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ATPS Direito Empresarial

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA - UNIDERP
CENTRO DE EDUCAÇÂO A DISTÂNCIA
POLO PRESENCIAL: TERESINA II (2003294)
CURSO – SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM LOGÍSTICA
DIREITO EMPRESARIAL
Tutor a Distância: Luiz Manuel Palmeira
Tutora Presencial: Luciana Veras
Data de entrega: 26 a 29 de novembro de 2013
Nome:			 RA:
Jonathan Brito Costa		397827
Hallan de Sousa Brito		439308
Thyago Sousa Vieira		406625
Gerson Agripino Silveira	418385
Thiago Alvarenga Barbosa	426016
Teresina – PI
2013
Índice
1 ETAPA 1 .................................................................................................................... Pag. 02
 1.1 Os conceitos de Direito Comercial e Direito Empresarial, Empresa e sua evolução, e o Empresário...................................................................................................................... Pag. 02 
 1.2 Empresa ............................................................................................................... Pag. 03 
 1.2.1 Nome da Empresa........................................................................................ Pag.03
 1.2.2 Localização ................................................................................................ Pag. 03
 1.2.3 Segmento em que atua porte/tamanho, missão e valores......................... Pag. 03
 1.2.4 Produtos comercializados........................................................................... Pag. 03
 1.2.6 Número de funcionários.............................................................................. Pag. 03
 1.2.7 Cargo do contato da equipe na empresa.................................................... Pag. 03
2 ETAPA 2....................................................................................................................... Pag. 04
 2.1 Aspectos legais da Empresa................................................................................... Pag. 04
 2.2 A Função Social da Empresa................................................................................. Pag. 05
3 ETAPA 3....................................................................................................................... Pag. 08
 3.1 Direito Cambiário e seu princípios......................................................................... Pag. 08
 3.2 Conceito de título de crédito................................................................................... Pag. 09 
 3.3 Princípios................................................................................................................ Pag. 09
 3.3.1 Cartularidade........,......................................................................................... Pag. 09
 3.3.2 Literalidade.................................................................................................... Pag. 10
 3.3.3 Autonomia ..................................................................................................... Pag. 10
 3.3.4 Abstração........................................................................................................ Pag. 10
 3.4 Análise da empresa................................................................................................. Pag. 11
4 ETAPA 4....................................................................................................................... Pag. 12
 4.1 Princípio da capacidade contributiva...................................................................... Pag. 12
 4.2 As consequências geradas em razão da elevada carga tributária exigida no Brasil Pag. 12
 4.3 O novo Direito Empresarial com ênfase na função social e na capacidade contributiva, é coerente e adequado à atualidade? .................................................................................. Pag. 13 
Referências bibliográficas................................................................................................ Pag. 14
1 ETAPA 1 
1.1 Os conceitos de Direito Comercial e Direito Empresarial, Empresa e sua evolução, e o Empresário
O termo comércio deriva da expressão latina commutatio mercium, que significa troca de mercadorias por mercadorias. Essa atividade existe desde a Antiguidade, bem como, desde então, já havia uma regulamentação jurídica, ainda que primitiva, a cerca do comércio, podendo ser exemplificado citando o Código de Manu na Índia e o Código de Hammurabi da Babilônia (TOMAZETTE, 2008). 
O extraordinário desenvolvimento da economia capitalista tornou a visão objetiva e isolada de ato de comércio desacreditada. No século XIX, auge da Revolução Industrial, destaca um novo ponto de vista do comércio e do Direito Comercial, tendo como foco o empresário e a empresa. De acordo com a Teoria da Empresa, o Direito Comercial tem seu campo de abrangência ampliado, incorporando atividades até então excluídas pela Teoria dos Atos de Comércio. Ao contrário da teoria francesa não se divide mais as atividades econômicas em dois grandes grupos, civil e comercial. A Teoria da Empresa prevê de forma ampla as atividades econômicas, excluindo somente atividades específicas, que são, as atividades intelectuais, de natureza literária, artística ou científica (ALEJARRA, 2013).
Comerciantes e empresários são considerados agentes econômicos fundamentais, pois geram empregos, tributos, além da produção e circulação de certos bens essenciais à sociedade e, por isso, a legislação comercial traz uma série de vantagens para o comerciante. Assim é que a eles são deferidos institutos que dão efetividade ao princípio da preservação da empresa, de origem eminentemente neoliberal em razão da necessidade de proteção ao mercado, relevante para o desenvolvimento da sociedade em inúmeras searas, a exemplo da falência, da recuperação judicial, da possibilidade de produção de provas em seu favor por meio de livros comerciais regularmente escriturados etc. 
A Teoria da Empresa começa a surgir no direito brasileiro a partir de 1960 em contraposição à defasada Teoria dos Atos de Comércio, especialmente pela não inclusão de atividades de extrema importância ao desenvolvimento econômico nacional, como a prestação de serviços, atividades rurais e negociação de imóveis. Em 1965 a Teoria da Empresa é adotada pelo Projeto de Código das Obrigações que não veio a se tornar lei. Posteriormente em 1975 esta teoria figura novamente no Projeto de Código Civil, o qual tramitou com lentidão histórica, tornando-se o atual Código Civil de 2002. Todavia, durante a tramitação do Código Civil diversas leis de interesse comercial utilizaram o sistema italiano, por exemplo o 
Código de Defesa do Consumidor de 1990, a Lei de Locação Predial Urbana de 1991 e a Lei de Registro de Empresas de 1994 (ALEJARRA, 2013).
 O conceito de empresa atual, sob a égide da teoria da atividade empresaria, não é jurídico, mas sim econômico ligado à ideia central da organização dos fatores da produção – capital, trabalho, natureza, para a realização de uma atividade econômica (TOMAZETTE. 2010). A conceituação de empresa segundo a teoria dos atos de comércio é de uma pessoa que exerce uma prática necessária para a caracterização da atividade comercial. Na fase de transição, segundo a denominada teoria da indústria comercial, o conceito de empresa agrega, além da concepção subjetiva, um perfil funcional, identificando-a como a atividade empresarial (Alberto Asquini apud TOMAZETTE, 2008).
A transição entre a teoria dos atos de comércio e a teoria da empresa representou muito mais do que a mudança da nomenclatura do ramo do direito analisado – de direito comercial para direito empresarial –, mudou-se a sua estrutura interna. Houve uma substituição na teoria que o fundamenta, como salienta Marcelo Gazzi Taddei (2010). Todos que exercem a atividade empresarial são considerados empresário, o sujeito do Direito Empresarial. O atual direito comercial é dirigido àempresa e não mais ao comerciante dos tempos das “casas de armarinhos” (VENOSA, 2008).
1.2 Empresa
1.2.1 Nome da Empresa: Comércio e Serviços em Eletroeletrônica Ltda.
1.2.2 Localização: Teresina-PI
1.2.3 Segmento em que atua porte/tamanho, missão e valores: Micro Empresa
1.2.4 Produtos comercializados: materiais elétricos, eletroeletrônicos e telefonia, componentes eletroeletrônicos, artigos de luminárias e outros artigos para residências, comércios e indústrias. Artigos de segurança eletrônica, pessoal e patrimonial.
Público-alvo: para venda do produto e/ou serviço e publicidade.
1.2.6 Número de funcionários: 22
1.2.7 Cargo do contato da equipe na empresa: A empresa tem estrutura familiar, tendo como sócio José Fernando que é o diretor geral, ele é o responsável pelo parecer final em todos os setores da organização e é responsável por compras e vendas e a sócia Bruna Santos, sua esposa, é a responsável pela administração ativa e passiva, judicial e extrajudicial da sociedade, como também responde pelos setores financeiros e recursos humanos. No setor operacional estão os gerentes operacionais e técnicos, que tem formação técnica em eletrotécnica pela Escola Técnica.
2 ETAPA 2 
2.1 Aspectos legais da Empresa
a) Qual a legislação específica da empresa em relação ao seu tipo de negócio?
A Empresa objeto do estudo atua no setor privado na área de segurança eletrônica. Sua proposta de diferencial num mercado de plena ascensão é a qualidade de produtos e serviços, por isso, a busca constante em treinamento e qualificação profissional de seus colaboradores é premissa de bons resultados e superação das expectativas de seus clientes. A empresa iniciou suas atividades com foco na prestação de serviços técnicos de segurança eletrônica, em pouco tempo suas atividades passaram a ser complementadas com o comercio de produtos e como a empresa não se enquadrava no perfil de empresas optantes do SIMPLES era tributada com altos impostos. Com a necessidade de diminuir esses encargos, foi constituída outra empresa, comercial, com a tributação no SIMPLES. Assim o comércio ficou separado dos serviços em empresas distintas, a EMPRESA A responsável pelos serviços e a EMPRESA D com a divisão comercial do grupo. Essa transação ocorreu em agosto de 2002, e em 2005 a empresa, em constante desenvolvimento, adquire um imóvel onde planeja ampliar sua atuação num mercado carente, oferecendo um espaço com diferenciais de atendimento, apresentação e soluções em segurança eletrônica.
b) Os Órgãos de Classe.
A EMPRESA A possui o devido credenciamento nos respectivos órgãos Federal, Estadual e Municipal, sendo que todos estão com seus prazos de validade e pagamentos em dia.
c) Os impostos e tributos da empresa e seus percentuais.
O regime de tributação da EMPRESA A é o Simples Nacional, pois hoje já está classificada como Micro Empresa, com faturamento bruto nos últimos 12 meses de R$351.102,00, o qual se enquadra na faixa entre R$240.000,00 e R$360.000,00 anual, recolhendo uma alíquota de imposto de 10,26%, distribuído conforme demonstrativo abaixo: 
IRPJ 0,48% 
CSLL 0,43% 
COFINS 1,43% 
PIS/PASEP 0,35% 
INSS 4,07% 
ICMS 3,50%
d) Identificar se há alguma consideração ética para a comercialização dos produtos/ serviços.
A EMPRESA A possui uma estrutura operacional pautada na solução e implantação de sistemas de segurança eletrônica. Com relação à comercialização de seus serviços a empresa trabalha com telemarketing receptivo e quanto à forma e vias de distribuição acontece após contato do cliente, onde se encaminha um técnico para análise das suas necessidades e o pronto atendimento mediante a autorização do mesmo. A empresa possui três carros equipados com as ferramentas e peças adequadas para realizar o pronto atendimento. 
e) Restrições para comunicação.
A política de pagamento da empresa é praticamente toda à prazo, onde o cliente pode parcelar suas compras com cheques pós-datados ou com boletos bancários enviados pela empresa. Nas compras a vista o cliente tem descontos de até 10%.
f) Código de Defesa do Consumidor.
	O decreto nº 7.962, de 15 de março de 2013 inclui no Código do Consumidor (Lei nª 8.078/90) direitos aos consumidores do comércio eletrônico. 
2.2 “A Função Social da Empresa”
O vocábulo “função” vem do latim functio, que significa trabalho, exercício, cumprimento, execução. Liga-se ao verbo fungi, de executar, cumprir uma função. A propriedade, como exposto anteriormente, tornou-se de interesse social ao passo que o Estado percebia a necessidade de restringir os direitos que uma pessoa detinha sobre o bem em prejuízo de toda uma coletividade.
A função social da empresa assegura a função social dos bens de produção, o poder-dever do proprietário de dar uma destinação compatível com o interesse da coletividade. Entretanto, a função social não significa uma condição limitativa para o exercício da atividade empresarial, visa proteger a empresa contra a verocidade patrimonialista do mercado. 
O princípio da função social da propriedade impõe ao proprietário, ou quem detenha o controle da empresa, o dever de exercê-lo em benefício de outrem, e não apenas de não o exercer em prejuízo de outrem. Este princípio da função social da empresa impõe um comportamento positivo, prestação de fazer e não meramente de não fazer aos detentos do poder que deflui a propriedade. 
A grande empresa, como organização econômica, transcende a própria pessoa do empresário, de modo a impor-se a ordenação de suas relações com a sociedade e das relações que no seu interior, entre investidores, empresários e trabalhadores são travadas. O poder de controle sobre os bens de produção não pertence ao capitalismo e sim ao empresário.
 Percebeu-se que o capital, objeto do capitalismo, incidiu sobre o social e o Estado foi perdendo forças para regular suas atividades básicas com vistas a garantir os direitos da população, como assegurar alimento, moradia, educação, lazer, transporte etc., inviabilizando a progressão social e a busca de uma vida digna pelo próprio exercício. Nessa seara, Gustavo Tepedino expõe que:
 [...] na democracia capitalista globalizada, de pouca serventia mostram-se os refinados instrumentos de proteção dos direitos humanos, postos à disposição pelo direito público, se as políticas públicas e a atividade econômica privada escaparem aos mecanismos de controle jurídico, incrementando a exclusão social e o desrespeito à dignidade da pessoa humana. Na era dos contratos de massa e na sociedade tecnológica, pouco eficaz mostram-se os mecanismos tradicionalmente empregados pelo direito civil.
 
O Princípio da Função Social da Empresa é previsto pelo ordenamento legal e está inserida no bojo da Constituição Federativa do Brasil, em seu Artigo 5º, inciso XXIII que enfatiza que “a propriedade atenderá a sua função social” (BRASIL, 2010), ainda em seu Artigo 182, § 2º que prevê que “a propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor” (BRASIL, 2010). E, por fim, no Artigo 186 que pontua que “a função social da propriedade rural é cumprida quando a propriedade rural atende, simultaneamente, segundo critérios e graus de exigência estabelecidos em lei [...]” (BRASIL, 2010).
É como direito fundamental que a propriedade passa a ter um significado e extensão extremamente maiores do que os tomados pelo Código Civil. É por isso que a empresa e, por consequência, o seu controle ficam sujeitos a tal preceito constitucional. Deste modo, é notório o fato da ideia da função social da empresa derivar da previsão constitucional da função social da propriedade.
Além de estar contido na Constituição da República, o Princípio da Função Social da Empresa também é está inseridono Código Civil Brasileiro, em seus Artigos 421, que determina que “a liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função social do contrato” (BRASIL, 2011) e Artigo 1.228 § 1º, que rege que o direito de propriedade deve ser exercido em consonância com suas finalidades econômicas e sociais e de modo que sejam preservados, de conformidade com o estabelecido em lei especial, à flora, a fauna, as belezas naturais o equilíbrio ecológico e o patrimônio histórico e artístico, bem como evitada a poluição do ar e das águas (BRASIL, 2011).
A importância da Função Social da Empresa, reconhecida pela Carta Magna Brasileira, pelo Código Civil Brasileiro e também pelo Enunciado nº 53 do Conselho de Justiça Federal. Claro é, portanto, o valor de tal Princípio no ordenamento jurídico do país. A Função Social é um dos princípios que trouxe maior grau de justiça nas relações sociais, objetivando evitar os abusos individuais e promover a coletivização. Frente a essa nova realidade a empresa deixa de possuir apenas o objetivo ao lucro, e suas metas passam ter por base uma exploração econômica atrelada aos valores sociais de bem-estar coletivo e justiça social.
3 ETAPA 3 
3.1 Direito Cambiário e seu princípios.
Os atributos e predicados do Direito Cambial, nascido na Idade Média, como instrumento do contrato de câmbio, o passam próprio a ser título de crédito, vivendo para circular sem entraves ou perigos da cessão de crédito do direito comum, cumprindo observar que, neste passo, sendo a confiança em determinada pessoa a própria caracterização do Crédito, portanto personalíssimo, transformado em título, adquire natureza de coisa ou bem móvel, passando, assim, a preponderar não mais o elemento pessoal, mas o real, traduzido no título, razão pela qual as normas devem procurar resguardar a circulação cambiária e o terceiro de boa-fé, de conformidade com o princípio filosófico jurídico da certeza e da segurança, que apenas se logrará obter se o legislador, a doutrina e a jurisprudência prestigiarem os seis atributos ou predicados dos títulos cambiais, ou seja:
a) Predicado do formalismo – ou do rigor formal – o título deve ser criado com rigorosa obediência à forma que a lei lhe exige. 
b) Predicado da literalidade – o título é autossuficiente para provar os direitos cambiários, eis que contém tudo que necessário ao exercício do direito nele.
c) Predicado da independência – é a exacerbação da literalidade, eis que o título basta-se a si mesmo, sem necessidade de apelo a elementos extracartulares. 
d) Predicado da incorporação – o direito incorpora-se ao documento, que no dizer de JOAQUIN GARRIGUEZ “quando falamos de incorporação do direito ao título, empregamos uma expressão puramente metafórica, querendo dizer que o título – como coisa corpórea – é o direito documental – como coisa incorpórea – ainda que sejam coisas distinta, se apresentam no mundo jurídico comercial como se fora uma coisa única”.
e) Predicado da autonomia – as obrigações cambiais são autônomas e independentes umas das outras, daí porque o título é invulnerável às exceções oponíveis aos possuidores anteriores do título, o que se explica e se justifica pelo fato de “o possuidor ser investido de direito próprio, originário, ficando imune às exceções oponíveis aos precedentes possuidores”.
f) Predicado da abstração – significa que a exigibilidade do título e o exercício do direito nele contido ou incorporado independe do negócio subjacente que lhe deu origem, impedindo que se oponha ao terceiro portador de boa-fé defesa fundada no negócio fundamental que originou a cambial ou nas diversas transmissões de que possa ter sido objeto, sendo que só se admite defesa fundada na causa entre partes imediatas, não se podendo suscitar discussão sobre o negócio originário em relação às partes mediatas, terceiros de boa-fé. Daí concluir-se que enquanto a abstração diz respeito à “causa debendi” a autonomia refere às exceções pessoais dos devedores anteriores, que não podem ser opostas quando o título entra em circulação em face de terceiros possuidores de “boa-fé”. 
Tudo na cambial converge para um ponto, que é o pagamento, tendo o credor à faculdade de escolher um ou mais obrigados cambiais (solidariedade ordinária), que não coincide com a solidariedade do Direito Comum, em que o devedor solidário, que paga, só pode haver dos demais a quota-parte de cada um. A solidariedade beneficia, também, a qualquer credor de regresso, pois o avalista ou endossatário sucessivo tem ação de regresso contra os demais (solidariedade de caução ou garantia). 
Dogma da aparência do Direito - o simples fato de o possuidor deter o título dá-lhe a aparência de autêntico titular, devendo a lei protegê-lo, na esteira da teoria da aparência de JACOBI, segundo a qual a aparência é decisiva para libertar os títulos de crédito dos entraves do Direito comum, em que a aparência do direito corporificado no título ganha força com o desligamento, a desvinculação da vontade do emitente, passando os terceiros a confiar na aparência do que nele está declarado, daí porque o interesse de quem cria o título cede diante dos terceiros, que confiaram na aparência, sendo, em consequência, o título de crédito uma aparência elevada à realidade por força exclusiva da lei, tudo imposto por amor à segurança da circulação do crédito.
3.2 Conceito de título de crédito
"Documento necessário ao exercício do direito, literal e autônomo, nele mencionado" (Césare Vivante). Partindo dessa definição, podemos extrair os três princípios do Direito Cambial.
3.3 Princípios
3.3.1 Cartularidade
Conforme esse princípio, título de crédito é o documento necessário para o exercício do direito, literal e autônomo, nele mencionado. A posse do título e sua exibição pelo credor ao devedor ou a quem deva saldar o crédito são indispensáveis para a garantia do exercício dos direitos nele mencionados. Tanto é que alguns autores se valem da noção de incorporação ao explicar a materialização do direito de crédito no documento. Em outras palavras, o direito se incorpora ao documento.
3.3.2 Literalidade
Uma vez apresentado o documento, é indispensável que o título subscreva todos os direitos conferidos ao credor frente ao devedor, uma vez que “vale no título o que nele está escrito”. Trata-se do princípio da literalidade. Pode-se assim concluir que a literalidade é a medida do direito contido no título e que, sendo assim, “o que não está no título não está no mundo”.
Em outros termos, os efeitos do princípio da literalidade conferem garantias tanto ao credor como ao devedor. O credor terá a certeza de que poderá exigir do devedor os direitos descritos e expressos no documento que apresentar. Por outro lado, ao devedor assegura-se que não serão exigidos créditos que não estejam expressamente mencionados no documento. Por fim, o legislador previu uma exceção ao princípio em comento, ao permitir que a quitação, quando se tratar de duplicata, seja transcrita em documento em separado, desde que seja dada pelo legítimo portador da duplicata.
3.3.3 Autonomia
As obrigações representadas por um mesmo título de crédito são independentes entre si, ex. título endossado cujo crédito do endossante é anulado (por vício redibitório da compra e venda), o emitente do título deverá honrá-lo perante o novo credor.
Vivante resume – “o direito mencionado no título é literal, porquanto ele existe segundo o teor do documento. Diz-se que o direito é autônomo, porque a posse de boa-fé enseja um direito próprio, que não pode ser limitado ou destruído pelas relações existentes entre precedentes possuidores e o devedor. Diz-se que o título é o documento necessário para exercitar o direito, porque o credor deve exibi-lo para exercitar todos os direitos que ele porta consigo e não se pode fazer qualquer mudança na posse do título sem anotá-la sobre o mesmo.”
3.3.4 Abstração
 
O princípio da abstração, que se observa paralelamente ao da autonomia, mas que com este não se confunde,porque abstração leva à irrelevância da causa ou negócio fundamental, ao passo que a autonomia resulta na inoponibilidade das exceções pessoais e consiste na independência das obrigações entre si, o princípio da abstração impede que se oponha ao terceiro portador de boa fé defesa fundada no negócio fundamental que deu origem à cambial ou às diversas transmissões de que ela possa ter sido objeto. 
3.4 Análise da empresa
A EMPRESA A atua no mercado de segurança eletrônica há mais de dez anos sendo que o proprietário está nesse ramo há mais de dezessete anos. Durante este período, formou-se uma boa carteira de clientes, conquistada com o bom atendimento, honestidade e qualidade dos serviços realizados. Atualmente a empresa comercializa seus serviços atendendo em média a quatro chamados de manutenção diários e está continuamente com novos projetos e novas instalações sendo realizadas paralelamente. A empresa tem a capacidade de suprir essa demanda, pois conta com duas equipes para manutenções e uma para instalações. 
Com relação à fonte de matéria-prima, ou seja, fornecedores, a empresa utilizará os seus atuais, pois os mesmos possuem uma logística adequada que atende as necessidades, com um sistema eficiente de entrega de mercadorias. Para produtos mais sofisticados com tecnologia de ponta, a empresa conta com fornecedores em Curitiba e São Paulo, e dependendo do volume, a entrega é realizada por transportadora ou Correios levando no máximo dois dias úteis. 
4 ETAPA 4
4.1 Princípio da capacidade contributiva
O princípio da capacidade contributiva ingressou no ordenamento jurídico brasileiro com a constituição de 1946. Seu artigo 202 dispunha: “Os tributos terão caráter pessoal, sempre que isso for possível, e serão graduados conforme a capacidade econômica do contribuinte”.
Esse princípio foi excluído dos textos de 1967/ 69 e novamente inscrito na constituição de 1988. O parágrafo 1º do seu artigo 145 dispõe: “Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte”.
Capacidade contributiva é tema de natureza constitucional que tem a ver com as convicções mais profundas da cidadania e do Estado de Direito. O valor liberdade, enquanto anseio natural e espontâneo do Homem, encontra-se tutelado no Estado de Direito (a par da legalidade) pelo princípio da igualdade como anseio racional e imperativo de Justiça em face de distorções que visa corrigir.
Distorções de diversos matizes, decorrentes da heterogeneidade do tecido social, podem ensejar a inviabilização do anseio natural de liberdade, quer em sua expressão mais ampla, quer, designadamente, em suas expressão da liberdade de iniciativa, de lucro, de competição, etc. E neste momento preciso afirma-se o valor igualdade como pressuposto assecuratório daquele outro, a liberdade.
É nessa perspectiva filosófica que vemos o princípio da capacidade contributiva, enquanto expressão de isonomia: igualando a todos em face da tributação, limitando a ganância fiscal do Estado, tutelando, enfim, a própria liberdade dos que o criaram.
4.2 As consequências geradas em razão da elevada carga tributária exigida no Brasil 
Administrar uma empresa no Brasil, independente do seu tamanho ou composição não é tarefa fácil, pois não basta o empresário ter um foco apenas no lucro, é necessário também ter um bom planejamento tributário. Os tributos são apontados pela grande maioria do empresariado como um fator limitante. A carga tributária a cada ano que passa fica mais pesada para o contribuinte e não há retorno, fazendo com que as empresas não consigam investir e crescer adequadamente, perdendo a competitividade.
 4.3 O novo Direito Empresarial com ênfase na função social e na capacidade contributiva, é coerente e adequado à atualidade?
A função social da empresa é tema de suma importância e nossos textos legais como a Constituição Federal de 1988, a Lei n. 6.404/76 (Lei da SA), a Lei n. 10.257/2001 (Estatuto da Cidade), Lei n. 8.078/90 (Código de Defesa do Consumidor) e o Novo Código Civil (Lei n. 10.406/2002) tratam do assunto de forma explicita ou por analogia.
Assim, não causa espanto, na atualidade, manifestações de grandes empresários, como Emilio Odebrecht, presidente do Conselho de Administração da Odebrecht S.A., holding da Organização Odebrecht: O grande capital não tem servido à produção, que promove o crescimento e gera trabalho; tem se realimentado em uma ciranda especulativa sem fim. Esta declaração de importante empresário mostra a preocupação do setor em relação ao emprego e o desenvolvimento e permanência da empresa todos dependentes da função social. 
Na verdade, por muito tempo se achou tratar-se de uma contradição à função social de empresa. Tanto é verdade que Fábio Konder Comparato ensina: É imperioso reconhecer, por conseguinte, a incongruência em se falar numa função social das empresas. No regime capitalista, o que se espera e exige delas é, apenas a eficiência lucrativa, admitindo-se que, em busca do lucro, o sistema empresarial como um todo exerça a tarefa necessária de produzir ou distribuir bens e de prestar serviços no espaço de um mercado concorrencial. Mas é uma perigosa ilusão imaginar-se que, no desempenho dessa atividade econômica, o sistema empresarial, livre de todo controle dos Poderes Públicos, suprirá naturalmente as carências sociais e evitará os abusos: em suma, promoverá a justiça social.
A matéria prima em si mesma pouco representa e muito diz se a ela se aplica a mão-de-obra básica para o emprego e a riqueza de um país. Uma empresa geradora de riqueza e de emprego atende à sua função social, acima de distribuir dividendos para os acionistas, como se pensava antigamente. O lucro é importante para o empresário, mas as reservas são importantes para o trabalho e para a organização em si mesma. O Capital e o Trabalho têm que se completar e não gerar conflito.
O Novo Código Civil a vigir em janeiro de 2003 dará mais um passo na concretização da função social da empresa, sendo contribuição decisiva para tal.
Referências
Direito Empresarial: Disponível em: <http://www.epgcursos.com.br/downloads /1352008156421.pdf> Acesso em: 11 out. 2013
História e evolução do Direito Empresarial – Disponível em: <http://jus.com.br /artigos/23971/historia-e-evolucao-do-direito-empresarial/2> Acesso em: 11 out. 2013
Direito Empresarial: muito além do Direito Comercial - Disponível em: <http://revistadireito.com/direito-empresarial-2/direito-empresarial-muito-alem-do-direito-comercial/> Acesso em: 11 out. 2013
A função social da empresa como princípio do direito civil constitucional – Disponível em: < http://www.juspodivm.com.br/i/a/%7B87EEC8FE-FD48-47DE-BC41-8A0CBAEA9 903%7D_funcao -social-empresa-maiana-alves.pdf> Acesso: 23 out. 2013
A função social da empresa – Disponível em: < https://www.metodista.br /revistas/revistas-ims/index.php/RFD/article/viewFile/948/1005> Acesso em: 23 out. 2013
Breves considerações sobre a função social da empresa – Disponível em: < http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura &artigo_id=8936> Acesso em: 23 out. 2013
"A função social da empresa"- Disponível em:< http://www.egov.ufsc.br /portal/conteudo/fun%C3%A7%C3%A3o-social-da-empresa-2> Acesso em: 23 out. 2013
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PESSOA, Leonel Cesarino. O princípio da capacidade contributiva na jurisprudência do supremo tribunal federal. Revista de DIREITO GV, p. 095-106, 2009
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