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Aula 03 Concreto armado e protendido

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Aula 03
Edificações p/ TERRACAP (Engenharia Civil) - Com videoaulas
Professor: Marcus Campiteli
Edificações ʹ Terracap/2017 
Teoria e Questões 
Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 
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AULA 3: CONCRETO ARMADO E PROTENDIDO 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES 2 
1. INTRODUÇÃO 3 
2. EXECUÇÃO DE CONCRETO ARMADO 5 
2.1 Formas 5 
2.2 Armaduras 12 
2.3 Concretagem 15 
2.4 Cura e Retirada de Formas e Escoramento 22 
3. PROJETO DE CONCRETO ARMADO 41 
3.1 Informações iniciais da NBR 6118/2014 41 
3.2 Características dos Materiais 44 
3.3 Comportamento conjunto dos Materiais 54 
3.4 Agressividade do Ambiente 55 
3.5 Ações a considerar no dimensionamento das estruturas 63 
3.6 Conceitos Adicionais 66 
3.7 Dimensões Limites 73 
3.8 Fissuração 78 
3.9 Demais Considerações 80 
4. CONCRETO PROTENDIDO 89 
5. QUESTÕES APRESENTADAS 115 
6. GABARITO 135 
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 136 
 
Edificações ʹ Terracap/2017 
Teoria e Questões 
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Olá pessoal, apresentamos para vocês nesta aula as 
informações normativas acerca de concreto armado e protendido. 
Afinal, a norma representa a fonte mais confiável de informações 
técnicas para a nossa prova. 
Vale a pena focar as partes negritadas. Apresentamos fotos e 
figuras, pois em um curso de engenharia funciona aquela ideia de que 
uma imagem vale mais do que mil palavras. 
As normas aqui compiladas foram a NBR 6118/2014 - Projeto 
de estruturas de concreto ± Procedimento e a NBR 14931/2004 ± 
Execução de estruturas de concreto ± Procedimento. Os textos estão 
baseados nas obras indicadas na Referência Bibliográfica. 
Nesta aula há uma mudança, que é trazer as questões 
comentadas junto à teoria, pois os comentários complementam-na. 
Dessa forma mantém-se a continuidade de cada assunto. 
Caso queiram treinar antes mesmo de adentrar à teoria, há os 
capítulos finais com as questões apresentadas e o gabarito final. 
Bons estudos e boa sorte ! 
 
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Teoria e Questões 
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CONCRETO ARMADO 
1 ± INTRODUÇÃO 
De acordo com a norma NBR 6118, os elementos de concreto 
armado são aqueles cujo comportamento estrutural depende da 
aderência entre concreto e armadura, e nos quais não se aplicam 
alongamentos iniciais das armaduras antes da materialização dessa 
aderência. 
 
Fonte: Manual do Construtor ± Eng. Roberto Chaves (Notas de aula do Eng. Rafael Di Bello) 
 
Portanto, no concreto armado trabalham em conjunto o 
concreto e o aço por meio da aderência entre eles. 
 
Explicando melhor essa parte final da definição da norma, o 
concreto armado somente será submetido a carregamento, sejam 
cargas externas ou o seu peso próprio, após a pega (endurecimento) 
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do concreto, a partir do qual haverá aderência entre este e a 
armadura para que trabalhem em conjunto. 
A mais importante característica mecânica do concreto é a sua 
resistência à compressão. 
Nas regiões tracionadas, onde o concreto possui baixa 
resistência, as barras de aço absorvem os esforços de tração. 
Um bom exemplo para visualizarmos essa situação de uma 
peça de concreto armado resistindo a tensões de tração e 
compressão ao mesmo tempo é o da viga flexionada sob 
carregamento vertical, onde as tensões de tração ocorrem na parte 
inferior e as de compressão na parte superior. 
 
 
 
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<http://www.joinville.udesc.br> 
 
2 ± EXECUÇÃO DE CONCRETO ARMADO 
2.1 ± FORMAS 
No projeto do escoramento devem ser consideradas a 
deformação e a flambagem dos materiais e as vibrações a que o 
escoramento estará sujeito. 
 
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Fonte: Manual do Construtor do Eng. Roberto Chaves (Notas de Aula do Eng. Rafael Di Bello) 
Quando de sua construção, o escoramento deve ser apoiado 
sobre cunhas, caixas de areia ou outros dispositivos apropriados a 
facilitar a remoção das fôrmas, de maneira a não submeter a 
estrutura a impactos, sobrecargas ou outros danos. 
Devem ser tomadas as precauções necessárias para evitar 
recalques prejudiciais provocados no solo ou na parte da estrutura 
que suporta o escoramento, pelas cargas por este transmitidas, 
prevendo-se o uso de lastro, piso de concreto ou pranchões 
para correção de irregularidades e melhor distribuição de cargas, 
assim como cunhas para ajuste de níveis. 
Quando agentes destinados a facilitar a desmoldagem forem 
necessários, devem ser aplicados exclusivamente na fôrma antes da 
colocação da armadura e de maneira a não prejudicar a superfície do 
concreto. 
1) (52 ± UFTM/2013 ± VUNESP) As peças que ligam os 
painéis das fôrmas dos pilares, colunas e vigas destinadas a 
reforçar essas fôrmas para que resistam aos esforços que 
nelas atuam, por ocasião do lançamento do concreto, 
chamam-se 
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Azeredo (1997) 
 
 
 De acordo com Azeredo (1997); 
(A) escoras. 
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 Peças inclinadas, trabalhando à compressão, empregadas 
frequentemente para impedir o deslocamento dos painéis laterais das 
fôrmas de vigas, escadas, blocos de fundações, etc. 
(B) chapuzes. 
 Pequenas peças feitas de sarrafos de 2,5 x 10,0 cm, de cerca 
de 15 a 20 cm de comprimento, geralmente empregadas como 
suporte e reforço de pregação das peças de escoramento, ou como 
apoio dos extremos das escoras. 
(C) talas. 
 Peças idênticas aos chapuzes, destinadas à ligação e à emenda 
das peças de escoramento, são em geral, empregadas nas emendas 
de pés-direitos e pontaletes e na ligação dessas peças com as guias e 
travessas. 
(D) cunhas. 
 Peças prismativas, geralmente usadas aos pares, com a dupla 
finalidade de forçar o contato íntimo entre os escoramentos e as 
fôrmas, para que não haja deslocamento durante o lançamento do 
concreto, e facilitar, posteriormente, a retirada desses elementos. 
Devem ser feitas, de preferência, de madeiras duras para que não se 
deformem ou se inutilizem facilmente. 
(E) gravatas. 
 Peças que ligam os painéis das formas dos pilares, 
colunas e vigas, destinadas a reforçar essas fôrmas, para que 
resistam aos esforços que nelas atuam na ocasião do 
lançamento do concreto. 
 As gravatas, embora possam ser independentes das travessas 
dos painéis, são, em geral, por medida de economia, formadas por 
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essas travessas, pregadas numa posição que permite que elas sejam 
ligadas pelas extremidades. 
 Demais descrições: 
 Painéis - Superfícies planas, de dimensões várias, formadas de 
tábuas de 2,5 cm (1 ") de espessura, ligadas, geralmente, por 
sarrafos de 2,5 x 10,0 cm (1" x 4"), de 2,5 x 15,0 cm (1" x 6") ou 
por caibros de 7,5 x 7,5 cm (3" x 3") ou 7,5 x 10,0 cm (3" x 4") ou 
ainda por placas de madeira compensada, ligadas como foi descrito 
anteriormente. Os painéis formam os pisos das lajes e as faces das 
vigas, pilares, paredes e fundações. 
 Travessas - Peças de ligação das tábuas dos painéis de vigas, 
pilares, paredes e fundações são feitas de sarrafos de caibros de 7,5 
x 10,0 m (3" x 4"). Como medida de economia; são elas em geral, 
utilizadas como elementos das gravatas, podendo ser pregadas de 
chato (deitadas) ou de cutelo (aprumadas, de espelho). A distância 
entre as travessas é geralmente constante no mesmo painel, de 
modo que a sua fixação pode ser feita com facilidade e rapidez, por 
meio de mesas previamente bitoladas. 
 Travessões - Peças de suporte empregados somente nos 
escoramentos dos painéis das lajes; são em geral feitas de caibros de 
7,5 x 7,5 cm (3" x 3") ou 7,50 X 10,00 m (3" x 4") e trabalham como 
vigas contínuas apoiadas nas guias. 
 Guias - Peças de suporte dos travessões; trabalham como 
vigas contínuas apoiando-se sobre os pés-direitos. São feitas, em 
geral de caibros de 7,50 x 10,0 m (3" x 4"). As tábuas de 2,50 x 
30,00 m (1" x 12") podem também ser usadas como guias, 
trabalhando de cutelo, isto é, na direção da maior resistência. Nesse 
caso, os travessões são suprimidos. 
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 Faces (painéis) das vigas - Painéis que formam os lados das 
fôrmas das vigas, cujas tábuas são ligadas por travessas verticais de 
2,50 x 10,00 m (1" x 4") ou de 2,5 x 15,0 cm (1" x 6") ou por caibros 
de 7,5 x 10,0 cm (3" x 4"), em geral pregadas de cutelo. 
 Fundos das vigas - Painéis que constituem a parte inferior das 
fôrmas das vigas, com travessas de 2,5 x 10,0 cm (1" x 6") 
geralmente pregadas de cutelo. 
 Travessas de apoio - Peças fixadas sobre as travessas 
verticais das faces da viga, destinadas a servir de apoio para as 
extremidades dos painéis das lajes e das respectivas peças de 
suporte (travessões e guias). 
 Cantoneiras (chanfrados ou meio-fio) - Pequenas peças 
triangulares pregadas nos ângulos internos das formas, destinadas a 
evitar as quinas vivas dos pilares, vigas, etc. 
 Montantes - Peças destinadas a reforçar as gravatas dos 
pilares feitas em geral de caibros de 7,5 x 7,5 cm (3´ x 3´) ou 7,5 X 
10,0 cm (3´ x 4´) reforçam ao mesmo tempo várias gravatas. Os 
montantes colocados em faces opostas de pilares, paredes e 
fundações, são ligados entre si por ferros redondos ou por tirantes. 
 Pés-direitos - Suportes das fôrmas das lajes, cujas cargas 
recebem por intermédio das guias. Feitas usualmente de caibros de 
pinho, de 7,5 x 10,0 cm (2´ x 4´), ou de peroba, de bitolas comuns, 
são geralmente de comprimento constante num mesmo pavimento. 
 Pontaletes - Suportes das fôrmas das vigas, as quais sobre 
eles se apóiam por meio de caibros curtos de seção normalmente 
idêntica à do pontalete e independentes das travessas da fôrma. Num 
mesmo pavimento o comprimento dos pontaletes varia, 
naturalmente, com a altura das vigas. São como os pés-direitos, 
feitos comumente de caibros de pinho, de 7,5 x 10,0 cm (3´ x 4´), ou 
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de caibros de perobas, de bitolas comuns ou ainda de estacas de 
eucaliptos quando o pé-direito é excessivo. 
 Calços - Peças de madeira sobre os quais se apóiam os 
pontaletes e pés-direitos, por intermédio das cunhas; são geralmente 
feitas de pedaços de tábua de aproximadamente 30 cm de lado. 
Mediante a superposição de calços e variação do encaixe das cunhas, 
podem ser eliminadas as pequenas diferenças de comprimento dos 
pés-direitos e pontaletes de um mesmo escoramento, ou podem 
essas peças ser adaptadas ao escoramento de vigas e lajes de alturas 
ou espessuras diferentes. 
 Espaçadores - Pequenas peças feitas de sarrafos ou caibros, 
empregados nas fôrmas de paredes e fundações e vigas, para manter 
a distância interna entre os painéis; à medida que se faz o 
enchimento das fôrmas, os espaçadores vão sendo retirados e, para 
facilitar essa operação quando feitos de caibros, devem ser apertados 
com cunhas. 
 Janelas - Aberturas localizadas na base das fôrmas dos pilares 
e paredes ou junto ao fundo das vigas de grande altura, destinadas a 
facilitar-lhes a limpeza imediatamente antes do lançamento do 
concreto. 
 Travamento - Ligação transversal das peças de escoramento 
que trabalham à f1ambagem (carga de topo), destinada a subdividir-
lhes o comprimento e aumentar-lhes a resistência. 
 Contraventamento - Ligação destinada a evitar qualquer 
deslocamento das fôrmas assegurando a indeformabilidade do 
conjunto. Consiste na ligação das fôrmas entre si, por meio de 
sarrafos e caibros, formando triângulos. Nas construções comuns o 
contraventamento, em geral, é feito somente em planos verticais, 
destinando-se a impedir o desaprumo das fôrmas dos pilares e 
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colunas, sendo desnecessário no plano horizontal, visto que as 
fôrmas das lajes geralmente já impedem a deformação do conjunto, 
nesse plano. 
Gabarito: E 
 
2.2 ± ARMADURAS 
A superfície da armadura deve estar livre de ferrugem e 
substâncias deletérias que possam afetar de maneira adversa o aço, 
o concreto ou a aderência entre esses materiais. Armaduras que 
apresentem produtos destacáveis na sua superfície em função de 
processo de corrosão devem passar por limpeza superficial 
antes do lançamento do concreto. 
Armaduras levemente oxidadas por exposição ao tempo em 
ambientes de agressividade fraca a moderada, por períodos de até 
três meses, sem produtos destacáveis e sem redução de seção, 
podem ser empregadas em estruturas de concreto. 
Caso a armadura apresente nível de oxidação que implique 
redução da seção, deve ser feita uma limpeza enérgica e posterior 
avaliação das condições de utilização, de acordo com as normas de 
especificação do produto, eventualmente considerando-a como de 
diâmetro nominal inferior. No caso de corrosão por ação e 
SUHVHQoD�GH�FORUHWRV��FRP�IRUPDomR�GH�³SLWHV´�RX�FDYLGDGHV, a 
armadura deve ser lavada com jato de água sob pressão para 
retirada do sal e dos cloretos dessas pequenas cavidades. 
A limpeza pode ser feita por qualquer processo mecânico 
como, por exemplo, jateamento de areia ou jato de água. 
As barras de aço devem ser sempre dobradas a frio. 
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As emendas devem ser feitas de acordo com o previsto no 
projeto estrutural, podendo ser executadas emendas: 
- por traspasse;- por luva com preenchimento metálico, prensadas ou 
rosqueadas; 
- por solda; 
- por outros dispositivos devidamente justificados. 
As luvas devem ter resistência maior que as barras emendadas. 
A barra emendada, no ensaio de qualificação, deve obter o 
alongamento mínimo de 2%. 
A montagem da armadura deve ser feita por amarração, 
utilizando arames. A distância entre pontos de amarração das 
barras das lajes deve ter afastamento máximo de 35 cm. 
O cobrimento (distância entre a face da armadura e a face do 
concreto ± proteção da armadura) deve ser mantido por dispositivos 
adequados ou espaçadores e sempre se refere à armadura mais 
exposta. 
Segue abaixo uma figura para apresentar a posição do 
cobrimento (c) na seção transversal de uma laje. 
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Fonte: < http://www.fec.unicamp.br/~almeida/ec802/Lancamento/Pre-dimensionamento_EESC.pdf> 
É permitido o uso de espaçadores de concreto ou 
argamassa, desde que apresente relação água/cimento ”�0,5, e 
espaçadores plásticos, ou metálicos com as partes em contato com a 
fôrma revestidas com material plástico ou outro material similar. Não 
devem ser utilizados calços de aço cujo cobrimento, depois de 
lançado o concreto, tenha espessura menor do que o especificado no 
projeto. 
 
Fonte: <www. scpisos.com.br> 
Caso a concretagem seja interrompida por mais de 90 dias, as 
barras de espera devem ser pintadas com pasta de cimento para 
proteção contra a corrosão. 
2) (5 ± SAEP/2014 ± VUNESP) No projeto de estruturas de 
concreto, o tipo mais utilizado em emendas de barras de aço é 
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por traspasse. Porém, esse tipo não é permitido para tirantes 
e pendurais e também para barras de bitola maior que 
(A) 25,0 mm. 
(B) 16,0 mm. 
(C) 20,0 mm. 
(D) 12,5 mm. 
(E) 32,0 mm. 
 De acordo com a NBR 6118/2014, não são permitidas emendas 
por traspasse para barras de bitola maior que 32 mm, assim como 
deve ser tomados cuidados especiais na ancoragem e na armadura 
de costura dos tirantes e pendurais. 
 Verifica-se que a norma não veda o traspasse em tirantes e 
pendurais, mas apenas prevê a adoção de cuidados especiais. 
Gabarito: E 
 
2.3 - CONCRETAGEM 
Fôrmas construídas com materiais que absorvam umidade 
ou facilitem a evaporação devem ser molhadas até a saturação, 
para minimizar a perda de água do concreto, fazendo-se furos para 
escoamento da água em excesso, salvo especificação contrária em 
projeto. 
A equipe de trabalhadores devidamente treinados para a 
operação de concretagem deve estar dimensionada para realizar as 
etapas de preparo do concreto (se for o caso), lançamento e 
adensamento, no tempo estabelecido. 
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A inspeção e liberação do sistema de fôrmas, das armaduras e 
de outros itens da estrutura deve ser realizada antes da 
concretagem. O método de documentação dessa inspeção deve ser 
desenvolvido e aprovado pelas partes envolvidas antes do início 
dos trabalhos. Cada um desses aspectos deve ser cuidadosamente 
examinado, de modo a assegurar que está de acordo com o projeto, 
as especificações e as normas técnicas. 
$SyV� D� GHVFDUJD� GR� FRQFUHWR�� D� ³ELFD´� do caminhão betoneira 
de descarga deve ser lavada no canteiro de obras. 
A temperatura da massa de concreto, no momento do 
lançamento, não deve ser inferior a 5°C. Salvo disposições em 
contrário, estabelecidas no projeto ou definidas pelo responsável 
técnico pela obra, a concretagem deve ser suspensa sempre que 
estiver prevista queda na temperatura ambiente para abaixo de 0°C 
nas 48 h seguintes. 
Em nenhum caso devem ser usados produtos que possam 
atacar quimicamente as armaduras, em especial aditivos à base 
de cloreto de cálcio. 
Quando a concretagem for efetuada em temperatura ambiente 
PXLWR�TXHQWH��•���ƒ&��H��HP�HVSHFLDO��TXDQGR a umidade relativa do 
ar for baL[D��”������H�D�YHORFLGDGH�GR�YHQWR�DOWD��•����P�V���GHYHP�
ser adotadas as medidas necessárias para evitar a perda de 
consistência e reduzir a temperatura da massa de concreto. 
Imediatamente após as operações de lançamento e 
adensamento, devem ser tomadas providências para reduzir a perda 
de água do concreto (cura). 
Salvo disposições em contrário, estabelecidas no projeto ou 
definidas pelo responsável técnico pela obra, a concretagem deve ser 
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suspensa se as condições ambientais forem adversas, com 
temperatura ambiente superior a 40°C ou vento acima de 60 m/s. 
Recomenda-se que o intervalo de tempo transcorrido entre o 
instante em que a água de amassamento entra em contato com 
o cimento e o final da concretagem não ultrapasse a 2 h 30 
min. 
Quando a temperatura ambiente for elevada, ou sob condições 
que contribuam para acelerar a pega do concreto, esse intervalo de 
tempo deve ser reduzido, a menos que sejam adotadas medidas 
especiais, como o uso de aditivos retardadores, que aumentem o 
tempo de pega sem prejudicar a qualidade do concreto. 
No caso de concreto bombeado, o diâmetro interno do 
tubo de bombeamento deve ser no mínimo 4x o diâmetro 
máximo do agregado. 
 
Fonte: <revista.construcaomercado.com.br> 
Em nenhuma hipótese deve ser realizado o lançamento do 
concreto após o início da pega. 
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Deve-se ter maiores cuidados quanto maiores forem a altura de 
lançamento e a densidade de armadura. Estes cuidados devem ser 
majorados quando a altura de queda livre do concreto 
ultrapassar 2 m, no caso de peças estreitas e altas, de modo a 
evitar a segregação e falta de argamassa (como nos pés de pilares 
e nas juntas de concretagem de paredes). 
As fôrmas devem ser preenchidas em camadas de altura 
compatível com o tipo de adensamento previsto (ou seja, em 
camadas de altura inferior à altura da agulha do vibrador 
mecânico) para se obter um adensamento adequado. 
Em peças verticais e esbeltas, tipo paredes e pilares, pode ser 
conveniente utilizar concretos de diferentes consistências, de modo e 
reduzir o risco de exsudação e segregação. 
Quando o lançamento for submerso, o estudo de dosagem 
deve prever um concreto auto-adensável, coeso e plástico. Na 
falta de um estudo de dosagem que garanta essas características, 
deve-se preparar o concreto com consumo mínimo de cimento 
3RUWODQG�•�����NJ�P3 e consistência plástica, de forma que possa 
ser levado ao local de lançamento por meio de uma tubulação 
submersa. A ponta do tubo de lançamento deve ser mantida 
dentro do concreto já lançado, a fim de evitar agitação prejudicial. 
Após o lançamento o concreto não deve ser manuseado para adquirir 
uma forma definitiva específica, devendo-se manter continuidade na 
concretagem. 
O lançamento de concreto submerso não deve ser realizado 
quando a temperatura da água for menor que 5°C,mesmo estando o 
concreto fresco com temperatura normal, nem quando a velocidade 
da água for maior que 2 m/s. 
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Durante e imediatamente após o lançamento, o concreto deve 
ser vibrado ou apiloado contínua e energicamente com equipamento 
adequado à sua consistência. 
 
Fonte: <http://files.construfacil.webnode.com> 
 
Fonte: <http://www.pisosindustriais.com.br> 
Deve-se evitar a vibração da armadura para que não se 
formem vazios ao seu redor, com prejuízos da aderência. 
No adensamento manual, a altura das camadas de concreto não 
deve ultrapassar 20 cm. Em todos os casos, a altura da camada de 
concreto a ser adensada deve ser menor que 50 cm, de modo a 
facilitar a saída de bolhas de ar. 
Quando forem utilizados vibradores de imersão, a espessura da 
camada deve ser aproximadamente igual a 3/4 do comprimento da 
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agulha. Ao vibrar uma camada de concreto, o vibrador deve penetrar 
cerca de 10 cm na camada anterior. 
Tanto a falta como o excesso de vibração são prejudiciais ao 
concreto. 
Devem ser tomados os seguintes cuidados durante o 
adensamento com vibradores de imersão (ver figura 2): 
- preferencialmente aplicar o vibrador na posição 
vertical; 
- vibrar o maior número possível de pontos ao longo do 
elemento estrutural; 
- retirar o vibrador lentamente, mantendo-o sempre 
ligado, a fim de que a cavidade formada pela agulha se feche 
novamente; 
- não permitir que o vibrador entre em contato com a 
parede da fôrma, para evitar a formação de bolhas de ar 
na superfície da peça, mas promover um adensamento 
uniforme e adequado de toda a massa de concreto, observando 
cantos e arestas, de maneira que não se formem vazios; 
- mudar o vibrador de posição quando a superfície 
apresentar-se brilhante. 
O momento ORJR� DSyV� R� ILP� GH� SHJD� p� GHQRPLQDGR� ³FRUWH�
YHUGH´� 
As juntas de concretagem, sempre que possível, devem ser 
previstas no projeto estrutural e estar localizadas onde forem 
menores os esforços de cisalhamento, preferencialmente em 
posição normal aos esforços de compressão, salvo se demonstrado 
que a junta não provocará a diminuição da resistência do elemento 
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estrutural. No caso de vigas ou lajes apoiadas em pilares, ou paredes, 
o lançamento do concreto deve ser interrompido no plano horizontal. 
Deve ser evitada a manipulação excessiva do concreto, como 
processos de vibração muito demorados ou repetidos em um 
mesmo local, que provoca a segregação do material e a migração 
do material fino e da água para a superfície (exsudação), 
prejudicando a qualidade da superfície final com o conseqüente 
aparecimento de efeitos indesejáveis. 
Os agentes deletérios mais comuns ao concreto em seu início 
de vida são: mudanças bruscas de temperatura, secagem, chuva 
forte, água torrencial, congelamento, agentes químicos, bem como 
choques e vibrações de intensidade tal que possam produzir fissuras 
na massa de concreto ou prejudicar a sua aderência à armadura. 
 
3) (25 ± SAEP/2014 ± VUNESP) Para reforçar uma fundação 
foi necessário executar uma sapata e um pilar ao lado de uma 
já existente. No lançamento do concreto não deve ocorrer a 
segregação no caso de peças estreitas e altas. Para dispensar 
a majoração desses cuidados, a altura máxima de queda livre 
do concreto é 
(A) 2,0 m. 
(B) 1,5 m. 
(C) 1,0 m. 
(D) 2,3 m. 
(E) 2,5 m 
De acordo com a NBR 14.931/2004, deve-se ter maiores 
cuidados quanto maiores forem a altura de lançamento e a densidade 
de armadura. Estes cuidados devem ser majorados quando a altura 
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de queda livre do concreto ultrapassar 2 m, no caso de peças 
estreitas e altas, de modo a evitar a segregação e falta de argamassa 
(como nos pés de pilares e nas juntas de concretagem de paredes). 
Gabarito: A 
 
2.4 ± Cura e retirada de formas e escoramentos 
Enquanto não atingir endurecimento satisfatório, o concreto 
deve ser curado e protegido contra agentes prejudiciais para: 
- evitar a perda de água pela superfície exposta; 
- assegurar uma superfície com resistência adequada; 
- assegurar a formação de uma capa superficial durável. 
O endurecimento do concreto pode ser acelerado por meio 
de tratamento térmico ou pelo uso de aditivos que não 
contenham cloreto de cálcio em sua composição e devidamente 
controlado, não se dispensando as medidas de proteção contra a 
secagem. 
 
4) (31 ± PMSP-2008 ± FCC) O concreto deve ser lançado nas 
fôrmas com técnicas que eliminem ou reduzam 
significativamente a segregação entre seus componentes. 
Deve-se utilizar 
(A) sistema de injeção ascendente dentro das fôrmas, em 
armaduras pouco densas, onde a possibilidade de impacto 
pela ação de energia cinética for grande. 
(B) malha de aço complementar que servirá de elemento 
inibidor de segregação e dissipador da energia potencial, em 
alturas de lançamento iguais ou maiores que 1,60 m. 
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(C) dispositivos redutores de segregação, como funis e calhas 
intermediárias, em alturas de lançamento iguais ou superiores 
a 2,00 m. 
(D) agregados leves em substituição aos pesados, como a 
argila expandida, em proporção máxima de 30%, em 
situações de grande impacto ou de valor energético potencial 
elevado. 
(E) a adição de agregados leves e composição de armaduras 
dissipadoras de impacto exclusivamente em sistemas 
ascendentes de concretagem dentro das fôrmas. 
De acordo com a norma NBR 14931, deve-se ter maiores 
cuidados quanto maiores forem a altura de lançamento e a densidade 
de armadura. Estes cuidados devem ser majorados quando a altura 
de queda livre do concreto ultrapassar 2 m, no caso de peças 
estreitas e altas, de modo a evitar a segregação e falta de 
argamassa (como nos pés de pilares e nas juntas de concretagem de 
paredes). 
Gabarito: C 
 
5) (36 ± Infraero/2011 ± FCC) A cura é o processo pelo qual 
se consegue manter no concreto o teor de água e a 
temperatura mais convenientes durante um fenômeno 
fundamental no concreto, que condiciona fortemente a 
geração das propriedades do concreto endurecido, como 
resistência aos esforços mecânicos, ao desgaste, durabilidade 
e estabilidade de volume. 
Este fenômeno é denominado de 
(A) hidratação dos materiais cimentantes. 
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De acordo com Mehta (1994), a hidratação é o processo de 
reações químicas entre os minerais do cimento e a água. 
Um cimento é chamado hidráulico quando os produtos de 
hidratação são estáveis em meio aquoso. O cimento hidráulico mais 
utilizadopara fazer concreto é o cimento Portland, que consiste 
essencialmente de silicatos de cálcio hidráulicos. Os silicatos de cálcio 
hidratados, formados pela hidratação do cimento Portland, são os 
principais responsáveis por sua característica adesiva e são estáveis 
em meios aquosos. 
A hidratação dos silicatos confere resistência mecânica à 
pasta e a hidratação dos aluminatos é responsável pela pega 
(endurecimento). 
'H�DFRUGR�FRP�R�DUWLJR�³&XUD�GH�SDYLPHQWRV�GH�FRQFUHWR´��GD�
Revista Téchne, da Pini, a hidratação do cimento é, obviamente, o 
fenômeno fundamental na geração das propriedades do concreto 
endurecido - resistência aos esforços mecânicos, ao desgaste, 
durabilidade e estabilidade de volume. 
Para que a hidratação se processe convenientemente é 
essencial manter a massa em condições ótimas de umidade e de 
temperatura, o que se consegue pela adoção de sistemas e produtos 
de cura que mantenham essas condições o maior tempo possível 
após o adensamento do concreto. 
Altas temperaturas durante o período crítico de hidratação do 
cimento aumentam a resistência mecânica do concreto nas primeiras 
idades mas, por outro lado, resultam em queda nas idades 
posteriores. 
(B) reação álcalis-agregado. 
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Segundo Mehta (1994), a reação álcali-agregado trata-se de 
reações químicas envolvendo íons alcalinos do cimento Portland, íons 
hidroxila e certos constituintes silicosos que podem estar presentes 
no agregado, resultando em expansão e fissuração do concreto, 
levando-o à perda de resistência, elasticidade e durabilidade. 
 
(C) evaporação da água da mistura. 
'H�DFRUGR�FRP�R�DUWLJR�³&XUD�GH�SDYLPHQWRV�GH�FRQFUHWR´��GD�
Revista Téchne, da Pini, quando o meio ambiente propicia 
temperaturas elevadas durante a pega do concreto, a perda rápida 
de água poderá causar danos à resistência da massa endurecida, 
assim como produzir fissuração, em um primeiro momento, de 
natureza plástica - fissuras superficiais que trarão, em longo prazo, 
desgaste e quebra de suas bordas - o esborcinamento. 
(...) 
A evaporação, no entanto, exige uma proteção que somente 
será bem-sucedida se forem adequados os tipos de agentes de cura, 
a duração do processo, a eficácia do material em minimizar as 
variações de temperatura da massa e o tempo decorrido entre as 
operações de acabamento superficial e a aplicação da cura. 
O pavimento de concreto tem uma característica peculiar: a 
área exposta é muito mais significativa do que o volume da placa, o 
que aumenta a velocidade de evaporação, com a conseqüência já 
mencionada de aparição de fissuras de retração plástica. O 
mecanismo de geração destas está intimamente ligado à acomodação 
do concreto recém-adensado, à conseqüente exsudação da água de 
mistura e à velocidade de evaporação resultante (figura abaixo), 
função da velocidade do vento, das temperaturas do ar e do concreto 
e da umidade relativa do ar. Quando a velocidade ou taxa de 
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evaporação excede a velocidade de exsudação, instala-se a fissuração 
plástica. 
 
A evaporação rápida também poderá reduzir a resistência 
mecânica, aumentar o desgaste superficial ao longo do tempo 
e, finalmente, comprometer a durabilidade da estrutura. 
Afirma Rhodes que a cura será bem-sucedida desde que, 
medida após sete dias, a perda de água seja de até 20%. 
(D) retração volumétrica. 
Retração é o encurtamento do concreto devido à evaporação da 
água desnecessária à hidratação do cimento. A retração depende da 
umidade relativa do ambiente, da consistência do concreto no 
lançamento e da espessura fictícia da peça. 
Conforme Leonhardt (1977), o concreto experimenta alterações 
de volume com o tempo, devido a influências do meio ambiente (ar, 
água), isto é, do clima. A retração (shrinkage) é a diminuição de 
volume devido à evaporação da água não consumida na reação 
química de pega do concreto. 
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A retração ocorre durante a contração da massa do gel de 
cimento, por ocasião da evaporação da água não fixada 
quimicamente do gel. Isso ocorre nas peças de concreto, 
independentemente do estado de tensões existente, dependendo 
somente das tensões capilares, do tempo ou da idade do concreto e 
especialmente do clima, isto é, temperatura e umidade relativa do 
meio ambiente. 
O teor de cimento e o fator água-cimento influenciam o valor da 
retração: um teor mais elevado de cimento e/ou um fator água-
cimento maior aumentam as deformações de retração. 
A retração começa sempre nas superfícies externas das peças 
estruturais, sendo impedida pelas zonas internas. Consequentemente 
aparecem tensões internas, especialmente em peças espessas. Essas 
tensões podem produzir fissuras porque os maiores encurtamentos 
devidos à retração aparecem no lado externo do concreto novo que 
possui ainda pequena resistência à tração. 
Como efeitos indesejáveis citam-se: 
- aumento das flechas da zona comprimida; 
- redistribuição de tensões, em uma peça estrutural, nos 
trechos de ligação rígida com outras peças estruturais (p.e. 
revestimento de paredes); 
- fissuras nas superfícies externas devidas às tensões de 
retração. 
(E) abatimento do concreto. 
De acordo com Leonhardt (1977), a propriedade mais 
importante do concreto fresco é, juntamente com a massa específica, 
a consistência, que é decisiva para a trabalhabilidade. 
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Segundo Mehta (1994), a consistência pode ser medida pelo 
ensaio do abatimento do tronco de cone. Ela é usada como um 
simples índice de mobilidade ou da fluidez do concreto fresco. 
Uma variação fora do normal no resultado do abatimento pode 
significar uma mudança imprevista nas proporções da mistura 
(traço), granulometria do agregado ou teor de água do concreto. 
Para uma dada dimensão máxima do agregado graúdo, o 
abatimento ou consistência do concreto é uma função direta da 
quantidade de água na mistura. 
As misturas fluidas de concreto com elevada consistência 
tendem a segregar e exsudar, afetando desfavoravelmente o 
acabamento. Misturas com consistência seca podem ser difíceis de 
lançar e de adensar, e o agregado graúdo poderá segregar no 
lançamento. 
 
Portanto, a hidratação do cimento é o fenômeno fundamental 
na geração das propriedades do concreto endurecido - resistência aos 
esforços mecânicos, ao desgaste, durabilidade e estabilidade de 
volume. 
Gabarito: A 
 
6) (28 ± Fundação Casa/2013 ± VUNESP) Ao se controlar o 
recebimento do concreto, verifica-se a trabalhabilidade deste 
(solicitada no projeto). Para isso, é suficiente aplicar o slump 
test que é 
(A) para efetuar a dosagem por tabela de traço. 
(B) para medir a temperatura do concreto. 
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(C) o ensaio do abatimento.(D) para verificar a massa de cimento por metro cúbico. 
(E) para fixar a percentagem de areia em relação ao volume 
real de agregado total. 
Conforme vimos acima, no item E, de acordo com Leonhardt 
(1977), a propriedade mais importante do concreto fresco é, 
juntamente com a massa específica, a consistência, que é decisiva 
para a trabalhabilidade. 
Gabarito: C 
 
7) (45 ± TRE-AM ± 2003 ± FCC) A cura do concreto, durante 
o processo de hidratação do cimento, é 
(A) o ato de adicionar água ao cimento. 
(B) o início do endurecimento, que ocorre uma hora, 
aproximadamente, após a adição de água. 
(C) o fenômeno de transformação de compostos mais solúveis 
em menos solúveis do cimento. 
(D) o endurecimento, quando atinge a resistência 
especificada. 
(E) a medida que evita a evaporação precoce da água 
necessária à hidratação do cimento. 
A cura é o conjunto de providências tomadas para reduzir a 
perda de água do concreto. 
Enquanto não atingir endurecimento satisfatório, o concreto 
deve ser curado e protegido contra agentes prejudiciais para: 
- evitar a perda de água pela superfície exposta; 
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- assegurar uma superfície com resistência adequada; 
- assegurar a formação de uma capa superficial durável. 
Por fim, podemos adotar o comando da questão anterior, que 
define cura como o processo pelo qual se consegue manter no 
concreto o teor de água e a temperatura mais convenientes durante a 
hidratação do cimento, que condiciona fortemente a geração das 
propriedades do concreto endurecido, como resistência aos esforços 
mecânicos, ao desgaste, durabilidade e estabilidade de volume. 
 
Gabarito: E 
 
8) (53 ± TRE-MS ± 2007 ± FCC) A alteração do grau de 
hidratação (relação a/c) é conseguida através de alguns 
recursos. É prejudicial à resistência do concreto: 
(A) diminuir o tempo de cura. 
(B) empregar aditivos aceleradores ou retardadores. 
(C) diminuir a quantidade do agregado miúdo. 
(D) empregar aditivos de água ou superplastificantes. 
(E) mudança do tipo de cimento (composição química). 
De acordo com Helene e Tutikian (2011), a alteração do grau 
de hidratação é conseguida por meio de: 
- mudança do tipo de cimento (composição química e/ou 
características físicas); 
- alteração nas condições de cura (idade, pressão, umidade e 
temperatura); 
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- emprego de aditivos aceleradores ou retardadores. 
E a alteração da relação água/cimento pode ser alcançada por 
meio de: 
- mudança do tipo de cimento (finura ou composição química); 
- mudança dos agregados (textura, dimensão, granulometria, 
DEVRUomR�G¶iJXD�� 
- emprego de aditivos redutores de água ou superplastificantes. 
Conforme vimos nas questões anteriores, a cura é o processo 
pelo qual se consegue manter no concreto o teor de água e a 
temperatura mais convenientes durante a hidratação do cimento, que 
condiciona fortemente a geração das propriedades do concreto 
endurecido, como resistência aos esforços mecânicos, ao desgaste, 
durabilidade e estabilidade de volume. 
Portanto, a redução do tempo de cura prejudica a hidratação do 
cimento, assim como permite a ocorrência de retração que gera 
fissuras adicionais, prejudicando a resistência à compressão do 
concreto. 
Gabarito: A 
 
9) (32 - TJ-PI ± 2009 ± FCC) Utilizar cimento com 
granulometria menor na produção do concreto provoca 
(A) a necessidade de ajustes na dosagem dos agregados, 
caracterizados pela determinação da plasticidade e moldagem 
do concreto nas fôrmas de compensado de madeira, fato que 
não ocorre quando da aplicação de fôrmas metálicas. 
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(B) equalização de potenciais entre todas as malhas da 
estrutura cristalina do concreto, provocando a estabilização de 
todas as massas metálicas da estrutura da armadura. 
(C) segregações localizadas, sobretudo em locais onde estão 
locadas as juntas de dilatação, tendo em vista a ocorrência de 
adensamentos nos decantadores primários e digestores 
secundários. 
(D) hidratação das partículas deste de forma mais rápida, com 
liberação de calor de hidratação em menor intervalo de tempo 
e choque térmico do concreto mais elevado, após a retirada 
das fôrmas, o que favorece a fissuração do concreto. 
(E) ocorrência de anomalias extremamente prejudiciais na 
estrutura, uma vez que nem sempre é possível evitar a coação 
de microcimentos na superfície das lajes quando do emprego 
de resina de poliuretano. 
A finura (ou superfície específica) de um cimento influencia sua 
velocidade de hidratação. 
De acordo com Thomaz (2011), quanto mais fino o cimento 
mais rapidamente ele se hidrata e libera calor. 
O aumento da finura e o aumento do teor de C3S do cimento 
Portland comum permitiram altas resistências nas primeiras idades 
do concreto. 
Contudo, existe uma relação inversa entre uma alta resistência 
à compressão nas primeiras idades e a resistência à fissuração. 
 
Gabarito: D 
 
10) (35 ± PMSP-2008 ± FCC) Em um concreto dosado a partir 
de um cimento CP-II-E-32, 
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I. quanto mais próxima de 0,35 L/kg for a relação 
água/cimento, maior será a resistência do concreto final. 
Primeiramente, a relação água cimento é adimensional, pois 
compara-se massa de água com massa de cimento. Ademais, em 
tese, quanto menor o fator a:c maior é a resistência obtida, desde 
que haja água suficiente para a completa hidratação do cimento. E 
pode-se conseguir fatores a:c inferiores a 0,35. 
Gabarito: Errada 
II. um traço em volume 1:2:4 garantirá uma resistência à 
compressão a 7 dias certamente maior que 28 MPa. 
A garantia da resistência à compressão a ser atingida a 7 dias 
depende do tipo de cimento utilizado, da granulometria da areia e do 
agregado, assim como o tipo deste último. Portanto, não há como 
garantir uma determinada resistência somente com base no traço em 
volume. 
Gabarito: Errada 
III. um traço em massa que contenha mais que 420 kg de 
cimento por m3 de concreto é considerado de alto consumo de 
aglomerante. 
Segue abaixo uma composição do SINAPI, sistema referencial 
de preços elaborado pela CEF e IBGE, com as composições de preços 
unitários dos serviços de edificações, conforme será apresentado a 
vocês na aula de Análise Orçamentária. 
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Verifica-se que o consumo de cimento é de 349 kg/m3 de 
concreto com fck = 25 Mpa. 
Consumo de cimento superior a 400 kg/m3 é considerado 
elevado. 
Gabarito: Correta 
Está correto o que se afirma APENAS em 
(A) I. 
(B) II. 
(C) III. 
(D) I e II. 
(E) II e III. 
 
Gabarito: C 
 
11) (31 ± MPE-SE ± 2009 ± FCC) A proporção de 1:2:4 
utilizada para o preparo de um traço de concreto simples 
significa uma medida de(A) cimento para duas de brita e quatro de areia. 
(B) brita para duas de cimento e quatro de areia. 
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(C) cimento para duas de areia e quatro de brita. 
(D) areia para duas de brita e quatro de cimento. 
(E) brita para duas de areia e quatro de cimento. 
O traço traz a proporção entre o cimento : areia : brita em peso 
ou em volume, nessa ordem. 
Portanto, a proporção 1:2:4 significa uma medida de 1 de 
cimento para 2 de areia para 4 de brita. 
Gabarito: C 
 
(TCE-PI ± 2005 ± FCC) Instruções: Para responder às questões 
de números 79 e 80 considere os dados a seguir. 
Numa mistura de concreto foram consumidos: 
2 sacos de cimento 
141 litros de areia seca 
176 litros de pedra seca 
massas específicas: 
cimento = 1,42kgf/litro 
areia seca = 1,54kgf/litro 
pedra seca = 1,39kgf/litro 
 
12) 79. O traço em volume é, aproximadamente, 
(A) 1 : 3,5 : 5 
(B) 1 : 3 : 4 
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(C) 1 : 2, 5 : 3,5 
(D) 1 : 2 : 2,5 
(E) 1 : 2 : 3 
 2 sacos de cimento = 100 kg 
 Vcimento = 100 kg/1,42 kg/L = 70,42 L 
 Com isso, teremos o seguinte traço, em volume: 
 70,42 L : 141 L : 176 L = 1:2:2,5 
Gabarito: D 
 
13) 80. O traço em peso é, aproximadamente, 
(A) 1: 1,41: 1,76 
(B) 1: 2,17: 2,45 
(C) 1: 2,77: 2,95 
(D) 1: 2,82: 3,52 
(E) 1: 3,25: 5,87 
 Peso da areia = 141 L x 1,54 kg/L = 217,14 kg 
 Peso da pedra = 176 L x 1,39 kg/L = 244,64 kg 
 Com isso, teremos o seguinte traço, em peso: 
 100 kg : 217,14 kg : 244,64 kg = 1:2,17:2,45 
Gabarito: B 
 
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14) (60 - TJ-PI ± 2009 ± FCC) Um traço de concreto 1:2:3, 
executado de maneira normalizada, sob cura ideal, teve sua 
característica de resistência à compressão identificada acima 
de 25 MPa. O cimento utilizado foi o CP-II-E32. Outros três 
traços foram produzidos: 
I. 1:2:2,5 
II. 1:2,5:3,5 
III. 1:3:5. 
Em comparação ao primeiro traço, a resistência de cada 
concreto feito com os traços I a III, será, respectivamente, 
(A) menor, menor, menor. 
(B) maior, menor, maior. 
(C) maior, maior, maior. 
(D) menor, maior, maior. 
(E) maior, menor, menor. 
O concreto de traço I terá maior resistência, pois contém maior 
proporção de cimento (1/5,5) > (1/6), que é a principal característica 
a influenciar a resistência à compressão. 
Já o concreto de traço II terá menor resistência, pois contém 
menor proporção de cimento (1/7) < (1/6). 
E o concreto de traço III terá menor resistência pelo mesmo 
motivo: (1/9) < (1/6). 
Gabarito: E 
 
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15) (33 ± TRE-PB ± 2007 ± FCC) Numa mistura de concreto 
feito na obra, o traço é 1:2,5:3,5 em volume e o consumo de 
cimento é de 300 Kg/m3. A quantidade aproximada em litros 
de areia e de pedra, respectivamente, para um saco de 
cimento é: 
 
(A) 175 e 125 
(B) 126 e 90 
(C) 125 e 175 
(D) 100 e 150 
(E) 90 e 126 
Dados: 
1 saco de cimento = 36 litros 
Vareia = 2,5 x Vcimento = 2,5 x 36 L = 90 L de areia 
Vpedra = 3,5 x Vcimento = 3,5 x 36 L = 126 L de pedra 
Gabarito: E 
 
16) (46 ± MPE-MA/2013 ± FCC) O traço em massa do 
concreto a ser executado em obra é 1,2:2:3:0,3 (cimento, 
areia, brita e água) com agregados secos. O volume de brita 
necessário para a produção de 1 m3 de concreto é, em m3, 
Dados: 
í Desprezar o volume de vazios com ar do concreto fresco 
adensado; 
í Cimento: massa específica dos sólidos =3,0 g/cm3; 
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í Areia: massa específica dos sólidos =2,5 g/cm3; 
í Brita: massa específica dos sólidos =3,0 g/cm3; 
í Índice de vazios da brita fornecida seca =0,80 
í Massa específica aparente da areia seca =1.550 kg/m3. 
(A) 0,72 (B) 1,20 (C) 2,00 (D) 2,40 (E) 3,00 
 Massa de cimento: 
 Adota-se a seguinte fórmula: 
 C = 
ଵ଴଴଴ሺ೘೎ᦿ೎ ା೘ೌᦿೌ ା೘್ᦿ್ ା೘ೌ೒ᦿೌ೒ ሻ 
Onde: 
 mc, ma, mb e mag: massa de cimento, areia, brita e água 
 ᦿc, a, b e ag: massa específica dos sólidos do cimento, areia, brita 
e água. 
 Para a massa, adota-se a proporção do traço em massa: 
 C = 1000/[(1,2/3)+(2/2,5)+(3/3)+0,3] 
 C = 1000/[(12+24+30+9)/30]=30000/75=400 kg 
 Massa de areia = 400.2 = 800 kg 
 Massa de brita = 400.3 = 1.200 kg 
 Volume dos sólidos de brita = 1.200/3 = 0,4 m3 
 Índice de vazios = e = Vv/Vg = (Vt ± Vg)/Vg, Vg.e = Vt - Vg 
 Vt = Vg.(1+e), Vt = 0,4.1,8 = 0,72 m3 
Gabarito: A 
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17) (51 ± TRE-BA ± 2003 ± FCC) Os incorporadores de ar são 
usados no concreto com a finalidade de 
(A) aumentar sua resistência à compressão. 
(B) melhorar sua trabalhabilidade. 
(C) acelerar a pega. 
(D) eliminar o efeito de deformação lenta. 
(E) retardar a pega. 
Os aditivos são produtos que adicionados em pequenas 
quantidades a concretos de cimento portland modificam algumas de 
suas propriedades para melhor adequá-las a determinadas condições. 
(Yazigi, 2009). 
O aditivo incorporador de ar trata-se de um produto que 
incorpora pequenas bolhas de ar ao concreto. Ele melhora a 
trabalhabilidade, contudo, reduz as resistências mecânicas de 
concretos e argamassas. 
Os aditivos plastificantes permitem a redução da relação 
água/cimento, acarretando o aumento da resistência e da 
permeabilidade dos concretos e argamassas. 
Para acelerar a pega , adota-se aditivo acelerador de pega. 
A fluência ou deformação lenta do concreto é o encurtamento 
do mesmo devido à ação de forças permanentemente aplicadas. Para 
eliminar os seus efeitos, calcula-se e aplica-se armadura 
complementar na peça de concreto. 
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Para retardar a pega adota-se o aditivo retardador de pega, 
o que permite, por exemplo, a realização de concretagens em dias 
com temperatura elevada. 
Gabarito: B 
 
3 ± PROJETO DE CONCRETO ARMADO 
3.1 ± Informações iniciais da NBR 6118/2014 
Pessoal, um dos enfoques da norma NBR 6118 está na 
durabilidade das estruturas de concreto armado. Nesse aspecto, os 
mecanismos preponderantes de envelhecimento e deterioração do 
concreto são: 
- lixiviação: é o mecanismo responsável por dissolver e 
carrear os compostos hidratados da pasta de cimento por ação 
de águas puras, carbônicas agressivas, ácidas e outras. Para 
prevenir sua ocorrência, recomenda-se restringir a fissuração, de 
forma a minimizar a infiltração de água, e proteger as superfícies 
expostas com produtos específicos, como os hidrófugos; 
- expansão por sulfato: é a expansão poração de águas 
ou solos que contenham ou estejam contaminados com sulfatos, 
dando origem a reações expansivas e deletérias com a pasta de 
cimento hidratado. A prevenção pode ser feita pelo uso de cimento 
resistente a sulfatos; 
- reações álcali-agregado: é a expansão por ação das 
reações entre os álcalis do concreto e agregados reativos. 
Os mecanismos preponderantes de deterioração relativos à 
armadura são: 
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- despassivação por carbonatação, ou seja, por ação do 
gás carbônico da atmosfera sobre o aço da armadura. As medidas 
preventivas consistem em dificultar o ingresso dos agentes 
agressivos ao interior do concreto. O cobrimento das armaduras e o 
controle da fissuração minimizam este efeito, sendo recomendável 
o uso de um concreto de pequena porosidade; e 
- despassivação por ação de cloretos: consiste na ruptura 
local da camada de passivação, causada por elevado teor de 
íon-cloro. As medidas preventivas consistem em dificultar o ingresso 
dos agentes agressivos ao interior do concreto. O cobrimento das 
armaduras e o controle da fissuração minimizam este efeito, sendo 
recomendável o uso de um concreto de pequena porosidade. O 
uso de cimento composto com adição de escória ou material 
pozolânico é também recomendável nestes casos. 
E os mecanismos de deterioração da estrutura propriamente 
dita são todos aqueles relacionados às ações mecânicas, 
movimentações de origem térmica, impactos, ações cíclicas, 
retração, fluência e relaxação. 
Alguns exemplos de medidas preventivas: 
- barreiras protetoras em pilares (de viadutos, pontes e outros) 
sujeitos a choques mecânicos; 
- período de cura após a concretagem; 
- juntas de dilatação em estruturas sujeitas a variações 
volumétricas; 
- isolamentos térmicos, em casos específicos, para evitar 
patologias devidas a variações térmicas. 
 
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18) (52 ± MPE-SE ± 2009 ± FCC) Um dos mecanismos de 
deterioração da vida útil das estruturas de concreto é a 
OL[LYLDomR��D�TXDO�p�GHILQLGD�SHOD�1%5�����������í�3URMHWR�GH�
estruturas de concreto como 
(A) a ação de águas puras, carbônicas agressivas ou ácidas 
que dissolvem e carreiam os compostos hidratados da pasta 
de cimento. 
(B) despassivação por carbonatação, ou seja, por ação do gás 
carbônico da atmosfera. 
(C) reações deletérias superficiais de certos agregados 
decorrentes de transformações de produtos ferruginosos 
presentes na sua constituição mineralógica. 
(D) a expansão por ação das reações entre os álcalis do 
cimento e certos agregados reativos. 
(E) a expansão por ação de águas e solos que contenham ou 
estejam contaminados com sulfatos, dando origem a reações 
expansivas e deletérias com a pasta de cimento hidratado. 
Conforme vimos na aula, um dos enfoques da norma NBR 6118 
está na durabilidade das estruturas de concreto armado. Nesse 
aspecto, os mecanismos preponderantes de envelhecimento e 
deterioração do concreto são: 
- lixiviação: ocorre por ação de águas puras, carbônicas 
agressivas ou ácidas que dissolvem e carreiam os compostos 
hidratados da pasta de cimento; 
- expansão por ação de águas e solos que contenham ou 
estejam contaminados com sulfatos, dando origem a reações 
expansivas e deletérias com a pasta de cimento hidratado; 
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- expansão por ação das reações entre os álcalis do cimento e 
certos agregados reativos; 
- reações deletérias superficiais de certos agregados 
decorrentes de transformações de produtos ferruginosos presentes na 
sua constituição mineralógica. 
Os mecanismos preponderantes de deterioração relativos à 
armadura são: 
- despassivação por carbonatação, ou seja, por ação do gás 
carbônico da atmosfera; e 
- despassivação por elevado teor de íon cloro (cloreto). 
E os mecanismos de deterioração da estrutura propriamente 
dita são todos aqueles relacionados às ações mecânicas, 
movimentações de origem térmica, impactos, ações cíclicas, retração, 
fluência e relaxação. 
Gabarito: A 
 
3.2 - Características dos materiais 
a) Concreto: 
São considerados concretos de massa específica normal, que 
são aqueles que, depois de secos em estufa, têm massa específica 
compreendida entre 2.000 kg/m3 e .2.800 kg/m3. 
Se a massa específica real não for conhecida, para efeito de 
cálculo, pode-se adotar para o concreto simples o valor 2.400 kg/m3 
e para o concreto armado 2.500 kg/m3. 
Quando se conhecer a massa específica do concreto utilizado, 
pode-se considerar para valor da massa específica do concreto 
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armado aquela do concreto simples acrescida de 100 kg/m3 a 150 
kg/m3. 
Para efeito de análise estrutural, o coeficiente de dilatação 
térmica pode ser admitido como sendo igual a 10-5/°C. 
Primeiramente, vale trazer a classificação do concreto para fins 
estruturais, da NBR 8953: 
 
 
De acordo com NBR 6118, a classe C20, ou superior, se aplica a 
concreto com armadura passiva e a classe C25, ou superior, a 
concreto com armadura ativa. A classe C15 pode ser usada apenas 
em obras provisórias ou concreto sem fins estruturais. 
Portanto, pessoal, de acordo com a norma, o pré-requisito do 
concreto destinado ao concreto armado é que ele deve ter 
resistência característica à compressão •����03D, aos 28 dias. 
A resistência característica do concreto corresponde à 
resistência que tem 5% de probabilidade de não ser alcançada, ou 
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seja, possui 95% de probabilidade de ser superada, a partir da 
distribuição normal de Gauss, a seguir: 
 
A norma NBR 12655 apresenta a seguinte fórmula para lotes 
com número de exemplares n > 20: 
fck est = fcm - 1,65 Sd 
onde: 
fcm é a resistência média dos exemplares do lote, em 
megapascals; 
Sd é o desvio-padrão do lote para n-1 resultados, em 
megapascals. 
 Para uso em concreto protendido o concreto deve apresentar 
resistência característica à compressão •����03D. 
E concretos com resistência característica à compressão inferior 
a 20 MPa, até o limite de 15 MPa, somente podem ser usados em 
obras provisórias ou concreto sem fins estruturais. 
A resistência à tração do concreto de classe até C50 pode ser 
estimada a partir da sua resistência à compressão, pelas seguintes 
fórmulas: 
 
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Onde: 
fct,m - Resistência média à tração do concreto 
fck - Resistência característica à compressão do concreto 
Por exemplo, pode-se estimar a resistência média à tração de 
um concreto com resistência característica à compressão de 25 MPa 
como 0,3 x (25)2/3 = 2,56 MPa.Percebam como a resistência à tração do concreto é bem menor 
que a sua resistência à compressão. Nesse caso específico, ele 
corresponde a quase 10% da resistência à compressão. 
O módulo de Elasticidade também pode ser estimado a partir da 
resistência característica à compressão do concreto, conforme a 
seguir: 
Eci = ĮE.5600.(fck)1/2, para fck de 20 MPa a 50 MPa; 
Eci =21,5.103��ĮE .((fck/10) + 1,25)1/3, para fck de 55 MPa a 90 MPa. 
Sendo: 
 ĮE = 1,2 para basalto e diabásio 
 ĮE = 1,0 para granito e gnaisse 
 ĮE = 0,9 para calcário 
 ĮE = 0,7 para arenito 
 
 
19) (36 ± TRT-15/2013 ± FCC) Nos projetos de estruturas de 
concreto armado com 25 MPa de resistência característica à 
compressão, quando não forem feitos ensaios e não existirem 
dados mais precisos sobre o concreto usado na idade de 28 
dias, o módulo de elasticidade ou módulo de deformação 
tangente inicial do concreto (Eci), em MPa, pode ser estimado 
em 
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(A) 140 000. 
(B) 28 000. 
(C) 25 000. 
(D) 119 000. 
(E) 23 800. 
 De acordo com a NBR 6118/2014, quando não forem realizados 
ensaios, pode-se estimar o valor do módulo de elasticidade inicial, 
para fck de 20 MPa a 50 MPa, pela expressão 
 Eci = Į E . 5600 . (fck)1/2 
 Sendo: 
 Į E = 1,2 para basalto e diabásio 
 Į E = 1,0 para granito e gnaisse 
 Į E = 0,9 para calcário 
 Į E = 0,7 para arenito 
 Podemos considerar Į E = 1,0, por representar a maior parte 
dos agregados utilizados no Brasil. 
 Com isso, teremos: 
 Eci = 5600.(25)1/2 = 28.000 MPa 
Gabarito: B 
 
20) (54 ± Defensoria-SP/2013) O ensaio realizado para a 
determinação da resistência característica do concreto, ou 
seja, a resistência à compressão é determinada por um ensaio 
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padronizado empregando-se corpos de prova cilíndricos. As 
dimensões dos corpos de prova são: 
(A) 30 cm de diâmetro e 45 cm de altura. 
(B) 15 cm de diâmetro e 45 cm de altura. 
(C) 15 cm de diâmetro e 30 cm de altura. 
(D) 10 cm de diâmetro e 45 cm de altura. 
(E) 10 cm de diâmetro e 15 cm de altura. 
 De acordo com a NBR 5738/2003, os corpos-de-prova devem 
ter altura igual ao dobro do diâmetro, e este pode ser de 10,15, 20, 
25, 30 ou 45 cm. 
 Portanto, as dimensões de 15 cm de diâmetro e 30 cm de 
altura atendem aos condicionantes da norma. 
Gabarito: C 
 
21) (39 ± UFTM/2013 ± VUNESP) Na definição de agregado 
graúdo para concreto, a areia tem grãos que passam na 
peneira ABNT x mm e ficam retidos na peneira ABNT y mm, 
ressalvados os valores limites. Os valores de x e y são, correta 
e respectivamente, 
(A) 75 e 4,75. 
(B) 150 e 9,25. 
(C) 300 e 9,75. 
(D) 950 e 38. 
(E) 950 e 76. 
 De acordo com a NBR 7211: 
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 - agregado miúdo: Agregado cujos grãos passam pela peneira 
com abertura de malha de 4,75 mm e ficam retidos na peneira com 
abertura de malha de 150 µm. 
 - agregado graúdo: Agregado cujos grãos passam pela 
peneira com abertura de malha de 75 mm e ficam retidos na peneira 
com abertura de malha de 4,75 mm. 
Gabarito: A 
 
22) (44 ± Copergás/2011 ± FCC) Cimento Portland é o 
produto obtido pela pulverização de clínquer constituído 
essencialmente de silicatos hidráulicos de cálcio, com certa 
proporção de sulfato de cálcio natural, contendo, 
eventualmente, adições de substâncias que modificam suas 
propriedades ou facilitam seu emprego. Hoje, o cimento 
Portland é normalizado e existem onze tipos no mercado. O 
cimento Portland de alto-forno contém adição de escória no 
teor de 35% a 70% em massa o que lhe confere propriedades 
como: baixo calor de hidratação, maior impermeabilidade e 
durabilidade, sendo recomendado tanto para obras de grande 
porte e agressividade como também para aplicação geral em 
argamassas de assentamento e revestimento, estruturas de 
concreto simples, armado ou protendido etc. A norma 
brasileira que trata deste tipo de cimento é a NBR 5735. Este 
cimento é denominado 
(A) CP-I. 
(B) CP-II-F. 
(C) CP-III. 
(D) CP-IV. 
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(E) CP-V-ARI. 
Segue a composição dos cimentos portland comuns e 
compostos: 
 
 E seguem as composições dos cimentos portland de alto-forno e 
pozolânicos: 
 
 E a composição do cimento portland de alta resistência inicial: 
 
 De acordo com as composições apresentadas acima e com a 
respectiva norma NBR 5735, verifica-se tratar-se do cimento de Alto-
Forno, CP III. 
Gabarito: C 
 
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23) (38 ± UFTM/2013 ± VUNESP) Em um saco de cimento, a 
sigla CP IV-25 indica que se trata de cimento Portland 
pozolânico com resistência à compressão de 
(A) 25 MPa aos 7 dias de idade. 
(B) 25 MPa aos 28 dias de idade. 
(C) 28 MPa aos 25 dias de idade. 
(D) 28 MPa aos 28 dias de idade. 
(E) 32 MPa aos 25 dias de idade. 
 O valor que acompanha a sigla representa a resistência à 
compressão em MPa aos 28 dias de idade. 
Gabarito: B 
 
b) Aço de Armadura Passiva 
Nos projetos de estruturas de concreto armado deve ser 
utilizado aço classificado pela ABNT NBR 7480 com o valor 
característico da resistência de escoamento nas categorias CA-25, 
CA-50 e CA-60. 
Segue a tabela com as características mecânicas das barras e 
fios de aço para concreto armado exigidas pela NBR 7480: 
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Pode-se adotar para massa específica do aço de armadura 
passiva o valor de 7.850 kg/m3. 
O valor 10-5/°C pode ser considerado para o coeficiente de 
dilatação térmica do aço, para intervalos de temperatura entre ±20°C 
e 150°C. 
Na falta de ensaios ou valores fornecidos pelo fabricante, o 
módulo de elasticidade do aço pode ser admitido igual a 210 GPa. 
Os aços CA-25 e CA-50, que atendam aos valores mínimos 
indicados na ABNT NBR 7480, podem ser considerados como de alta 
ductilidade. Os aços CA-60 que obedeçam também às 
especificações dessa Norma podem ser considerados como de 
ductilidade normal. 
Em ensaios de dobramento a 180°, não deve ocorrer ruptura 
ou fissuração. 
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3.3 - Comportamento conjunto dos Materiais 
a) Aderência 
Consideram-se em boa situação quanto à aderência os trechos 
das barras que estejam em uma das posições seguintes: 
a) com inclinação maior que 45º sobre a horizontal; 
b) horizontais ou com inclinação menor que 45r sobre a 
horizontal, desde que: 
 - para elementosestruturais com h < 60 cm, 
localizados no máximo 30 cm acima da face inferior do 
elemento ou da junta de concretagem mais próxima; 
 - para elementos estruturais com h Ӌ 60 cm, localizados 
no mínimo 30 cm abaixo da face superior do elemento ou da 
junta de concretagem mais próxima. 
Os trechos das barras em outras posições e quando do uso 
de formas deslizantes devem ser considerados em má situação 
quanto à aderência. 
 
b) Segurança e Estados Limites 
Consideram-se os estados limites últimos e os estados limites 
de serviço. 
O estado limite último (ELU) é o estado limite relacionado ao 
colapso, ou a qualquer outra forma de ruína estrutural, que 
determine a paralisação do uso da estrutura. 
Estados limites de serviço são aqueles relacionados à 
durabilidade das estruturas, aparência, conforto do usuário e à 
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boa utilização funcional das mesmas, seja em relação aos usuários, 
seja em relação às máquinas e aos equipamentos utilizados. 
A solução estrutural adotada em projeto deve atender aos 
requisitos de qualidade estabelecidos nas normas técnicas, relativos 
à capacidade resistente, ao desempenho em serviço e à 
durabilidade da estrutura. 
As exigências relativas à capacidade resistente e ao 
desempenho em serviço deixam de ser satisfeitas, quando são 
ultrapassados os respectivos estados limites último e de serviço. 
 
3.4 - Agressividade do ambiente: 
A tabela seguinte, da NBR 6118/2014, apresenta o grau de 
agressividade de acordo com o ambiente em que se constrói a 
estrutura de concreto armado. 
 
A partir da classificação da agressividade, estabelece-se a 
relação água/cimento do concreto e a resistência à compressão 
característica. 
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Podemos verificar pela tabela que a menor resistência à 
compressão característica aceita é de 20 MPa (C20). Caso a 
agressividade seja enquadrada como IV, a resistência mínima a 
compressão deverá ser de 40 MPa (C40). 
E a partir da agressividade do ambiente, estabelece-se também 
o cobrimento nominal (cobrimento mínimo + tolerância de 10 mm) 
das armaduras, conforme tabela seguinte, da NBR 6118/2014: 
 
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Nesse caso, para o Cespe, deve-se atentar para as exceções, 
tal como a que consta no final da observação b acima, em que o 
cobrimento pode ser reduzido para 15 mm caso a face superior de 
lajes e vigas sejam revestidas com argamassa de contrapiso, carpete 
e madeira, além de outros. 
Se houver adequado controle de execução do concreto armado, 
a norma NBR 6118 permite a redução da tolerância para 5 mm, ou 
seja, os cobrimentos nominais podem ser reduzidos em 5 mm. 
Para concretos de classe de resistência superior ao mínimo 
exigido, os cobrimentos definidos na Tabela acima podem ser 
reduzidos em até 5 mm. 
O cobrimento não pode ser menor que o diâmetro da barra e a 
dimensão máxima do agregado graúdo não pode superar 20% do 
cobrimento. 
24) (54 ± UFTM/2013 ± VUNESP) Nos banheiros e cozinhas 
em microclimas urbanos, o valor de cobrimento nominal nas 
lajes em concreto armado é x mm e o valor de cobrimento 
nominal nas vigas e pilares em concreto armado é y mm. A 
soma dos valores de x e y, em mm, está entre 
(A) 40 e 45. 
(B) 45 e 50. 
(C) 50 e 75. 
(D) 75 e 85. 
(E) 85 e 95. 
A tabela seguinte, da NBR 6118/2014, apresenta o grau de 
agressividade de acordo com o ambiente em que se constrói a 
estrutura de concreto armado. 
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Portanto, verifica-se que a classe de agressividade ambiental é 
II. A questão não fala em revestimento do concreto com argamassa e 
pintura. Logo, não se considera uma classe em nível mais brando, 
conforme observação 1). 
E a partir da agressividade do ambiente, estabelece-se também 
o cobrimento nominal (cobrimento mínimo + tolerância de 10 mm) 
das armaduras, conforme tabela seguinte, da NBR 6118/2014: 
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 Cobrimento nominal em lajes: 25 mm 
 Cobrimento nominal em vigas e pilares: 30 mm 
 Soma = 55 mm 
Gabarito: C 
 
25) (84 ± TCE-PI ± 2005 ± FCC) O cimento de alto-forno, 
fabricado com adição de escória de alto-forno siderúrgico, 
NÃO é recomendado para concreto 
A ABCP (2002) apresenta a seguinte tabela com as 
características dos cimentos: 
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(A) em contato com meios agressivos. 
 Pela tabela, o CP III, ou cimento portland de alto-forno, 
apresenta maior durabilidade e maior impermeabilidade, o que o faz 
recomendável para meios agressivos. 
(B) executado dentro da água do mar. 
Pela tabela, o CP III apresenta maior resistência aos agentes 
agressivos, tais como a água do mar e de esgotos, fazendo-o 
recomendável para concreto executado dentro da água do mar. 
(C) pré-moldado que exija altas resistências nos primeiros 
dois dias. 
Pela tabela, o CP III apresenta menor resistência nos primeiros 
dias e maior no final da cura. Portanto, o CP III não é 
recomendável para concreto pré-moldado que exija altas 
resistências nos primeiros dois dias. 
(D) em contato com sulfatos. 
Pela tabela, o CP III apresenta maior resistência aos sulfatos, 
fazendo-o recomendável para concreto em contato com sulfatos. 
(E) de massa (barragens). 
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Pela tabela, o CP III apresenta baixo calor de hidratação, 
característica importante para grandes volumes de concreto, que é o 
caso das barragens. Portanto, ele é recomendável para concretos de 
massa para barragens. 
Gabarito: C 
 
26) (32 ± TRF3/2014 ± FCC) A função principal da adição de 
gesso ao clínquer, no processo de produção do cimento 
Portland, é 
(A) aumentar a durabilidade. 
(B) aumentar a finura. 
(C) alterar a permeabilidade. 
(D) controlar o calor de hidratação. 
(E) controlar o tempo de pega. 
 O clínquer resulta da mistura de cal, sílica, alumina, óxido de 
ferro (estes com 95% a 96%), magnésia (2% a 3%, limitada a 6,4% 
no Brasil), e óxidos menores, finamente pulverizada e 
homogeneizada, submetida à ação do calor do forno produtor de 
cimento, até a temperatura de fusão incipiente. Nesse processo, 
ocorrem combinações químicas, principalmente no estado sólido, que 
conduzem à formação do silicato tricálcico, silicato bicálcico, 
aluminato tricálcico e o ferro aluminato tetracálcico (BAUER, 2012). 
 De acordo com BAUER (2012), o aluminato de cálcio muito 
contribui para o calor de

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