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As práticas educativas na perspectiva da inclusão

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AS PRÁTICAS EDUCATIVAS NA PERSPECTIVA DA INCLUSÃO
Marisa Gomes Soares Oliveira
Prof. Orientador 
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Curso (TURMA) – Estágio Supervisionado I
20/03/2018
RESUMO
O estágio em educação especial e inclusiva é um marco de suma importância na construção da identidade profissional, tanto do educador que atua há anos na área da educação especial, quanto para o educador que está iniciando a sua carreira profissional. O estágio concebe a realidade dos fatos no contexto estagiado, como também, a reflexão e a análise crítica do âmbito educacional especial e inclusivo, confrontando á realidade escolar com a realidade social. O estágio curricular permite avaliar os diversos contextos educativos, uma vez que permitem inúmeras reflexões em torno dos aspectos didático-pedagógicos, administrativos, políticos, psicológicos, filosóficos, curriculares entre outros que compõem a instituição escolar.
Palavras-chave: Educação Inclusiva, Lúdico, Ações Pedagógicas, AEE.
1 INTRODUÇÃO
No Brasil, ao longo dos anos temos vivenciado o movimento pela inclusão escolar. Este é um assunto discutido em todo o mundo e o grande desafio da educação especial está em desenvolver métodos que possam favorecer as várias deficiências do aluno, seja ela física ou intelectual. Este estudo pretende mostrar aos professores da sala comum que eles devem conhecer não somente os equipamentos que a escola tem, mas que também devem interagir em conjunto com os professores do AEE, buscando a melhor maneira de trabalhar com as deficiências de cada criança, para que seus alunos tenham acesso às melhores condições possíveis de aprendizagem.
A luta pela inclusão escolar veio ganhando notoriedade em nossa sociedade e apresentou consequências positivas nas políticas públicas educacionais para a inclusão de alunos com necessidades especiais. Com a criação da Constituição Brasileira em 1988, as pessoas com deficiência tiveram seus direitos assegurados e a partir de então o aluno com deficiência teve direito ao Atendimento Educacional Especializado. A Constituição Brasileira (1988) nos mostra que é dever do Estado a igualdade e o acesso à educação e ao
III – atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente;
V – acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um; (BRASIL, 1988, art. 208, III, V, CF p.118).
Independente das possibilidades de mudanças no cenário educacional, o ato de incluir estes alunos com necessidades especiais ainda é um sonho a ser realizado em grande parte de nossas escolas, haja vista que as mesmas vivem muito abaixo da realidade de nossas crianças inclusas. É necessário fazer valer seus direitos quanto ao espaço físico, seus valores, saberes e principalmente sua permanência nas salas regulares.
Assim, diante dos anos de prática profissional junto aos alunos especiais e também de experiências vivenciadas no dia a dia, sentimos a necessidade de levantar informações com a intenção de fazermos uma reflexão sobre o Atendimento Educacional Especializado e as práticas educativas na perspectiva da inclusão com o intuito de analisar de que maneira estão sendo realizados esses atendimentos, bem como reconhecer as dificuldades enfrentadas pelos professores durante o processo de inclusão.
ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: FUNDAMENTAÇÃO TÉORICA
A atividade de estágio curricular em educação especial e inclusiva é uma atividade que se constitui de análise crítica da realidade educacional, das ações desenvolvidas no meio, dos procedimentos e recursos pedagógicos utilizados e adaptados ás necessidades educativas dos educandos com necessidades educacionais especiais, estabelecendo um olhar amplo e sensível aos inseridos no cotidiano escolar da educação especial e inclusiva. 
Um ambiente tranquilo e baseado em estímulos fazem toda a diferença na construção e no resgate da modificabilidade cognitiva de qualquer estrutura mental humana. Desde então, observa-se na instituição estagiada, duas alunas superdotadas e uma menina e um menino com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Com essa situação, pode-se destacar a importância de realizar durante a semana na escola, diversas atividades lúdicas no espaço formal e não formal, e assim aproveitar ao máximo o potencial da turma em geral. Pois o ensino-aprendizagem baseado em quadros paredes, não se fundamenta propriamente na diversidade cultural presente no contexto escolar. 
Historicamente, em 1948, nasce a Declaração Universal de Direitos Humanos que abre um leque de possibilidades e enfatiza claramente os sujeitos de direitos dessa declaração. A partir de então os direitos humanos passam a ser vistos universalmente, incorporando as inúmeras particularidades existentes e dentre elas o direito das pessoas com deficiência. Nesta perspectiva, a luta das pessoas com deficiência ganha força política e social, que novas possibilidades vão surgir na sociedade civil e nos grupos políticos que se inicia novas políticas públicas.
Após 25 anos, o movimento alcança o seu ápice com a Convenção Sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência (Nova Iorque, 2006), aprovada pela ONU em 2007 e ratificada pelo Brasil em 2008. Esta convenção vem reafirmar os direitos humanos e liberdades fundamentais, que estão inseridos os direitos à educação e à aprendizagem em um sistema educacional inclusivo mais justo para todos, sobre tudo para os portadores de necessidades especiais, em que todos possam ter acesso às escolas e possibilidades de aprender por meio de recursos e quebrar barreiras existentes na sociedade.
É importante ter ciência que os estados brasileiros assumiram o compromisso de criar diretrizes e princípios que nortearão as ações do governo, materializadas na forma de políticas públicas. O Ministério da Educação criou políticas de educação especial visando um ensino inclusivo, dentre elas a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº 9.394/96, no Art.4º (1996, p.2), seguindo o que manda a Constituição Brasileira (1988), salienta que é dever do Estado o acesso à educação escolar pública e a “garantia de Atendimento Educacional Especializado, de forma gratuita aos educandos com necessidades educacionais específicas, preferencialmente na rede regular de ensino”.
Para o MEC/SEESP (2008), o serviço do AEE é voltado aos alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação e poderá ser ofertado em classes, escolas ou serviços especializados, sendo complementar ou suplementar a escolarização dos mesmos matriculados em classes comuns de ensino regular.
De acordo com Resolução nº4, AEE deve ser
realizado, prioritariamente, na sala de recursos multifuncionais da própria escola ou em outra escola de ensino regular, no turno inverso da escolarização, não sendo substitutivo às classes comuns, podendo ser realizado, também, em centro de Atendimento Educacional Especializado da rede pública ou de instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos, conveniadas com a Secretaria de Educação ou órgão equivalente dos Estados, Distrito Federal ou dos Municípios. (BRASIL, 2009, Art.5, p.2).
A finalidade principal do AEE é o de identificar, preparar e organizar recursos pedagógicos e de acessibilidade que eliminem as barreiras para a plena participação dos alunos, considerando suas necessidades específicas. As atividades desenvolvidas no atendimento educacional especializado diferenciam-se daquelas realizadas na sala de aula comum, contudo, tais atividades não são substitutivas a escolarização.
A inclusão escolar tem início na educação infantil, pois é o nível de ensino em que desenvolvem-se as bases necessárias para a construção do conhecimento e seu desenvolvimento global. Nessa etapa, o lúdico, o acesso às formas diferenciadas de comunicação, a riqueza dos estímulos nos aspectos físicos, emocionais,cognitivos, psicomotores e sociais e a convivência com as diferenças favorecem as relações interpessoais, o respeito e a valorização da criança (SARTORETTO, SARTORETTO 2010).
Em todos os níveis e modalidades da educação básica, o Atendimento Educacional Especializado é organizado para apoiar o desenvolvimento dos alunos, constituindo oferta obrigatória dos sistemas de ensino e o atendimento deve ser realizado no turno inverso ao da classe comum, na própria escola ou no centro especializado que realize esse serviço educacional.
O AEE é de vasta importância pois trabalha as reais necessidades do aluno, respeitando os ritmos de aprendizagem e as peculiaridades de cada um, desenvolvendo a autonomia dos alunos, promoveendo a aquisição de seus valores, além de favorecer a compreensão de conhecimentos relacionados à aplicação de situações de vida diária, cooperando para o desenvolvimento das potencialidades de cada aluno proporcionando a aquisição de habilidades inter e intrapessoais, disponibilidade permanente para aprender, facilitando a caminhada ao saber; contribuir para que o aluno construa gradualmente os seus conhecimentos, pelos processos de avanços e recuos inerentes ao seu próprio ritmo, evoluindo a cada passo. Assim o AEE é
uma modalidade de ensino que perpassa todos os níveis, graus e etapas do percurso escolar e tem como objetivos, entre outros, identificar as necessidades e possibilidades do aluno com deficiência, elaborar planos de atendimento, visando ao acesso e à participação no processo de escolarização em escolas comuns, atender o aluno com deficiências no turno oposto àquele em que ele freqüenta a sala comum, produzir e/ou indicar materiais e recursos didáticos que garantam a acessibilidade do aluno com deficiência aos conteúdos curriculares, acompanhar o uso desses recursos em sala de aula, verificando sua funcionalidade, sua aplicabilidade e a necessidade de eventuais ajustes, e orientar as famílias e professores quanto aos recursos utilizados pelo aluno (SARTORETTO; SARTORETTO. 2010, p 2).
É imprescindível que o professor da sala do AEE seja dinâmico e criativo, a fim de facilitar o processo de ensino - aprendizagem do aluno deve trabalhar as peculiaridades de cada aluno ao longo de todo o processo de escolarização e acima de tudo esse atendimento deve estar articulado com a proposta pedagógica do ensino comum mantendo comunicação para que juntos possam criar estratégias para o desenvolvimento dos alunos. Quanto mais houver esta interação mais benefícios trarão para as crianças, o que contribuirá para uma inclusão de qualidade evitando a discriminação entre o grupo.
De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei 9.394/96, o Atendimento Educacional Especializado, assegurado no artigo 58, § 1º e § 2º, ressalta que
§ 1º. Haverá, quando necessário, serviço de apoio especializado, na escola regular, para atender as peculiaridades da clientela de Educação Especial.
§ 2º. O atendimento educacional será feito em classes, escolas ou serviços especializados, sempre que, em função das condições específicas dos alunos, não for possível a sua integração nas classes comuns de ensino regular (BRASIL, Lei de Diretrizes e Bases da Educação, 1996, p.21).
.
No atendimento às necessidades específicas relacionadas às altas habilidades/superdotação, devem ser desenvolvidas atividades de enriquecimento curricular nas escolas de ensino regular em articulação com as instituições de educação superior, profissional e tecnológica, de pesquisa, de artes, de esportes entre outros. Nos casos de escolarização em classe hospitalar ou em ambiente domiciliar, o AEE é ofertado aos alunos público-alvo da educação especial, de forma complementar ou suplementar.
Muito se tem discutido sobre a prática pedagógica dos educadores em relação à utilização de recursos pedagógicos que possam contribuir de fato com a aprendizagem de crianças com deficiência, uma vez que com sua utilização previamente planejada e acessível pode, de certa forma, favorecer o desenvolvimento e aprendizagem de alunos especiais podendo ainda contribuir para o processo de inclusão no contexto escolar.
Não basta somente incluir este aluno especial em uma sala de aula. Além das adaptações físicas é necessário que a escola ofereça um atendimento paralelo às aulas regulares para que a criança possa de fato promover suas potencialidades e garantir sua integração dentro e fora da escola.
O cotidiano dos alunos com necessidades educacionais deve ser desenvolvido diariamente com base em estímulos do meio, mas também, com aplicação de atividades lúdicas, recreativas e diversificadas, na busca de desenvolver a coordenação motora, sensorial, intelectual, a atenção, o movimento ritmado, o conhecimento quanto à posição do corpo e o desenvolvimento cognitivo dos discentes.
A proposta de intervenção com base na ludicidade é de grande importância na área da educação especial e inclusiva, sendo que têm por principal alvo o resgate da modificabilidade cognitiva estrutural dos educandos, assim como nos prova a Teoria de Reuven Feuestein sobre a importância do lúdico, dos estímulos e do ambiente no ensino-aprendizagem na educação especial. 
Observa-se a necessidade de uma proposta de intervenção pedagógica diferenciada no contexto educacional inclusivo especial, em que muitas vezes a caracterização da situação pedagógica é um pouco fragmentada por ausência de estímulos no ensino-aprendizagem dos discentes, a relação professor-aluno pode ser mais ativa no ambiente formal e o não formal. Os ambientes necessitam ser mais bem reutilizados com diversas atividades lúdicas na conquista da modificabilidade cognitiva estrutural dos educandos com necessidades educacionais especiais. O ambiente formal e o não formal oferecem estímulos que precisam ser usados competentemente pelo mediador no resgate da modificabilidade cognitiva, na construção do conhecimento, da autonomia, da mediação e da consciência do aluno, onde crianças “normais” trocam ideias, sentimentos e brincadeiras com as crianças consideradas “especiais”.
Com a aplicação das atividades lúdicas, espera-se que os educandos com necessidades educacionais especiais, desenvolvam a coordenação motora, a atenção, o movimento ritmado, conhecimento quanto à posição do corpo e o desenvolvimento cognitivo dos mesmos.
VIVÊNCIA DO ESTÁGIO
3.1 Caracterização da instituição e dos educandos
A vivência do estágio curricular foi realizada na Escola Estadual de Gouveia no município de Minas Nova-MG. A caracterização predial da instituição escolar é bem estruturada, os espaços são amplos e claros, possui algumas estruturas arquitetônicas de acordo as necessidades de locomoção de alguns alunos com limitações específicas. As salas de aula da instituição têm as paredes decoradas com muita criatividade, como, pinturas, imagens ilustrativas, alfabeto móvel colorido, cartazes com frases, varal didático e alfabeto de borracha, entre outras decorações.
Na instituição estagiada, participei e observei a turma do 3° ano A do Ensino Fundamental – Modalidade Especial, no período vespertino, a turma era composta por 25 alunos sendo 13 meninas e 12 meninos. Na sala de aula durante as atividades pedagógicas, analisei que havia 1 menina e 1 menino com TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade), os quais apresentavam-se desatentos à aula e as explicações do professor, como também, havia na mesma turma 2 meninas com Altas Habilidades Superdotação, que mostravam uma intensa criatividade e habilidade motora nas atividades. A interação dos alunos com necessidades educacionais especiais com o seu educador ocorreu constantemente e ativamente, sendo muito significativo para o processo de ensino-aprendizagem dos mesmos, onde a interação entre professor e alunos foi muito amigável. O educador unificou com seus alunos com necessidades educacionais especiais eficientemente na busca de conhecimentos, gestão de organização, valores e normas de conduta com base em uma pedagogia centradano aluno em suas dificuldades, necessidades e suas peculiaridades e não apenas nos conteúdos curriculares abordados.
Existem recursos disponibilizados pela escola para promoção do ensino-aprendizagem dos alunos em processo de inclusão, como, recursos de tecnologia assistiva – adaptada, tecnologia dos ambientes virtuais, esses ambientes já estão inseridos no cotidiano dos alunos com necessidades educacionais especiais, contudo, o acesso às televisões, DVD, e aos computadores na escola, normalmente limita-se às aulas de computação e a jogos, possuindo regras de uso específicas, como, a limitação do tempo de acesso através da internet, onde com o auxílio do professor mediador os educandos se inserem no conhecimento digital e no conhecimento do mundo, acessam on–line museus, pinturas, jogos alfabéticos, entre outros. Os móveis em geral se encontram em perfeita conservação e a disposição do público estudantil e da comunidade escolar. A alimentação é oferecida pela escola, observa-se que a merenda escolar é de qualidade e segue um cardápio preparado por uma nutricionista que atende as exigências de nutrição, de saúde e segurança alimentar. A escola também conta com o espaço não formal, onde os professores realizam muitas atividades ao ar livre com os seus alunos com necessidades educacionais especiais, como: atividades de expressão física, basquete, pinturas, cultura e de lazer, incluindo ás áreas verdes.
Os profissionais possuem perfil adequado para exercerem suas atividades, os mesmos são organizados, participativos, transmitem segurança e solidariedade aos discentes que chegam até a escola. Os docentes possuem formação continuada, como, especialização na área de educação especial e inclusiva, incluindo cursos oferecidos pela SEE, seminários, conselho de classe, conselho de escola, congressos, equipe pedagógica, projeto político pedagógico, qualificação tecnológica, mídias da educação e TV escola, sendo que, algumas dessas formações acontecem na própria escola, no local de trabalho desses profissionais que contam com anos de serviço e possuem experiência na área educacional especial. Os responsáveis pela merenda e pela segurança dos alunos na escola possuem cursos e treinamento no atendimento ao público “especial”. A escola tem sua proposta pedagógica baseada na inclusão educacional e social, em que se adota atitudes de respeito, valores, ética e procedimentos adaptados às necessidades de atendimento ao seu público educacional. A escola possui uma metodologia heterogênea e qualitativa no ensino-aprendizagem dos seus alunos, assim como recursos adaptados, como a sala de recursos multifuncionais.
Durante as observações participativas na escola, analisou-se, a intencionalidade com que foi planejado cada elemento da prática pedagógica inclusiva pelo professor, onde o mesmo utilizou–se de diferentes metodologias e formas de ensino-aprendizagem. A hora-atividade na escola é bem organizada pelo docente, o qual utiliza os saberes pedagógicos com conteúdos proposto legalmente obedecendo à legislação para com a educação especial inclusiva, para o ano/ciclo/ e faixa etária dos educandos e suas limitações específicas de aprendizagem. A finalidade do professor foi criar alternativas de ensino que buscam despertar o interesse dos alunos pelo que chamamos de “uma aula diferente”, trabalhando com pinturas, artesanatos, colagens, danças e músicas.
O educador utilizou-se de procedimentos lúdicos para trabalhar com os alunos na rede regular de ensino, o que fez toda diferença no desenvolvimento cognitivo dos discentes com necessidades educacionais, pois, trabalhar com a ludicidade é expandir a criatividade, sendo o lúdico um estímulo complexo e enriquecedor do trabalho pedagógico, o qual deve ser utilizado e valorizado pelos docentes, tanto nos ambientes formais, quanto nos ambientes não formais. 
Observa-se que a turma em geral é entrosada e dinâmica, os educandos com necessidades educacionais especiais são compreensivos uns com os outros, gostam de atividades lúdicas, danças, pinturas, artesanatos, montagem de palavras com o alfabeto móvel, trabalhos com colagens de imagens e letras em cartazes. Constatou-se no contexto estagiado, a sensibilidade dos alunos no desenvolvimento das atividades educacionais, tanto no ambiente formal, quanto no ambiente não formal.
	
Análise de dados e resultados da pesquisa 
As visitas na escola foram essenciais não somente para o desenvolvimento do trabalho Estágio e em Educação Especial, sendo também bastante significativo o conhecimento que se alcançou através da prática e da observação em todo o contexto educacional.
Com ênfase defendem o movimento chamado, inclusão direito á diversidade, baseando–se no documento orientador chamado de (Educação Inclusiva: Direito á diversidade), o mesmo elaborado pelo Ministério da Educação o MEC. Os educadores esclarecem que os conceitos de educação especial e educação inclusiva são complementares, sendo que se fazer referência a a um movimento que descreve a educação como um direito humano, fundamental para a vida em sociedade e base para um país mais justo com sua população, principalmente com aqueles que possuem limitações específicas, preocupando–se em atender todas as pessoas a despeito de suas características, desvantagens ou dificuldades e habilitar todas as escolas para o atendimento na sua comunidade, concentrando–se naqueles que têm sido mais excluídos das oportunidades educacionais.
A Legislação educacional da instituição busca atender de maneira ética, concreta e eficiente as necessidades educacionais de seus educandos. Com base nisto, verifica-se os documentos legislativos específicos para a educação especial. A Declaração de Salamanca (1994, p. 43), ressalta que, o princípio fundamental de uma escola inclusiva está em que todos precisam aprender juntos. Cabe á escola “reconhecer e responder ás necessidades diversas de seus alunos acomodando ambos os estilos e ritmos de aprendizagem e assegurando uma educação de qualidade a todos através de um currículo apropriado”.
A educação inclusiva acolhe todas as pessoas, sem restrição, estudantes com deficiência física, os que têm deficiência mental, os superdotados e para todas as crianças que são discriminadas por qualquer outro motivo. Na escola estagiada a educação especial e inclusiva visa inserir todas as pessoas com necessidades educacionais especiais no ensino regular, fundamentando-se na Constituição Federal de 1988, a qual garante a todos o direto há igualdade (art. 5.).
No artigo 205, a Constituição trata do direito de todos há educação, visando ao “pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho” (BRASIL 2004). No artigo 206, inciso I, coloca como um dos princípios para o ensino a “igualdade de condições, de acesso e permanência na escola” (BRASIL 2004). Em conformidade com tal Constituição, o Congresso Nacional, por meio do Decreto Legislativo n° 198 de 13 de junho do ano 2001, aprovou a lei baseada no disposto da Convenção de Guatemala, que trata da eliminação de todas as formas de discriminação contra a pessoa portadora de deficiência e deixa clara a impossibilidade de tratamento desigual aos deficientes.
O Brasil, ao concordar com a Declaração Mundial de Educação para Todos, proclamada em 1990 em Jontien, na Tailândia, e com os postulados da Conferência Mundial sobre Necessidades Educacionais Especiais (acesso e qualidade), realizada em 1994, em Salamanca, na Espanha optou pela construção de um sistema educacional inclusivo. Declaração de Salamanca (1994), A declaração ainda acrescenta:
Todas as crianças têm direito fundamental à educação e deve ser dada a oportunidade de obter e manter um nível adequado de conhecimento. Cada criança tem características, interesses, capacidades e necessidades de aprendizagem que lhes são próprias. Os sistemas educativos devem ser projetados e os programas aplicados de modo que tenha em vista toda a gama dessas diferentes características e necessidades. As pessoascom necessidades educativas especiais devem ter acesso à escola regular que deverão integrá-las numa pedagogia centrada na criança, capaz de atender a essas necessidades. As escolas regulares, com essa orientação integradora, representam os meios mais eficazes de combater as atitudes discriminatórias, criando comunidades acolhedoras, construindo uma sociedade integradora e alcançando educação para todos, além de proporcionar uma educação efetiva à maioria das crianças e melhorar tanto a eficiência como a relação custo-benefício de todo o sistema educativo. (UNESCO, 1994)
Deve-se preservar a diversidade cultural, utilizar a mesma como um elemento enriquecedor da prática educativa, social e do desenvolvimento pessoal das pessoas com necessidades especiais. As escolas juntamente com seus profissionais da educação devem promover um ensino-aprendizagem coletivo, significativo, modificável e benéfico há todas as pessoas com limitações, incluindo no seu processo de ensino o respeito aos diferentes ritmos de aprendizagem.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O estágio curricular supervisionado em educação especial e educação inclusiva aconteceu-se com base na observação à prática docente, na participação ativa, no auxílio ao professor nas atividades e na produção de material. Analisou-se o método de inclusão social, a relação professor – aluno, os estímulos do ambiente e do brinquedo na conquista da Modificabilidade Cognitiva dos educandos com necessidades educacionais especiais.
Na escola vivenciou-se muitas ações positivas significativas, através de ações investigativas, entrevistas, saberes, diálogo, respeito, democracia, relações e culturas diversas, encaminhamentos metodológicos, conteúdos e conhecimentos específicos no processo de ensino – aprendizagem. O papel da escola, da sociedade e da família é grande importante na luta em mudar esse quadro de preconceitos e discriminação pelo qual passam as pessoas com necessidades especiais devidos às limitações específicas que possuem.
As adaptações pedagógicas precisam ser constantes para que enriqueça os saberes, a prática e as habilidades dos professores e dos educandos, para que possam desempenhar com suas técnicas ações após uma organização tática e coerente, podendo se inteirar dos objetivos, conhecendo os processos de educação, e investindo em sua formação continuada para ampliar o ensino-aprendizagem dos educandos, devendo sempre respeitar o desenvolvimento cognitivo dos alunos, planejando e direcionando atividades que envolvam o aluno como agente ativo do processo ensino-aprendizagem, como também, analisando tudo o que o aluno faz: descobrindo o que ele domina, utilizando as suas hipóteses para compreender a sua forma de pensar, isto é, valorizar o que o aluno com necessidade educacional especial já possui de conhecimentos.
O estágio em educação especial e inclusiva forneceu-me um grande aprendizado e uma sólida formação por conta da participação real ao contexto educativo “especial”, por haver a reflexão da realidade ali exposta, em que se analisa os processos de inclusão x exclusão e da capacidade de conquistarmos á modificabilidade cognitiva humana, independentemente das limitações específica de cada pessoa. Em forma de conclusão do trabalho de estágio curricular, pode-se garantir que as contribuições trazidas pelo trabalho foram gradativamente significativas á minha futura formação docente. Verificou-se que a inclusão social é possível, e através dela se obtêm maiores oportunidades e capacidade de estabelecer laços e se desenvolver fisicamente e cognitivamente todas as pessoas com necessidades especiais.
Logo, os estímulos da família, da escola e sociedade para com essas pessoas, colaboram para que sejam membros ativos e autônomos na construção de conhecimentos. Portanto, os momentos de observações e participação ativa no espaço estagiado foram momentos em que a descrição dos sujeitos foi observada incluindo a cultura, posição social, os comportamentos, as dificuldades encontradas, o modo de falar e outras especificidades. A reconstrução do diálogo foi analisada, sendo que utilizei das palavras dos sujeitos tornando o documento mais preciso e fidedigno, em que o local estagiado foi detalhado da melhor maneira possível.
Devemos estar buscando conhecimentos no que diz a respeito a educação especial e inclusiva, pois é uma prática inovadora que esta sendo enfatizada e precisa de qualidade no ensino-aprendizagem de todos os alunos, devemos exigir que a escola se atualize diariamente, e que nós professores nos aperfeiçoamos nas nossas práticas pedagógicas. É um novo paradigma que desafia o cotidiano escolar brasileiro. São barreiras a serem superadas por todos: profissionais da educação, comunidade, pais e alunos. Necessitamos aprender mais sobre a diversidade humana, a fim de compreender os modos diferenciados que cada ser humano observa o mundo e a sociedade em que se vive.
5 REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Política Nacional de Educação Especial. Brasília, DF: Secretaria de Educação Especial, 1994.
____________.Constituição da República Federativa do Brasil, 1988 Brasília, DF, Poder Executivo, 05 de outubro de 1988
____________.Ministério Público Federal Fundação Procurador Pedro Jorge de Melo e Silva  organizadores. O acesso de alunos com deficiência às escolas e classes comuns da rede regular. Brasília: Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, 2004.
BUDEL, Gislaine Coimbra. Mediação de Aprendizagem na educação especial/ Gislaine Coimbra Budel, Marcos Meier. – Curitiba: InterSaberes, 2012. – (Série Inclusão Social)
DECLARAÇÃO de Salamanca e linha de ação sobre necessidades educativas especiais. (1994, Salamanca). Brasília: CORDE, 1997.
FERREIRO, EMÍLIA. Alfabetização em processo. São Paulo: Cortez, 2004.
FEUERSTEIN, Reuven. A avaliação dinâmica da modificabilidade cognitiva: a dispositiva propensão de aprendizagem: teoria, instrumentos e técnicas. Jerusalém, Israel: ICELP Press, 2002.
FEUERSTEIN, Reuven. FALIK, Louis H. FEUERSTEIN, Rafi. As definições de conceitos essenciais e termos: Um glossário de trabalho. Jerusalém, Israel: ICELP Printshop de 2006. FEUERSTEIN
FREIRE, PAULO. Educação como prática de liberdade. Rio de Janeiro: Paz e terra, 1967.
UNESCO. Declaração de Salamanca e linha de ação sobre necessidades educativas especiais. Brasília, CORDE, 1994.
SANTOS, S.M.P.; CRUZ, D.R.M. O lúdico na formação do educador. In. SANTOS, Santa Marli Pires (Org.). O lúdico na formação do educador. 3.ed. Petrópolis: Vozes, 1999. p.11-17.
VYGOTSKY, LEVI. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1989.

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