
ultrapassa essa capacidade de decomposição, nos ecossistemas aquáticos, o resultado é uma drástica 
transformação desses ambientes. A maior parte dessa prática irresponsável é causada pelo esgoto não 
tratado e lixo que é jogado diariamente em seus leitos, e tais atitudes podem deixar a água em um nível 
de contaminação tão extremo que ela fica impossível de ser recuperada. 
 
Tipos de Poluição das Águas7 
 
As formas de poluição de nossas reservas hídricas são classificadas em biológica, térmica, sedimentar 
e química. 
 
Biológica: Consiste na presença de agentes patogênicos (bactérias, vírus, protozoários e vermes) 
presentes na água, com uma atenção maior para os microrganismos nocivos presentes na água potável. 
Essa contaminação é causada pelo despejo de esgotos domésticos e industriais. As principais 
consequências do uso desse tipo de água são os diferentes tipos de doenças que podem ser transmitidas, 
 
6 https://capacitacao.ead.unesp.br 
7 QUÍMICA NOVA NA ESCOLA, Poluição e Tratamento de Água N° 10, NOVEMBRO 1999 
1417156 E-book gerado especialmente para MAURILIO MARQUES GONCALVES
 
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tais como tais como febre tifoide, cólera, salmonela, leptospirose, hepatites, esquistossomose, amebíase 
e giardíase. 
 
Térmica: Essa forma de poluição é causada pelo constante descarte de água, nos corpos receptores, 
geralmente usada no resfriamento de alguns processos industriais, aumentando a temperatura da água 
ali presente. Com esse aumento de temperatura, diminui a quantidade de gases solubilizadosna água, 
prejudicando assim a respiração dos animais aquáticos. Também ocorre a diminuição do tempo de vida 
de certas espécies aquáticas, além poder potencializar a ação de outros poluentes pelo aumento na 
velocidade das reações. 
 
Sedimentar: A poluição sedimentar da água é o acumulo de partículas em suspensão, como partículas 
de solo e produtos químicos insolúveis, tanto orgânicos quanto inorgânicos. Esse é o maior tipo de 
poluição encontrado e corresponde a maior massa de poluentes, como consequência os sedimentos 
impedem a entrada de raios solares na água, o que interfere na fotossíntese de plantas aquáticas 
diminuindo sua quantidade e dificultando que animais aquáticos encontrem esse alimento. 
 
Química: Provavelmente a mais problemática de todas as formas seja a poluição química, causada 
pela presença de produtos químicos nocivos ou indesejáveis. A poluição química é um pouco diferente e 
um pouco mais sutil que as outras formas de poluição. A poluição térmica tem pouco efeito sobre a 
potabilidade da água. A poluição sedimentar é normalmente muito visível e facilmente removível. Mesmo 
a poluição biológica parece em alguns casos menos perigosa do que a poluição química, uma vez que a 
maioria dos microrganismos podem ser destruídos pela fervura da água que eles estejam infectando, ou 
pelo tratamento com substâncias químicas, como o hipoclorito de sódio e a cal viva. Já a poluição química 
não é assim tão simples. Os efeitos nocivos podem ser sutis e levar muito tempo para serem sentidos. 
Os agentes poluidores mais comuns dessas águas são os fertilizantes agrícolas, petróleo, compostos 
orgânicos sintéticos, compostos inorgânicos e minerais. 
 
Tratamento de Água8 
Tratamento convencional: é aplicado às aguas com partículas divididas em suspensão e partículas 
coloidais, que ensejam um tratamento químico mais avançado, que consiga fazer sua deposição, com 
baixo período de detenção. 
 
Para que este tratamento ocorra é necessário subdividi-lo em algumas etapas: 
 
Coagulação: ocorre através de uma mistura rápida adicionando-se sulfato de alumínio ou sulfato 
ferroso, ocasionando a coagulação, em virtude dos compostos químicos. A união desses compostos por 
meio de choques com as partículas de impurezas, são absorvidas por elas, causando desequilíbrio das 
cargas elétricas superficiais. 
 
Floculação: os compostos químicos, misturados anteriormente, irão de encontro com a alcalinidade 
da água e serão formados compostos que levam a adsorção, que nada mais é do que a capacidade de 
atrair partículas com cargas elétricas contrárias. Este tipo de partícula tem cargas elétricas positivas, já 
as impurezas possuem carga elétrica negativa. Na fase da floculação é que será dado início a formação 
dos flocos, que crescem em tamanho, indo em caminho ao decantador. 
 
Decantação: nesta etapa não é adicionado nenhum produto químico, os flocos que já agregaram as 
impurezas dão início ao processo de sedimentação e clarificação da água. Isto se dá porque os flocos 
que são mais pesados do que a própria água, juntamente com a baixa velocidade da mesma, na área do 
decantador irão afundar em decorrência da ação gravitacional. Desta maneira, ficarão depositados no 
fundo do tanque uma espécie de lodo, de forma que deixe a água da superfície mais clara, permitindo 
que dirija-se a próxima etapa. 
 
Filtração: grande parte das partículas fica retida no decantador, porém algumas ficam em suspensão, 
na qual a filtração irá remover essa parte. Hidraulicamente, a água irá transpassar uma camada filtrante, 
formada por leito arenoso, com granulometria previamente dimensionada, sustentada por uma camada 
de cascalho, de forma que as impurezas, as partículas e a maior parte das bactérias fiquem retidas e a 
água filtrada ficará límpida. 
 
8 https://www.caesb.df.gov.br/ 
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Desinfeção: uma água que tenha sido filtrada corretamente elimina as partículas e grande parte das 
bactérias, contudo todas as bactérias devem ser removidas. A desinfecção irá cuidar desse procedimento, 
com a adição de produtos químicos, em especial o cloro. Este processo de aplicação do cloro na água é 
conhecido como Cloração, que será feito com dosagens de compostos de água e cloro, desinfetando a 
água. 
 
Fluoretação: será acrescido flúor à água em tratamento, com a finalidade de diminuir o elevado 
número de cáries dentárias. Para esta finalidade será utilizado o fluorsilicato de sódio e o ácido 
fluorsilícico. 
 
O tratamento convencional para que se dê de forma adequada deve obedecer aos controles de 
processo, quais sejam: 
 
Controle Analítico 
 
A realização de análises físico-químicas, durante as várias etapas do tratamento, possibilita o 
acompanhamento da eficiência do mesmo e determina a necessidade, ou não, da implementação de 
medidas preventivas e/ou corretivas. Além disto, serve para monitorar os principais parâmetros relativos 
à potabilidade da água. Para cada etapa, distintas análises são feitas, a saber: 
 
- Água Bruta: normalmente, são realizadas as seguintes análises: temperatura, cor, turbidez, pH, odor, 
alcalinidade, matéria orgânica, oxigênio dissolvido, dióxido de carbono, ferro, manganês e dureza. Esta 
bateria de análises é realizada a cada turno de trabalho e tem como objetivo monitorar a qualidade da 
água bruta que chega à ETA e detectar alterações na mesma. 
- Água Coagulada: analisa-se pH, alcalinidade, cor, turbidez e alumínio. 
- Água Decantada: cor, turbidez, pH, alcalinidade. 
- Água Tratada: na água tratada são analisados os mesmos parâmetros avaliados na água bruta. Além 
disto, a cada duas horas, são efetuadas análises de pH, turbidez, cor, flúor, cloro residual livre e alumínio 
residual. Diariamente, análise bacteriológica. 
 
Doenças9 
 
As principais doenças transmitidas pela água são: 
 
Cólera: causada pela bactéria Vibrio Cholerae, caracteriza-se por um caso grave de diarreia aquosa, 
levando rapidamente à desidratação. Pode ser adquirida também por via fecal-oral, por meio de água ou 
alimentos contaminados. 
 
Diarreia Infecciosa: vários vírus, germes, parasitas e bactérias podem contaminar a água, na maioria 
das vezes pela via fecal-oral, e causar quadros bem graves de diarreia. 
 
Hepatite A: é uma infecção viral cuja transmissão se dá pela via fecal-oral, contaminando alimentos 
através da falta de higiene ou do contato das fezes infectadas com a água, onde não há saneamento 
básico. Alguns dos sintomas são: diarreia, náusea, perda de apetite, febre, dores pelo corpo e vômitos. 
Uma semana após o contágio e o aparecimento dos sintomas, o paciente apresenta a icterícia, cujos 
sintomas são pele e olhos amarelados. 
 
Esquistossomose: conhecida também como doença do caramujo ou barriga d’água, a 
esquistossomose é uma infecção transmitida pelo parasita Schistosoma, que vive em águas povoadas 
pelo caramujo e contaminada por fezes. 
 
Leptospirose: transmitida principalmente pelos ratos de esgoto, a leptospirose se dá por diversas 
formas, sendo a principal, pelo contato direto da pele humana com a água contaminada pela urina dos 
roedores. Febre alta, calafrios, dores pelo corpo, diarreia, náuseas e vômitos são alguns dos sintomas da 
doença, além da vermelhidão acentuada dos olhos. 
 
 
 
9http://www.sampexdesentupidora.com.br/blog/doencas-causadas-por-agua-contaminada/ 
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Questões 
 
01- (CASAN - Técnico de Laboratório - INSTITUTO AOCP/2016) Durante o tratamento de esgoto 
realizado pela CASAN, ocorre um processo denominado decantação. Nessa etapa, o lodo é recolhido do 
fundo dos tanques. O lodo se separa do meio líquidoe se acumula no fundo do tanque porque possui: 
(A) mais matéria orgânica do que a água. 
(B) mais oxigênio dissolvido do que a água. 
(C) menos gases dissolvidos do que a água. 
(D) maior densidade do que a água. 
(E) maior quantidade de sólidos dissolvidos. 
 
02- (CASAN - Técnico de Laboratório - INSTITUTO AOCP/2016) A CASAN, durante o tratamento 
da água, adiciona cloro e flúor imediatamente após a etapa de: 
(A) captação. 
(B) floculação. 
(C) decantação. 
(D) filtração. 
(E) bombeamento. 
 
03- (CASAN - Técnico de Laboratório - INSTITUTO AOCP/2016) Considerando as etapas de 
tratamento da água e os procedimentos utilizados pela CASAN, assinale a alternativa correta. 
(A) A cal hidratada é o primeiro composto químico a ser adicionado à água durante o seu tratamento. 
(B) Na etapa de decantação, não é adicionado produto químico na água. 
(C) Durante o processo de filtração, são adicionados compostos de correção de pH à água. 
(D) O ácido fluossilícico é o composto utilizado para a correção de pH da água tratada. 
(E) Durante a fluoretação, a água passa por tanques compostos por camadas de seixos, areia e carvão 
antracito. 
 
04- (Prefeitura de Rio de Janeiro/RJ - Professor de Ensino Fundamental - 2016) 
A maior parte das substâncias existentes na natureza pode se apresentar em três estados físicos: 
sólido, líquido e gasoso. Dependendo de fatores como temperatura e pressão, uma substância como a 
água, por exemplo, pode mudar de um estado físico para o outro. Estas mudanças recebem 
denominações específicas, assim é correto afirmar que: 
(A) condensação: passagem do estado líquido para o estado gasoso 
(B) solidificação: passagem do estado gasoso para o estado sólido 
(C) sublimação: passagem do estado gasoso para o estado líquido 
(D) fusão: passagem do estado sólido para o estado líquido 
 
05- (IF/BA - Assistente de Laboratório – FUNRIO/2016) Assinale a opção onde observamos o 
método mais simples de esterilização da água para assim evitar a maior parte das contaminações com 
microrganismos. 
(A) Autoclavação. 
(B) Fervura 
(C) Tratamento com cloro a 2%. 
(D) Tratamento da água com solução de formol a 10%. 
(E) Irradiação da água com ultravioleta. 
 
Respostas 
01. Resposta D 
A decantação é um processo de separação que permite separar misturas heterogêneas. Baseado no 
princípio da diferença de densidade entre as substâncias, logo a de maior densidade terá a tendência de 
ficar no fundo do recipiente. 
02. Resposta D 
Após a filtração acontecem as etapas de cloração (desinfecção) e fluoretação, onde respectivamente 
são adicionados cloro e flúor. 
03. Resposta B 
Como descrito no processo de tratamento da água, na decantação não há adição de nenhum composto 
químico. 
04. Resposta D 
A fusão é a passagem do estado sólido para o liquido, ex.: gelo derretendo. 
05. Resposta B 
A “fervura” da água é um método fácil de se livrar da maioria dos microrganismos ali presentes, pois 
grande parte deles não sobrevive a temperatura de aproximadamente 100°C. 
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Matéria e Energia 
 
Matéria: Denomina-se matéria tudo aquilo que tem massa e ocupa lugar no espaço e, desse modo, 
possui volume. Podemos citar como exemplos de matéria a madeira, o ferro, a água, o ar e tudo o mais 
que imaginemos dentro da definição acima. A ausência total de matéria é chamado de vácuo. 
 
Substância é uma composição de apenas um tipo de moléculas ou átomos. A substância pode ser 
simples ou composta. 
Substância simples é aquela constituído por um único tipo de constituinte. Ex.: o ferro, contendo 
somente átomo de ferro; o gás oxigênio (O2), contendo só átomos de oxigênio. 
 Substância composta é aquela constituída por mais de um tipo de constituinte. Ex.: a água pura 
contendo somente H2O; o sal, contendo somente NaCl; 
 
Mistura consiste em duas ou mais substâncias misturadas. Ela pode ser identificada visualmente, 
como por exemplo o granito onde se observa grãos de quartzo branco, mica preta e feldspato rosa e 
outros minérios. Outras misturas como a água salgada, requer outros métodos de verificação para 
sabermos se são substâncias ou misturas. 
 
Corpo: É uma porção limitada da matéria. Por exemplo, conforme dito, uma árvore é uma matéria; 
assim, quando cortamos toras de madeira, temos que essas toras podem ser designadas como corpos 
ou como matéria também. 
 
 Objeto: É um corpo produzido para utilização do homem. Se as toras de madeira mencionadas no 
item anterior forem transformadas em algum móvel, como uma mesa, teremos um objeto. 
 
 
 
Fenômeno físico: é toda alteração na estrutura física da matéria, tais como forma, tamanho, aparência 
e estado físico, mas que não gere alteração em sua natureza, isto é, na sua composição. 
Fenômeno químico: ocorre quando há alteração da natureza da matéria, isto é, da sua composição. 
Dizemos que ocorreu uma reação química, pois novas substâncias foram originadas. 
 
Fenômenos físicos Fenômenos químicos 
Quebrar um copo de vidro Produzir vinho a partir da uva 
Aquecer uma panela de alumínio Acender um fósforo 
Ferver a água Queimar o açúcar para fazer caramelo 
Explosão de uma panela de pressão Queima do carvão 
Massa de pão “crescendo” Explosão após uma batida 
Derretimento de metais, como o cobre Enferrujamento da palha de aço 
Dissolver açúcar em água Queima de um cigarro 
 
 
FUNDAMENTOS DA QUÍMICA - Propriedades da matéria; Mudanças de estado 
físico; Classificação de misturas; Fracionamento de misturas; Estrutura do 
Átomo; Classificação periódica dos elementos; e Ligações iônicas e 
moleculares: características e propriedades dos compostos iônicos e 
moleculares. 
 
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. 14 
Propriedades da matéria 
Propriedades são uma série de características que, em conjunto, definem a espécie de matéria. 
Podemos dividi-las em três grupos: gerais, funcionais e específicas. 
 
1. Propriedades gerais 
São as propriedades inerentes a toda espécie de matéria. 
Massa: é a grandeza que usamos como medida da quantidade de matéria de um corpo ou objeto. 
Extensão: espaço que a matéria ocupa, seu volume. 
Impenetrabilidade: é o fato de que duas porções de matéria não podem ocupar o mesmo espaço ao 
mesmo tempo. 
Divisibilidade: toda matéria pode ser dividida sem alterar a sua constituição (até um certo limite). 
Compressibilidade: o volume ocupado por uma porção de matéria pode diminuir sob a ação de forças 
externas. 
Elasticidade: se a ação de uma força causar deformação na matéria, dentro de um certo limite, ela 
poderá retornar à forma original. 
 
2. Propriedades funcionais 
São propriedades comuns a determinados grupos de matéria, identificadas pela função que 
desempenham. A Química se preocupa particularmente com estas propriedades. Podemos citar como 
exemplo de propriedades funcionais a acidez, a basicidade, a salinidade de algumas espécies de matéria. 
 
3. Propriedades específicas 
São propriedades individuais de cada tipo particular de matéria. 
Organolépticas: são aquelas capazes de impressionar os nossos sentidos, como a cor, que 
impressiona a visão, o sabor e o odor, que impressionam o paladar e o olfato respectivamente, e a fase 
de agregação da matéria, que pode ser sólida (pó, pasta), líquida ou gasosa e que impressiona o tato. 
Químicas: são propriedades responsáveis pelos tipos de transformação que cada matéria é capaz de 
sofrer. Por exemplo, o vinho pode se transformar em vinagre; o ferro pode se transformar em aço, mas o 
vinho não pode se transformar em aço nem o ferro em vinagre. 
Físicas: são certos valores constantes, encontrados experimentalmente, para o comportamento de 
cada tipo de matéria, quando submetida a determinadas condições. Essas condiçõesnão alteram a 
constituição da matéria, por mais adversas que sejam. Por exemplo: sob uma pressão de 1 atmosfera, a 
água passa de líquida para gasosa à temperatura de 100°C, sempre. 
 
Propriedades extensivas e intensivas da matéria 
 
As propriedades físicas também podem ser classificadas, de acordo com a quantidade da amostra, 
em extensivas e intensivas. As propriedades extensivas variam conforme a quantidade de material 
contido na amostra. É o caso da energia liberada em uma combustão: duplicando, por exemplo, a 
quantidade de combustível, duplica-se a quantidade de energia liberada. As propriedades intensivas 
são as que não dependem da quantidade de material contido na amostra. É o caso da temperatura e da 
densidade, que não se alteram quando a quantidade de material é modificada. 
 
Energia e as propriedades químicas dos materiais 
 
Referem-se àquelas que, quando são coletadas e analisadas, alteram a composição química da 
matéria, ou seja, referem-se a uma capacidade que uma substância tem de transformar-se em outra por 
meio de reações químicas. Essas transformações resultam na produção permanente e irreversível de um 
novo material (produto), com características distintas do inicial (reagente), sendo desse modo 
classificadas como transformações químicas ou reações químicas. 
 
Uma maneira de comprovar a existência de uma transformação química é através da comparação do 
estado inicial e final do sistema. Algumas evidências podem ser observadas, permitindo verificar a 
ocorrência dessas transformações, como: desprendimento de gás e luz, mudança de coloração e cheiro, 
formação de precipitados entre outras 
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Entretanto, a ausência dessas evidências não significa que não ocorreu uma transformação química, 
pois algumas ocorrem sem que haja mudança perceptível entre o estado inicial e o final. Para se ter 
certeza de que ocorreu a transformação química é necessário isolar os materiais obtidos e verificar suas 
propriedades específicas, como densidade, pontos de ebulição e fusão, solubilidade e outras. Para que 
as transformações químicas possam acontecer, as ligações entre átomos e moléculas precisam ser 
rompidas e devem ser restabelecidas de outro modo. Como essas ligações podem ser muito fortes, 
geralmente é necessária energia na forma de calor para iniciar a reação. 
As transformações químicas podem ocorrer de distintas maneiras, sendo estas: 
 
Por ação do calor 
Muitas substâncias são transformadas quando submetidas a uma fonte de calor. O cozimento de 
alimentos é um exemplo. 
 
Quando há decomposição de um material devido ao calor, chamamos o processo de termólise. Ex: 
Termólise do magnésio 
Magnésio + oxigênio → óxido de magnésio 
 
Por ação de uma corrente elétrica 
Algumas substâncias necessitam de energia elétrica para que possam se transformar. A esse 
processo damos o nome de eletrólise. 
Para a decomposição da água, em hidrogênio e oxigênio, por exemplo, utilizamos uma corrente elétrica 
para esta transformação. 
 
 
Por ação da luz 
A fotossíntese é um exemplo de reação química que ocorre na presença da luz, onde a água e o 
dióxido de carbono do ar são transformados em oxigênio e glicose. 
 
 
 
A transformação do oxigênio em ozônio acontece através da luz ultravioleta. Essa reação por ação da 
luz também é de extrema importância, pois assim é formada a camada de ozônio que protege a Terra 
dos raios ultravioletas. 
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Por ação mecânica 
Uma ação mecânica (atrito ou choque) é capaz de desencadear transformações em certas 
substâncias. Um exemplo é o palito de fósforo, que quando entra em atrito com a caixinha que o contém, 
produz uma faísca, que faz as substâncias inflamáveis do palito entrarem em combustão. 
 
Pela junção de substâncias 
Através da junção de duas substâncias podem ocorrer reações químicas. Isso frequentemente ocorre 
em laboratórios de química. A adição do sódio metálico em água é um exemplo: 
 
Energia: É a medida da capacidade de realizar um trabalho. 
Existem vários tipos de energia, dependendo do tipo de trabalho realizado. Por exemplo, a energia que 
um corpo adquire quando está em movimento é a energia cinética. 
A energia que o corpo armazena é a energia potencial. 
 
A energia mecânica é toda forma de energia relacionada com o movimento de corpos ou com a 
capacidade de colocá-los em movimento ou de deformá-los. 
 
A energia química é baseada na força de atração e repulsão nas ligações químicas, presente na 
formação da matéria. As trocas de calor são energias térmicas. 
A condução de eletricidade é uma energia elétrica, e a energia na forma de luz é a energia luminosa. 
 
Substâncias e Misturas 
 
As substâncias químicas correspondem a moléculas, que podem ser representadas por fórmulas, 
como a água, H2O. Estas são formadas pela união dos átomos dos elementos químicos que são 
encontrados na tabela periódica. Essa combinação de átomos pode ocorrer de várias formas e pode 
chegar a formar inúmeros tipos de substâncias por conta da grande variedade de elementos na tabela 
periódica (118), além das características de união que os átomos possuem. 
 
Substância Pura 
 
Uma substância pura é exatamente o que o termo indica: uma única substância com composição 
característica e definida e com um conjunto definido de propriedades, isto é, que possuem composição 
fixa. Exemplos de substâncias puras são: a água, o sal, o ferro, o açúcar comestível e o oxigênio. Nas 
substâncias puras o ponto de fusão e ebulição ocorrem em temperaturas constantes: 
 
 
 
As substâncias puras podem ser classificadas como simples ou compostas. 
 
Substância simples 
 
As substâncias formadas por um ou mais átomos de um mesmo elemento químico é classificada 
como substância pura simples ou, simplesmente, substância simples. 
 
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Substância composta 
Quando as moléculas de determinada substância são formadas por dois ou mais elementos químicos, 
ela é classificada como substância pura composta ou, simplesmente, substância composta. 
 
 
 
Símbolos e fórmulas 
-Símbolos: representa um elemento químico. 
-Fórmula: representa uma substância pura, simples ou composta. 
 
Exemplos: 
-O é o símbolo do elemento químico oxigênio; 
-O2 é a fórmula da substância simples oxigênio; 
-CO2 é a fórmula da substância composta gás carbônico. 
 
Misturas 
 
Uma mistura é um sistema formado por duas ou mais substâncias puras, denominadas componentes. 
Em uma mistura o fusão e/ou ebulição não ocorrem em temperaturas constantes. A temperatura varia 
durante a fusão ou durante a ebulição, ou durante ambas. Estas não possuem ponto de fusão e ponto de 
ebulição, e sim intervalo de fusão e intervalo de ebulição: 
 
Existem misturas que, como exceção, comportam-se como se fossem substâncias puras durante a 
fusão: são as chamadas misturas eutéticas. 
Exemplo: algumas ligas metálicas, dentre elas a solda usada em eletrônica (37% de chumbo e 63% 
de estanho). 
 
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. 18 
Por outro lado, também existem misturas que, como exceção, comportam-se como se fossem 
substâncias puras durante o processo de ebulição; são chamadas de misturas azeotrópicas. 
Exemplo: água e álcool na proporção de 4% de água e 96% de álcool 
 
 
Uma vez que as misturas apresentam composição variável, têm também propriedades — como ponto 
de fusão, ponto de ebulição, densidade — diferentes daquelas apresentadas pelas substâncias quando 
estudadas separadamente. 
 
Tipos de misturas 
 
As misturas podem ser classificadas em homogêneas e heterogêneas. A diferençaentre elas é que 
a mistura homogênea é uma solução que apresenta uma única fase enquanto a heterogênea pode 
apresentar duas ou mais fases. Fase é cada porção que apresenta aspecto visual uniforme. 
 
Misturas homogêneas 
Nesse tipo de mistura não há superfícies de separação visíveis entre seus componentes, mesmo que 
a observação seja realizada a nível de um microscópio eletrônico. 
Exemplo: Solução de água e açúcar 
 
As misturas homogêneas são normalmente chamada de solução 
 
Misturas heterogêneas 
As misturas heterogêneas são aquelas em que são possíveis as distinções de fases (regiões visíveis 
da mistura onde se encontram os componentes), formada por duas ou mais fases. As substâncias podem 
ser diferenciadas a olho nu. 
Exemplos: 
- água + óleo 
- granito 
- água + enxofre 
- água + areia + óleo 
Sistema homogêneo e Heterogêneo: Fases 
Sistema homogêneo 
Apresenta as mesmas propriedades em qualquer parte de sua extensão em que seja examinado. Pode 
ser um mistura (solução) ou uma substância pura. 
 
Sistema heterogêneo 
É aquele que apresenta mais de uma fase, ou seja, não possui um aspecto uniforme, é descontínuo. 
Os sistemas heterogêneos também podem ser constituídos de substâncias puras. Por exemplo, água 
+ gelo: os componentes são os mesmos, mas, por estarem em estados físicos diferentes, apresentam 
aspecto heterogêneo. 
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. 19 
 
 
Fases: 
São diferentes porções homogêneas, limitadas por superfícies de separação visíveis (com ou sem 
aparelhos de aumento), que constituem um sistema heterogêneo. 
Um sistema homogêneo apresenta sempre uma única fase (monofásico). Entretanto, sistema 
heterogêneo constitui sempre um sistema polifásico (muitas fases), que pode ser bifásico, trifásico, 
tetrafásico e etc. 
 
 
Processos de separação de misturas 
Análise imediata 
Na natureza, raramente encontramos substâncias puras. Assim, para obtermos uma determinada 
substância, é necessário usar métodos de separação. O conjunto de processos físicos que não alteram 
a natureza das substâncias é denominado análise imediata. Para cada tipo de mistura — heterogênea ou 
homogênea — usamos métodos diferentes. 
 
Decantação 
Processo utilizado para separar dois tipos de misturas heterogêneas. 
 
a) Líquido e sólido 
A fase sólida (barro), por ser mais densa, sedimenta-se, ou seja, deposita-se no fundo do recipiente, 
e a fase líquida pode ser transferida para outro frasco. A decantação é usada, por exemplo, nas estações 
de tratamento de água 
 
b) Líquido e líquido 
Separa líquidos imiscíveis (não se misturam, exemplo: água e óleo) com a utilização de um funil de 
decantação também conhecido como funil de bromo. Após a decantação, abre-se a torneira, deixando 
passar o líquido mais denso. 
 
 
Informações importantes: 
-Uma mistura de vários gases constitui sempre um sistema monofásico 
-Uma mistura de n sólidos constitui um sistema com n fases na maioria das 
vezes. 
 
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Centrifugação 
A centrifugação é uma maneira de acelerar o processo de decantação envolvendo sólidos e líquidos 
realizada num aparelho denominado centrífuga. Na centrífuga, devido ao movimento de rotação, as 
partículas de maior densidade, por inércia, são arremessadas para o fundo do tubo. 
 
Filtração 
É utilizada para separar substâncias presentes em misturas heterogêneas envolvendo sólidos e 
líquidos. 
-Filtração simples: A fase sólida é retida no papel de filtro, e a fase líquida é recolhida em outro frasco. 
 
 
 
-Filtração a vácuo: A água que entra pela trompa d’água arrasta o ar do interior do frasco, diminuindo 
a pressão interna do kitassato (Vidraria com saída com saída lateral), o que torna a filtração mais rápida. 
 
 
Destilação 
É utilizada para separar cada uma das substâncias presentes em misturas homogêneas envolvendo 
sólidos dissolvidos em líquidos e líquidos miscíveis entre si. 
 
-Destilação Simples: Na destilação simples de sólidos dissolvidos em líquidos, a mistura é aquecida, 
e os vapores produzidos no balão de destilação passam pelo condensador, onde são resfriados pela 
passagem de água corrente no tubo externo, se condensam e são recolhidos no erlenmeyer. A parte 
sólida da mistura, por não ser volátil, não evapora e permanece no balão de destilação 
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-Destilação fracionada: Na destilação fracionada, são separados líquidos miscíveis cujas temperaturas 
de ebulição (TE) não sejam muito próximas. Durante o aquecimento da mistura, é separado, inicialmente, 
o líquido de menor TE; depois, o líquido com TE intermediária, e assim sucessivamente, até o líquido de 
maior TE. À aparelhagem da destilação simples é acoplada uma coluna de fracionamento. Conhecendo-
se a TE de cada líquido, pode-se saber, pela temperatura indicada no termômetro, qual deles está sendo 
destilado. 
 
Ventilação 
Esse método é usado, por exemplo, para separar a palha do grão de arroz. É aplicada uma corrente 
de ar, e a palha, que é mais leve, “voa”. 
 
Tamisação 
Feita com uma peneira muito fina chamada tamise, separa sólidos maiores dos menores. Exemplo: 
cascalhos e pequenas pedras preciosas. 
 
Sublimação 
As substâncias participantes desse processo podem ser separadas das impurezas através da 
sublimação (passagem do estado gasoso para o sólido e vice e versa) e posterior cristalização. 
 
Separação Magnética 
É um método que utiliza a força de atração do ímã para separar materiais metálicos ferromagnéticos 
dos demais. Uma mistura de limalha (pó) de ferro com outra substância, pó de enxofre, por exemplo, pode 
ser separada com o emprego de um ímã. Aproximando o ímã da mistura, a limalha de ferro prende-se a 
ele, separando-se do enxofre. 
 
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Liquefação fracionada 
Separa gases com pontos de fusão diferentes. Nesse processo um dos gases se liquefaz primeiro, 
podendo assim ser separado do outro gás. 
 
 
 
Atomística 
Histórico 
A preocupação com a constituição da matéria surgiu em meados do século V a. C., na Grécia, onde 
filósofos criavam várias teorias para tentar explicar o universo. Um deles, Empócledes, acreditava que 
toda a matéria era formada por quatro elementos: água, terra, fogo e ar, que eram representados pelos 
seguintes símbolos: 
 
Anos mais tarde, por volta de 350 a. C., o muito conhecido e famoso Aristóteles retomou a ideia de 
Empócledes e aos quatro elementos foram atribuídas as “qualidades” quente, frio, úmido e seco, 
conforme pode ser observado na figura abaixo: 
 
De acordo com esses filósofos tudo no meio em que vivemos seria formado pela combinação desses 
quatro elementos em diferentes proporções. Entretanto em de 400 a. C., os filósofos Leucipo e Demócrito 
elaboraram uma teoria filosófica (não científica) segundo a qual toda matéria era formada devido a junção 
de pequenas partículas indivisíveis denominadas átomos (que em grego significa indivisível). Para estes 
filósofos, toda a natureza era formada por átomos e vácuo. 
 
 
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Leis Ponderais 
 
No final do século XVIII, Lavoisier e Proust realizaram experiências relacionado as massas dos 
participantes das reações químicas, dando origem às Leis das combinações químicas (Leis ponderais). 
Lei de Lavoisier: 
A primeira delas, a Lei da Conservação de Massas, ou Lei de Lavoisier é uma lei da química que 
muitos conhecem por uma célebre frase dita pelo cientista conhecido como o pai da química moderna, 
Antoine Laurent de Lavoisier: 
“Na natureza, nada se cria,nada se perde, tudo se transforma” 
Em seus vários experimentos, Lavoisier concluiu que: 
“Num sistema fechado, a massa total dos reagentes é igual à massa total dos produtos” 
 
Então, em uma reação química não há alteração na quantidade de átomos, eles apenas se 
recombinam. Logo como não existe destruição nem criação de matéria, a massa dos reagentes sempre 
será igual a massa dos produtos. Ou seja: 
 
 
Lei de Proust 
O químico Joseph Louis Proust observou que em uma reação química a relação entre as massas das 
substâncias participantes é sempre constante. A Lei de Proust ou a Lei das proporções definidas diz que 
dois ou mais elementos ao se combinarem para formar substâncias, conservam entre si proporções 
definidas. 
Em resumo a lei de Proust pode ser resumida da seguinte maneira: 
"Uma determinada substância composta é formada por substâncias mais simples, unidas sempre na 
mesma proporção em massa". 
 
Na tabela abaixo vemos um exemplo prático de como a lei de Proust pode ser entendida: 
 
Experimento Hidrogênio (g) Oxigênio (g) Água (g) 
I 10 80 90 
II 2 16 18 
III 1 8 9 
IV 0,4 3,2 3,6 
 
Portanto se a massa de uma molécula de água é 18g, é o resultado da soma das massas atômicas do 
hidrogênio e do oxigênio. 
H – massa atômica = 1 → 2 x 1 = 2g (2 átomos de H) 
O – massa atômica = 16 → 1 x 16 = 16g (1 átomo de O) 
Então 18g de água tem sempre 16g de oxigênio e 2g de hidrogênio. A molécula água está na proporção 
1:8 (para cada quantidade de H2 usa se oito vezes a quantidade de O2). Se 36g de água forem separados, 
serão produzidos 4g de H2 e 32g de O2, e assim por diante. 
 
Teoria Atômica de Dalton 
 
Em 1808, John Dalton propôs uma teoria para explicar essas leis ponderais, denominada teoria 
atômica, criando o primeiro modelo atômico científico, em que o átomo seria maciço e indivisível. A teoria 
proposta por ele pode ser resumida da seguinte maneira: 
- Tudo que existe na natureza é formado por pequenas partículas microscópicas denominadas átomos; 
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- Estas partículas, os átomos, são indivisíveis (não é possível seccionar um átomo) e indestrutíveis 
(não se consegue destruir mecanicamente um átomo); 
- O número de tipos de átomos (respectivos a cada elemento) diferentes possíveis é pequeno; 
-Átomos de elementos iguais sempre apresentam características iguais, bem como átomos de 
elementos diferentes apresentam características diferentes. Sendo que, ao combiná-los, em proporções 
definidas, compreenderemos toda a matéria existente no universo; 
-Os átomos assemelham-se a esferas maciças que se dispõem através de empilhamento; 
-Durante as reações químicas, os átomos permanecem inalterados. Apenas se combinam em outro 
arranjo. 
Ao mesmo tempo da publicação dos trabalhos de Dalton foi desenvolvido o estudo sobre a natureza 
elétrica da matéria, feita no início do século XIX pelo físico italiano Volta, que criou a primeira pilha elétrica. 
Isso permitiu a Humphry Davy descobrir dois novos elementos químicos: o potássio (K) e o sódio (Na). A 
partir disso, os trabalhos a respeito da eletricidade foram intensificados. 
Em meados de 1874, Stoney admitiu que a eletricidade estava intimamente associada aos átomos em 
que quantidades discretas e, em 1891, deu o nome de elétron para a unidade de carga elétrica negativa. 
 
A descoberta do elétron 
 
Em meados do ano de 1854, Heinrich Geissler desenvolveu um tubo de descarga que era formado por 
um vidro largo, fechado e que possuía eletrodos circulares em suas pontas. Ele notou que quando se 
produzia uma descarga elétrica no interior do tubo de vidro, utilizando um gás que estivesse sob baixa 
pressão, a descarga deixava de ser barulhenta, e no tubo uma cor aparecia que iria depender do gás, de 
sua pressão e da voltagem a ele aplicada. Um exemplo dessa experiência são as lâmpadas de neon que 
normalmente se usa em estabelecimentos como placa. 
Já em 1875, William Crookes se utilizou de gases bastante rarefeitos, ou seja, que estavam em 
pressões muito baixas, e os colocou em ampolas de vidro. Neles aplicou voltagens altíssimas e assim, 
emissões denominadas raios catódicos surgiram. Isso porque esses raios sempre se desviam na direção 
e sentido da placa positiva, quando são submetidos a um campo elétrico externo e uniforme, o que prova 
que os raios catódicos são de natureza negativa. 
Esse desvio ocorre sempre da mesma maneira, seja lá qual for o gás que se encontra no interior da 
ampola. Isso fez os cientistas imaginarem que os raios catódicos seriam formados por minúsculas 
partículas negativas, e que estas existem em toda e qualquer matéria. A tais partículas deu-se o nome de 
elétrons. Assim, pela primeira vez na história, constatava-se a existência de uma partícula subatômica, o 
elétron. 
Modelo atômico de Thomson 
 
No final do século XIX, Thomson, utilizando uma aparelhagem semelhante, demonstrou que esses 
raios poderiam ser considerados como um feixe de partículas carregados negativamente, uma vez que 
que eram atraídos pelo polo positivo de um campo elétrico externo e independiam do gás contido no tubo. 
Thomson concluiu que essas partículas negativas deveriam fazer parte dos átomos componentes da 
matéria, sendo denominados elétrons. Após isto, propôs um novo modelo científico para o átomo. Para 
Thomson, o átomo era uma esfera maciça de carga elétrica positiva “recheada” de elétrons de carga 
negativa. Esse modelo ficou conhecido como “pudim de passas”. Este modelo derruba a ideia de que o 
átomo é indivisível e introduz a natureza elétrica da matéria. 
 
 
 
A descoberta do próton 
 
Em 1886, Goldstein, físico alemão, provocando descargas elétricas num tubo a pressão reduzida (10 
mmHg) e usando um cátodo perfurado, observou a formação de um feixe luminoso (raios canais) no 
sentido oposto aos raios catódicos e determinou que esses raios era constituídos por partículas positivas 
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Os raios canais variam em função do gás contido no tubo. Quando o gás era hidrogênio, obtinham-se 
os raios com partículas de menor massa, as quais foram consideradas as partículas fundamentais, com 
carga positiva, e denominadas próton pelo seu descobridor, Rutherford, em 1904. 
 
A descoberta da radioatividade 
 
Wilhelm Conrad Röntgen foi um físico alemão que, em 8 de novembro de 1895, realizando 
experimentos em que utilizava gases altamente rarefeitos em uma ampola de Crookes, descobriu 
acidentalmente que, a partir da parte externa do tubo, eram emitidos raios que conseguiam sensibilizar 
chapas fotográficas. Ele chamou esses raios de raios X. 
Isso possibilitou que, em 1886, Becquerel descobrisse a radioatividade e a descoberta do primeiro 
elemento capaz de emitir radiações semelhantes ao raio X: o urânio. Logo a seguir o casal Curie descobriu 
dois outros elementos radioativos: o polônio e o rádio. 
Com a finalidade de estudar as radiações emitidas pelos elementos radioativos, foram realizados 
vários tipos de experimentos, dentre os quais o mais conhecido é o representado a seguir, em que as 
radiações são submetidas a um campo eletromagnético externo. 
 
A experiência de Rutherford 
 
Em meados do século de XX, dentre as inúmeras experiências realizadas por Ernest Rutherford e seus 
colaboradores, uma ganhou destaque por mostrar que o modelo proposto por Thomson era incorreto. 
A experiência consistiu em bombardear uma fina folha de ouro com partículas positivas e pesadas, 
chamada de α (alfa), emitidas por um elemento radioativo chamado polônio. 
 
 
Rutherford observou que: 
- Grande parte das partículas α passaram pela folha de ouro sem sofrer desvios; 
- Algumas partículas α desviaram (B) com determinados ângulos de desvios; 
-Poucas partículas não atravessaram a folha de ouro e voltaram (C). 
 
O Modelo de Rutherford 
A experiência da “folha de ouro” realizada pelo neozelandês Ernest Rutherford foi o marco decisivo 
para o surgimento de um novo modelo atômico, mais satisfatório, que explicava de forma mais clara uma 
série de eventos observados: 
O átomo deve ser constituído por duas regiões: 
I - Um núcleo, pequeno, positivo e possuidor de praticamente toda a massa do átomo; 
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II - Uma região positiva, praticamente sem massa, que envolveria o núcleo. A essa região se deu o 
nome de eletrosfera. 
 
 
Para que fique mais claro, vamos agora relacionar o modelo de Rutherford com as conclusões 
encontrados em sua experiência. 
Observações Conclusões 
Grande parte das partículas alfa 
atravessaram a lâmina sem desviar o curso. 
Boa parte do átomo é vazio. No espaço vazio 
(eletrosfera) provavelmente estão localizados os 
elétrons. 
Poucas partículas alfa (1 em 20000) não 
atravessam a lâmina e voltavam. 
Deve existir no átomo uma pequena região onde 
está concentrada sua massa (o núcleo). 
Algumas partículas alfa sofriam desvios 
de trajetória ao atravessar a lâmina. 
O núcleo do átomo deve ser positivo, o que provoca 
uma repulsão nas partículas alfa (positivas). 
 
Em resumo: o modelo de Rutherford representa o átomo consistindo em um pequeno núcleo rodeado 
por um grande volume no qual os elétrons estão distribuídos. O núcleo carrega toda a carga positiva e a 
maior parte da massa do átomo. Rutherford comparou seu modelo atômico com o sistema planetário, 
onde os planetas (elétrons), giram em torno do Sol (núcleo). 
O Átomo Moderno 
Quando Rutherford realizou seu experimento com um feixe de partículas alfa, e propôs um novo 
modelo para o átomo, houve algumas controvérsias. Entre elas era que o átomo teria um núcleo composto 
de partículas positivas denominadas prótons. No entanto, Rutherford concluiu que, embora os prótons 
contivessem toda a carga do núcleo, eles sozinhos não podem compor sua massa. 
O problema da massa extra foi resolvido quando, em 1932, o físico inglês J. Chadwick descobriu uma 
partícula que tinha aproximadamente a mesma massa de um próton, mas não era carregada 
eletricamente. Por ser a partícula eletricamente neutra, Chadwick a denominou de nêutron. 
 
 
 
Hoje, acreditamos que, com uma exceção, o núcleo de muitos átomos contém ambas as partículas: 
prótons e nêutrons, chamados núcleons. (A exceção é o núcleo de muitos isótopos comuns de hidrogênio 
que contém um próton e nenhum nêutron.) Como mencionamos, é geralmente conveniente designar 
cargas em partículas em termos de carga em um elétron. De acordo com esta convenção, um próton tem 
uma carga de +1, um elétron de -1, e um nêutron de 0. 
 
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Em resumo, podemos então descrever um átomo como um núcleo central, que é pequeníssimo, mas 
que contém a maior parte da massa, e é circundado por uma enorme região extra nuclear contendo 
elétrons (carga -). O núcleo contém prótons (carga +) e nêutrons (carga 0). O átomo como um todo não 
tem carga devido ao número de prótons ser igual ao número de elétrons. A soma das massas dos elétrons 
em um átomo é considerada desprezível em comparação com a massa dos prótons e nêutrons. 
 
O Modelo de Bohr 
 
Apesar de o modelo proposto por Rutherford esclarecer muitas questões sobre a dispersão das 
partículas alfa (prótons), ele tinha certas falhas na explicação de alguns outros fenômenos, como por 
exemplo os espectros atômicos. Niels Bohr propôs então outro modelo mais completo, que melhor 
representava e explicava o átomo e sua natureza. 
 Inicialmente para explicar seu modelo, Bohr agrupou uma certa quantidade de postulados e hipóteses 
(afirmações aceitas como verdadeira, sem demonstrações), onde podem ser resumidas em cinco: 
- Os elétrons circulam o núcleo do átomo fazendo em círculos em “camadas” ou “níveis”; 
- Cada nível tem um valor específico de energia; 
- Um elétron não pode permanecer entre dois níveis, ou ele está em um ou em outro; 
- Um elétron pode passar de um nível menos energético para um mais energético desde que absorva 
emergia externa; 
- Quando o elétron retorna para seu nível de energia inicial ele libera a energia absorvida. 
 
 
Bohr dividiu a eletrosfera em 7 níveis (K,L,M,N,O,P e Q), onde K é a mais próxima do núcleo e Q a 
mais afastada. Umas das novidades mais relevantes que é oferecida pelo átomo de Bohr é quantização 
da energia dos elétrons, ou seja, valores de energia determinados. Esse último modelo atômico é o 
utilizado hoje em dia, por conta das contribuições mais relevantes seu nome é modelo de Rutherford-
Bohr. 
 
Número atômico e número de massa 
Um átomo individual (ou seu núcleo) é geralmente identificado especificando dois números: o número 
atômico Z e o número de massa A. 
 
O número atômico (Z) é o número de prótons no núcleo. Como um átomo é um sistema eletricamente 
neutro, se conhecermos o seu número atômico, teremos então duas informações: o número de prótons e 
o número de elétrons. 
 
 
 
O número de massa (A) é o número total de núcleons (prótons mais nêutrons) no núcleo. 
 
 
 
Pode-se ver destas definições que o número de nêutrons no núcleo é igual a A - Z. 
Um átomo específico é identificado pelo símbolo do elemento com número atômico Z como um índice 
inferior e o número de massa como um índice superior. Assim, 
Número de prótons = número de 
elétrons 
Número de massa = número de prótons + número de 
nêutrons 
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Indica um átomo do elemento X com o número atômico Z e número de massa A. Por exemplo: 
 
Refere-se a um átomo de oxigênio comum número atômico 8 e um número de massa 16. 
Todos os átomos de um dado elemento têm o mesmo número atômico, porque todos têm o mesmo 
número de prótons no núcleo. Por esta razão, o índice inferior representando o número atômico é algumas 
vezes omitido na identificação de um átomo individual. Por exemplo, em vez de escrever 16O8, é suficiente 
escrever 16O, para representar um átomo de oxigênio 16. 
 
Íons 
Os átomos podem perder ou ganhar elétrons, originando novos sistemas, carregados eletricamente: 
os íons. 
Nos íons, o número de prótons é diferente do número de elétrons. 
 
 
 
Os átomos, ao ganharem elétrons, originam íons negativos, ou ânions, e, ao perderem elétrons, 
originam íons positivos, os cátions. 
 
Cátions (íons positivos) 
Em um cátion, o número de prótons é SEMPRE maior do que o número de elétrons. Veja abaixo um 
exemplo de cátion: 
 
K (Z=19) 
Número de prótons: 19  carga = +19 
Número de elétrons: 19  carga = -19 
Carga elétrica total: +19 – 19 = 0 
 
K+ (Z=19) 
Número de prótons: 19 carga: +19 
Número de elétrons: 18  carga: -18 
Carga elétrica total: +19 -18= +1 
 
Ânions (íons negativos) 
Em um ânion, o número de prótons é menor do que o número de elétrons. Vamos agora relacionar o 
átomo de enxofre (S) com seu ânion bivalente (S2-). 
 
S (Z=16) 
Número de prótons: 16  carga = +16 
Número de elétrons: 16  carga = -16 
Carga elétrica total: +16 -16 =0 
S2- (Z=16) 
Número de prótons: 16  carga = +16 
Número de elétrons: 18  carga = -18 
Carga elétrica total: +16 -18 = -2 
 
O Elemento Químico 
 
Um elemento químico é definido como sendo o conjunto formado por átomos de mesmo número 
atômico (Z). 
A cada elemento químico atribui-se um nome; a cada nome corresponde um símbolo e, 
consequentemente, a cada símbolo corresponde um número atômico. 
ÍONS: Número de prótons ≠ Número de 
elétrons 
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