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AULA 08: Diversidade e técnicas de Amostragem da Herpetofauna UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ- UECE FACULDADE DE FILOSOFIA DOM AURELIANO MATOS- FAFIDAM CURSO: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS DISCIPLINA: MÉTODOS EM ECOLOGIA ANIMAL 1 Para começo de conversa... Herpetologia? Herpetofauna? Do grego “Herpeton” (rastejar) e “logos” (estudo de) Anfíbios + Répteis O que veremos nesta aula? Características gerais e diversidade dos anfíbios; Características gerais e diversidade dos répteis; Métodos de amostragem de répteis e anfíbios Anfíbios Filo: Chordata Subfilo: Vertebrata Classe: Amphibia Características gerais Terminologia: - gr. amphi= dual, bios= vida. Diversidade: 7.543 espécies conhecidas. Adaptações evolutivas: representantes viventes dos primeiros vertebrados adaptados para viver fora da água. Importância ecológica: participam ativamente do ciclo de nutrientes. Características gerais Tetrápodes com tegumento úmido, permeável, e sem escamas (exceto algumas cecílias). A maioria tem 4 patas desenvolvidas, poucos são ápodos. Todos os anfíbios atuais são carnívoros. Características gerais O Anura mais antigo é do jurássico inferior (Prosalirus), mas também são conhecidos fósseis de salamandras e cecílias do jurássico. Ordens modernas de anfíbios tiveram histórias evolutivas claramente separadas por um longo período. Diferenças morfológicas- mesma linhagem monofilética. Características gerais Diversidade Anura Urodela (Caudata) Gymnophiona (Apoda) cerca de 7.543 espécies conhecidas atualmente Diversidade Ordens Nº de espécies Distribuição Hábitats Anura (Sapos, rãs, pererecas) 6.642 Brasil: 988 Ampla distribuição, excetoAntártida Diversificados Gymnophiona (Cobra-cega) 205 Brasil:33 Regiões tropicais do mundo todo Fossoriais (subterrâneos) Urodela (Salamandras) 684 Brasil: 5 Regiões temperadas Terrestres e aquáticos Fonte: AmphibiaWeb; Sociedade Brasileira de Herpetologia Diversidade Brasil: 1026 espécies (SBH, 2015) Ceará: 57 espécies (Roberto e Loebmann, 2016) 7 spp. endêmicas 4º colocado em relação ao número de répteis, ficando atrás da Austrália, México e Índia. Um terço da fauna de répteis é endêmica, só ocorre em território brasileiro 11 Diversidade Rhinella casconi Roberto, Brito & Thomé, 2014 Endêmica da Serra de Baturité. 12 Diversidade Adelophryne baturitensis Hoogmoed, Borges & Cascon, 1994 Adelophryne maranguapensis Hoogmoed, Borges & Cascon, 1994 Anura Registros do Jurássico ( 200 M. A. A) Cerca de 4.300 spp. Representantes: Sapos, pererecas e jias. 4 patas bem desenvolvidas; perda da cauda em adultos. Tímpano e ouvido médio presentes. Tamanho variável Cosmopolitas Variedade de locomoção Girinos sem dentes verdadeiros, com brânquias. Família Hylidae- pererecas Hypsiboas lundii Pererecas Arborícola, cintura fina, e membros longos, possuem discos digitais. Família Leptodactylidae- Jias Leptodactylus fuscus Jias Aquáticas, mesmo quando adultas, membranas interdigitais para natação. Família Bufonidae- sapos Rhinella granulosa Sapos Anuros terrestres de grande porte, que dão saltos curtos. Anura Preparação do ninho Vocalização Escolha do parceiro Amplexo Amplexo de Dendropsophus soaresi Anura Postura fecundação externa Desenvolvimento indireto período larval Cuidado parental Anura Desenvolvimento direto sem período larval Anura Flectonotus fossilis Gastrotheca Ecologia: Por que eles são importantes? Anfíbios são importantes predadores de insetos Presa de diversos animais Atuam no processo de ciclagem de nutrientes. Répteis Filo: Chordata Subfilo: Vertebrata Classe: Reptilia Embrião Casca coriácea Córion Alantóide Saco vitelino Características gerais Origem: Paleozóico (300 m.a.a.) Primeiros amniotas. Características gerais Fonte: Princípios integrados de zoologia (Hickman et al., 2001; p. 534) Âmnio Saco amniótico Líquido amniótico Grande irradiação dos répteis há 165 m.a. Idade dos répteis. 32 Características gerais Primeiros amniotas Amniotas Membrana interna, envolve uma bolsa com líquido amniótico , que protege o embrião. Amniotas surgiram a partir de um grupo de Tetrápodes semelhantes a anfíbios no final da Era Paleozóica; Quem são? “Répteis” Aves Mamíferos Divisão baseada na fenestração temporal do crânio 33 Órbita Crânio anápsido Órbita Órbita Abertura temporal lateral Crânio sinápsido Crânio diápsido Abertura temporal inferior Abertura temporal superior Amniotas: membranas extra embrionárias Anapsida: Testudines tartarugas, cágados, jabutis (Perda da fenestra foi secundária); Diapsida: Lepidosaura (Sphenodonta- tuataras; Sauria – lagartos e Amphisbaenas , e Serpentes) + Archosauria (Crocodilianos , Dinossauros, pterossauros e aves); Com a utilização crescente da metodologia cladistica em Zoologia e devido à sua ênfase na organização hierárquica de grupos monofiléticos, a classificação dos amniotas tem sofrido modificações bastante relevantes. Como definida tradicionalmente a classe Reptilia inclui as serpentes, os lagartos, os tuataras, os crocodilianos e as tartarugas, além de vários grupos extintos, como dinossauros, plesiossauros, pterossauros e os répteis mamaliformes. Todavia, répteis e aves (excluindo os mamaliformes) compartilham vários caracteres derivados, tais como detalhes da morfologia craniana e do tornozelo, além da presença de betaqueratina na pele, que os unem em um grupo monofilético. As aves evoluíram a partir de um grupo de dinossauros denominados de dromeossauros. Portanto, o conceito tradicional associado de “répteis” refere-se a um grupo parafilético, já que não inclui todos os descendentes de seu ancestral comum mais recente. Aves e crocodilianos são grupos irmãos, ambos são os descendentes mais recentes de um ancestral comum exclusivo, sendo portanto, mais proximamente relacionados entre si do que a qualquer outro grupo de répteis atuais. Em outras palavras, aves e crocodilianos formam um grupo monofilético à parte dos demais répteis e, de acordo com as regras da cladística, devem ser taxonomicamente atribuidos a um clado independente dos outros grupos de répteis. De fato, esse clado é reconhecido pelo nome de Archosauria, um grupo que também inclui os dinossauros e pterossauros. Os arcossauros, juntamente com seu grupo irmão, os lepidossauras, além das tartarugas formam um grupo monofilético, designado pelos cladistas de Reptilia. Termo Reptilia Contexto clássico cladístico (répteis + aves) Nesta aula... Nós usaremos o termo répteis para fazer referência ao grupo parafilético que inclui as tartarugas atuais, lagartos, serpentes, tuataras e crocodilianos, além de alguns grupos extintos que incluem os plesiosssauros, ictiossauros, pterossauros e dinossauros. 34 Características gerais Grupo parafilético. Grupo parafilético grupo que possui um ancestral comum, mas não inclui todos os seus descendentes. Amniotas Membrana interna, envolve uma bolsa com líquido amniótico , que protege o embrião. 35 Características gerais Répteis L. repto, rastejar; Primeiros vertebrados inteiramente terrestres. Características gerais Função Característica principal Ovo amniótico Ninhos na terra; Conquistado ambiente terrestre Proteção do Corpo Corpo recobertopor escamas epidérmicas queratinizadas ou placas dérmicas; Tegumento com poucas glândulas Alimentação Músculos mandibulares maiores e mais fortes Fechamento poderoso da mandíbula; Crânio cinético. Características gerais Proteção contra o dessecamento e agressões; Pele resistente, seca, revestida de escamas Epiderme delgada (mudas periódicas) + Derme espessa e bem desenvolvida; Derme com cromatóforos; Escamas formadas por queratina. 38 Características gerais Mudas periódicas Proteção contra o dessecamento e agressões; Pele resistente, seca, revestida de escamas Epiderme delgada (mudas periódicas) + Derme espessa e bem desenvolvida; Derme com cromatóforos; Escamas formadas por queratina. 39 Características gerais Função Característica principal Ovo amniótico Ninhos na terra; Conquistado ambiente terrestre Proteção do Corpo Corpo recobertopor escamas epidérmicas queratinizadas ou placas dérmicas; Tegumento com poucas glândulas Alimentação Músculos mandibulares maiores e mais fortes Fechamento poderoso da mandíbula; Crânio cinético. Características gerais Músculos das maxilas são maiores, mais longos e organizados melhor eficiência mecânica; Características gerais Função Característica principal Ectotermia Temperaturacorpórea regulada pelo ambiente; Termorregulação Conservação de água Rins metanéfricos; Excreta:ácido úrico. Reprodução Sexosseparados; Fecundação interna; Órgão copulatório: pênis, hemipênis ou ausente; Sem estágios larvais aquáticos. Ectotérmicos A temperatura do corpo é determinada unicamente pelo ambiente. Características gerais 43 Características gerais Função Característica principal Ectotermia Temperaturacorpórea regulada pelo ambiente; Termorregulação Conservação de água Rins metanéfricos; Excreta:ácido úrico. Reprodução Sexosseparados; Fecundação interna; Órgão copulatório: pênis, hemipênis ou ausente; Sem estágios larvais aquáticos. Diversidade 10.450 espécies (Reptile Database, 2016) Grande diversidade de hábitats terrestres e aquáticos Diversidade Brasil: 773 espécies (SBH, 2015) Ceará: 126 espécies (Roberto e Loebmann, 2016) 8 spp. endêmicas 4º colocado em relação ao número de répteis, ficando atrás da Austrália, México e Índia. Um terço da fauna de répteis é endêmica, só ocorre em território brasileiro 46 Diversidade Diversidade 40 espécies com algum grau de ameaça 9 espécies com algum grau de ameaça 4º colocado em relação ao número de répteis, ficando atrás da Austrália, México e Índia. Um terço da fauna de répteis é endêmica, só ocorre em território brasileiro 48 Diversidade Atractus ronnie Passos, Fernandes e Borges-Nojosa, 2007 Diversidade Leposoma baturitensis Rodrigues & Borges, 1997 Diversidade Subclasse Ordens Nº de espécies Distribuição Hábitats Anapsida Testudines 346 Brasil:36 Todos os continentes e mar aberto Terrestres, marinhos e de água doce. Archosauria Crocodylia 25 Brasil:6 Ampla distribuição Marinhos e de água doce Diapsida Sphenodontia 2 Brasil: - Restrito à NovaZelândia Terrestre,vive em tocas. Fonte: http://reptile-database.reptarium.cz/ Subclasse Anapsida Ordem Testudines (Chelonia) Tartarugas Cágados Jabutis Marinhas ou de água doce Quelônio de água doce Terrestres Patas em formato cilíndrico. Subclasse Diapsida Archosaura Ordem Crocodylia Ordem Crocodylia jacarés crocodilos gaviais Jacarés e caimans Novo mundo; Crocodilos Distribuição ampla; Gaviais Índia e Burma ( Uma espécie). 55 Diversidade brasileira: Família Alligatoridae (6 espécies) Caiman crocodilus (Linnaeus, 1758) - CEARÁ Caiman latirostris (Daudin, 1802) Caiman yacare (Daudin, 1802) Melanosuchus niger (Spix, 1825) Paleosuchus palpebrosus (Cuvier, 1807) - CEARÁ Paleosuchus trigonatus (Schneider, 1801) Diversidade Subclasse Ordens Nº de espécies Distribuição Hábitats Diapsida Squamata (lagartos) 6263 Brasil:266 Ampladistribuição Terrestres, aquáticos,arborícolas e fossoriais. Diapsida Squamata (Amphisbaenia) 196 Brasil:73 Neotropical,Etiópica, Neártica e Paleártica Fossoriais. Diapsida Squamata (Serpentes) 3619 Brasil: 392 Ampla distribuição Terrestre,aquáticas, arborícolas. Fonte: http://reptile-database.reptarium.cz/ Lagartos Ordem Squamata Subordem Sauria Cobra-de-duas-cabeças Ordem Squamata Subordem Amphisbaenia fossoriais caminham igualmente bem para frente ou para trás 59 Ordem Squamata Subordem Serpentes Serpentes: Tamanhos: Menores = 10 cm. Ex.: Leptotyphlopidae Maiores = 10 m. Ex.: Sucuri Pálpebras móveis e nictante ausentes Tímpano, cavidade timpânica e trompa de Eustáquio ausentes Língua bífida Dentição diferenciada Tipos de Dentições Áglifa Proteróglifa Solenóglifa Opistóglifa Serpentes - Diversidade: Família Boidae – não peçonhenta, dentição áglifa Ex.: Jibóia, Sucuri Família Colubridae e Dipsadidae – não peçonhentas, dentição áglifa e opistóglifa Ex.: cobra verde, de cipó Família Elapidae – peçonhenta, dentição proteróglifa Ex.: coral-verdadeira Família Viperidae – peçonhenta, dentição solenóglifa Ex.: Jararaca, cascavel, malha-de-fogo. Fossetas loreais Família Viperidae: cascavéis, jararacas e surucucus; Fossetas loreais - Termorreceptores; Entre as narinas e os olhos. Acidentes com serpentes Quatro gêneros de cobras no Brasil causam acidentes peçonhentos: gênero Bothrops em que a representante mais conhecida é a jararaca, gênero Crotalus em que a representante mais conhecida é a cascavel, gênero Micrurus representado pela coral verdadeira e gênero Lachesis representado pela surucucu. Lachesis pico de jaca ou pico de fogo Mudar a foto de cascavel 65 Acidente crotálico (Cascavel) : sensação de formigamento, sem lesão evidente; dificuldade de manter os olhos abertos, com aspecto sonolento, visão turva ou dupla, dores musculares intensas. Acidente elapídico (Coral): no local da picada não se observa alteração importante; visão borrada ou dupla, pálpebras caídas e aspecto sonolento. Acidentes com serpentes Convém lembrar que serpentes não peçonhentas também podem causar acidentes e que nem sempre as serpentes peçonhentas conseguem inocular veneno por ocasião do acidente. Cerca de 40% dos pacientes atendidos no Hospital Vital Brazil são picados por serpentes consideradas não-peçonhentas ou por serpentes peçonhentas que não chegaram a causar envenenamento. 66 Acidente botrópico (Jararaca): dor e inchaço no local da picada, às vezes com manchas arroxeadas e sangramento pelos orificios da picada; sangramentos em gengivas, pele e urina. Acidente (Surucucu): quadro semelhante ao acidente botrópico, acompanhado de vômitos, diarréia e queda da pressão arterial. Acidentes com serpentes Convém lembrar que serpentes não peçonhentas também podem causar acidentes e que nem sempre as serpentes peçonhentas conseguem inocular veneno por ocasião do acidente. Cerca de 40% dos pacientes atendidos no Hospital Vital Brazil são picados por serpentes consideradas não-peçonhentas ou por serpentes peçonhentas que não chegaram a causar envenenamento. 67 Primeiros Socorros Fonte: instituto Butantan Técnicas de amostragem da Herpetofauna 69 70 Quais são as suas perguntas? 71 Técnicas de amostragem Estudos de fauna Coletas de dados em campo Geração de informações e obtenção de resultados Resultados confiáveis Delineamento amostral adequado Resultados confiáveis Métodos de amostragem apropriados Resultados confiáveis Conhecimento prévio do grupo estudado Análise e interpretação dos dados 72 Técnicas de amostragem Coleta de dados: Populações Reprodução Dieta Morfometria Vocalização (anfíbios); Frequência e utilização de habitats. Comunidades Riqueza, diversidade Relação com variáveis ambientais Só para citar alguns exemplos de estudos Qual o melhor método então? 74 Técnicas de amostragem Melhor método ? O melhor método obtém respostas para as suas perguntas; Conjugação de diferentes métodos; Padronização dos métodos: torná-los comparativos; Tempo longo para resultados confiáveis. Para a realização dessas atividades de amostragens da herpetofauna são utilizados vários métodos, sendo alguns aplicados para os três grupos (serpentes, lagartos e anuros), como as armadilhas de interceptação e queda, e outros específicos para somente um grupo, como o registro auditivo em transecto, utilizado somente para anuros. 75 Técnicas de Amostragem Qual método usar? Rodda & Guyer, 2012 Técnicas de amostragem “Pitfall traps” Fauna de serapilheira Serpentes grandes e animais com ventosas Armadilhas de interceptação e queda consistem de recipientes enterrados no solo (pitfalls) e interligados por cercas-guia (driftlences; CORN 1994). Quando um pequeno animal se depara com a cerca, geralmente a acompanha, até eventualmente cair no recipiente mais próximo. Estas armadilhas são amplamente utilizadas para a amostragem de anfíbios, répteis e pequenos mamíferos (e.g. SEMLITSCH et aI. 1981; MENGAK & GUYNN 1987; WILLIAMS & BRAUN 1983). Uma das vantagens do método é a captura de animais que raramente são amostrados através dos métodos tradicionais que envo lvem procura visual (CAMPBELL & CHRISTMAN 1982). 77 Técnicas de Amostragem “Pitfall traps” Técnicas de amostragem “Pitfall traps” Levantamentos de riqueza Comparações de abundância relativa Marcação e recaptura Atividade sazonal Amostragem de presas Trilepida brasiliensis (Laurent, 1949) Com cem recipientes inspecionados ao longo de 30 dias é possível capturar 125 a 1.200 anfíbios e répteis nos ambientes amostrados, independentemente do tamanho dos recipientes (de 20 a 200 L) e do desenho dos blocos de armadilhas. Com base nos resultados, tica evidente que, quando montadas e distribuídas de maneira adequada (ver sugestões abaixo), armadilhas de interceptação e queda são extremamente eficientes em amostragens de anfíbios e répteis, especialmente anuros e lagartos. As eficiências de captura apresentadas na tabela [ podem servir de referência para estimativas do esforço de amostragem necessário para capturar um determinado número de anfíbios e répteis. Por exemplo, com cem recipientes inspecionados ao longo de 30 dias é possível capturar 125 a 1.200 anfíbios e répteis nos ambientes citados na tabela I, independentemente do tamanho dos recipientes (de 20 a 200 L) e do desenho dos blocos de armadilhas. Além disso, os estudos em Santa Maria, em ltirapina e no Pitinga indicam que 60-1 00% das espécies de anfíbios e répteis de uma dada localidade podem ser capturadas em armadilhas de queda em estudos com grande esforço de campo. 79 Técnicas de amostragem Vantagens desvantagens Alto custo Esforço de instalação alto Tipo de solo da área de estudo Espécies muito pequenas ou muito grandes podem não ser amostradas Predação Elimina o viés da variação de coletores Esforço de coleta pequeno Amostra bichos pouco usuais Sete vezes mais eficientes na busca de serpentes do que procura visual; “Pitfall Traps” Quanto maior a duração do estudo, maior a relação custo benefício; Em levantamentos de riqueza, espécies muito pequenas (que sejam capazes de fugir através dos orit1cios de drenagem dos recipientes) ou espécies cujos filhotes já nascem muito grandes (e, portanto, poderiam escapar de recipientes pequenos; ver abaixo) dificilmente serão amostradas. 80 Técnicas de amostragem “Pitfall traps” Técnicas de amostragem Vantagens desvantagens Alto custo Esforço de instalação alto Tipo de solo da área de estudo Espécies muito pequenas ou muito grandes podem não ser amostradas Predação Cautela em estudos de dieta Elimina o viés da variação de coletores Esforço de coleta pequeno Amostra bichos pouco usuais Sete vezes mais eficientes na busca de serpentes do que procura visual; “Pitfall Traps” Quanto maior a duração do estudo, maior a relação custo benefício; Em levantamentos de riqueza, espécies muito pequenas (que sejam capazes de fugir através dos orit1cios de drenagem dos recipientes) ou espécies cujos filhotes já nascem muito grandes (e, portanto, poderiam escapar de recipientes pequenos; ver abaixo) dificilmente serão amostradas. É importante notar que pode ocorrer predação entre os animais capturados nas armadilhas de queda. Por exemplo, serpentes podem ingerir anfíbios e lagartos e cstes últimos podem ingerir invertebrados. Na falta de estudos conclusivos sobre cssa possibilidade, deve-se evitar a utilização de exemplares obtidos nestas armadilhas para estudos de dieta, a não ser que as inspeções sejam feitas várias vezes ao di a. Uma alternativa é o uso de solução de formalina nos baldes, que leva os animais capturados à morte em poucos minutos, cvitando eventuais predações. Entretanto, cssc método inviabiliza estudos que dependam de animais vivos. 82 Técnicas de amostragem “Pitfall Traps” Quanto maior a duração do estudo, maior a relação custo benefício; Em levantamentos de riqueza, espécies muito pequenas (que sejam capazes de fugir através dos orit1cios de drenagem dos recipientes) ou espécies cujos filhotes já nascem muito grandes (e, portanto, poderiam escapar de recipientes pequenos; ver abaixo) dificilmente serão amostradas. 83 Técnicas de amostragem Armadilha de interceptação com funil duplo Rápida instalação; Menos oneroso Serpentes Utilizada em conjunto com pitfalls de linha As armadilhas de interceptação com funis duplos - AIF (double-ended funnel traps), por serem de rápida instalação, foram intermediárias nas relações de custos-benefício para espacializar muitas unidades amostrais em uma grande área. A instalação de funnel traps é facilmente adaptável aos solos hidromórficos das florestas de várzea. Neste e em outros estudos realizados em ambientes florestais as AIF foram eficientes na captura serpentes (Vogt et al. 2007, Bateman et al. 2009), um dos grupos menos representados em inventários rápidos (Martins & Oliveira 1998, 84 Técnicas de amostragem Busca ativa Coleta grandes animais; Procura em todos os microhabitats; História natural Demanda muito esforço; Pouco eficiente para animais de Serapilheira. Por último, na hipótese de utilização desse procedimento nos estudos de herpetofauna, é importante que sejam registradas e descritas na metodologia dos estudos informações referentes ao número de pessoas, ao comprimento do trecho percorrido e ao número de horas trabalhadas pela equipe. Isso possibilitará a quantificação do esforço amostral empregado no estudo e a realização de possíveis futuras comparações temporais e espaciais de dados. 85 Técnicas de amostragem Busca ativa + Encontros ocasionais Técnicas de amostragem Microhabitats Técnicas de amostragem História Natural Técnicas de amostragem Procura visual limitada por tempo Linha reta ou quadrantes A procura visual limitada por tempo se resume, basicamente, a considerar um transecto (linha traçada em um terreno, a qual contabilizará a área ou a distância em que será estudada) em que o pesquisador se deslocará lentamente à procura dos animais que serão estudados, no caso anfíbios ou répteis que estejam visualmente expostos. De maneira análoga ao método anterior, também se deve registrar na metodologia dos trabalhos o número de pessoas participantes, e o número de horas trabalhadas pela equipe. Além disso, todos os micros habitats devem ser procurados e pesquisados, no entanto, não se deve remexer o ambiente, como na busca ativa O transecto sempre pode ser realizado por dois pesquisadores que, por exemplo, checam cada um uma margem da trilha. Para uma melhor varredura da área trabalhada, aconselha-se que a mesma seja percorrida lentamente, levando, normalmente, cerca de três horas para se percorrer 400m (BERNARDE e ABE, 2006; MARTINS e OLIVEIRA, 1998; HARTMANN et al., 2009). 89 Técnicas de amostragem Registro auditivo em transectos Através de um transecto ou uma trilha, é feito o deslocamento a pé e são registradas as espécies que estão vocalizando. Quando não for possível identificar a espécie que está vocalizando, deve-se, caso possível, coletar o animal e gravar sua vocalização. Para emprego desse método, também é recomendável registrar as variáveis importantes para os cálculos de esforços amostrais (número de pessoas na equipe, comprimento da trilha e tempo trabalhado). 90 Técnicas de amostragem Amostragem em sítios reprodutivos Alto sucesso amostral; Áreas de reprodução de anuros. Coletas noturnas 91 Técnicas de amostragem Coleta por terceiros Busca em estrada Um método interessante e muito utilizado por pesquisadores e biólogos de consultoria, é o de coleta por terceiros que consiste em ter um contato prévio com moradores das redondezas de onde será feito o estudo. É fornecido a eles um recipiente tampado com solução formalina (15 ou 20%), para que eles guardem os animais que acharem ou que costuma matar, principalmente serpentes (FRANCO et al., 2000). Os moradores são visitados com frequência e caso haja algum animal os recipientes são recolhidos e os dados anotados. É de suma importância passar ao morador alguns dados e mostrar para eles a importância de tais estudos e principalmente dos animais na natureza, enfatizando a preservação da fauna. Cabe ressaltar que os dados obtidos através deste método de amostragem, apenas serão utilizados para composição de uma lista qualitativa de espécies, uma 15 vez que não é possível determinar unidades amostrais e, portanto, utilizar estimadores quantitativos (ex: riqueza e diversidade de espécies). 92 Técnicas de amostragem Armadilhas de cola Coleta de bichos raros arborícolas Pouco seletivo Técnicas de amostragem Radiotelemetria Tozetti, 2006 Técnicas de amostragem Técnicas de amostragem Sempre bom lembrar!! Art. 29 – Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou em desacordo com a obtida: Pena: detenção de seis meses a um ano , e multa. Lei de Crimes Ambientais Lei 9.605/98 Técnicas de amostragem Sempre bom lembrar!! Os procedimentos de Eutanásia dos animais deverão seguir as normas do Conselho de Medicina Veterinária Track 13 Anfíbios Anuros da Mata Atlântica Album, track 13 31373.31 Track 79 Anfíbios Anuros da Mata Atlântica Album, track 79 33463.1
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