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AS QUATRO NOBRES VERDADES DO BUDISMO
Igor Thomaz de Oliveira
RESUMO
O presente trabalho refere-se ao estudo das quatro nobres verdades que se deu através da pesquisa embasando basicamente no conteúdo traduzido do livro Budismo Significados Profundos que através do mesmo e discorrido sobre os principais ensinamentos de Buda e os aspectos principais das quatro nobres verdades e nas condições delas enquanto agente transformador do comportamento e do processo de autoconhecimento através espiritualidade.
Palavras-chave: budismo, quatro nobres verdades, Buda.
INTRODUÇÃO
Quarenta e nove dias depois de atingir à iluminação, Buda foi solicitado a dar ensinamentos. Em função desse pedido, ele saiu de seu estado meditativo e girou pela primeira vez a Roda do Darma.
Esses ensinamentos, que incluem o Sutra das Quatro Nobres Verdades e outros discursos, são as principais fontes do Budismo Hinayana, ou Pequeno Veículo. Mais tarde, Buda ensinou a segunda e a terceira Roda do Darma, que incluem os Sutras Perfeição de Sabedoria e o Sutra Discriminando a Intenção, respectivamente. Esses Sutras são a fonte do Budismo Mahayana, ou Grande Veículo.
Nos ensinamentos Hinayana Buda explica como atingir a libertação do sofrimento individualmente e nos ensinamentos Mahayana ele ensina como atingir a plena iluminação, ou Budeidade, para o bem de todos. Ambas tradições floresceram na Ásia, primeiro na Índia e depois gradualmente nos países vizinhos, inclusive o Tibet. Agora elas estão florescendo também no ocidente. Atravez do esposto o referencial teórico se da a partir da revisão de literatura do livro Budismo Significados Profunda, Venerável Mestre Hsing Yün, como o objetivo de elucidar os conhecimentos das quatro nobres verdades.
 DESENVOLVIMENTO
	Ao ilu​mi​nar-se, o Buda Shakyamuni viu que o uni​ver​so dos fenô​me​nos fun​cio​na de acordo com a ver​da​de da Gêne​se Con​di​cio​na​da. Quando deci​diu ensi​nar o que tinha vis​to, o Buda per​ce​beu que a Gênese Condicionada seria de difí​cil com​preen​são e pode​ria até gerar medo se fosse expli​ca​da de pron​to. Por isso, em vez de começar pela Gênese Condicionada, o Buda ensinou primei​ro as Quatro Nobres Verdades. O primeiro perío​do dos ensi​na​men​tos do Buda é cha​ma​do “Primeiro Giro da Roda do Darma”.
 
As Quatro Nobres Verdades são:
 ver​da​de do sofri​men​to;
ver​da​de da ori​gem do sofri​men​to;
ver​da​de da ces​sa​ção do sofri​men​to;
ver​da​de do cami​nho que leva à ces​sa​ção do sofri​men​to.
A pala​vra “sofri​men​to” nesse con​tex​to é a tra​du​ção con​sa​gra​da do sânscri​to dukkha, cujo significado mais aproxi​mado seria o de “insa​tis​fa​ção”.
 
Significado Profundo das Quatro Nobres Verdades
O uso da pala​vra “ver​da​de” nas “Quatro Nobres Verdades” é expli​ca​da da seguin​te manei​ra no Shastra Yogachara-bhumi (Tratado sobre os Estágios da Prática da Ioga): “Da ver​da​de do sofri​men​to à ver​da​de do cami​nho que leva à ces​sa​ção do sofrimen​to, não há nada que seja falso ou enga​no​so e, por​tan​to, tudo isso é con​si​de​ra​do ‘verdadeiro’”.
O mesmo livro expli​ca a pala​vra “nobre”, nas “Quatro Nobres Verdades” deste modo: “Somente os nobres con​se​guem com​preen​der essas ver​da​des e con​tem​plá-las. Os ignoran​tes não conseguem com​preen​dê-las ou contemplá-las. Portanto, essas ver​da​des são cha​ma​das ‘Nobres’ Verdades”.
O Comentário sobre o Tratado da Visão do Meio diz: “As Quatro Nobres Verdades são o ponto de passagem entre a ilu​são e a ilu​mi​na​ção. Quan​do elas não são com​preen​di​das, persis​te o apego aos Seis Reinos. Se com​preen​di​das, alcan​ça-se a san​ti​da​de”.
 De acor​do com o Sutra dos Ensinamentos Legados pelo Buda: “A Lua pode se aque​cer e o Sol ​esfriar, mas as Quatro Nobres Verdades nunca mudarão”.
As Quatro Nobres Verdades estão no cerne da vida. Explicam todos os esta​dos de consciên​cia exis​ten​tes no uni​ver​so e ensi​nam como se liber​tar de todas as for​mas de ilusão.
É neces​sá​rio sabe​do​ria para com​preen​der as Quatro Nobres Verdades. A pri​mei​ra verdade diz que a vida é cheia de sofri​men​to. A segun​da, que o sofri​men​to é cau​sa​do por nosso apego à ilu​são. A ter​cei​ra ver​da​de diz que a ilu​mi​na​ção, ou a total liber​ta​ção do sofrimento, é pos​sí​vel. A últi​ma diz como alcan​çar a ilu​mi​na​ção.
As duas pri​mei​ras Nobres Verdades têm rela​ção de causa e efei​to entre si. A primei​ra é o efei​to; a segun​da é a causa. Igual rela​ção exis​te entre a tercei​ra e a quar​ta, sendo a ter​cei​ra o efei​to cau​sa​do pela quar​ta.
À pri​mei​ra vista, cabe per​gun​tar por que o Buda colo​cou as Quatro Nobres Verdades nessa ordem. Não pare​ce​ria mais lógi​co que a segun​da e a quar​ta ver​da​des, ambas cau​sas, vies​sem antes da pri​mei​ra e da ter​cei​ra, que são os efei​tos? Ainda que em ordem dife​ren​te, as Quatro Nobres Verdades con​ti​nua​riam sendo com​preen​sí​veis. Contudo, a sequên​cia esco​lhi​da pelo Buda per​mi​te que as ver​da​des sejam ensi​na​das da forma mais efi​caz possível.
Para a maio​ria das pes​soas, é mais fácil enten​der pri​mei​ro o efei​to, –depois sua causa. Por isso, o Buda apre​sen​tou pri​mei​ro a ver​da​de do sofrimento e ​depois expli​cou a causa do sofri​men​to. Assim que se compreendem as duas pri​mei​ras Nobres Verdades, é natu​ral que​rer se liber​tar delas. Para aju​dar-nos a enten​der como alcan​çar essa liber​ta​ção, o Buda ensinou a Terceira Nobre Verdade, que é a ces​sa​ção do sofri​men​to, e por fim a Quarta Nobre Verdade, que é o cami​nho para a ces​sa​ção do sofri​men​to.
O Buda come​çou por des​cre​ver o pro​ble​ma, ​depois expli​cou sua causa. Em seguida, contou a solu​ção do pro​ble​ma e ensi​nou como che​gar à solu​ção. Um ele​men​to fundamental dos ensi​na​men​tos do Buda é a imen​sa com​pai​xão que trans​pa​re​ce na elaboração de expli​ca​ções, fei​tas de modo a serem compreen​di​das por qual​quer pes​soa que real​men​te se empe​nhe. A Gênese Condicionada e as Quatro Nobres Verdades são verda​des muito pro​fun​das. Aquele que as estu​dar lon​ga​men​te vai perceber quão inteligente e quão compassivo foi o Buda, ao con​se​guir expli​cá-las de forma tão clara.
 
A Primeira Nobre Verdade
A Primeira Nobre Verdade é a ver​da​de do sofri​men​to. O Buda viu com per​fei​ta cla​re​za algo que as pes​soas vis​lum​bram oca​sio​nal​men​te: não é possível ao ser huma​no con​quis​tar total satis​fa​ção neste mundo. O sofri​men​to é des​cri​to de mui​tas for​mas diferentes nos sutras budis​tas. As três fundamentais serão abor​da​das nos pará​gra​fos a seguir, deven​do-se obser​var que as clas​si​fi​ca​ções de sofri​men​to apre​sen​ta​das não são quali​ta​ti​va​men​te diferen​tes, mas ape​nas for​mas dife​ren​tes de abor​dar um mesmo problema.
 
Os dois sofri​men​tos
Os “dois sofri​men​tos” são o inter​no e o exter​no, sendo esta a classificação mais elementar encon​tra​da nos ​sutras budis​tas. Essa é a manei​ra mais bási​ca de com​preen​der o sofrimento. Sofrimentos inter​nos são aque​les que geral​men​te con​si​de​ra​mos parte de nós, como dor físi​ca, ansie​da​de, medo, ciúme, sus​pei​ta, raiva e assim por dian​te. Sofrimentos exter​nos são aque​les que pare​cem vir de fora, incluin​do vento, chuva, frio, calor, seca, ani​mais selvagens, catás​tro​fes natu​rais, guer​ras, cri​mes e assim por dian​te. Não é possí​vel evi​tar – nenhum dos dois tipos.
 
Os três sofri​men​tos
 Esta é uma clas​si​fi​ca​ção basea​da mais na qua​li​da​de do sofri​men​to do que em sua ori​gem ou tipo. O pri​mei​ro dos três sofri​men​tos é o ine​ren​te, aquele a que esta​mos sujeitos pelo sim​ples fato de estar​mos vivos. O segun​do é o sofri​men​to laten​te, aque​le que está presente mesmo nos momen​tos mais feli​zes: coi​sas se que​bram, pes​soas morrem, tudo enve​lhe​ce e se dete​rio​ra, até os melho​res momen​tos che​gam ao fim. O tercei​ro sofrimento é o ativo, causa​do por estar​mos pre​sos em um mundo de ilu​são constantemente mutável. No mundo da ilu​são,temos pouco ou ​nenhum con​tro​le sobre nossa vida. Sentimos ansieda​de, medo e impo​tên​cia à medi​da que vemos tudo se transforman​do de um dia para o outro.
 
Os oito sofri​men​tos 
Os oito sofri​men​tos des​cre​vem de modo mais deta​lha​do o sofri​men​to a que estão sujei​tos todos os seres sen​cien​tes e são clas​si​fi​ca​dos com base naqui​lo que os defi​ne. São eles:
Nascimento. Após ​vário mês de perigo dentro do ventre da mãe, finalmente, sentiu a dor e o medo do nas​ci​men​to. Depois disso, tudo pode acon​te​cer. Somos como prisioneiros do corpo e do mundo onde nas​ce​mos.
Envelhecimento. Se formos, suficientemente, afortunados para não sermos mortos na juven​tu​de, tere​mos de enfren​tar o pro​ces​so de envelhecimen​to, ​sofrer a dete​rio​ra​ção do corpo e da mente enquanto assistimos o desa​pa​re​ci​men​to de nos​sos ami​gos, um por um.
Doença. A saúde é um pra​zer por ser tão con​tras​tan​te com a doen​ça. Todos, em algum momen​to, ​sofrem a dor e a humilhação da doença.
Morte. Mesmo que a vida seja con​si​de​ra​da per​fei​ta,a morte é ine​vi​tá​vel.A morte, quando não é repen​ti​na e ater​ra​do​ra, é geral​men​te lenta e dolo​ro​sa. Somos como folhas ao vento. Ninguém sabe o dia de ama​nhã.
Perda de um amor. Às vezes, per​de​mos ​alguém que ama​mos; ​outras vezes, nosso amor não é retri​buí​do. Não exis​te quem não sofra por não poder estar sem​pre com aqueles que ama.
Ser odia​do. Ninguém quer inimigo; entre​tan​to, é difí​cil evitá-los neste mundo.
Desejo não rea​li​za​do. Nossos anseios e dese​jos deter​mi​nam em gran​de medi​da quem somos. Limitam nossa capa​ci​da​de de enten​der o Darma, além de nos causar infin​dá​veis pro​ble​mas. E, o que é pior, a maio​ria deles – jamais chega a ser satisfeita, causan​do-nos duas vezes mais pro​ble​mas.
Os Cinco Skandhas. Estes são: forma, sen​sa​ção, per​cep​ção, ati​vi​da​de e consciência. Eles cons​ti​tuem os “tijo​los” da exis​tên​cia cons​cien​te e o meio para a manifesta​ção do sofri​men​to. Os Cinco Skandhas são como uma fonte ilimi​ta​da de combus​tí​vel a gerar dor e sofri​men​to, vida após vida.
 
Causas fun​da​men​tais do sofri​men​to 
Nos pará​gra​fos ante​rio​res, mos​tra​mos como os budis​tas veem a vida huma​na atola​da no sofri​men​to. Nos seguin​tes, o tópi​co sofrimento será analisado com mais pro​fun​di​da​de, pelo delineamen​to de algu​mas de suas causas fun​da​men​tais:
O Eu não está em perfeita harmonia com o mundo material. É necessá​rio esfor​ço cons​tan​te para encon​trar​mos con​for​to neste mundo. O clima é sem​pre quen​te ​demais ou frio ​demais, nos​sas pos​ses exi​gem cui​da​do cons​tan​te, nossa casa é muito velha ou muito peque​na, as ruas são muito baru​lhen​tas, os sapa​tos se gas​tam e assim por dian​te. O mundo mate​rial raramen​te se apre​sen​ta da forma como gos​ta​ría​mos que fosse.
O Eu não está em per​fei​ta har​mo​nia com as ​outras pes​soas. Na maio​ria das vezes, não pode​mos estar na com​pa​nhia daque​les com quem gostaría​mos de estar, mas somos obri​ga​dos a supor​tar a presença de pes​soas com as quais temos difi​cul​da​de de relacionamen​to. Não raro somos até mesmo for​ça​dos a conviver com pessoas que aber​ta​men​te não gos​tam de nós.
O Eu não está em per​fei​ta har​mo​nia com o corpo. O corpo nasce, enve​lhe​ce, adoe​ce e morre. O “eu” tem pouco ou ​nenhum con​tro​le sobre esse pro​ces​so.
O Eu não está em per​fei​ta har​mo​nia com a mente. Nossa mente está fre​quen​te​men​te além do nosso con​tro​le, dis​pa​ran​do de uma ideia para outra como um cava​lo sel​va​gem ao vento. A ati​vi​da​de men​tal ilu​di​da é a fonte de todo o nosso sofrimento.
O Eu não está em per​fei​ta har​mo​nia com os seus dese​jos. O “eu” pode com​preen​der que os dese​jos geram carma e sofrimento, mas isso não sig​ni​fi​ca que seja capaz de con​tro​lá-los com faci​li​da​de. O autocon​tro​le é difí​cil jus​ta​men​te por​que o que que​re​mos com mais inten​si​da​de nem sempre é o que sabe​mos ser o ​melhor para nós. Se nem mesmo ten​tar​mos con​tro​lar nossos dese​jos e dei​xar​mos que eles tomem conta de nós, o “eu” sofre​rá ainda mais.
O Eu não está em per​fei​ta har​mo​nia com as suas opi​niões. Basicamente, isso sig​ni​fi​ca que nos​sas opi​niões são erra​das. Quando nos​sas cren​ças não estão ali​nha​das com a ver​da​de, cau​sa​mos a nós pró​prios infindáveis pro​ble​mas, pois teremos a ten​dên​cia de repe​tir os mes​mos erros mui​tas vezes.
O Eu não está em per​fei​ta har​mo​nia com a natu​re​za. Chuva, enchentes, secas, tem​pes​ta​des, mare​mo​tos e todas as ​outras for​ças da natureza não estão sob nosso con​tro​le e podem, frequentemente, nos fazer sofrer.
O Buda ensi​nou a ver​da​de do sofri​men​to não para nos fazer deses​pe​rar, mas para nos ajudar a reco​nhe​cer com cla​re​za as rea​li​da​des da vida. Compreendendo o alcan​ce do sofrimen​to e a impos​si​bi​li​da​de de evitá-lo, devemos nos sen​tir ins​pi​ra​dos a supe​rá-lo. Reconhecer a Primeira Nobre Verdade é o pri​mei​ro passo de um pro​ces​so que deve nos levar a que​rer compreen​der a Segunda Nobre Verdade.
 
A Segunda Nobre Verdade
A Segunda Nobre Verdade é a ver​da​de da ori​gem do sofri​men​to, que está na cobiça, na raiva e na igno​rân​cia. Os seres sen​cien​tes acor​ren​tam-se ao penoso e ilusivo mundo dos fenômenos, por causa de seu forte apego a essas fon​tes de ilusão, tam​bém conheci​das como os Três Venenos.
 
A Terceira Nobre Verdade
A Terceira Nobre Verdade é a ver​da​de da ces​sa​ção do sofri​men​to. “Cessação do sofrimen​to” é o mesmo que nir​va​na, um esta​do que não pode ser des​cri​to por meio de pala​vras. É algo que está além de cobi​ça, raiva, ignorân​cia e sofri​men​to; além da dualidade e das dis​tin​ções entre certo e errado, você e os ​outros bem e mal, vida e morte.
 
A Quarta Nobre Verdade 
A Quarta Nobre Verdade é a ver​da​de do cami​nho que leva à ces​sa​ção do sofrimen​to, aque​le que nos mos​tra como supe​rar as cau​sas do sofri​men​to. É o cami​nho rumo ao nirvana. A forma mais sim​ples de supe​rar as cau​sas do sofri​men​to é ​seguir o Nobre Caminho Óctu​plo, que ana​li​sa​re​mos em deta​lhe em outro Capítulo.
 
A Importância das Quatro ​Nobres Verdades 
As Quatro Nobres Verdades foram os pri​mei​ros e tam​bém os últi​mos ensinamentos do Buda. Ao apro​xi​mar-se do momen​to de sua morte, o Buda disse aos discí​pu​los que, se tives​sem algu​ma dúvi​da quan​to à vali​da​de das Quatro Nobres Verdades, deve​riam se pronun​ciar, pois assim pode​riam obter as res​pos​tas antes que fosse tarde demais. A atenção que o Buda devo​tou às Quatro Nobres Verdades nos 45 anos em que se dedi​cou a ensi​nar assi​na​la a impor​tân​cia que atri​buía a elas.
Para faci​li​tar a plena com​preen​são da men​sa​gem do Buda, seus anos de ensi​no são geralmen​te clas​si​fi​ca​dos em três perío​dos, tam​bém denominados “Três Giros da Roda” ou “Três Giros da Roda do Darma”. Essa divi​são nos ajuda a compreender os ensinamentos do Buda, por​que nos dá três diferentes ângulos, ou pers​pec​ti​vas, sob os quais ver as mes​mas verdades.
 
O Giro Expli​ca​ti​vo da Roda do Darma 
O pri​mei​ro perío​do do ensi​na​men​to do Buda é cha​ma​do de “Pri​mei​ro giro da Roda do Darma” ou “Giro expli​ca​ti​vo da Roda”. Foi nessa época que o Buda expôs as ver​da​des bási​cas em que se fun​da​men​ta sua ilu​mi​na​ção.
A res​pei​to das Quatro Nobres Verdades, disse ele no Sutra Dharma-chakra (Sutra sobre os Giros da Roda do Darma): “Isto é o sofri​men​to; tem a natu​re​za ‘opres​si​va’. Esta é a causa do sofri​men​to; tem a natu​re​za de ‘apego’, ‘aferro’ ou ‘acú​mu​lo’. Isto é a cessa​ção do sofri​men​to; tem a natu​re​za de ‘compreen​são’ ou ‘des​per​tar’. Este é o cami​nho para a cessação do sofri​men​to; tem a natu​re​za de ‘cultivo’”.
 
O Giro Per​sua​si​vo da Roda do Darma 
O segun​do giro da Roda do Darma é tam​bém conhe​ci​do como “Giro persua​si​vo da Roda” por​que se refe​re ao perío​do em que o Budacon​ven​ceu seus dis​cí​pu​los a extinguir osofrimen​to atra​vés da com​preen​são total das Quatro Nobres Verdades. Nessa época, ele abor​dou essas ver​da​des da seguin​te manei​ra, no Sutra Dharma-chakra (Sutra sobre os Giros da Roda do Darma): “Isto é sofri​men​to, vocês devem com​preen​dê-lo. Esta é a causa do sofri​men​to, vocês devem eli​mi​ná-la. Esta é a ces​sa​ção do sofri​men​to, vocês devem des​per​tar para ela. Este é o cami​nho para a ces​sa​ção do sofri​men​to, vocês devem praticá-lo”.
3 CONCLUSÃO 
O Buda é algumas vezes cha​ma​do de “O gran​de médi​co”, uma vez que os seus ensinamen​tos podem nos curar do nosso apego doen​tio à ilu​são. A melhor forma de aca​bar com o sofri​men​to é compreen​der bem as Quatro Nobres Verdades, por​que, ​depois disso, será muito mais fácil entender os outros ensi​na​men​tos do Buda.A com​preen​são e a prá​ti​ca dos ensi​na​men​tos do Buda levam infalivelmen​te à liberta​ção da dor e do sofri​men​to. O Buda é o médi​co e tem o remé​dio; só pre​ci​sa​mos tomá-lo. As Quatro Nobres Verdades do Buda constituem a cura para o sofri​men​to humano.
THE FOUR NOBLE TRUTHS OF BUDDHISM
ABSTRACT
The present work refers to the study of the four noble truths that was given through the research based basically on the translated content of the book Buddhism Deep Meanings that through the same and discussed on the main teachings of Buddha and the main aspects of the four noble truths and in the conditions of them as a transforming agent of behavior and the process of self-knowledge through spirituality.
KEYWORDS: Buddhism, 4 noble truths, Buddha.
REFERÊNCIAS
Budismo Significados Profundos, Venerável Mestre Hsing Yün,
Escrituras Editora, 2ª edição revisada e ampliada, São Paulo, dezembro de 2011.
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