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Secretaria de Estado do Planejamento e Desenvolvimento Coordenadoria Geral de Estudos Econômicos e Sociais Divisão de Estudos e Pesquisas Panorama e Vetores de Desenvolvimento de Roraima Volume III – Turismo, Meio Ambiente, Zoneamento e Recursos Naturais Roraima 2015 GOVERNADORA DO ESTADO DE RORAIMA Maria Suely Silva Campos SECRETARIA DE ESTADO DO PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO Alexandre Alberto Henklain Fonseca COORDENADORIA GERAL DE ESTUDOS ECONÔMICOS E SOCIAIS Milton Antonio do Nascimento DIVISÃO DE DOCUMENTAÇÃO E INFORMAÇÃO Pedro Esbell Neto DIVISÃO DE ESTATÍSTICA Natalino Araújo Paiva DIVISÃO DE ESTUDOS E PESQUISAS Fábio Rodrigues Martinez EQUIPE TÉCNICA Cícero Ivo Moura Bezerra Júnior Márcio Jânio Campos de Azevedo Natalino Araújo Paiva Secretaria de Estado do Planejamento e Desenvolvimento de Roraima Panorama e Vetores do desenvolvimento de Roraima 2015, 2ª Edição, Volume III Elaborado pela Divisão de Estudos e Pesquisas Técnico Responsável: Márcio Jânio Campos de Azevedo 48 pag. 1. Roraima 2.Turismo 3.Atrativos Turísticos 4.Meio Ambiente 5.Recursos Naturais SECRETARIA DE ESTADO DO PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO – SEPLAN COORDENADORIA GERAL DE ESTUDOS ECONÔMICOS E SOCIAIS – CGEES Endereço: Rua Coronel Pinto, 267– Centro, Boa Vista – RR – CEP. 69.301–150 http://www.seplan.rr.gov.br / e–mail: cgees@seplan.rr.gov.br Telefone: 0xx(95) 2121–2534 / 2121–2535 / 2121-2538 Sumário APRESENTAÇÃO 5 TURISMO 6 Perfil dos hospedes de hotéis de Roraima 9 PRINCIPAIS ATRATIVOS TURÍSTICOS 15 Áreas de Livre Comércio - ALC 18 MEIO AMBIENTE E RECURSOS NATURAIS 19 Informações ambientais de Roraima 20 Zoneamento Ecológico-Econômico 26 Hidrografia e transporte fluvial 33 Solos e minerais 37 SIGLAS 41 REFERÊNCIA 43 Panorama e Vetores de Desenvolvimento do Estado de Roraima 5 APRESENTAÇÃO ma das finalidades da Secretaria de Estado do Planejamento e Desenvolvimento é fornecer à sociedade informações socioeconômicasdo Estado, que colaborem para um melhor entendimento dos cenários e tendências de desenvolvimento do Estado e da Região Norte, com vistas facilitar o acesso das oportunidades que o estado dispõe à sociedade como um todo. Com este intuito a Coordenadoria Geral de Estudos Econômicos e Sociais (CGEES), através da Divisão de Estudos e Pesquisas (DIEP) e Divisão de Estatística (DIES), tem ampliado o seu volume de publicações, quantitativa e qualitativamente, no sentido de facilitar o acesso para toda população a estudos para os mais diversos públicos, e para as mais diversas finalidades, porém sempre com foco em atender às demandas de interesse no Estado de Roraima. A publicação Panorama e Vetores de Desenvolvimento foi concebida para subsidiar com informações os investidores interessados em Roraima, e a comunidade em geral, através de quadros conjunturais do Estado. Desta forma, esta publicação se diferencia das demais em vários aspectos, a mais marcante é que ela não fornecerá séries históricas, pois já existem diversas publicações com este intuito. A abordagem é voltada para transmitir a situações do panorama atual sobre os seguintes temas: economia regional, infraestrutura e características da região. Esta publicação está dividida em três volumes: Volume I: Características Gerais, Infraestrutura, Incentivos e Comércio Exterior; Volume II: Produto Interno Bruto, Agropecuária, Comércio e Indústria; Volume III: Turismo, Meio Ambiente, Zoneamento e Recursos Naturais. Por fim, esta publicação destina-se aqueles que, a partir destas informações, possam direcionar seus esforços e ideais, objetivando alavancar seus empreendimentos e aproveitar o que o Estado de Roraima tem de melhor para oferecer. U Panorama e Vetores de Desenvolvimento do Estado de Roraima 6 TURISMO Foto: Alfredo Maia Foto: Alfredo Maia Foto: Alfredo Maia Foto: Alfredo Maia Panorama e Vetores de Desenvolvimento do Estado de Roraima 7 turismo mundial, nestas últimas duas décadas, vem sofrendo mudanças graduais no que tange o fluxo turístico. Europa e EUA ainda são as maiores receptoras de turismo do mundo, mas a participação dos países em desenvolvimento tem ganhado cada vez mais espaço. Segundo o Ministério do Turismo a participação dos países em desenvolvimento saltou de 31% em 1990 para 45% no ano de 2008. Os dados do turismo no Brasil indicam que a atividades características do turismo apresentaram crescimento contínuo entre os anos de 2002 e 2008, acompanhado de uma aumento das ocupações trabalhistas formais e informais relacionados à atividades turísticas no mesmo período. Ainda segundo a Organização Mundial de Turismo (OMT), a atividade turística é responsável por cerca de 6% a 8% dos empregos no mundo, pois engloba uma serie de atividades, tais como: hospedagem, alimentação, transporte, comércio e serviços diversos. No contexto turístico brasileiro, Roraima se destaca pela sua diversidade biológica preservada, seus contrastes biomáticos e sua posição estratégica. Sendo eleita, pela conceituada Revista National Geographic, como seu destino predileto no Brasil no ano de 2012. Suas paisagens são ideais para prática de duas modalidades turísticas: Ecoturismo1 – É a modalidade de turismo que envolve atividades que estimulam a reflexão e integração entre homem e meio ambiente, bem como a preservação. A sua prática ocorre em lugares de natureza preservada entrelaçada com a cultura local e seus hábitos ímpares; Turismo Aventura2 – Esta modalidade envolve a prática esportiva não competitiva, tais como: trekking, moutainbike, canoagem, arborismo, mergulho, percursos fora de estrada, cachoeirismo, montanhismo, rapel, pesca esportiva e outras atividades correlatas. 1 Ecoturismo: Orientações Básicas - Ministério do Turismo, 2º ed., Brasília 2010. 2 Ministério do Turismo. Disponível em: http://www.turismo.gov.br/turismo/programas_acoes/regionalizacao_turismo/estruturacao_segmento s/aventura.html O Panorama e Vetores de Desenvolvimento do Estado de Roraima 8 Porém, esta vocação permanece pouco explorada, um verdadeiro diamante aguardando ser lapidado. Este segmento deve expandir e ganhar representatividade no mercado nacional e internacional com eco turismo / turismo aventura no eixo da América Latina, e o turismo de negócios e eventos em Boa Vista. Panorama e Vetores de Desenvolvimento do Estado de Roraima 9 Perfil dos hóspedes de hotéis de Roraima egundo informações extraídas do Boletim de Ocupação Hoteleira (BOH), pelo Departamento de Turismo da SEPLAN, demonstra que o fluxo turístico de Roraima tem negócios como o principal motivo de viagem, 30% das pessoas que se hospedaram em hotéis de Roraima no ano de 2011 vieram à negócios, seguido pelo turismo, cuja representatividade foi de 9%, o último fator com relativa relevância foram as convenções, com 3% do total. Em relação a nacionalidade dos que se hospedaram nos hotéis de Roraima no ano de 2011 demonstra que, em quase sua totalidade, se trata de brasileiros, cuja representatividade atinge os 91,7% do total de hospedes dos hotéis. Em segundo ficaramos venezuelanos, que faz fronteira com Roraima, com apenas 2,0%. Já nossa outra fronteira, Guiana Inglesa, foi responsável pela terceira maior demanda de hospedagens nos hotéis com um total de 1,0% do total. Nessa demanda de turistas brasileiros foi identificada a necessidade de determinar a sua origem por Unidade da Federação (UF). Foi apurado que o Amazonas, com 25%, é responsável pelo maior fluxo turístico entre os brasileiros. Em segundo ficou São Paulo com 17%. Roraima representou 13% do total. Brasília e Rio de Janeiro dividem a quarta posição com 5% cada. Foi apurado que a modal mais utilizado para chegar em Roraima foi o aéreo, representando 62% do total. Os automóveis representaram 17% do total. O ônibus ficou em terceiro com 7%. Ressaltamos que estes são dados obtidos através do BOH, e representa a realidade dos turistas hospedados em hotéis. A faixa etária dos visitantes de Roraima é constituída em sua maioria por adultos com idades que variam entre 31 a 45 anos (38,7% do total). Seguido por jovens adultos com idades que variam entre 16 a 30 anos (23,4% do total). O terceiro grupo tem idade variada entre 46 e 60 anos (20% do total). O grupo com idade de 61 anos ou mais representa 4,8% do total, enquanto a faixa de idade entre 0 e 15 anos representa apenas 0,9%. S Panorama e Vetores de Desenvolvimento do Estado de Roraima 10 As informações do BOH apuraram ainda uma desigualdade entre representantes do sexo masculino e feminino. Do total apurado foi observado que as mulheres representam apenas 22% do total e os homens representam 76%. Quadro panorâmico da profissão, procedência nacional e internacional do turista hospedado em hotel - 2011 Profissão % Nacionalidade % Procedência nacional % Aeronauta 9% Brasileiro 91,7% Amazonas 25% Professor 5% Venezuelano 2,0% São Paulo 17% Empresário 4% Guiana Inglesa 1,0% Roraima 13% Comerciante 4% Americano 0,7% Brasília 5% Engenheiro 4% Argentina 0,5% Rio de Janeiro 5% Administrador 4% Não informaram 2,1% Não Informaram 14% Não informaram 12% Outros 2,0% Outros 21% Outros 58% Total 100% Total 100% Total 100% Fonte: SEPLAN/Departamento de Turismo – Boletim de Ocupação Hoteleira (BOH); Elaboração: SEPLAN/CGEES. Quadro panorâmico com motivo da viagem e meio de transporte utilizado pelo turista hospedado em hotel - 2011 Motivo da viagem % Meio de transporte % Negócios 30% Avião 62% Turismo 9% Automóvel 17% Convenção 3% Ônibus 7% Não informaram 19% Não informaram 12% Outros 39% Outros 2% Total 100% Total 100% Fonte: SEPLAN/Departamento de Turismo – Boletim de Ocupação Hoteleira (BOH); Elaboração: SEPLAN/CGEES. Panorama e Vetores de Desenvolvimento do Estado de Roraima 11 Quadro panorâmico com faixa etária e sexo do turista hospedado em hotel - 2011 Faixa etária Quant. Sexo Quant. 0 a 15 anos 0,9% Masculino 76% 16 a 30 anos 23,4% Feminino 22% 31 a 45 anos 38,7% Não informaram 2% 46 a 60 anos 20,0% Total 100% Acima de 61 anos 4,8% Não informaram 12,2% Total 100% Fonte: SEPLAN/Departamento de Turismo – Boletim de Ocupação Hoteleira (BOH); Elaboração: SEPLAN/CGEES. 2,00% 2,10% 0,50% 0,70% 1,00% 2,00% 91,70% Outros Não informaram Argentina Americano Guiana Inglesa Venezuelano Brasileiro Nacionalidade dos hóspedes de hotéis de Roraima - 2011 Panorama e Vetores de Desenvolvimento do Estado de Roraima 12 21% 14% 5% 5% 13% 17% 25% Outros Não Informaram Rio de Janeiro Brasília Roraima São Paulo Amazonas Origem dos brasileiros hóspedes de hotéis de Roraima - 2011 57% 12% 4% 4% 4% 4% 5% 9% Outros Não informaram Administrador Engenheiro Comerciante Empresário Professor Aeronauta Profissão dos hóspedes de hotéis de Roraima - 2011 Panorama e Vetores de Desenvolvimento do Estado de Roraima 13 39% 19% 3% 9% 30% Motivo da viagem dos hóspedes de hotéis de Roraima - 2011 Outros Não informaram Convenção Turismo Negócios 2% 12% 7% 17% 62% Meios de transporte utilizado pelos hóspedes de hotéis de Roraima - 2011 Outros Não informaram Ônibus Automóvel Avião Panorama e Vetores de Desenvolvimento do Estado de Roraima 14 0,90% 23,40% 38,70% 20,00% 4,80% 12,20% 0 a 15 anos 16 a 30 anos 31 a 45 anos 46 a 60 anos Acima de 61 anos Não informaram Faixa etária dos hóspedes de hotéis de Roraima - 2011 76% 22% 2% Sexo dos hóspedes de hotéis de Roraima - 2011 Masculino Feminino Não informaram Panorama e Vetores de Desenvolvimento do Estado de Roraima 15 PRINCIPAIS ATRATIVOS TURÍSTICOS Foto: Alfredo Maia Foto: Márcio Azevedo Foto: Alfredo Maia Panorama e Vetores de Desenvolvimento do Estado de Roraima 16 Baixo Rio Branco Localizado ao sul do Estado de Roraima, possui abundante variedade de peixes, em especial os valorizados no mercado de pesca esportiva. Seu acesso é feito por barco ou por via aérea. Localização: Caracaraí Corredeira do Bem-Querer Trata-se de um balneário localizado na cidade de Caracaraí com diversos atrativos, tais como a linda paisagem, pesca, banhos de rio, serviços de bar e restaurante. Para os adeptos da canoagem e caiaque. Localização: Caracaraí Lago do Caracaranã Localizado no Município de Normandia o Lago do Caracaranã se destaca por possuir uma extensa praia de areia branca e fina, completa a paisagem os cajueiros. Possui estrutura de chalés construídos em madeira e vasta área de camping. Localização: Normandia Monte Roraima O Monte Roraima possui 2.875 metros de altitude e localiza-se na tríplice fronteira: Venezuela, Guiana e Brasil. Sendo acessível apenas pelo lado venezuelano, no lado brasileiro ele pode ser visualizado como um paredão intransponível. Conhecido internacionalmente, ele é responsável por grande parte do fluxo turístico em Roraima, hora como corredor, hora como parte do roteiro. Certo é que o Monte Roraima é o principal componente das opções turísticas de Roraima. Localização: Pacaraima Panorama e Vetores de Desenvolvimento do Estado de Roraima 17 Pedra Pintada Um sítio arqueológico cravado no lavrado roraimense, a cerca de 145 km da capital Boa Vista, subindo pela BR-174 em direção à Venezuela, na Reserva Indígena de São Marcos. Possui aproximadamente 80 metros de comprimento, 60 metros de largura e 35 metros de altura, ela apresenta vestígios de povos primitivos que datam de 2.000 A.C.3 Localização: Pacaraima Ruínas do Forte São Joaquim O Forte São Joaquim foi erguido entre 1775 e 1778 na confluência dos rios Uraricoera com Tacutu. Esta ocupação se deu por recomendação da Coroa Portuguesa, preocupada com os avanços dos ingleses, espanhóis e holandeses nas regiões fronteiriças do Brasil. Este certamente é o sítio arqueológico que marca as primeiras ocupações não indígenas em Roraima. Localização: Boa Vista Serra do Tepequém Localizado no município de Amajari, a Serra do Tepequém é o local ideal para uma grande variedade de atividades tais como:ecoturismo, tracking, moutainbike. Dentre seus atrativos estão: Cachoeiras do Paiva, Barata, Sobral, Funil, Laje Preta e Laje Verde, platô (onde atinge seu ponto mais alto – 1.022 metros acima do nível do mar), Paraíso das Araras, Enseada da Anta, trilha da Pedra Sabão, Vila do Cabo Sobral e grutas subterrâneas. O Tepequém ainda conta com várias pousadas, áreas de camping e restaurantes. Localização: Amajari 3 Ribeiro, Pedro A. Mentzet al. "Projeto de Salvamento Arqueológico no Território Federal de Roraima" (1986, 1987, 1989) Cepa (Santa Cruz do Sul). Panorama e Vetores de Desenvolvimento do Estado de Roraima 18 Áreas de Livre Comércio - ALC A lei 11.732, de 30 de junho de 2008, criou as Áreas de Livre Comércio de Boa Vista e (ALCBV) e a de Bonfim (ALCB), que institui a estes municípios condições especiais de regime tributário, com vistas ao crescimento econômico dessas regiões. O mercado, após esta mudança, passou a oferecer condições propicias a oferta de bens a preços competitivos, sendo, dessa forma, um atrativo a mais para o visitante. As condições para o estimulo do comércio é potencializada pela reduzida distância dos municípios com a fronteira, Bonfim que faz divisa com a Guiana Inglesa e, a Venezuela, que dista apenas 220 km do Estado Bolívar, o primeiro Estado da Venezuela4. A atividade turística de compras, que até então era predominantemente interestadual, por conta das atrativas zonas comerciais da Capital Boa Vista, se torna interessante também para o turismo internacional, cujos preços competitivos e diversidade de bens e serviços se convertem em um encanto a mais para serem somadas as belezas naturais do Estado de Roraima. 4 Anuário Estatístico do Estado de Roraima 2013. Disponível em: www.seplan.rr.gov.br. Panorama e Vetores de Desenvolvimento do Estado de Roraima 19 MEIO AMBIENTE E RECURSOS NATURAIS Foto: Alfredo Maia Foto: Alfredo Maia Foto: Alfredo Maia Panorama e Vetores de Desenvolvimento do Estado de Roraima 20 Informações ambientais de Roraima o segmento ambiental as informações foram disponibilizadas pelo monitoramento operacional em tempo real CATT-BRAMS5, realizado pelo Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC/INPE). Segundo estas informações, no ano de 2011, em Roraima o município com menor precipitação pluviométrica acumulada foi Uiramutã (1.085,2 mm/a), e o com maior precipitação pluviométrica foi o município de Caroebe (3.172,8 mm/a). Caroebe foi ainda quem apresentou o índice mais elevado no quesito umidade relativa do ar média (81,7%), enquanto que Bonfim apresentou o nível de umidade relativa do ar média mais baixo (71,4%). Ainda foram computados a ocorrência de 3.209 focos de queimadas sendo que Normandia foi quem teve maior incidência deste evento com um total de 474 focos de incêndio no ano de 2011, ou seja 15% do total dos focos de incêndio. São Luiz foi quem apresentou menor ocorrência com apenas 54 casos de focos de incêndio, ou seja, 2% do total dos focos de incêndio. O total de área desflorestada no ano de 2011 foi de 131,1 km² sendo que Mucajaí apresentou a maior área desflorestada com 26,9 km², ou 21% do total da área desflorestada. Ele vem seguido pelo município de Caracaraí que teve 22,9 km² de área desflorestada, ou 17% do total da área desflorestada. Em contrapartida, não foi constatado nenhuma redução de floresta no município de Normandia. Boa Vista com 0,2 km² de área desflorestada, Pacaraima também com 0,2 km² e Uiramutã com 0,7 km², foram os municípios que apresentaram os valores menos significativos no total de área desflorestada do Estado de Roraima. 5 Coupled Aerosol andTracer Transport model to the Brazilian developments on the Regional Atmospheric Modelling System. N Panorama e Vetores de Desenvolvimento do Estado de Roraima 21 O Índice Ultravioleta (IUV) máximo é usado para medir o nível de radiação solar na superfície da Terra, ele é aferido a partir das condições de céu limpo no período de meio dia. Essa escala varia de 1 a 15, sendo índices acima de 10 considerados extremos. Em Roraima este índice varia entre 11,7 (Boa Vista, Bonfim, Cantá, Caracaraí, Caroebe, Mucajaí, Normandia, Rorainópolis, São Luiz) até 12,1 (Pacaraima). Informações Ambientais: chuvas e umidade relativa do ar - 2011 Municípios Precipitação pluviométrica acumulada (mm/a) Umidade relativa do ar média (%) Amajari 3.009,6 76,3 Alto Alegre 2.980,1 74,7 Boa Vista 2.675,3 75,1 Bonfim 1.890,2 71,4 Cantá 2.590,4 73,9 Caracaraí 3.160,7 79,4 Caroebe 3.172,8 81,7 Iracema 2.746,0 76,3 Mucajaí 2.999,8 76,2 Normandia 1.556,8 78,7 Pacaraima 2.040,4 78,4 Rorainópolis 2.909,4 81,1 São João da Baliza 3.093,1 81,4 São Luiz 2.892,7 81,1 Uiramutã 1.085,2 73,9 Fonte: CPTEC/INPE, SIA/MS, PROARCO/IBAMA e PRODES/IBAMA. Elaboração: SEPLAN/CGEES/DIEP. Panorama e Vetores de Desenvolvimento do Estado de Roraima 22 76,3 74,7 75,1 71,4 73,9 79,4 81,7 76,3 76,2 78,7 78,4 81,1 81,4 81,1 73,9 3.009,60 2.980,10 2.675,30 1.890,20 2.590,40 3.160,70 3.172,80 2.746,00 2.999,80 1.556,80 2.040,40 2.909,40 3.093,10 2.892,70 1.085,20 Amajari Alto Alegre Boa Vista Bonfim Cantá Caracaraí Caroebe Iracema Mucajaí Normandia Pacaraima Rorainópolis São João da Baliza São Luiz Uiramutã Umidade relativa do ar, precipitação pluviométrica e focos de Queimada - 2011 Precipitação pluviométrica acumulada (mm/a) Umidade relativa do ar média (%) Panorama e Vetores de Desenvolvimento do Estado de Roraima 23 Informações Ambientais: Focos de queimadas e desflorestamento - 2011 Municípios Focos de queimada Desflorestamento Número de ocorrências % km² % Amajari 154 5% 12,7 10% Alto Alegre 166 5% 11,5 9% Boa Vista 280 9% 0,2 0% Bonfim 388 12% 3,8 3% Cantá 82 3% 8,6 7% Caracaraí 147 5% 22,9 17% Caroebe 321 10% 15,1 12% Iracema 42 1% 7,2 5% Mucajaí 110 3% 26,9 21% Normandia 474 15% 0 - Pacaraima 340 11% 0,2 0% Rorainópolis 280 9% 11,5 9% São João da Baliza 75 2% 4,7 4% São Luiz 54 2% 5,1 4% Uiramutã 296 9% 0,7 1% Roraima 3.209 100% 131,1 100% Fonte: CPTEC/INPE, SIA/MS, PROARCO/IBAMA e PRODES/IBAMA. Elaboração: SEPLAN/CGEES/DIEP. Panorama e Vetores de Desenvolvimento do Estado de Roraima 24 5% 5% 9% 12% 3% 5% 10% 1% 3% 15% 11% 9% 2% 2% 9% 10% 9% 0% 3% 7% 17% 12% 5% 21% 0% 0% 9% 4% 4% 1% Amajari Alto Alegre Boa Vista Bonfim Cantá Caracaraí Caroebe Iracema Mucajaí Normandia Pacaraima Rorainópolis São João da Baliza São Luiz Uiramutã Participação dos municípios nos focos de queimada e desflorestamento de Roraima - 2011 Desflorestamento Focos de queimada Panorama e Vetores de Desenvolvimento do Estado de Roraima 25 Informações Ambientais do Estado de Roraima – 2011 Municípios IUV máximo Boa Vista 11,7 Bonfim 11,7 Cantá 11,7 Caracaraí 11,7 Caroebe11,7 Mucajaí 11,7 Normandia 11,7 Rorainópolis 11,7 São Luiz 11,7 Alto Alegre 11,8 Amajari 11,8 Iracema 11,8 São João da Baliza 11,8 Uiramutã 11,9 Pacaraima 12,1 Fonte: CPTEC/INPE, SIA/MS, PROARCO/IBAMA e PRODES/IBAMA. Elaboração: SEPLAN/CGEES/DIEP. 60% 26% 7% 7% Ocorrência nos municípios de IUV máximo anual em Roraima - 2011 IUV 11,7 IUV 11,8 IUV 11,9 IUV 12,1 Panorama e Vetores de Desenvolvimento do Estado de Roraima 26 Zoneamento Ecológico-Econômico Estado de Roraima possui um diversificado número de ecossistemas, um dos maiores contrastes entre a floresta Amazônica e os campos gerais, como pode ser visto nos mapas com a vegetação de Roraima disponibilizado pelo CGPTRR/SEPLAN. O Estado é considerado uma das áreas menos degradadas da Amazônia Brasileira, as áreas de lavrado com ocupação da pecuária sofrem um impacto mais significativo, por consequência do uso do fogo, ocasionando à destruição da microfauna e o deslocamento dos nutrientes, por conseguinte o empobrecimento do solo. Numa visão integrada de planejamento e desenvolvimento regional, Roraima tem procurado seu desenvolvimento através do zoneamento de seu espaço geográfico e para alcançar esses objetivos, o governo do Estado definiu áreas prioritárias para execução do zoneamento, em função da sua localização estratégica, suas características sociais e pelos potenciais agrícola, industrial, mineral, hidroelétrico e de turismo ecológico, como pode ser visto no mapa de gestão territorial6. Conforme informações apresentadas pelo IACT no Fórum de Desenvolvimento Sustentável de Roraima 2012, o estado dispõe de cinco macrozonas: savana estépica (representa 4,81% do território do estado), savana úmida (representa 11,90% do território do estado), entorno de Boa Vista (representa 2,74% do território do estado), floresta ombrófila (representa 63,98% do território do estado) e campinarana (representa 16,57% do território do estado). Outro elemento pertinente é o controle de terras do Governo Federal nas terras do Estado de Roraima. Unidades de Conservação (UC’s) federais (7,6% do território) e estaduais (14,8% do território) e uma vasta Reserva Indígena (46,2% do território). Juntas, UC’s e Reservas Indígenas somam mais de 68% das terras que compõem o Estado de Roraima. Fora isso ainda existe duas grandes áreas de controle federal, são exército (1,2%) e INCRA (6,0%). 6ZEE - 2002. O Panorama e Vetores de Desenvolvimento do Estado de Roraima 27 Os municípios com maiores comprometimentos de sua área são Uiramutã, que possui 99,7% de sua área sobe tutela de instituições federais, Pacaraima, 97,9% de sua área sobe tutela de instituições federais, e Normandia, que possui 96,4% de sua área sobe tutela de instituições federais. Os municípios com maior área remanescente são Bonfim, com 74,9%, Cantá, com 70,8%, e São Luiz, com 88,0% de área remanescente. Esta conjuntura favorece a preservação das áreas verdes, porém restringe a ampliação das atividades do setor primário como produção de grãos, aumento do efetivo de rebanho e extração de madeira. Macrozonas (segundo ZEE - 2002) Classificação % Savana estépica 4,81 Savana úmida 11,90 Entorno de Boa Vista 2,74 Floresta ombrófila 63,98 Campinarana 16,57 Área total 100,0 Fonte: CGPTERR/SEPLAN. Panorama e Vetores de Desenvolvimento do Estado de Roraima 28 Figura 1: Vegetação de Roraima - ZEE 2002 Panorama e Vetores de Desenvolvimento do Estado de Roraima 29 Áreas Institucionais - 2011 Instituição Área (ha.) % FUNAI 10.362.252,0 46,2 INCRA 1.342.959,1 6,0 IBAMA / ICMBio 1.708.346,0 7,6 Exército 275.826,2 1,2 APA - Estadual 3.313.080,7 14,8 Área Pretendida 5.436.813,8 24,2 Fonte: CGPTERR/SEPLAN 46% 6% 8% 1% 15% 24% Destinação das terras no Estado de Roraima (%) - 2011 Reservas Indígenas - Funai Área do INCRA IBAMA / ICMBio Área do Exército APA - Estadual Área Pretendida Fonte: CGPTRR/SEPLAN Panorama e Vetores de Desenvolvimento do Estado de Roraima 30 Área institucional por município (participação %)- 2011 Município FUNAI ICMBIO INCRA APA Militar Área Remanescente Alto Alegre 75,5% 6,2% 4,4% - - 13,9% Amajari 60,2% 6,9% 2,6% - - 30,3% Boa Vista 24,8% - 13,8% - 0,7% 60,7% Bonfim 21,2% - 2,1% - 1,9% 74,9% Cantá 7,2% - 22,0% - - 70,8% Caracaraí 16,2% 20,1% 4,2% 32,2% 5,4% 21,8% Caroebe 54,4% - 12,4% - - 33,3% Iracema 75,7% - 8,8% - - 15,4% Mucajaí 56,2% 1,9% 9,3% - - 32,6% Normandia 96,4% - - - - 3,6% Pacaraima 97,9% - - - - 2,1% Rorainópolis 19,3% 7,7% 7,6% 46,9% - 18,6% São João da Baliza 47,9% - 6,6% - - 45,5% São Luiz - - 12,0% - - 88,0% Uiramutã* 99,7% 14,6% - - - 0,3% RORAIMA 46,2% 7,6% 6,0% 13,8% 1,2% 25,8% Fonte: CGPTERR/SEPLAN *Em Uiramutã a área do ICMBIO está em sobreposição a área da FUNAI. Panorama e Vetores de Desenvolvimento do Estado de Roraima 31 Figura 2: Áreas institucionais Panorama e Vetores de Desenvolvimento do Estado de Roraima 32 Figura 3: Gestão territorial Panorama e Vetores de Desenvolvimento do Estado de Roraima 33 Hidrografia e transporte fluvial oraima é o único estado em que todos os seus rios tem sua nascente no próprio território. O rio Branco origina-se da confluência dos rios Uraricoera - o maior do estado - e Tacutu, trinta quilômetros a norte da capital Boa Vista. O Rio Branco se divide em três segmentos: Alto Rio Branco; Médio Rio Branco; e Baixo Rio Branco. O Alto Rio Branco possui 172 km, ele começa na confluência dos Rios Uraricoeira e Tacutu, passa por Boa Vista, e termina na cachoeira do Bem-Querer. Ele não apresenta muita profundidade e conta com muitos bancos de areia. O Médio Rio Branco possui apenas 24 km, começa na cachoeira do Bem-Querer e vai até o povoado de Vista Alegre. É uma área de transição, com várias corredeiras, o que o torna inavegável por embarcações de grande porte. O Baixo Rio Branco possui 388 km começa em Vista Alegre e corta todo o centro-sul de Roraima até encontrar-se com o Rio Negro no Amazonas7. Roraima não possui transporte fluvial para interligar cidades do próprio Estado, excetuando-se poucos casos de vilas sem acesso rodoviário. O Rio Branco é o principal eixo fluvial do Estado de Roraima, subdividindo- se em alto, médio e baixo Rio Branco. O Alto Rio Branco apresenta obstáculos a navegação, na confluência do Rio Tacutu e Uraricoera com extensão aproximada de 139 km. O médio Rio Branco compreende a parte encachoeirada entre os municípios de Mucajaí e Caracaraí. Durante as cheias, observa-se o tráfego de pequenas embarcações, devido a consideráveis blocos de rochas predominantes. O Baixo Rio Branco compreende o posto fluviométrico de Caracaraí até a sua foz no Rio Negro, com uma extensão de 428 km. Apresenta margens baixas e arenosas, com pequenas lagoas, as quais perenizam na estação seca. O leito do rio apresenta grande variabilidade na profundidade d’água. Inúmeras praias e ilhas de areiasgrossas são observadas e, em diferentes épocas, mudam de posição. 7 FREITAS, Aimberê. Estudos Sociais - RORAIMA: Geografia e História. 1.ed. São Paulo: Corprint Gráfica e Editora Ltda., 1998. pag.83. R Panorama e Vetores de Desenvolvimento do Estado de Roraima 34 Segundo Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais – CPRM / Zoneamento Ecológico Econômico – ZEE /2002, o Estado de Roraima apresenta três províncias hidrogeológicas, a saber: Quaternária, Sedimentar e Cristalina, respectivamente. A primeira apresenta uma excelente fonte de abastecimento, sendo de boa qualidade para qualquer consumo (humano, animal, irrigação, etc). A segunda carece de investigações específicas mais detalhadas e as cristalinas são, via de regra, consideradas “aquacludes”. As maiores disponibilidades hídricas de origem fluvial de Roraima são representadas pelas bacias dos rios Uraricoera, Amajarí, Parimé, Cauamé, Amajarí, Rio Branco III (Alto Rio Branco) e Mucajaí, mas podem-se observar todas as bacias hidrográficas no mapa correspondente abaixo, além do mapa que destaca a hidrografia em contraste com as estradas. A potencialidade hídrica e a topográfica são favoráveis às práticas agrícolas. Esses dois fatores contribuem na projeção de cenários de usos intensivos desses recursos, o que torna o Estado muito promissor para o desenvolvimento do agronegócio. Estimativa de recursos hídricos fluviais em cada bacia hidrográfica Bacia Pluviosidade média anual (mm) Área (Km 2 ) Excedente Hídrico estimado (mm) (32%) Recurso hídrico na Bacia (milhões de m 3 ano) Uraricoera 1.500 7.838 480 3.762 Cauamé 1.500 2.708 480 1.300 Alto Rio Branco 1.600 2.952 512 1.511 Mucajaí 1.700 4.129 544 2.246 Quitauaú 1.600 2.335 512 1.196 Parimé 1.600 4.795 512 2.455 Amajarí 1.700 5.601 544 3.047 Fonte: Zoneamento Ecológico Econômico - ZEE – Roraima, 2002 Panorama e Vetores de Desenvolvimento do Estado de Roraima 35 Figura 4: Bacias hidrográficas Panorama e Vetores de Desenvolvimento do Estado de Roraima 36 Figura 5: Hidrografia Panorama e Vetores de Desenvolvimento do Estado de Roraima 37 Solos e minerais s solos predominantes no Estado de Roraima são os Latossolos, cuja fertilidade é moderada à baixa. Na maioria, são solos em boas condições físicas, com textura leve à média, usados principalmente em pecuária extensiva, e de fácil mecanização, assim como, os solos concrecionários e os lateritas hidromórficos. Os Planossolos apresentam textura leve, não suportando uma agricultura com mecanização. Os podzólicos vermelho-amarelos distróficos são de textura argilosa e média; onde o principal fator limitante é a preservação da fertilidade natural. Possuem boas propriedades e são fáceis de mecanização. Solos com características de terra roxa apresentam-se com textura média a argilosa, profundos a muito profundos, bem drenados, porosos e ligeiramente ácidos. Apresentam-se associados à podzólicos vermelho-amarelos e latossolos. Os solos concrecionários tropical indiscriminados, possuem ótimas condições físicas, regulares e boas condições de fertilidade natural e, quase sempre, são favoráveis à mecanização. Conforme ZEE – 2002, Roraima Central são: Latossolo Amarelo Alumínico; Latossolo Vermelho-Amarelo Alumínico; Latossolo Vermelho Distrófico; Latossolo Vermelho Eutroférico; Argissolo Amarelo Distrófico; Argissolo Amarelo Alumínico; EspodossoloCárbicoHidromórfico; EspodossoloFerrocárbicoHiperespesso; GlaissoloHáplico Tb Alumínico; Gleissolo Melânico Distrófico; NeossoloFlúvico Tb Distrófico; NeossoloQuartzarênicoÓrtico-Alumínico; NeossoloQuartzarênicoHidromórfico-Alumínico; NeossoloLitólico Distrófico; NeossoloLitólicoEutrófico; Afloramento Rochoso; Argissolo Vermelho-Amarelo Alumínico; Argissolo Vermelho-Amarelo Distrófico; Argissolo Vermelho-Amarelo Eutrófico; Argissolo Vermelho Eutrófico; Argissolo Acinzentado Alumínico; CambissoloHáplico Tb Distrófico; Nitossolo Vermelho Eutrófico; PlanossoloHáplicoEutrófico; PlanossoloNátricoÓrtico; PlanossoloHidromórfico Distrófico; PlintossoloHáplicoAlumínico e PlintossoloPétricoConcrecionárioalumínico. Segundo a Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais / Zoneamento Ecológico Econômico – CPRM/ZEE 2002, o Estado de Roraima pode ser dividido O Panorama e Vetores de Desenvolvimento do Estado de Roraima 38 regionalmente por dois grandes compartimentos geomorfológicos básicos: o Planalto do Amazonas-Orinoco e a Depressão da Amazônia Setentrional. Este Planalto é o grande divisor das bacias dos Rios Amazonas e Orenoco compartimentado por patamares e relevos tabulares com faixa aproximada de 1.000 a 3.000 m de altitude, onde estão as Serras do Araçá, Urutanim e Tepequém; e com níveis inferiores de 600m a 2000m de altitude estão as serras Imeri, Parima e Pacaraima. A depressão da Amazônia Setentrional é apresentada com extensas áreas de relevo aplainado a Oeste, com aumento da dissecação para Leste, e altitudes variáveis entre 80m a 200m, cujas formas de relevo são dotadas de vertentes abruptas, desnudas e esfoliadas. Segundo a Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais / Zoneamento Ecológico Econômico – CPRM/ZEE 2002, o Estado de Roraima pode ser dividido regionalmente por dois grandes compartimentos geomorfológicos básicos: o Planalto do Amazonas-Orinoco e a Depressão da Amazônia Setentrional. A depressão da Amazônia Setentrional é apresentada com extensas áreas de relevo aplainado a Oeste, com aumento da dissecação para Leste, e altitudes variáveis entre 80m a 200m, cujas formas de relevo são dotadas de vertentes abruptas, desnudas e esfoliadas. A mineração é uma vocação do Estado de Roraima, talvez seu maior potencial econômico. É inexistente na atualidade a atividade de lavra industrial neste segmento. A garimpagem restringe-se ao ouro e ao diamante. As empresas do ramo privadas, requerem ao Departamento Nacional de Produção Mineral - DNPM concessões de lavra, na expectativa da exploração desses recursos nas áreas de ocorrência no Estado. O Estado dispõe de Urânio, Cobalto, Zinco, Ferro, Manganês, Cobre, Tantalita, Molibdenita, Bauxita, Columbita e muitos outros. Todas as riquezas minerais têm condições de sair de simples potencial e favorecer a sociedade Roraimense, pois o Estado de Roraima é uma das maiores províncias minerais do país, rica em ouro, diamantes, cassiterita e outros. Panorama e Vetores de Desenvolvimento do Estado de Roraima 39 Atualmente, a atividade extrativa mineral que mais gera recursos e aproveitamento de mão-de-obra situa-se em Boa Vista e em várias sedes municipais, resumem-se àquela direcionada à indústria da construção civil, representada pela extração de areia, seixo, argila, brita e piçarra. Na área da cerâmica vermelha, a argila de aluviões está sendo empregada na manufatura de tijolos e telhas. O calcário necessário como incremento à agricultura, tem sido verificado em superfície, na forma de pequena e conhecida ocorrência a sul de Bonfim. A favorabilidade de sua prospecção, em condições aflorantes ou subaflorantes, requer futuros trabalhos de investigação geológica de detalhe e efetivação de sondagens rasas. A classificação completa pode ser observada no mapa correspondente abaixo. Panorama e Vetores de Desenvolvimentodo Estado de Roraima 40 Figura 6: Classificação dos solos Fonte: SEPLAN/CGCOT-2008 Panorama e Vetores de Desenvolvimento do Estado de Roraima 41 SIGLAS AFRMM – Adicional ao Frete para a Renovação da Marinha Mercante ALC – Área de Livre Comércio APL – Arranjo Produtivo Local BASA – Banco da Amazônia S.A. CARICOM – Caribbean Community CATT-BRAMS – Coupled Aerosol and Tracer Transport model to the Brazilian developments on the Regional Atmospheric Modelling System CGEES – Coordenadoria Geral de Estudos Econômicos e Sociais COFINS – Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social DIEP – Divisão de Estudos e Pesquisas EE – Estação Ecológica EMBRAPA – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária FDA – Fundo de Desenvolvimento da Amazônia FDI – Fundo do Desenvolvimento Industrial FEMARH – Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos FN – Floresta Nacional FNO – Fundo Constitucional de Financiamento do Norte FOB – FreeOnBoard FUNDER – Fundo Especial de desenvolvimento Rural IACT – Instituto de Amparo a Ciência e a Tecnologia IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística INPE – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada KM - Quilômetro MDA – Ministério do Desenvolvimento Agrário MDIC – Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior MERCOSUL – Mercado Comum do Sul MI – Ministério da Integração Nacional MM/A – Milímetro por Ano Panorama e Vetores de Desenvolvimento do Estado de Roraima 42 OPEP – Organização dos Países Exportadores de Petróleo PIS – Programa de Integração Nacional PN – Parque Nacional PNAD – Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio PPA – Plano Plurianual PROARCO – Programa de Prevenção e Controle às Queimadas e Incêndios Florestais na Amazônia Legal SDR – Secretaria de Política de Desenvolvimento Regional SEAPA – Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento SEPLAN – Secretaria Estadual de Planejamento e Desenvolvimento SFRI – Secretaria de Fundos regionais e Incentivos Fiscais UC – Unidade de Conservação VE – Venezuela ZPE – Zona de Processamento de Exportação Panorama e Vetores de Desenvolvimento do Estado de Roraima 43 REFERÊNCIA Banco da Amazônia (BASA). 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Panorama e Vetores de Desenvolvimento do Estado de Roraima 49
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