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INTRODUÇÃO À HISTOLOGIA IMPORTÂNCIA MANUTENÇÃO DOS TECIDOS CORPÓREOS MATRIZ EXTRACELULAR Profº: Juliano Karvat e Leiza Zander ldzander@fag.edu.br Organização dos seres vivos E TECIDUAL ANATOMIA E Conjunto de células... O que é tecido Do grego: ◦ Histo = tecido; Logos = estudo É o estudo dos tecidos do corpo e de como estes tecidos se organizam para constituir órgãos O “estudo dos tecidos celulares” é uma ciência que teve início com o desenvolvimento de microscópios e de técnicas de preparo para visualização de materiais biológicos, a partir do século XVIII. Robert Hooke Micrótomo para cortar tecidos incluídos em parafina ou em resina. Acionando-se a manivela (à direita da figura), o bloco contendo o fragmento de tecido sobe e desce. Após cada volta da manivela, o bloco avança uma distância definida (geralmente 1- 10 μm) e, ao passar pela navalha, deixa uma fatia do tecido. Conhecer o aspecto normal de um tecido é fundamental para se identificar estruturas alteradas, que podem resultar em doenças; Entender o funcionamento do organismo; Entender como os aspectos celulares, bioquímicos, genéticos e anatômicos estão interligados Quatro tecidos fundamentais: Epitelial Conjuntivo Muscular Nervoso EPITELIAL: reveste as superfícies e as cavidades corporais, os órgãos ocos e ductos; e forma as glândulas; CONJUNTIVO: protege e sustenta o corpo e seus órgãos, mantém órgãos unidos, armazena energia em forma de gordura e oferece imunidade; MUSCULAR: responsável pelo movimento. NERVOSO: inicia e transmite impulsos nervosos que coordenam as atividades corporais. (Tortora) Fatores que influenciam o processo de reparo tecidual de forma extrínseca ◦ IDADE; ◦ ESTADO NUTRICIONAL; ◦ ESTADO IMUNOLÓGICO ◦ DIABETES ◦ USO DE MEDICAMENTOS; ◦ QUIMIOTERAPIA; ◦ TABAGISMO. Fatores que influenciam o processo de reparo tecidual de forma intrínseca : ◦ TIPO DE TECIDO LESADO; ◦ LOCALIZAÇÃO DA LESÃO; ◦ OCORRÊNCIA DE REAÇÕES IMUNOLÓGICAS OU AUTO IMUNES; ◦ INFECÇÃO LOCAL; ◦ OXIGENAÇÃO LOCAL; ◦ TENSÃO NA LESÃO; ◦ HEMORRAGIA; ◦ PRESENÇA DE CORPOS ESTRANHOS; ◦ TÉCNICA DE SUTURA INADEQUADA; ◦ HEMATOMA Métodos de estudo dos tecidos corporais HISTOTÉCNICA 2. Coleta 3. Preparo da amostra 3.1 – Acondicionamento e identificação 3.2 – Limpeza e fixação 3.3 – Desidratação 3.4 – Diafanização ou clarificação 3.5 – Impregnação 3.6 – Inclusão 3.7 – Microtomia 3.8 – Distensão 3.10 – Coloração Hematoxilina-Eosina Sirius red Tricrômico de Masson Tricrômico de Mallory Constituição dos tecidos Células Matriz extracelular Fluido ou líquido tissular (intersticial ou extracelular) Todos os tecidos são constituídos por células e uma Matriz Extracelular (MEC), um complexo de macromoléculas não-vivas produzidas pelas células e exportadas por elas para o espaço extracelular. Comparação da MEC nos diferentes tecidos corpóreos TECIDO MEC Nervoso Nenhuma Epitelial Pequena quantidade Muscular Quantidade moderada Conjuntivo Abundante Composição: ◦ Diferentes tipos de moléculas Formando estruturas complexas EX: fibrilas de colágeno e membranas basais Composição: ◦ Do Tecido Conjuntivo Propriamente Dito: Substância Fundamental Resiste a compressão Fibras Resistem à tensão Micrografia óptica do tecido conjuntivo areolar mostrando células, fibras de colágeno (Co), fibras elásticas (EF) e substância fundamental (GS) Diagrama esquemático do fluxo do fluido tecidual. O plasma dos capilares e veias penetra nos espaços do tecido conjuntivo como fluido extracelular, que percola através da substância fundamental. O fluido extracelular retorna para as vênulas e para os capilares linfáticos. Material amorfo, semelhante a um gel, composto por: Glicosaminoglicanos (GAGs) Proteoglicanos Glicoproteínas GLICOSAMINOGLICANOS: Tem carga negativa e longas cadeias, semelhantes a bastonetes, de dissacarídios que se repetem e têm capacidade de capturar grandes quantidades de água. PROTEOGLICANOS Constituem uma família de macromoléculas, cada uma é composta por um eixo proteico ao qual glicosaminoglicanos estão ligados co-valentemente. PROTEOGLICANOS GLICOPROTEÍNAS Ou proteínas de adesão; Têm sítios de ligação para vários componentes da matriz extracelular, assim como para moléculas de integrina da membrana celular, que facilitam a ligação das células à matriz extracelular. GLICOPROTEÍNAS Dão força tênsil e elasticidade à MEC Colágenas ◦ Reticulares Elásticas Fibras de Colágeno: Compostas por subunidades de tropocolágeno; Pelo menos 15 diferentes tipos; 20% de todas as proteínas do corpo Fibras de Colágeno: COLÁGENO TIPO I: ◦ Mais comum; ◦ Fibras espessas; ◦ Resiste à tensão ◦ Presente em: T.C.P.D Osso Dentina Cemento. Fibras de Colágeno: COLÁGENO TIPO II: ◦ Fibras delgadas; ◦ Resiste à pressão ◦ Presente em: MEC da cartilagem Hialina; MEC da cartilagem elástica. Fibras de Colágeno: COLÁGENO TIPO III: ◦ Também chamado de fibra reticular; ◦ Presente em: Sistema linfático; Baço; Fígado; Sistema cardiovascular; pulmão Fibras de Colágeno: COLÁGENO TIPO IV: ◦ Forma uma rede emaranhada de moléculas de protocolágeno; ◦ Tapete de sustentação da lâmina basal. Fibras de Colágeno: COLÁGENO TIPO V: ◦ Fibras delgadas; ◦ Associado ao colágeno tipo I ◦ Presente em: Derme; Tendão; Ligamentos; Osso; Cemento, Placenta. Fibras de Colágeno: COLÁGENO TIPO VII: ◦ Forma fibrilas muito delicadas, denominadas fibrilas de ancoragem, que prendem a lâmina basal aos feixes subjacentes de colágeno do tipo I e do tipo III. Fibras Elásticas: Altamente adaptáveis; Podem ser distendidas – 150%; Delgadas longas e ramificadas; ◦ Parede dos maiores vasos sanguíneos; Feixes; ◦ Ligamento amarelo da coluna vertebral Produzidas por fibroblastos do tecido conjuntivo e por células de músculo liso dos vasos sanguíneos; Composta por elastina. Notar a presença de fibras elásticas na matriz - fotomicrografia de cartilagem elástica Tecido conjuntivo elástico denso regular. Fibras elásticas curtas, dispostas paralelamente uma à outra MATRIZ EXTRACELULAR SUBSTÂNCIA FUNDAMENTAL GAGs PROTEOGLICANOS GLICOPROTEÍNAS FIBRAS FIBRAS COLÁGENAS Colágeno tipo I Colágeno tipo II Colágeno tipo III Colágeno tipo IV Colágeno tipo V Colágeno tipo VII ELÁSTICAS Feixes Lâminas Concêntricas Interface entre o epitélio e o tecido conjuntivo; Região estreita acelular; Apresenta dois constituintes: ◦ Lâmina basal: Elaborada por células epiteliais; ◦ Lâmina reticular: Produzidas por células do tecido conjuntivo. Lâmina Basal ◦ produzida pelo epitélio; ◦ Composição: Lâmina lúcida; Lâminadensa; ◦ Função: Filtro molecular Suporte firme e flexível para o epitélio; Dirigir a migração de células ao longo de sua superfície Lâmina Reticular: ◦ Origina-se do tecido conjuntivo; ◦ Responsável pela fixação da lâmina densa ao tecido conjuntivo subjacente; ◦ Fabricada por fibroblastos ◦ Constituída por colágeno tipo I e III ◦ Espessura variante. MEMBRANA BASAL LÂMINA BASAL Lâmina lúcida Lâmina Densa LÂMINA RETICULAR JUNQUEIRA, L. C. U.; CARNEIRO, J. Histologia básica. 11. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. GARTNER, L.P.; HIATT, J.L. Tratado de Histologia. 2ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003. REFERÊNCIAS
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