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ANÁLISE DO PERFIL ESTRATÉGICO DOS ACADÊMICOS DOS CURSOS SUPERIORES

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ANÁLISE DO PERFIL ESTRATÉGICO DOS ACADÊMICOS DOS CURSOS SUPERIORES DA UNIVEL.
Gabriel Tafarel[1: Acadêmico do curso de Administração do Centro Universitário de Cascavel – Univel.]
Osvaldo Mesquita Junior[2: Mestre em Administração e Professor do curso de Administração do Centro Universitário de Cascavel – Univel.]
RESUMO
Buscando se cada vez mais a obtenção de uma vantagem competitiva que permita prosperar em uma área, procura se cada vez mais o termo estratégia, porém, dentre tantas teorias, há muita dúvida sobre qual se deve utilizar. Por muito tempo as vantagens corporativas de Porter dominaram o cenário dos estudos em estratégias, porém, Miles e Snow propuseram uma teoria contraria as estratégias competitivas, que buscam analisar processos e pessoas que compõe um negócio, esta teoria propõe quatro estratégias distintas, a estratégia defensiva que busca foco em uma área limitada, a prospectora que busca inovação constante, a analítica que seria uma posição intermediaria entre a defensiva e a prospectora e a estratégia reativa em que apenas se reage ao ambiente a sua volta. Quanto ao estudo, este consiste em uma pesquisa descritiva, sendo coletadas as informações via questionário por survey, estes foram aplicados em alunos de graduação em um centro universitário localizado em Cascavel – PR. Quanto ao objetivo geral, que se refere em identificar qual é a relação entre a escolha de um curso de graduação e os perfis estratégicos propostos por Miles e Snow, identificou se que não há correlação entre estas duas variáveis, para isso utilizou se o teste de qui quadrado que avalia as correlações entre duas variáveis nominais, já quanto aos objetivos específicos, verificou se que o perfil dominante na amostra foi o da estratégia prospectora constituindo 58,6% da amostra, seguido pela estratégia analítica que constituiu 24,8% da amostra, logo após vem a estratégia defensiva constituindo 11,4% da amostra e por último a estratégia reativa com 5,2%
Palavras-chave: Comportamento Estratégico. Miles e Snow. Qui-Quadrado. 
INTRODUÇÃO
	Quando se fala em estratégia, primeiramente se pensa na parte militar, o que é normal, pois, para Berton (2004), primeiramente a estratégia veio da área militar, e muito dos conceitos que estão presente nas estratégias empresariais, são desta origem.
	Muito também do que se é falado em estratégia começou a explodir na década de 60, ainda, com várias teorias que pregam desde que estratégia é um planejamento previamente pensado, outras como as estratégias emergentes e deliberadas propostas por Mintzberg (1978) dizem que uma estratégia é apenas uma reação ao ambiente inserido se moldando a todo tempo.
	Muitas classificações foram propostas ao longo dos anos, porém, por um período a mais popular delas foi a de Porter (1980), que foi seguido por muitos outros com sua linha de pensamento, o que gerou tentativas de classificar estas escolas de pensamento em categorias especificas.
	A crítica principal realizada a tais teorias é a de que elas ou não se aplicam a pequenos negócios ou não se adequam mais no ambiente dinâmico que estão inseridas as organizações atualmente, desta maneira, a taxonomia de Miles e Snow (1978), parece ser a que mais se adequa aos tempos atuais, podendo inclusive ser usada não só para medir as organizações, mas, como os indivíduos que as compõe, trazendo assim uma visão mais completa das variáveis do ambiente.
	O objetivo geral deste trabalho foi investigar a existência de relação entre o perfil estratégico segundo o modelo de Miles e Snow e a escolha acadêmica de alunos dos cursos de uma faculdade na Cidade de Cascavel, Estado do Paraná. Para tanto, este artigo se propõe a levantar o perfil socioeconômico dos acadêmicos de uma instituição de ensino superior na Cidade de Cascavel, Estado do Paraná, avaliando o perfil estratégico utilizando a metodologia proposta por Miles e Snow e analisando se há existência de relação entre o perfil estratégico segundo o modelo de Miles e Snow e a escolha por um curso superior.
	O tema dessa pesquisa é Comportamento estratégico, e a pergunta problema que se pretende responder é: Qual a relação existente entre o perfil estratégico dos acadêmicos, segundo o modelo de Miles e Snow, e a escolha de curso superior em uma instituição de ensino na Cidade de Cascavel, Estado do Paraná?
	Assim, essa pesquisa foi desenvolvida com os acadêmicos dos cursos superiores da área de negócios de Cascavel - PR.
	O presente estudo pode ser utilizado para vários fins, pois, entender como os acadêmicos pensam e agem estrategicamente é fundamental para o futuro tanto das organizações que os vão contrata los, como das universidades que os formam, já que essas podem adaptar suas metodologias de acordo com a necessidade de cada curso, assim personalizando o ensino e favorecendo a todos.
	 As tipologias estratégicas também, são pouco utilizadas para se verificar o perfil de acadêmicos, pois, em sua imensa maioria, estas analisam apenas organizações e ou seus gestores, assim focando apenas nos cursos de negócios.
	
REFERENCIAL TEÓRICO
	Para Camargos e Dias (2003), uma das primeiras vezes que o termo estratégia foi usado, teria sido há aproximadamente 3000 anos pelo general chinês Sun Tzu, que disse “todos os homens podem ver as táticas pelas quais eu conquisto, mas o que ninguém consegue ver é a estratégia a partir da qual grandes vitórias são obtidas”.
Para Quinn (1980), a palavra estratégia tem sua origem no grego antigo, significando a qualidade e habilidade do general, mostrando que nos dias de hoje essa palavra que é bastante difundida na área empresarial, tem suas origens na área militar.
Ainda Antônio (2002), complementa especificando que estratégia parte do termo em grego “strategos” – arte do general, diz também que conforme as sociedades crescem aumentam se os conflitos, estes se tornando cada vez mais complexos, obrigando aos generais a estudarem e aplicarem as melhores de táticas para se sobressaírem.
	Quinn (1980), ainda destaca também diversos autores que se utilizaram de histórias de aprendizagem para ensinamentos futuros como Sun Tzu, Maquiavel e Von Clasuwitz, tais autores influenciaram os estudos iniciais da estratégia e competição.
	Evered (1983) mostra que desde a época de Péricles (450 a.C), a palavra estratégia adquiriu o significado de habilidade administrativa e de gestão, porém, ainda não se referia aos negócios. Quinn (2001) complementa dizendo que no tempo de Alexandre Magno (330 a.C), estratégia passou a ser empregado como as habilidades que se necessitam para se vencer um adversário, assim, unificando uma liderança em prol de um governo.
	Grave e Mendes (2001), colocam que a estratégia seria como um meio de se vencer o outro com as habilidades de condução de seu general a vitória, com isso, se utilizando de ferramentas que criem uma vantagem competitiva contra o inimigo.
	Terra (2005) complementa dizendo que estratégia é uma espécie de produto de um ato criador, inovador e lógico que se aplica a um conjunto de ações coerentes, para a decisão sobre a distribuição de recursos e táticas, com o objetivo de criar uma vantagem competitiva.
	
Estratégias na área de negócios
	Barcellos (2001) mostra que as estratégias inicialmente praticadas e pensadas apenas na esfera militar, começaram a ser aplicada a área de negócios somente no final da década de 1950, com uma forte tendência no pensamento que uma estratégia estaria aliada somente ao planejamento.
	De acordo com Kay (1993) nos últimos 50 anos, os acadêmicos do mundo todo têm teorizado sobre estratégia e quais seriam as fontes de sucesso de uma organização, já Barney (1997), complementa dizendo que até a década de 1950, o ensino das escolas estratégicas era feito por executivos aposentados, apenas se discutindo suas próprias experiências.
	Faulkner e Campebell (2003), dizem ainda que na década de 1960 a gestão estratégica (strategic management), era chamada de política de negócios (business policy) e era conduzida por ex-executivosprofessores.
	Para Ghemawat (2002), na década de 1960 se é introduzido um novo termo no meio acadêmico, a “estratégia”, que segundo Rumelt, Teece e Schendel (1991), era visto como somente uma coordenação ou integração de funções, ou seja, a estratégia envolveria diversas decisões relacionadas que se reforçam na alocação de recursos e nas ações de implementação.
	Já Serra (2008), mostra que desde a década de 1960 um dos grandes objetivos da estratégia organizacional, tem sido a explicação da origem da vantagem competitiva nas organizações.
Whittington (2004) destaca quatro obras que iniciaram os estudos teóricos sobre planejamento estratégico e nas estratégias empresariais: 
	
• Leadership In Administration, publicado em 1957 por Selznick;
• Strategy and Structure, publicado em 1962 por Chandler;
• Corporate Strategy, publicado em 1965 por Ansoff;
• Top Management Planning, publicado em 1969 por Steiner.
	Assim para o próprio Whittington (2004) nos anos 60 acenderam se duas ideologias opostas. A primeira baseada nos modelos propostos por Ansoff, Ackoff e Steiner, que seguia a direção da utilização de estratégias com base em ferramentas de planejamento, buscando a validação pelo uso e a segunda, com base nos estudos de Chandler, que propunha o foco no desempenho e progresso das organizações, buscando a validação pela lógica na teoria econômica.
	Rumelt, Teece e Schendel (1994), destacam também os trabalhos de Learned, Christensen, Andrews e Guth (1965), como trabalhos que foram fundamentais para se lançar os conceitos básicos no desenvolvimento de os demais conceitos de estratégias empresariais.
	Para Rumelt et al. (1994), todos estes estudos foram baseados em caso com generalização a partir da indução e Ramos Rodriguez e Ruiz Navarro (2004), complementam dizendo que o estudo de Chandler (1962), se concatenando com o de Ansoff (1965) mais o de Andrews (1971), são a base para o estudo da estratégia atualmente.
	Já para Hoskinsson et. Al (1999), o estudo de Thompson (1967), deve ser também considerado, pois, este introduziu o conceito de estratégias cooperativas e competitivas, além de formação de coalizões.
Johnson et al. (2007), diz que até a década de 70, não existia o ensino especifico denominado estratégia nas escolas de administração. Somente na década de 70 começou se os ensinos com essa nomenclatura nas escolas de negócios americanas, isto fez que várias teorias estratégicas surgissem ao longo das décadas seguintes.
	Foi na década de 70 que se houve uma explosão de teorias estratégicas, podendo se destacar algumas como a “taxonomia de estratégias genéricas” de Miles e Snow (1978), “As cinco forças competitivas que moldam a estratégia” de Porter (1980), além dos estudos de Henry Mintzberg (1973).
	Há diversas tentativas de classificar estas escolas de pensamento estratégico, podendo se destacar duas: as dez escolas propostas por Mintzberg, Ahlstrand e Lampel (2000) e as 4 abordagens genéricas no processo de formação da estratégia por Whittington (1993).
	Conforme proposto por Mintzberg, Ahlstrand e Lampel (2000) o modelo das 10 escolas pode ser dividido ainda em 3 categorias elencadas por Gimenez e Ferreira (2005), como: prescritiva, na qual preocupa se em como a estratégia vai ser elaborada do que descrever como o processo vai ser executado; a descritiva, na qual preocupasse com a estratégia de fato será executado e a terceira a escola de configuração, na qual defende que uma organização pode assumir qualquer uma das categorias anteriores conforme o ciclo que se encontrar.
Quadro 1: 10 escolas propostas por Mintzberg, Ahlstrand e Lambel
	ESCOLA
	DESCRIÇÃO
	PRÉ DEFINIÇÕES
	DESIGN
	Formação de estratégia é um processo conceitual
	1. Um processo de pensamento consciente e controlado
2. O executivo principal é “O Estrategista” (responsável pelo controle e consciência)
3. Modelo de formação de estratégia simples e informal
4. Estratégias são o resultado de “design” criativo
5. Estratégias abrangentes, explicitas e articuladas
6. Implementação segue a formulação
	PLANEJAMENTO
	Formação de estratégia é um processo formal
	1. Processo controlado, consciente e formal decomposto em etapas
2. Baseado em “check-lists” e técnicas
3. O executivo principal tem a responsabilidade pelo processo global em princípio; assessores de planejamento são responsáveis pela execução na prática
4. Estratégias abrangentes explicadas e então implementadas através de atenção detalhada para com objetivos, orçamentos, programas e planos operacionais
	POSICIONAMENTO
	A formação de estratégia é um processo analítico
	1. Estratégias são genéricas, mais especificamente posições tangíveis e comuns no mercado
2. O mercado é econômico e competitivo
3. Processo analítico baseado em cálculos
4. Estratégias podem levar a outros tipos de estratégias (funcionais) e podem definir grupos estratégicos em indústrias
5. Analistas têm um papel central no processo, mas os administradores controlam oficialmente as escolhas
6. Estratégias abrangentes a ser articuladas e implementadas
	EMPREENDEDORA
	A formação de estratégia é um processo visionário
	1. Estratégia é uma perspectiva na mente do líder (um sentido de direção a longo prazo, uma visão do futuro da organização)
2. Processo semiconsciente baseado na experiência e intuição do líder
3. Controle rígido da formulação e implementação pelo líder
4. Visão estratégica maleável e estrutura responsiva e simples
5. Estratégia toma a forma de estabelecimento de nicho, protegido das forças da concorrência
	CULTURAL
	Processo baseado em prescrições normativas sobre como implementar estratégias
formuladas
	1. Processo de comportamento coletivo baseado em crenças comuns
2. Estratégia toma a forma de perspectiva, enraizada em intenções e refletida em padrões
3. Coordenação e controle são normativos e baseados em crenças comuns
4. Organizações tendem a ser proativas em relação ao ambiente
5. Perspectiva estratégica permanente enfatizada pela cultura e ideologia
	COGNITIVA
	A formação de estratégia é um processo mental
	1. Processo cognitivo que ocorre na mente do estrategista
2. Estratégias são perspectivas ou conceitos
3. Processo de formação de estratégia é enviesado pelas capacidades cognitivas restritas
4. Estratégias são difíceis de alcançar, não-ótimas quando alcançadas, e difíceis de mudar
5. Estrategistas variam amplamente em seus estilos de formação de estratégia
	AMBIENTAL
	A formação de estratégia é um
processo passivo
	1. Ambiente dita a estratégia
2. Não há nenhum processo ou estrategista interno
3. Estratégias são posições ou nichos
	DE APRENDIZAGEM
	A formação de estratégia é um processo emergente
	1. Controle deliberado não é possível, e a formação de estratégia é um processo de aprendizagem ao longo do tempo
2. Formulação e implementação são inseparáveis
3. Um sistema coletivo de aprendizagem
4. As ações são entendidas em retrospecto
5. O papel do líder é administrar o processo de aprendizagem estratégica
6. Estratégias aparecem primeiro como padrões percebidos em ações passadas
	POLÍTICA
	A formação de estratégia é um processo de poder
	1. O processo é fundamentalmente político
2. Estratégias tomam a forma de tramas e não de perspectivas
3. Não há nenhum ator dominante interno, mas sim grupos
4. Externamente, a organização promove estratégias deliberadamente agressivas
5. Conflitos interno acontecem em tempos de grandes mudanças
6. Internamente, a estratégia é um reflexo da distribuição de poder entre indivíduos e grupos de influência
	DE CONFIGURAÇÃO
	A formação de estratégia é um processo episódico
	1. Comportamentos de organizações são melhor descritos como configurações de dimensões relacionadas a estado e tempo
2. O processo pode ser qualquer um dos anteriores, de acordo com tempo e contexto
3. Há ciclos de vida na formação de estratégia
Fonte: Gimenez (2000)
	Já Whittington (1993), nos traz uma complementação ao que foi proposto por Mintzberg, Ahlstrand e Lampel(2000), dividindo em quatro abordagens genéricas no processo de formação de estratégia: clássica; evolucionária; processualista; e sistêmica.
	
Quadro 2: Classificação proposta por Whittington.
	ABORDAGEM
	DESCRIÇÃO
	PRINCIPAIS AUTORES
	CLÁSSICA
	Apresenta racionalmente um processo de formulação estratégica deliberada, ou seja, busca maximizar o ganho a longo prazo.
	Ansoff (1979)
Porter (1980)
	EVOLUCIONÁRIA
	Descartam o planejamento racionalizado, dizem que as mudanças ambientais são impossíveis de haver previsão e a principal força é o mercado, onde só os mais adaptados sobrevivem
	Freeman e Boeker (1984)
Hannan e Freeman (1988)
	PROCESSUALISTA
	Consideram a racionalidade do planejamento imperfeita, discordam da supremacia do mercado, estratégias emergentes e deliberadas.
	Cyert e March (1963)
Mintzberg (1987)
	SISTÊMICA
	O contexto social faz com que a estratégia seja dependente do ambiente que ela surge, ou seja, o processo pode ser concebido como racional, porém, se torna variável por diversos fatores como a cultura, objetivos e etc.
	Whitley (1991)
Whittington (1992)
Fonte: Autor, 2017.
 
	Ainda para Whittington (1993), pode se dividir tais classes em duas, a primeira sendo a busca pela maximização dos resultados, composta pelas abordagens clássica e evolucionária e a segunda sendo a natureza da formação estratégica sendo deliberada ou emergente, estas representadas pela abordagem sistêmica e processualista cada uma com seus sistemas distintos.
Modelo de Miles e Snow
	As estratégias competitivas propostas pela taxonomia de Miles e Snow (1978) foram concebidas em oposição às estratégias corporativas. Para Hambrick (1983), as estratégias competitivas mostram qual decisão tomar quanto ao modo de se competir em um segmento de negócios, já as estratégias corporativas mostra em qual segmento competir.
	Para Zahra e Pearce (1990), o modelo das estratégias competitivas é mais completo, pois analisa a estratégia, processos e estrutura de uma forma que permite se analisar uma quantidade maior de variáveis que impactam nas decisões.
	Miles e Snow (1978) observaram que uma organização segue certas perspectivas estratégicas, orientadas pelas alternativas de escolhas dos empresários que conduzem uma organização.
	Para Hakansson e Snehota (2006), este modelo tem como base fornecer elementos para as pessoas e organizações tornarem seus processos mais eficientes e eficazes, para assim, fazerem frente a concorrência que enfrentam em seu ambiente.
	Ainda Miles e Snow (1978), dizem que dois elementos importantes são a base do modelo, a descrição geral de um processo de adaptação que alinha as decisões necessárias de uma organização e a descrição de padrões de comportamentos adaptativos utilizados. 
	Tal modelo possui três bases centrais: a construção do ambiente, este mostrando que o ambiente é formado e moldado pelas ações das organizações Weick (1979); as escolhas das estratégias realizadas pela administração da organização que estruturam e moldam os processos organizacionais, Mintzberg (1978); e os processos e estrutura que que condicionam a estratégia March e Simon (1958).
	Todas estas ideias se aproximam do que foi proposto pelo estudo de Child (1972), que propõe que a efetividade organizacional é dependente das decisões tomadas sobre percepções ambientais e de como se colocar diante destes fatores.
	Para Miles e Snow (1978) uma organização eficaz, é uma organização que estabelece um processo continuo de reavaliação e alinhamento com o ambiente externo, se adequando com seus processos internos, processos de decisão, controle e relacionamentos, ainda dizem que se a organização estiver alinhada a três tipos de problemas, interligados entre si, haverá uma harmonia entre ambiente e organização, estes problemas, sendo o de empreendedorismo, de engenharia e de administração.
	Para responder aos problemas propostos, Miles e Snow propuseram quatro categorias especificas baseadas em ações estratégicas especificas estas sendo a prospectora, defensiva analítica e reativa. Segundo Pleshko (2007), as três primeiras têm um planejamento prévio adotado, já a reativa não se há uma estratégia previamente definida.
Hambrick (1983), diz que normalmente a estratégia prospectora encontra maior sucesso em mercados mais dinâmicos e inovadores, já a estratégia defensiva é mais indicada para mercados menos inovadores e mais estáveis.
Gimenez (2000) defende que havendo um alinhamento da estratégia escolhida, qualquer uma das três estratégias, prospectora, analítica e defensora podem ter performances parecidas, porém, a estratégia reativa seria uma ineficiência desse alinhamento, visão reforçada por Pleshko (2007), este dizendo que a estratégia reativa não seria uma estratégia e sim, apenas um meio de se manter em um ambiente competitivo, por tal modo, haveria menos adeptos a tal estratégia.
Quadro 3: Estratégias propostas por Miles e Snow.
	CATEGORIA
	DESCRIÇÃO
	DEFENSIVA
	Decisões são voltadas para áreas mais especificas do que seus concorrentes, tentando proteger seu domínio com base na qualidade superior, não procurando estar entre os líderes, se restringindo apenas aquilo que sabe fazer tão bem ou melhor do que qualquer um.
	PROSPECTORA
	Quem adota esta estratégia está continuamente ampliando suas qualidades, busca estar sempre inovando em áreas mais amplas, mesmo que não seja a forma mais lucrativa.
	ANALITICA
	Busca se limitar a uma área, porém, segue as tendências bem-sucedidas do setor, sendo em muitos casos, uma posição intermediária entre a estratégia defensiva e a prospectora.
	REATIVA
	Exibe um comportamento mais inconsistente do que os outros, de certo modo, é a espécie de uma "não-estratégia". Não se arrisca em coisa novas a não ser quando ameaçada por outros competidores. Responde somente quando forçado para evitar perdas.
Fonte: Davig (1986) 
O ensino superior
	Para Libâneo et al. (2011), o que define o ensino superior é o fato dele ser o formador de profissionais através da distribuição de conhecimentos científicos, culturais e técnicos, utilizando se disso, para incentivar a criação artística e cultural, além de promover também o pensamento crítico e a pesquisa cientifica.
Para Wanderley (2003), a universidade teve seu surgimento na idade média, sendo na Europa, se espalhando por este continente e posteriormente pelo mundo com a missão de cultivar e transmitir o saber acumulado pela humanidade, sendo uma importante ferramenta social.
Rossato (2005), diz que as duas primeiras universidades da Europa, são a de Bolonha e a de Paris, sendo a de Bolonha datada de 1088, com sua principal característica, a sua organização por meio de nações. Ainda diz que a universidade de Paris, foi a mais importante criada no século XII, pois, serviu de modelo para as demais que vieram posteriormente.
 Ainda Para Rossato (2005), as instituições que possuíam a denominação de studium generale, haviam em sua grade curricular os cursos de artes, teologia, decretos e medicina, além disso, era definido na época que a universidade era uma escola de formação mais religiosa.
Giles (1987), mostra que o método de ensinamento era pela leitura e comentários que o mestre propunha para debate com os alunos, o mestre sendo admitido a corporação dos ensinantes, sendo maior que 21 anos e com no mínimo 6 anos de estudo com defesa de um debate público, passando pelos 3 graus, Bacharelado, licenciatura e mestrado.
Para Monroe (1979), na França e na Inglaterra as universidades surgiram da igreja, porém, na Itália, a origem das universidades foi por uma necessidade da burguesia urbana, de tal modo, o curso que predominava era o Direito.
Wanderley (2003), mostra que as primeiras universidades na américa vieram pelos espanhóis, com a criação de universidades no México, Guatemala, Peru, Cuba, Chile e Argentina.
Para Rossato (2005), ao final do século XVIII, haviam sido criadas dezenove universidades por toda a América latina, estas sendo influenciadas fortemente pelomodelo francês que influenciava os modelos portugueses e espanhóis, além disso, estas universidades eram destinadas para as elites e também para acessos a cargos políticos e burocráticos nas estruturas de seus países.
Ensino superior no Brasil
	
	Para Cunha (1986), as primeiras instituições de ensino superior do Brasil foram fundadas no ano de 1808, com a chegada da família real de Portugal ao Brasil. Complementa Mattos (1983), dizendo que até a proclamação da república em 1889, o ensino superior desenvolveu se com extrema lentidão, pois, seguia o modelo de formação de profissionais liberais e servia apenas para entregar um diploma para poucos conservarem ou obterem um prestigio social.
	Teixeira (1969), diz que a partir da constituição de 1891, surgiram as instituições de ensino privadas, por iniciativa das elites locais e católicas, saltando de 24 escolas para 133, das quais a maioria criada nas décadas seguintes, principalmente na década de 1920.
	Segundo Teixeira (1989), o ensino superior no Brasil começou a se expandir por meados da década de 1930, com a maior industrialização e aumento da população nos centros urbanos, o que gerou uma maior demanda por educação.
	A partir dos da década de 1930, o ensino superior caracterizou se pela luta de movimentos estudantis de jovens e professores na defesa do ensino público, o que foi suprimido com a implantação do regime militar em 1964, ocasionando um expurgo de lideranças estudantis. Sampaio (1999).
	Para Martins Filho (1987), diz que a partir, houve uma redução da demanda no ensino superior, como consequência do aumento da evasão do ensino fundamental e médio, além da inadequação das universidades com as novas exigências do mercado.
	Nos anos 1990, Sampaio (1999), diz que a proporção de vagas no ensino superior se manteve relativamente estável, porém, houve um aumento de alunos pela interiorização do ensino e a maior facilidade de atingimento ao público.
	Para Lima et al. (2011), houve outra expansão, nos últimos anos caracterizada pelo aumento na privatização e da mercantilização, causando um aumento na predominância do setor privado em detrimento do público, o que gerou um boom no setor de educação.
	
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
	
	Quanto aos objetivos, essa pesquisa qualifica-se como descritiva, pois tem como finalidade apresentar quais são os perfis estratégicos dos alunos de graduação de Cascavel – PR. Segundo Beuren (2006 p. 81) “a pesquisa descritiva configura-se como um estudo intermediário entre a pesquisa exploratória e a explicativa [...]. Nesse contexto, descrever significa identificar, relatar, comparar entre outros aspectos”. De acordo com Gil (2008 p. 28), “ a pesquisa descritiva tem como objetivo primordial a descrição das características de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis”. Ainda segundo o autor, uma das características mais importantes deste tipo de pesquisa, está na padronização da coleta de dados.
	Quanto aos procedimentos, essa pesquisa caracteriza-se como survey, pois, foi realizada por questionários enviados aos participantes da pesquisa e foi utilizado após o software Qualtrics para tabulação das respostas no mês de Outubro de 2017. Para Gil (2008), a pesquisa survey, tem como característica o questionamento direto as pessoas, ao qual se pretende conhecer o comportamento. Procede-se de acumular informações a uma amostra significativa de pessoas, para em seguida obter conclusões, mediante à análise quantitativa. Tanur apud Pinsonneault e Kraemer 1993, ainda, diz que tal ferramenta serve para se obter dados acerca de ações ou opiniões de um determinado grupo de pessoas, indicado como representantes da população alvo que se deseja.
	Quanto a abordagem, essa pesquisa se caracteriza como quantitativa por ser utilizado técnicas estatistas para a análise. Richardson (1999), afirma que a abordagem quantitativa é caracterizada pela quantificação nas modalidades de coletas de informações e na classificação dela utilizando se as técnicas estatísticas, podendo se desde as simples, como percentual, média desvio padrão até as mais complexas, como coeficiente de correlação, análise de regressão e etc.
	Quanto aos procedimentos de coleta de dados, foi realizada por questionário fechado, e por adesão, com as alternativas de pesquisa pré-definidas conforme o conceito de Miles e Snow. De acordo com Richardson (1999 p. 191), “ Os questionários fechados são aqueles instrumentos em que as perguntas ou afirmações apresentam categorias ou alternativas de respostas fixas e preestabelecidas”. Para Marconi e Lakatos (2010), o questionário fechado, também pode chamado de limitados ou de alternativas fixas, sendo aquelas que o informante escolhe sua resposta entre duas opções.
	Quanto ao universo da pesquisa, esse se caracteriza se como sendo o número total de alunos dos cursos de graduação da unível que não estejam cursando a modalidade EAD (Ensino a distância) e que receberam os 700 questionários distribuídos aleatoriamente. Para Stevenson (1981), o universo consiste no todo pesquisado, do qual se extrai uma parcela para ser examinada e que essa recebe o nome de amostra.
	Quanto a amostra, foram utilizados 343 respondentes divididos em 10 cursos de graduação, estes sendo: administração, direito, jornalismo, logística, engenharia de produção, ciências contábeis, engenharia civil, TADS (tecnologia em análise e desenvolvimento de sistemas), gestão comercial, gestão financeira, dessa forma, a amostra pode ser considerada de natureza não-probabilística e por adesão pelo fato da população que responder, ser apenas considerada, segundo Mattar (2001), o autor aponta a facilidade da amostra não-probabilística onde tem menos custos e tempo para aplicação. Para Curwin e Slater (1991) se um determinado grupo, que faz parte da população de amostra apresenta resistência em se envolver com o assunto, está visão pode não ser representada nos resultados da pesquisa, o que caracteriza uma amostra não-probabilística.
	A análise dos dados foi realizada através de técnicas estatísticas descritivas e o teste não paramétrico qui-quadrado sendo aplicado para testar hipóteses associadas a algumas variáveis, quando cruzadas com características da amostra. O teste qui-quadrado serve para testar se duas ou mais amostras independentes diferem quanto a uma determinada característica (BUSSAB; MORETTIN, 2006).
	De acordo com Martins (2003) os testes não paramétricos são muito úteis para decisões sobre dados originários de pesquisas da área de ciências humanas. Para aplicá-los, não é necessário admitir hipóteses sobre distribuições de probabilidades da população da qual tenham sido extraídas amostras para análises. As provas não paramétricas são prioritariamente adaptáveis aos estudos que envolvem variáveis com níveis de mensuração nominal e ordinal, assim como à investigação de pequenas amostras, como apresentada neste trabalho. 
	Para este teste se é analisado duas hipóteses: a Hipótese nula (H0) que afirma como parâmetro hipotético que a uma variável não tem relação com a outra, ou seja, que o perfil estratégico do estudante não interfere na sua escolha de curso; e a hipótese alternativa (H1), que se acredita que pode ser verdadeira, ou seja, que a escolha do curso tem sim relação com o perfil estratégico.
	De acordo com Lopes (2005), os testes de hipótese analisam duas variáveis distintas, sendo analisadas junto ao grau de liberdade da amostra para se determinar qual numero base para definição da hipótese nula (H0), onde se admite que determinada variável não tem relação a outra e a hipótese alternativa (H1), onde se admite que uma variável possui influência com a outra.
	Os dados da pesquisa foram tabulados e analisados por meio do software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versão 23.0.
APRESENTAÇÃO DE DADOS E INFORMAÇÕES E ANÁLISE DOS RESULTADOS
	Neste artigo, discutiu se o perfil estratégico dos alunos de graduação dos cursos de negócios do centro universitário – UNIVEL localizadoem Cascavel- PR, previamente foi identificado o perfil sócio econômico da amostra, após, foi identificado o perfil estratégico seguindo como base o modelo proposto por Miles e Snow e por último analisado se há alguma relação entre a escolha de um curso de graduação e o perfil estratégico identificado, por teste de qui-quadrado.
	A seguir vemos os resultados e desdobramentos da pesquisa, assim como a análise do resultado e a resposta do problema proposto por este artigo.
Perfil sócio econômico.
	Em relação ao perfil sócio econômico da amostra, identificou se que dos 343 entrevistados, 51,3% (176 participantes), são do gênero feminino e 48,7% (167 participantes) do gênero masculino, distribuídos em sua maioria em jovens de 19 a 25 anos, estes compondo 74,1% (254 participantes), da amostra, porém, também houve a participação de pessoas abaixo de 18 anos 5% (17 participantes), de 26 a 35 anos 17,2% (59 participantes) e mais de 36 anos, estes sendo 3,8% (13 participantes) da amostra.
	Foi identificado também que 94,5% (324 dos participantes), residem em zona urbana e 5,5% (19 participantes) em zona rural. Desses 67,6% (232 participantes) moram junto com os pais, 19,2% (66 participantes) moram com outros familiares, 10,8% (37 participantes), moram sozinho (a), e 2,3% (8 participantes), moram com amigos.
	Outro item observado foi o meio de locomoção utilizado, onde pode se ver que 49% (168 participantes) utilizam transporte próprio, sendo carro ou moto, outros 21,6% (74 participantes), utilizam transporte coletivo, seguido por 18,7% (64 participantes), que utilizam o transporte escolar e 10,8% (37 participantes) que vão de carona/bicicleta ou a pé.
	Quanto a renda familiar, pode se identificar que 1,7% (6 participantes), integram a classe E, com ganhos familiar de até 1 salário mínimo, outros 30,9% (106 participantes) integram a classe D, com ganhos familiares de 01 a 03 salários mínimos, 32,7% (112 participantes) são da classe C, com ganhos de 03 a 05 salários, 30% (103 participantes) são da classe B, com renda familiar de 05 à 15 salários mínimos e 4,7% (16 participantes), pertencem a classe A, estes com renda maior do que 15 salários mínimos.
	Já quanto a escolaridade, perguntou se onde o entrevistado frequentou o ensino fundamental, identificou se que 77,3% (265 participantes) o fizeram todo em escola pública, 9,9% (34 participantes), todo em escola particular, 7,3% (25 participantes) com maior parte em escola pública, 3,5% (12 participantes) maior parte em escola particular, 1,5% (5 participantes) maior parte em escola particular com bolsa e 0,6% (2 participantes) todo em escola particular com bolsa.
	As mesmas possibilidades foram questionadas, para o ensino médio, nesse caso se visualizou as seguintes respostas: 78,4% (269 participantes) todo em escola pública, 12,2% (42 participantes), 5,2% (18 participantes) maior parte em escola pública, 2,3% (8 participantes) maior parte em escola particular, 1,5% (5 participantes), todo em escola particular com bolsa e 0,3% (1 participante), todo em escola particular.
	Quanto ao período do curso em que se encontram os respondentes, estes estão distribuídos em 0,9% (3 participantes), cursando o 1º semestre, 28,6% (98 participantes) no 2º semestre, 8,7% (30 participantes) no 3º semestre, 32,1% (110 participantes) no 4º semestre, 0,3% (1 participantes) no 5º período, 18,1% (62 participantes) no 6º semestre, 11,1% (38 participantes) no 4º ano e 0,3% (1 participante) no 5º ano.
	Por último foi perguntado aos entrevistados qual o meio que mais se utilizam para se manterem atualizados, neste quesito, verificou se que 89,9% (308 participantes) utilizam a internet, 4,1% (14 participantes) utilizam a TV, 2,6% (9 participantes) utilizam o rádio, 1,7% (6 participantes) utilizam o jornal, 0,6% (2 participantes) a revista e 1,2 (4 participantes) por outros meios.
Perfil estratégico segundo o modelo de Miles e Snow
	Conforme proposto buscou se identificar em qual dos perfis estratégicos propostos por Miles e Snow os estudantes dos cursos de graduação do centro universitário de Cascavel – UNIVEL, se adequam, este podendo ser estratégia prospectora, estratégia defensiva, estratégia analítica ou estratégia reativa.
Gráfico 1: Distribuição do perfil estratégico dos alunos de graduação
Fonte: autor, 2017.
	
	Conforme o Gráfico 1, vemos que o perfil dominante da amostra, foi o da estratégia prospectora com 201 respondentes, totalizando 58,60%, seguido pela estratégia analítica com 85 respondentes, ou 24,78% da amostra, após vem a estratégia defensiva com 39 respondentes, 11,37% e por último vem a estratégia reativa com 18 respondentes, estes totalizando 5,25% da amostra.
	Podemos assim utilizar Davig (1986) para explicar o fato de a estratégia prospectora ser amplamente adotada, sendo, a maior da amostra já que este coloca que quem adota esta estratégia está continuamente ampliando suas qualidades, buscando estar sempre inovando em áreas mais amplas, mesmo que não seja a forma mais lucrativa, o que se identifica com o perfil socioeconômico da amostra, esta composta principalmente por jovens de 19 a 25 anos, principalmente entre as classes C e D.
	Davig (1986), também pode ser utilizado para se explicar o fato da estratégia reativa ser a menos utilizado, pois, conforme sua visão, esta estratégia seria uma espécie de “não estratégia”, ou seja, algo menos inovador e apenas reativo ao ambiente que o cerca, o que não casa com o perfil socioeconômico da amostra.
Teste de Qui-quadrado.
	Escolheu se o teste de qui-quadrado, para se efetuar esta análise, pois, este nos permite encontrar possíveis relações de dependência entre a escolha de um curso de graduação na área de negócios e o perfil estratégico do entrevistado, utilizando se de duas variáveis nominais.
Tabela 1: Distribuição do perfil estratégico conforme os cursos de graduação.
	Curso
	Contagem
	Estratégia defensiva
	Estratégia prospectora
	Estratégia analítica
	Estratégia reativa
	Total
	Administração
	Contagem
	10
	45
	24
	4
	83
	
	Contagem Esperada
	9,4
	48,6
	20,6
	4,4
	83,0
	Direito
	Contagem
	13
	35
	16
	7
	71
	
	Contagem Esperada
	8,1
	41,6
	17,6
	3,7
	71,0
	Jornalismo
	Contagem
	2
	30
	8
	0
	40
	
	Contagem Esperada
	4,5
	23,4
	9,9
	2,1
	40,0
	Logística
	Contagem
	2
	13
	4
	0
	19
	
	Contagem Esperada
	2,2
	11,1
	4,7
	1,0
	19,0
	Engenharia de Produção
	Contagem
	3
	11
	5
	1
	20
	
	Contagem Esperada
	2,3
	11,7
	5,0
	1,0
	20,0
	Ciências Contábeis
	Contagem
	0
	1
	1
	0
	2
	
	Contagem Esperada
	0,2
	1,2
	0,5
	0,1
	2,0
	Engenharia Civil
	Contagem
	4
	15
	4
	0
	23
	
	Contagem Esperada
	2,6
	13,5
	5,7
	1,2
	23,0
	TADS
	Contagem
	3
	26
	13
	3
	45
	
	Contagem Esperada
	5,1
	26,4
	11,2
	2,4
	45,0
	Gestão Comercial
	Contagem
	2
	13
	5
	3
	23
	
	Contagem Esperada
	2,6
	13,5
	5,7
	1,2
	23,0
	Gestão Financeira
	Contagem
	0
	12
	5
	0
	17
	
	Contagem Esperada
	1,9
	10,0
	4,2
	0,9
	17,0
	Totais
	Contagem
	39
	201
	85
	18
	343
	
	Contagem Esperada
	39,0
	201,0
	85,0
	18,0
	343,0
Fonte: autor, 2017.
	Na Tabela 1 podemos verificar os valores que seriam esperados para cada amostra, ou seja, o valor sem diferença estatística e a contagem real efetuada.
	Como podemos observar, a estratégia prospectora é predominante em todos os cursos, desde as maiores amostras, como administração e direito, como também na amostra de ciências contábeis.
	Este resultado pode ser explicado utilizando a visão de Hambrick (2003), pois conforme dito por este, a estratégia prospectora obtém maior sucesso em ambientes mais inovadores e dinâmicos, ou seja, em um ambiente de ensino, em que tudo muda rapidamente, seja com novas teorias ou pelo caráter mais inovador dos próprios estudantes, tal estratégia encontra mais adeptos e maior propagação já que as maiorias dos respondentes tendem a partilhar suas visões com maior velocidadeadvindo do uso da comunicação.
	Também observamos que a estratégia com menos adeptos foi a reativa, o que confirma a visão de Pleshko (2007), dizendo que por se tratar de apenas reagir a ganhos ou perdas, tal estratégia seria menos eficiente em um ambiente competitivo e por ventura haveria menos adeptos.
	Ainda conseguimos observar que em alguns cursos há uma disparidade considerável na amostra, caso de jornalismo, por exemplo, onde há grande diferença da estratégia prospectora frente as demais.
	Proporcionalmente ainda, considerando amostras acima de 20 indivíduos, podemos ver que o curso de direito seria o mais equilibrado, tendo a estratégia prospectora a frente, porém mantendo um certo equilíbrio entre as demais.
	Vemos também que a o curso com maior disparidade entre a contagem esperada e a contagem obtida é observada no curso de direito, seguido pelo curso de administração, tal fato poderia se explicar pelo tamanho da amostra, já que estes dois cursos correspondem as maiores amostras da pesquisa, além do mais, vemos que o curso mais homogêneo, ou seja, com maior paridade entre a contagem esperada e a contagem obtida, é curso de engenharia de produção, no qual se configura uma amostra relativamente pequena se comparado com as maiores disparidades.
	Para este estudo, foi estabelecido um valor de significância de 5% para a rejeição da hipótese de nulidade, ou seja, junto com o grau de liberdade calculado em 27, determinou se que se o qui calculado for < 40,1133, aceita se a hipótese nula.
Tabela 2: Valor do qui quadrado
	
	Valor
	Df
	Significância Sig. (2lados)
	Qui-quadrado de Pearson
	26,573a
	27
	,487
Fonte: autor, 2017.
	Conforme observado na Tabela 2, verificou se que o valor de qui calculado 26,573 foi menor do que o valor de Qui tabelado, este sendo 40,1133, ou seja, no presente estudo se aceita a hipótese nula, admitindo se que os desvios padrões não são significativos confirmando que a escolha de um curso de graduação de negócios não tem influência pelo perfil estratégico do aluno.
		
CONCLUSÃO
	Em um cenário cada vez mais competitivo, as organizações buscam obter vantagens competitivas para se sobressair aos seus competidores, muito dessas vantagens, não só dependem do ambiente que as cerca como também podem ser conquistadas pelo modo de agir de quem as compõe. Identificar qual é o perfil estratégico das pessoas, especialmente dos graduandos pode mostrar como pensa essa nova geração que pode a vir trazer uma cara nova aos negócios.
	Vários autores, com suas mais variadas metodologias estratégicas, buscam formulas para competir em ambientes dinâmicos, podendo destacar os modelos de Chandler (1962), Ansoff (1965), Henry Mintzberg (1973), Porter (1980) e Miles e Snow (1978).
	Este estudo pode demonstrou que a taxonomia proposta por Miles e Snow (1978) pode ser aplicada não só para perfis estratégicos empresariais, mas, também pode ser utilizado na análise das escolhas estratégicas de indivíduos permitindo seu agrupamento em quatro estratégias: defensiva, prospectora, analítica e reativa.
	Foi possível identificar com base no estudo que grande parte da amostra tem o perfil socioeconômico com sendo a maioria dos respondentes do gênero feminino, com a idade entre 19 e 25 anos, cursando em sua maioria entre o 2º e o 6º semestre, residentes em zona urbana, morando junto com os pais, utilizando se de transporte próprio para locomoção, classificados entre as classes D, C e B, que estudaram nos ensinos fundamental e médio todo em escola pública e que se utilizam da internet como seu principal meio de atualização.
	Tal perfil socioeconômico, confirma a visão de Sampaio (1999), que nos mostra a interiorização e expansão do ensino superior no Brasil a partir da década de 1990, o que é confirmada por Lima et al. (2011), que mostra a nova expansão do setor nos últimos anos, impulsionado pela iniciativa privada, o que concedeu mais acesso as classes C e D a cursos de ensino superior no país.
	Outra confirmação foi nos dada quanto ao perfil estratégico dos alunos de graduação da área de negócios. Com base no estudo conseguimos verificar que em sua imensa maioria o perfil estratégico predominante foi o da estratégia prospectora constituindo 58,6% da amostra, seguido pela estratégia analítica que constituiu 24,8% da amostra, logo após vem a estratégia defensiva constituindo 11,4% da amostra e por último a estratégia reativa com 5,2%, ou seja, levando se em conta que a estratégia prospectora é a mais dinâmica é a que torna os mercados mais instáveis e inovadores, futuramente veremos cada vez mais dinâmico o ambiente em várias profissões.
	Quanto a distribuição da amostra nos quatro perfis estratégicos, podemos utilizar a visão de Gimenez (2000), pois, este coloca que havendo um alinhamento da estratégia, qualquer uma delas sendo a prospectora, a analítica ou a defensiva podem produzir resultados parecidos, ou seja, qualquer uma das três maiores amostras poderia render grandes retornos, apenas a estratégia reativa, a menor da amostra seria menos eficiente.
	Este estudo pode confirmar em partes também a visão de Hambrick (1983), mostrando que o fator ambiental pode não ter relação com as escolhas estratégicas, já que pode ser observada a tendência prospectora em todos os cursos.
	Por fim o estudo demonstrou conforme análise de qui-quadrado que não há relação entre a escolha de um curso de graduação e os perfis estratégicos dos alunos, este resultado sana o objetivo principal deste artigo, que é verificar a relação entre estas duas variáveis, concluindo assim o objetivo que levou a esta pesquisa.
	Também, conforme conseguimos observar em outros estudos (Rickards e Gimenez, 1994), pode se haver uma limitação pela percepção dos respondentes ou período de maturação dos mesmos, podendo, haver diferença entre uma resposta e outra, o que poderia produzir alterações nos resultados, recomenda se, a futuros estudos sobre este tema, produzir a pesquisa em dois ou mais períodos de tempo, para assim verificar se a diferença de maturação do respondente de fato produz diferença no estudo.
	
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