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Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Histórico - A evolução do planejamento no setor elétrico brasileiro • Pré-CANAMBRA • Planejamento centralizado • GCPS • Transição • Novo modelo: EPE Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Pré-CANAMBRA (1880-1970) Características: • sistemas radiais e isolados • geração termelétrica • estudos de potenciais hidrelétricos locais • início dos estudos de potencial hidrelétrico de trechos de bacias hidrográficas • predominância do capital privado Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Pré-CANAMBRA (1880-1970) Alguns marcos: • primeira usina hidrelétrica: Marmelos-0, em Juiz de Fora, MG (1889) • Código de Águas (1934) e sua regulamentação (1957) • Light: sistemas Rio (usina de Nilo Peçanha) e São Paulo (usina de Cubatão) • criação da Chesf (1945), Cemig (1952) e Furnas (1957) • criação da Eletrobrás (1962) Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Pré-CANAMBRA (1880-1970) Alguns marcos: • estudos da CANAMBRA (década de 60) primeiro estudo integrado do potencial hidrelétrico (Sudeste e Sul) novas metodologias de planejamento primeiro plano de expansão de longo prazo Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Planejamento centralizado (1971-1980) Características • sub-sistemas regionais interligados • instalação de grandes reservatórios de regularização plurianual • operação coordenada pela Eletrobrás • estruturação do planejamento setorial centralizado • pesados investimentos estatais Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Alguns marcos • consolidação do Sistema Eletrobrás • Itaipu • programa nuclear • planos setoriais elaborados pela Eletrobrás (ex: Plano 90) Planejamento centralizado (1971-1980) Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho GCPS – (Grupo Coordenador do Planejamento do Sistema) (1981-1999) Características • Crescimento do consumo • Interligação dos sub-sistemas • Operação coordenada pela Eletrobrás • Planejamento setorial estruturado e coordenado pela Eletrobrás • Introdução da dimensão ambiental no planejamento • Predominância do capital estatal Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Alguns marcos • Manual de Inventário e de Viabilidade de hidrelétricas • I Plano Diretor de Meio Ambiente (1986) • novas metodologias de planejamento cenários de mercado planejamento estocástico planejamento sob incertezas • Revise • início da privatização GCPS – (Grupo Coordenador do Planejamento do Sistema) (1981-1999) Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Características • agência reguladora independente • operador independente do sistema • mercado de livre contratação no suprimento • planejamento indicativo na geração e determinativo na transmissão (3 anos), sob responsabilidade do MME (CCPE) • transição para o capital privado Transição (1997-2003) Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Transição (1997-2003) Alguns marcos • criação da ANEEL (1997) • criação do ONS e do MAE (1998) • criação do CCPE (1999) • instalação do CNPE (2000) • racionamento (2001) • crise financeira (2002) • sobra expressiva de energia (2003) Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Novo modelo: EPE (2004- ) Características • definição mais clara de funções e responsabilidades [dos principais agentes] • efetiva competitividade na geração • contratação de longo prazo e com antecedência • re-estruturação do planejamento Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Novo modelo: EPE (2004- ) Alguns marcos • Lei n° 10.848, de 15 de março de 2004 [dispõe sobre a comercialização de energia] • regulamentação principal (mar-ago de 2004) • 1° leilão do novo modelo (dezembro de 2004) • criação (2004) e instalação (2005) da EPE Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Necessidade de planejamento no setor elétrico brasileiro • base hidrelétrica • capital intensivo • longa maturação dos investimentos • grandes interligações • grandes incertezas Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Indústria de Energia Elétrica no Brasil. Antes de 1995 – Modelo não competitivo (Serviço Pelo Custo – Tarifas) Falta de estímulos à eficiência Investimentos insuficientes Tarifas defasadas 23 obras paralisadas, 10.000 MW – U$ 10 bilhões 33 concessões de usinas não iniciadas – concessões cassadas Concessões de distribuição vencidas Contratos de Concessão inexistentes Inadimplência setorial Contribuinte onerado em US$ 25 bilhões Sucesso e declínio Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Indústria de Energia Elétrica no Brasil. A situação em 1995 mostrava a forte presença do Estado empreendedor incapaz de investir na expansão da oferta Desenvolvimento Reforma do Estado Reestruturação do setor elétrico Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Estabelecimento de novo marco legal que considere os princípios da reestruturação do setor, a criação de órgão regulador autônomo, um ambiente de negócios de estímulo à competição e um operador do sistema com a representação de todos os agentes Pressupostos Básicos Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Introdução da competição onde possível , monopólios naturais regulados com livre acesso e estímulo a eficiência energética Princípios Básicos Competição Competição Monopólio Natural Forte Regulamentação Regulamentação Mínima C D G T Regulamentação Mínima Atendimento à demanda Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Marcos Legais Lei 8.987 - Concessão de serviços públicos Lei 9.074 – Concessão de serviços de energia elétrica Lei 9.648 – MAE e ONS J F M A M J J A S O N D 1995 J F M A M J J A S O N D 1996 J F M A M J J A S O N D 1997 J F M A M J J A S O N D 1998 Decreto 2.335 - ANEEL Implantação da ANEEL Decreto 2.655 – MAE e ONS Lei 9.427 - ANEEL Lei 9.478 – CNPE e ANP (Lei do Petróleo) J F M A M J J A S O N D 1999 J F M A M J J A S O N D 2000 MP 1.819 Considerada Inconstitucional PL 2.905 Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Indústria de Energia Elétrica no Brasil. A partir de 1995, Lei nº 9.074 • Desverticalização da Indústria de Energia Elétrica (G/T/D/C) • Criação do Produtor Independente de Energia • Assegurado o Livre acesso aos sistemas de distribuição e transmissão • Permite o consumidor de maior carga, abastecidos em alta tensão, adquirir energia, diretamente junto a PIEs e, após três anos, junto a qualquer outro fornecedor, quebrando, assim, pela primeira vez, o monopólio das concessionárias locais de distribuição. 1996, Lei nº 9.427 • Criação do Órgão Regulador (ANEEL) 1997, Lei nº 9.478 • Institui o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho ANA ANP ANATEL Competências e Forma de Atuação Poder Concedente Outorgas • Concessão • Permissão • Autorização Órgão Regulador • Regulação • Fiscalização • Mediação Descentralização por Delegação (SP,PA, RS, CE, RN, BA e MT) Agências Estaduais ANEEL Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Indústria de Energia Elétrica no Brasil. 1998, Lei nº 9.648 • Operador Nacional do Sistema Elétrico - ONS • Regime da livre negociação de energia entre as empresas geradoras e distribuidoras • Criação do Mercado Atacadista de Energia Elétrica • Resolução ANEEL nº 290, de 2000, homologa Regras do MAE – Mercado Atacado de Energia. • Mercado de Contratos e Mercado das Diferenças • A empresa ASMAE, constituída pelos agentes do mercado, foi encarregada de contabilizar os créditos e débitos com base em informações fornecidas pela ANEEL, pelo ONS para cada agente. Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Indústria de Energia Elétrica no Brasil. 2003 e 2004, Leis nº 10.847 e 10.848 e Dec. nº 5.163 – Novo Modelo do Setor Elétrico • Promover a modicidade tarifária e de preços • Garantir a segurança do suprimento • Universalização do acesso aos serviços de energia elétrica e do seu uso O novo modelo definiu a criação de uma entidade responsável pelo planejamento do setor elétrico a longo prazo, a Empresa de Pesquisa Energética (EPE); uma instituição com a função de avaliar permanentemente a segurança do suprimento de energia elétrica, o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE); e uma instituição para dar continuidade às atividades do Mercado Atacadista de Energia (MAE), relativas à comercialização de energia elétrica no Sistema Interligado, a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). A definição do exercício do Poder Concedente ao Ministério de Minas e Energia (MME) e a ampliação da autonomia do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Em relação à comercialização de energia, foram instituídos dois ambientes para celebrar contratos de compra e venda: o Ambiente de Contratação Regulada (ACR), do qual participam agentes de geração e de distribuição de energia; e o Ambiente de Contratação Livre (ACL), do qual participam agentes de geração, comercializadores, importadores e exportadores de energia e consumidores livres. Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Governança do Setor Elétrico Brasileiro. CNPE MME ANEEL ONS CCEE EPE CMSE CNPE: Define a política energética do país. MME: Poder Concedente e responsável pelo planejamento e gestão do setor, pela supervisão e controle da execução das políticas direcionadas ao desenvolvimento energético do país EPE: Realiza o planejamento da expansão da geração e transmissão CMSE: Supervisiona a continuidade e a confiabilidade do suprimento elétrico ANEEL: Regula e fiscaliza a geração, transmissão, distribuição e comercialização de eletricidade. ONS: Controla a operação do Sistema Interligado Nacional (SIN) de modo a otimizar os recursos energéticos CCEE: Realiza a gestão e operacionalização das transações comerciais no setor elétrico e calcula e divulga o PLD Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Ambientes de Contratação de Energia Elétrica. O mercado de energia elétrica no Sistema Interligado Nacional – SIN é composto por dois ambientes de comercialização distintos, ACR e ACL: Ambiente de Contratação Regulada: segmento do mercado no qual se realizam as operações de compra e venda de energia elétrica entre agentes vendedores e agentes de distribuição, precedidas de licitação, ressalvados os casos previstos em lei, conforme regras e procedimentos de comercialização específicos; e Ambiente de Contratação Livre: segmento do mercado no qual se realizam as operações de compra e venda de energia elétrica, objeto de contratos bilaterais livremente negociados, conforme regras e procedimentos de comercialização específicos. Além destes ambientes, temos Mercado de Curto Prazo: Mercado onde são liquidadas diferenças entre os volumes contratados e consumidos ou gerados. Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Contratação em dois Ambientes Geradores, Produtores Independentes, Comercializadores Ambiente de Contratação Regulada (ACR) Ambiente de Contratação Livre (ACL) CC D Preços dos Contratos resultantes de leilões Preços dos Contratos livremente negociados C CL D – Distribuidora CC – Consumidor Cativo CL – Consumidor Livre C - Comercializadora Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Evolução Regulatória do Mercado Livre. 1995, Lei nº 9.074 • consumidores com carga ≥ 10.000 kW, atendidos em tensão ≥ 69 kV, podem optar por contratar seu fornecimento no ACL, no todo ou em parte; • Após julho de 2000, os consumidores com carga ≥3.000 kW, atendidos em tensão ≥ 69 kV; • Novos consumidores com carga ≥ 3.000 kW, atendidos em qualquer tensão. • Após oito anos da publicação desta Lei, o poder concedente poderá diminuir os limites de carga e tensão estabelecidos. • Os consumidores que se tornarem livres poderão retornar à condição de consumidor atendido mediante tarifa regulada, desde que informem à concessionária, à permissionária ou à autorizada de distribuição local, com antecedência mínima de cinco anos. Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Evolução Regulatória do Mercado Livre. 1998, Lei nº 9.848 (§§ 1º e 5º do art. 26 da Lei 9.427) – Consumidor (Livre) Especial • Os 1.000 kW ≤ AHE ≤ 30.000 kW poderão comercializar energia elétrica com consumidores cuja carga seja maior ou igual a 500 kW. • Para cada 1.000 kW ≤ AHE ≤ 30.000 kW, a ANEEL estipulará percentual de redução não inferior a 50% a ser aplicado aos valores das tarifas de uso dos sistemas elétricos de transmissão e distribuição, de forma a garantir competitividade à energia ofertada pelo empreendimento. 2002, Lei nº 10.438 (§§ 1º e 5º do art. 26 da Lei 9.427) – Consumidor Especial • Os 1.000 kW ≤ AHE ≤ 30.000 kW e aqueles a partir de fontes eólica, biomassa ou solar poderão comercializar energia elétrica com consumidor ou conjunto de consumidores reunidos por comunhão de interesses de fato ou direito, cuja carga seja ≥ 500 kW, observada a regulamentação da ANEEL. • A ANEEL estipulará percentual de redução não inferior a 50%, a ser aplicado às tarifas de uso dos sistemas elétricos de transmissão e distribuição, incidindo da produção ao consumo da energia comercializada pelos 1.000 kW ≤ AHE ≤ 30.000 kW e para os empreendimentos a partir de fontes eólica e biomassa, assim como os de cogeração qualificada, conforme regulamentação da Aneel, dentro do limite de potência ≤ 30.000 kW. Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Evolução Regulatória do Mercado Livre. 2003, Lei nº 10.762 (§§ 1º e 5º do art. 26 da Lei 9.427)- Consumidor Especial • O AHE com potência ≤ 30.000 kW e os empreendimentos aqueles com base em fontes solar, eólica, biomassa, cuja potência instalada seja menor ou igual a 30.000 kW, poderão comercializar energia elétrica com consumidor, ou conjunto de consumidores reunidos por comunhão de interesses de fato ou de direito cuja carga seja maior ou igual a 500kW, independentemente dos prazos de carência constante do art. 15 da Lei no 9.074, de 7 de julho de 1995, observada a regulamentação da ANEEL, podendo o fornecimento ser complementado por empreendimentos de geração associados às fontes aqui referidas, visando a garantia de suas disponibilidades energéticas mas limitado a quarenta e nove por cento da energia média que produzirem. • Para os AHE com potência ≤ 30.000 kW e aqueles com base em fontes solar, eólica, biomassa e cogeração qualificada,conforme regulamentação da ANEEL, cuja potência instalada seja menor ou igual a 30.000 kW, a ANEEL estipulará percentual de redução não inferior 50% a ser aplicado às tarifas de uso dos sistemas elétricos de transmissão e de distribuição, incidindo na produção e no consumo da energia comercializada pelos aproveitamentos. Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Evolução Regulatória do Mercado Livre. 2007, Lei nº 11.488 (§§ 1º e 5º do art. 26 da Lei 9.427) – Consumidor Especial • O AHE com potência ≤ 30.000 kW e os empreendimentos aqueles com base em fontes solar, eólica, biomassa, cuja potência injetada seja menor ou igual a 30.000 kW, poderão comercializar energia elétrica com consumidor, ou conjunto de consumidores reunidos por comunhão de interesses de fato ou de direito cuja carga seja maior ou igual a 500kW, independentemente dos prazos de carência constante do art. 15 da Lei nº 9.074, de 7 de julho de 1995, observada a regulamentação da ANEEL, podendo o fornecimento ser complementado por empreendimentos de geração associados às fontes aqui referidas, visando a garantia de suas disponibilidades energéticas mas limitado a quarenta e nove por cento da energia média que produzirem. • Para os AHE com potência ≤ 30.000 kW e aqueles com base em fontes solar, eólica, biomassa e cogeração qualificada, conforme regulamentação da ANEEL, cuja potência injetada nos sistemas de transmissão ou distribuição seja menor ou igual a 30.000 (trinta mil) kW, a ANEEL estipulará percentual de redução não inferior a 50% a ser aplicado às tarifas de uso dos sistemas elétricos de transmissão e de distribuição, incidindo na produção e no consumo da energia comercializada pelos aproveitamentos. Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Evolução Regulatória do Mercado Livre. 2009, Lei nº 11.943 (§ 5º do art. 26 da Lei 9.427) – Consumidor Especial • O AHE com potência ≤ 50.000 kW e os empreendimentos aqueles com base em fontes solar, eólica, biomassa, cuja potência injetada seja ≤ 50.000 kW, poderão comercializar energia elétrica com consumidor, ou conjunto de consumidores reunidos por comunhão de interesses de fato ou de direito cuja carga seja maior ou igual a 500kW, independentemente dos prazos de carência constantes do art. 15 da Lei no 9.074, de 7 de julho de 1995,observada a regulamentação da ANEEL, podendo o fornecimento ser complementado por empreendimentos de geração associados às fontes aqui referidas, visando a garantia de suas disponibilidades energéticas mas limitado a quarenta e nove por cento da energia média que produzirem. Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Evolução Regulatória do Mercado Livre. 2013, Lei nº 12.783 (§ 5º do art. 26 da Lei 9.427) • O AHE com potência ≤ 50.000 kW e os empreendimentos aqueles com base em fontes solar, eólica, biomassa, cuja potência injetada seja ≤ 50.000 kW, poderão comercializar energia elétrica com consumidor, ou conjunto de consumidores reunidos por comunhão de interesses de fato ou de direito cuja carga seja maior ou igual a 500kW, observados os prazos de carência constantes do art. 15 da Lei no 9.074, de 7 de julho de 1995, conforme regulamentação da ANEEL, podendo o fornecimento ser complementado por empreendimentos de geração associados às fontes aqui referidas, visando a garantia de suas disponibilidades energéticas mas limitado a quarenta e nove por cento da energia média que produzirem. Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Evolução Regulatória do Mercado Livre. Regulamentação da Cessão de Excedentes Contratuais por Consumidores no ACL (art. 25 da Lei nº 12.783, de 2013, e Portaria MME nº 185, de 04/06/2013) Anseio do Mercado e das Associações : Na avaliação da APINE/Andrade&Canellas este é um dos pontos mais importantes para que a expansão do ACL se sustente: "Uma vez que a demanda por energia dos consumidores livres está sujeita a flutuações decorrentes da conjuntura econômica, essa mudança incentivaria a realização de contratos de longo prazo, o que aumentaria a liquidez do mercado e otimizaria o uso da energia", Palavras do presidente da Andrade & Canellas, João Carlos Mello. Contribuirá para reduzir o risco financeiro na contratação de longo prazo (Atacado) e aumentar da liquidez no ACL (Varejo e Atacado). Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Evolução Regulatória do Mercado Livre. RESOLUÇÃO NORMATIVA Nº 570, DE 23 DE JULHO DE 2013 Regulamentação da comercialização de energia elétrica no Sistema Interligado Nacional - SIN, em nome e conta de agentes representantes (Comercialização /Comercializador Varejista). Simplificação da operação dos consumidores especiais e pequenos geradores (energia incentivada) na CCEE O Comercializador Varejista pode ser responsável pela representação dos pequenos agentes, gestão contratual e das operações na CCEE. Consolidação da Contabilização e Liquidação no Comercializador Varejista Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Planejamento do Setor Elétrico Brasileiro – Principais Desafios Formulação das Políticas Energéticas Expansão do Sistema Elétrico/Energético - Energia do Amanhã Financiamento do Programa de Expansão Operação do Sistema Elétrico/Energético – Confiabilidade e Custos Ações das Agências Reguladoras – ANEEL, ANA e ANP Comercialização da Energia – Fluxo Financeiro entre os Agentes Desenvolvimento Tecnológico – Integração Indústrias / Universidades Formação de Pessoal Ações Internacionais – Integração elétrica / energética com os países vizinhos e outras ações Transição na Expansão da Hidroeletricidade para Térmica e a Inserção das Fontes Renováveis Intermitentes (eólica, biomassa e solar) Usinas Hidroelétricas a Fio-d´água (sem reservatórios de regularização plurianual) e a Inclusão de Usinas Reversíveis (de bombeamento) Diárias e Sazonais – aspectos de planejamento, de operação e de comercialização, inclusive o balanço de ponta do SIN. Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho PRINCÍPIOS E OBJETIVOS DA POLÍTICA ENERGÉTICA • Expansão ao Mínimo Custo • Respeito aos Contratos • Fortalecimento do Planejamento • Diversificação da Matriz: Fontes Renováveis • Integração Nacional e Autossuficiência • Desenvolvimento Tecnológico Nacional • Questões Socioambientais • Integração Sul-Americana Segurança no Abastecimento Modicidade Tarifária Universalização do Atendimento Obs. Política Energética Nacional – Lei 9.478 / 97 Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho PLANO NACIONAL DE ENERGIA MATRIZ ENERGÉTICA NACIONAL PLANO DECENAL DE ENERGIA LEILÕES MONITORAMENTO VISÃO DE 1 A 3 ANOS Petróleo e Gás Energia Elétrica Transmissão Biodiesel VISÃO DE PROGRAMAÇÃO ESTUDOS DE CURTO E MÉDIO PRAZOS (ATÉ 10 ANOS) VISÃO ESTRATÉGICA ESTUDOS DE LONGO PRAZO (ATÉ 30 ANOS) O PLANEJAMENTO E O MONITORAMENTO DO SETOR ENERGÉTICO BRASILEIRO Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho 19,8 27,2 0 10 20 30 40 2013 2023 202 217 0 120 240 2013 2023 BRASIL - DEMOGRAFIA E ECONOMIA bilhões de habitantes PIB Per Capita 0,7% a.a. M ilh õ e s d e h a b it a n te s 1,5 milhões/ano 1 0 3 R $ p e r c a p it a ( 2 0 1 0 ) 3,2% a.a. População PIB: 3,9% a.a.Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho 609,9 933,8 0 250 500 750 1.000 2013 2023 Energia Elétrica T W h 4,3% a.a. Fonte: Plano Decenal 2023, MME/SPE. % Renováveis 78,4 % Fósseis 19,2 % Renováveis 86,1 % Fósseis 11,2 BRASIL - OFERTA DE ENERGIA Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho 2.000 4.000 7.700 0 3.000 6.000 9.000 1970/2000 2000/2010 PDE 2023 In c re m e n to Fonte: Plano Decenal 2023, MME/SPE. BRASIL – CAPACIDADE INSTALADA INCREMENTO ANUAL MÉDIO MW ~ Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho 70,7 11,3 6,6 2,4 3,6 1,9 2,4 1,1 0,0 69,3 8,1 8,1 2,8 0,4 1,1 1,6 8,1 0,6 0 20 40 60 80 Hidro Gás Natural Biomassa Nuclear Petróleo e Derivados Gás Industrial Carvão Eólica Solar 2013 2023 Renováveis Brasil: 2013 – 78,4% 2023 – 86,1% Mundo:2013 – 20,4% Oferta de “Energia Elétrica” - TWh 2013 – 609,9; 2023 – 933,8 Crescimento anual médio: 4,3% Combustíveis Fósseis Brasil: 2013 – 19,2% 2023 – 11,2% Mundo:2013 – 69,2% % MATRIZ DE OFERTA DE ENERGIA ELÉTRICA PARTICIPAÇÃO DAS FONTES (%) – PERÍODO 2013 / 2023 Crescimento (%) PIB: 3,9 População: 0,7 50 10 88 78 -85 -11 0 1.057 - Incremento 2013 / 2023 % Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho 2013: 126,8 GW (86 hidro – 68%) 2023: 204,0 GW (121 hidro – 59%) 77,2 GW no Decênio – 2013/2023 (7,72 GW/ano) Fonte GW % Hidro 35,0 45 Eólica 20,4 26 Biomassa 6,9 9 Solar 4,0 5 Gás natural 10,3 14 Nuclear 1,4 2 Petróleo (-1,3) (-2) Carvão 0,5 1 Total 77,2 100,0 (4,7 GW de Autoprodutor) BRASIL - CAPACIDADE INSTALADA Fonte: PDE 2023, MME/SPE Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho EXPANSÃO DO SISTEMA GERADOR DO BRASIL (1/2) Setor Energético/Elétrico - crescimento da ordem de 4% ao ano, nos próximos 10/15 anos; Expansão da Capacidade Instalada - cerca de 7.700 MW, por ano, incluindo autoprodução, nos próximos 10/15 anos; No Plano Decenal 2023 (horizonte 2013/2023), 77.200 MW Renováveis (66,3 GW - 85%) Hidro – 35,0 GW (45%), Eólica – 20.4 GW (26%), Biomassa – 6,9 GW (9%) e Solar – 4,0 GW (5%) Não Renovável (10,9 GW - 15%) Gás Natural – 10,3 GW (14%), Nuclear - 1,4 GW (2%) Petróleo – (-1,3 GW (-2%) e Carvão 0,5 GW (1%) Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho ACR A-5 A-4 A-3 A-2 A-1 A Contratação de Geração Existente Ano de Início de Suprimento Contratação de Energia Nova Decreto nº 5.163, de julho de 2004 • Leilões de compra para distribuidores (Art. 19) : Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Esgotamento do potencial hidroelétrico aproveitável (competitivo e ambientalmente viável), de cerca de 150.000 MW, no quinquênio 2025/2030; Geração térmica futura, operação de base, com baixo custo do combustível, constituída de gás natural, urânio (nuclear) e carvão mineral, a partir do quinquênio 2025/2030; Novas usinas nucleares após Angra III – atualmente na fase dos estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental; Planejamento Estratégico de Longo Prazo - Plano Nacional de Energia 2050, em fase de elaboração pela EPE e MME. EXPANSÃO DO SISTEMA GERADOR DO BRASIL (2/2) Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Marcos Legais Complementação Necessária • Desverticalização • Universalização dos serviços • Planejamento setorial • Atendimento aos sistemas isolados • Regime de serviço público x uso de bem público (PIE) • Papel da Eletrobras no novo contexto • Financiamento setorial • Participação cruzada dos agentes em G, T, D e C • Revisão da estrutura tributária Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Marcos Legais Outros Condicionantes • Política de preços para o GN • Política de importação e exportação de energia • Privatização parcialmente realizada – 20%G e 90%D • Nenhuma nova concessão (UHE) – 1988 a 1995 • Forte dependência do regime hidrológico • Complexidade do setor Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Muito obrigado!
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