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Micronutrientes no sistema solo- planta e adubação em cultivos agropecuários Micronutrientes no sistema solo- planta e adubação em cultivos agropecuáriosagropecuáriosagropecuários Prof. Me. Juliano Santana, Material: Prof. Dr. Leonardo Collier Prof. Me. Juliano Santana, Material: Prof. Dr. Leonardo Collier Como os micronutrientes vieram para o solo? Arenitos e ardósias - B Rochas com minerais máficos Fe,Mn, Cu, Zn, Co Folhelho e granito Mo e Zn Concentração dos micronutrientes em solos de um modo geral: Elemento Concentração em mg dm-3 Ferro 100.00 – 100.000 Manganês 20 – 3.000Manganês 20 – 3.000 Cobre 10 – 80 Zinco 10 – 300 Molibdênio 0,2 – 100 Boro 7,0 – 80,0 Quantidades absorvidas de micronutrientes por plantas No geral: Cl> Fe > Mn > Zn> Cu > B> Mo Ambientes anaeróbicos onde Fe é maior que Mn haverá deficiência de Mn Deficiência de Mn Métodos de avaliação da disponibilidade • Diretos : Análise de solo, Testes bioquímicos ou enzimáticos, análise foliar, sintoma visualsintoma visual • Indiretos: pH, potencial redox (Eh), conteúdo de água, teor e qualidade da matéria orgânica, histórico da área Quais são os extratores mais usados? Mehlich HCl/HNO3 EDTA DPTADPTA Quais são os problemas do resultado da análise? É possível inferir sem análise? As tabelas de classes de disponibilidade As fontes de micronutrientes mais comuns: FTE- fritas sulfatos quelatos Podemos aplicar os micro via líquida? • Muitas vezes as tabelas específicas da cultura exemplificam a concentração sugerida para calda de cada micro. • E SE NÃO TIVERMOS ESSA INFORMAÇÃO? • Cobre – 0,2-0,5% (0,2kg/100l)• Cobre – 0,2-0,5% (0,2kg/100l) • Ferro - 0,6-3,0% • Manganês – 0,4-0,8% • Molibdênio – 0,05 – 0,9% • Zinco – 0,6 -1,0% • Boro – 0,1-0,3% “Filosofias” de aplicação de micronutrientes •Segurança •Prescrição•Prescrição •Restituição Situações possíveis para recomendação de micronutrientes •• 1)1) • Não temos análise de solo e não temos informação específica da cultura • Essa situação é pouco comum mas pode ocorrer • Caso clássico da filosofia da segurança• Caso clássico da filosofia da segurança • 6 kg/ha Zn (para forragens pode reduzir a metade) • 1 Kg/ha B • 1 kg/ha de Cu • 0,25 kg/ha de Mo • A fonte preferencial nesse caso seria FTE com uma fórmula mais próxima dessa proporção •• 2)2) • Temos alguns indícios de que há deficiência seja ela na analise foliar, diagnose visual ou no solo – mas não temos informações seguras sobre a cultura • Essa situação é mais comum de ocorrer • Caso da filosofia da segurança/prescrição • 4-6 kg/ha Zn • 0,5 -1 Kg/ha B • 0,5-2,0 kg/ha de Cu• 0,5-2,0 kg/ha de Cu • 0,05-0,25 kg/ha de Mo e Co • 2,5-6,0 kg/ha de Mn • A fonte preferencial nesse caso seria FTE com uma fórmula mais próxima dessa proporção • Para estabelecimento de forragens recomenda-se 30-50 kg/ha de FTE Br-10 ou Br-16 •• 3)3) • Temos informações específicas da cultura e podemos ou não ter o nutriente na análise de solo (caso do plantio), mas há evidências de sua necessidade • Essa situação é mais comum de ocorrer • Ex: Vai plantar eucalipto num solo textura média, fez calagem, fez gessagem, aplicou doses de moderadas a elevadas de P, níveis de matéria orgânica estão baixos. • Há uma recomendação de 5 g por planta de ZnSO4 (5ª. Aprox MG), • Mesmo que não haja análise de solo o micro pode ser empregado • Usar fonte mais solúvel de sulfato a óxi-sulfato longe da fonte de P se for solúvel • Ex: Em 100 g de ZnSO4 temos 20% de Zn solúvel, equivale aplicar 1,0 g de Zn por planta •• 4)4) • Mesma situação que a anterior, mas a cultura já está estabelecida • Essa situação também pode ocorrer • Ex: Tem seringueira num solo textura média, fez calagem, fez gessagem, aplicou doses de moderadas a elevadas de P, níveis de matéria orgânica estão baixos. • Há uma recomendação no plantio de 0,1 g de B; 0,1 de Cu e 0,5 g de Zn por planta.0,5 g de Zn por planta. • Mesmo que não haja análise de solo o micro pode ser empregado • Ex: ATENÇÃO - Agora não adianta aplicar nada via solo. Vamos fazer pulverizações foliares com produto solúvel (sulfatos, sais solúveis ou quelatos). Recomenda-se uma calda de 0,7% Zn, então em 1000 ml ( = 1,0 l) vamos diluir 7 g do produto. • Se fosse o quelato é só seguir as orientações do fabricante •• 5) Situação que 5) Situação que vcsvcs terão na prova:terão na prova: •• Há análise de soloHá análise de solo •• Os valores devem ser confrontados com uma tabela; se Os valores devem ser confrontados com uma tabela; se tiverem OK não significa dependendo do nutriente e do solo tiverem OK não significa dependendo do nutriente e do solo que não possa sugerir aplicação futura, mas pode evitar que não possa sugerir aplicação futura, mas pode evitar gastosgastosgastosgastos •• Se os valores não estiverem OK veja se tem um ou mais Se os valores não estiverem OK veja se tem um ou mais nutrientes e pense como fornecer na fase inicial que o nutrientes e pense como fornecer na fase inicial que o crescimento é lento.crescimento é lento. •• Culturas já implantadas deverão sempre receber formas mais Culturas já implantadas deverão sempre receber formas mais solúveis após interpretação da tabela. solúveis após interpretação da tabela. Os micronutrientes pouco e muito problemáticos e as formas mais simples de resolver resolver Si - silício • Elemento acessório • Resultados importantes para gramíneas e para outras culturas • Ainda não há calibração de doses• Ainda não há calibração de doses • Tem efeito corretivo e na disponibilidade de P • Fontes nacionais – escórias de siderurgia • Fontes importadas – silicatos de Mg/Ca Molibdênio - Mo • Poucos relatos de problemas com forragens • Para leguminosas – correção a priori • a) calagem • b) junto com inoculante • c) 0,1 a 0,5 kg/ha – Molibdato de Na ou NH4 +• c) 0,1 a 0,5 kg/ha – Molibdato de Na ou NH4 + • Demais casos as fórmulas FTE supririam a demanda • Cuidado com excesso de S Cobre- Cu • Problemas em solos areno-quartzosos e com matéria orgânica muito humificada • Calagem excessiva também prejudica principalmente nos arenosos Calagem excessiva também prejudica principalmente nos arenosos • Doses de Cu até 2,0 kg/ha no plantio com fontes de liberação lenta (óxidos e FTE) • Pulverizações com caldas sulfo-cálcicas também auxiliam bastante • Frutos da Amazônia e Mata Atlântica mais resposta Ferro - Fe • Raro ter problemas • Solos de natureza calcária ou alcalinos no semi-árido • Excesso de Mn em algumas várzeas ou solos com nódulos de Mnsolos com nódulos de Mn • Fontes de matéria orgânica garantem bom suprimento • Além de M.O. uso de FTE via solo, fontes solúveis (sulfatos e Fe-EDTA) só no viveiro Manganês •Maior problema com a supercalagem e ambiente anaeróbio em solos com mais Fe do que Mn. • Espera-se problemas com culturas e forragens mais exigentes forragens mais exigentes • Quando ocorre def. doses de 1-2,0 g/planta ou até 5,0 kg/ha são aplicadas • Usar fontes solúveis para espécies de crescimento rápido e exigentes, fontes menos solúveis e orgânicas para os demais Zinco - Zn • Elemento com problemas mediante : calagem, H2PO4 - solúvel, Fe e Mn altos, Cu, K • Devido aos demais é necessária sua reposição para várias espécies • Pouca mobilidade no solo – aplicado na cova • Pouca mobilidade no solo – aplicado na cova de plantio via FTE ousulfatos – 1,0 g/planta ou até 2,0 kg/ha • Reaplicado na fase de crescimento, nesse caso via fontes solúveis • Seringueira exigente Boro - B • Muito requisitado devido perdas no solo, alta umidade, baixa retenção nos colóides • Faixa de toxidez - Atenção • Reposição frequente usando fontes solúveis devido mobilidade na planta • Pouco problemático com forrageiras • oses menores que Zn até 1,5 Kg/ha • Já há fontes de liberação lenta – ulexita/colemanita
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