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Caderno: Direito Constitucional 1 Criada em: 04/05/2018 4:19 PM Atualizada em: 07/05/2018 2:6 PM URL: https://www.portalconcursopublico.com.br/2017/04/igualdade-material-x-igualdade-formal.html Atividade de constitucional P/prova 1°) Qual diferença entre regras materialmente e formalmente constitucionais? As normas materiais são aquelas que possuem status constitucional em razão do seu conteúdo, ou seja, versam sobre a estrutura organizacional do Estado e questões fundamentais à sociedade. As normas em sentido formal, por outro lado, só possuem o caráter de constitucional em razão da forma como fora implantada no sistema jurídico. Assim, independe o conteúdo da norma, mas sim a formalidade de seu processo de elaboração. 2°) Explique a concepção jurídica de constituição: A Constituição é o puro dever-ser, norma pura, não devendo buscar seu fundamento na filosofia, na sociologia ou na política, mas na própria ciência jurídica. Logo, é puro"dever-ser". Constituição deve poder ser entendida no sentido: a) lógico-jurídico: norma fundamental hipotética: fundamental porque é ela que nos dá o fundamento da Constituição; hipotética porque essa norma não é posta pelo Estado é apenas pressuposta. Não está a sua base no direito positivo ou posto, já que ela própria está no topo do ordenamento; e b) jurídico-positivo: é aquela feita pelo poder constituinte, constituição escrita, é a norma que fundamenta todo o ordenamento jurídico. 3°) Qual a diferença entre constituição histórica e dogmática? Dogmática: é aquela que é fruto de um trabalho legislativo específico. Tem esse nome por refletir os dogmas de um momento da história (Curiosidade - Todas as constituições brasileiras foram dogmáticas). Histórica: ela é fruto de uma lenta evolução histórica, tal como ocorre na Inglaterra. 4°) Quais constituições brasileiras são promulgadas e quais são outorgadas? Promulgadas: 1988 – 1946 – 1934 e 1891 Outorgadas: 1969 – 1967 – 1937 e 1824 5°) Qual a diferença entre constituição garantia e dirigente? Denomina-se constituição garantia aquela que visa assegurar as liberdades individuais e coletivas, limitando o poder do Estado. É um tipo clássico de constituição, pois protege aqueles direitos surgidos na primeira geração ou dimensão de direitos fundamentais. A constituição dirigente é a que estabelece um plano de direção objetivando uma evolução política. Traça diretrizes para a utilização do poder e progresso social, econômico e política a serem seguidas pelos órgãos estatais. Possui normas programáticas que, via de regra, quando não cumpridas ensejam a inconstitucionalidade por omissão. 6°) Qual a diferença entre normas constitucionais de eficácia contida e eficácia limitada? A diferença principal entre as normas constitucionais de eficácia contida e as de eficácia limitada é que a primeira produz efeitos desde logo (direta e imediatamente), podendo, entretanto, ser restringidas. A segunda (eficácia limitada), só pode produzir efeitos a partir da interferência do legislador ordinário, ou seja, necessitam ser “regulamentadas”. 7°) Elenque as limitações ao poder constituinte derivado: Limite Formal: Impede que sejam aprovadas emendas constitucionais que desrespeitem os principais princípios da Constituição atual, bem como aquelas que não respeitam os procedimentos formais de aprovação, tais como o poder de iniciativa relativo aos projetos de reforma e o número mínimo de parlamentares que são necessários para a aprovação dessas emendas. Limite Circunstancial: Impede que as emendas constitucionais sejam aprovadas em períodos de grave instabilidade, que ocorrem, por exemplo, quando se decreta estado de sítio. Dessa forma, esse limite tenta preservar a Constituição de mudanças autoritárias, respeitando o processo democrático de reforma e a soberania política do povo brasileiro. Limite Temporal: Proíbe que projetos derrotados sejam postos em votação novamente em pouco tempo, além de estabelecer um prazo para a revisão constitucional, garantindo, portanto, que haja uma maior eficiência legislativa e um controle rígido ao poder constituinte derivado e à sua capacidade de reforma constitucional. Limite Material: O limite material, por sua vez, está relacionado com as cláusulas pétreas, que, de certa forma, impedem que sejam alterados princípios essenciais da Constituição de 1988, tais como o Estado democrático de direito, o voto secreto e universal e o federalismo. Portanto, ocorre um “entrincheiramento” desses princípios, que são retirados do alcance do poder constituinte de reforma, preservando, assim, a essência material da Constituição. 8°) Quais são os requisitos para que ocorra a extradição? A extradição propriamente dita depende de alguns pressupostos, entre eles, o primeiro diz respeito à pessoa, mais especificamente sobre a nacionalidade. O Brasil, assim como a maioria dos outros países, não extradita nacionais, com exceção a naturalizados acusados por crimes anteriores a sua naturalização, conforme preceitua o artigo 5, inciso LI, da Constituição Federal. Contudo, a legislação brasileira não determina a impunidade, se habilitando, nos termos do art.7º do Código Penal, a julgar crimes praticados por brasileiro no exterior. O segundo pressuposto analisa o fato a que a pessoa está sendo imputada. Este precisa possuir alguns requisitos como: a) ser considerado crime no Brasil e no Estado requerente (dupla incriminação) e a pessoa ser punível nos dois países; b) não ser acusado de crime político ou de opinião, devendo o ser exclusivamente de crime comum, cabendo ao tribunal subsumir se o fato se enquadra em crime comum; c) o fato deve ser considerado grave e punível com pena privativa de liberdade com duração maior que um ano pelo ordenamento interno brasileiro; d) o pedido deve estar sujeito à jurisdição penal do Estado requerente; e) deve ser verificada se a ação penal não está prescrita, tanto pela lei Brasileira quanto do Estado requerente. O último pressuposto para a extradição relaciona-se com o processo penal, e requer que a sentença final seja a privação de liberdade. Ou seja, não que ele seja condenado sempre, mas se o for, seja com pena privativa de liberdade, e não executória, e que a pessoa será sujeita a um Tribunal comum, vedando a possibilidade de participar de um Tribunal ou juízo de exceção. 9°) O que são direitos de segunda dimensão e onde se localizam? Direitos fundamentais de segunda dimensão são os direitos sociais, econômicos e culturais. São direitos de titularidade coletiva e com caráter positivo, pois exigem atuações do Estado. Obs: Não encontrei onde se localizam:/ 10°) Escolha e explique duas características dos direitos individuais: Características dos Direitos Individuais: São imprescritíveis, isto é, não se perdem com o tempo mesmo que não utilizados; Possuem inalienabilidade, ou seja, por serem pessoais não podem ser nem vendidos, nem doados, nem emprestados (com exceção do direito à propriedade que pode ser perdida ou vendida); São indisponíveis, importam não apenas ao titular dos direitos, mas sim a toda a coletividade (exceto a intimidade e a privacidade); e Possuem caráter de indivisibilidade (por serem um conjunto não podem ser analisados de maneira separada, o desrespeito a um deles é, na verdade, o desrespeito a todos). 11°) Qual a diferença entre igualdade formal e material? A igualdade formal é aquela que não estabelece distinção alguma entre as pessoas. Em iguais condições, todos devem ser tratados igualmente. Por exemplo: homens e mulheres tem o mesmo direito à vida. Outro exemplo: se um homem e uma mulher recebem a mesma remuneração, devem pagar imposto de renda com base em alíquotas idênticas. Por outro lado, temos a igualdade material, também chamada de igualdade substancial ou aristotélica. Aproximadamente no ano 300 antes de Cristo, o grande filósofo Aristóteles proferiu a seguinte frase: "Devemos tratar os iguais igualmente e os desiguais desigualmente, na medida de suas desigualdades"Em suma, na Igualdade Material deve ser dado tratamento diferenciado a determinado grupo de pessoas. Mas essa diferenciação deve ser razoável. 12°) O que acontecerá com uma lei de 1975 se entrar em conflito com o preâmbulo da constituição de 1988? Nada, pois o preâmbulo é apenas uma forma de prefácio, já que explica a essência dos pontos centrais do Texto principal. Não possuindo, portanto, força vinculante de Lei. 13°) Decreto pode criar direitos e obrigações? Explique: Não, a lei obriga a fazer ou deixar de fazer, e o decreto, não. É o princípio genérico da legalidade, previsto expressamente no artigo 5.º, inciso II, da Constituição Federal, segundo o qual “ninguém será obrigado a fazer ou deixar alguma coisa senão em virtude de lei”. Somente a lei pode inovar o Direito, ou seja, criar, extinguir ou modificar direitos e obrigações. Dentre as funções do decreto, a principal é a de regulamentar a lei, ou seja, descer às minúcias necessárias de pontos específicos, criando os meios necessários para fiel execução da lei, sem, contudo, contrariar qualquer das disposições dela ou inovar o Direito.
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