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A PROVA E SUA PRESERVAÇÃO NO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO

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A PROVA E SUA PRESERVAÇÃO NO ESTADO DEMOCRÁTICO 
DE DIREITO 
 
 
Por Wagner Coelho 
 
 
 
 
 
 
A importância da prova e sua preservação no estado democrático de 
direito à luz do ordenamento jurídico brasileiro. 
 
 
 
O Brasil como todo Estado Democrático de Direito traz em sua 
Constituição Federal o princípio Dignidade da Pessoa Humana. Portanto, 
todo ordenamento jurídico pátrio deve ser construído no sentido de 
preservar esse princípio. 
 
Condenar alguém sem o devido processo legal, sem o direito ao 
contraditório e da ampla defesa e com o uso de provas obtidas por meios 
ilícitos, violam e muito os direitos e garantias previstos em nossa 
Constituição Federal de 88. Por respeitar a cidadania e a dignidade da 
pessoa humana, o estado brasileiro possui uma legislação que protege as 
provas e o local do cometimento de um crime. Mesmo embora saibamos 
que na maioria dos casos a prática é totalmente diferente da teoria. 
 
Tal preocupação em elucidar o crime antes de condenar alguém fez 
com que a conduta de "alterar, sem licença da autoridade competente, o 
aspecto de local especialmente protegido por lei", fosse tipificado como 
crime no Código Penal Brasileiro em seu artigo 166. 
 
Outro fato importante do nosso ordenamento jurídico foi a 
elaboração de um Código de Processo Penal que vinculasse a conduta da 
autoridade policial, agentes e policiais no sentido de agirem com total 
responsabilidade e celeridade na preservação do local do crime e de todos 
vestígios. Essa vinculação se deu de forma expressa, especialmente, nos 
respectivos artigos do CÓDIGO DE PROCESSO PENAL e do CÓDIGO DE 
PROCESSO PENAL MILITAR: 
 
CÓDIGO DE PROCESSO PENAL 
 
Art. 6o Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a 
autoridade policial deverá: 
 
I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e 
conservação das coisas, até a chegada dos peritos criminais; 
 
II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados 
pelos peritos criminais; III - colher todas as provas que servirem para o 
esclarecimento do fato e suas circunstâncias; 
 
IV - ouvir o ofendido; 
 
V - ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto 
no Capítulo III do Título Vll, deste Livro, devendo o respectivo termo ser 
assinado por duas testemunhas que Ihe tenham ouvido a leitura; 
 
VI - proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações; 
 
VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e 
a quaisquer outras perícias; 
 
VIII - ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se 
possível, e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes; 
 
IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista 
individual, familiar e social, sua condição econômica, sua atitude e 
estado de ânimo antes e depois do crime e durante ele, e quaisquer outros 
elementos que contribuírem para a apreciação do seu temperamento e 
caráter. 
 
X - colher informações sobre a existência de filhos, respectivas idades e 
se possuem alguma deficiência e o nome e o contato de eventual 
responsável pelos cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa. 
 
Art. 169. Para o efeito de exame do local onde houver sido praticada a 
infração, a autoridade providenciará imediatamente para que não se 
altere o estado das coisas até a chegada dos peritos, que poderão instruir 
seus laudos com fotografias, desenhos ou esquemas elucidativos. 
 
Parágrafo único. Os peritos registrarão, no laudo, as alterações do estado 
das coisas e discutirão, no relatório, as conseqüências dessas alterações 
na dinâmica dos fatos. 
 
 
CÓDIGO DE PROCESSO PENAL MILITAR. 
 
Medidas preliminares ao inquérito 
 
Art. 12. Logo que tiver conhecimento da prática de infração penal militar, 
verificável na ocasião, a autoridade a que se refere o § 2º do art. 10 deverá, 
se possível: 
 
a) dirigir-se ao local, providenciando para que se não alterem o estado e 
a situação das coisas, enquanto necessário; 
 
b) apreender os instrumentos e todos os objetos que tenham relação com 
o fato; 
 
c) efetuar a prisão do infrator, observado o disposto no art. 244; 
 
d) colhêr tôdas as provas que sirvam para o esclarecimento do fato e suas 
circunstâncias. 
 
Conservação do local do crime 
 
Art. 339. Para o efeito de exame do local onde houver sido praticado o 
crime, a autoridade providenciará imediatamente para que não se altere 
o estado das coisas, até a chegada dos peritos. 
Wagner Coelho 
Aluno do Curso Bacharel em Direito pela Universidade do Estado da Bahia

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