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Trabalho de Deontologia e legislação farmacêutica

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Trabalho de Deontologia e legislação farmacêutica
Alunas: Camili Gomes Pereira – 1615551023
Diandra Silveira Machado – 1615551027
Curso: Farmácia
Professora: Alessandra Micherla
O farmacêutico é um importante profissional da área da saúde, tendo como obrigação cumprir todas as atividades específicas ao contexto profissional farmacêutico, de modo que contribua para a segurança da saúde pública e, também, tem como obrigação orientar a comunidade em relação a saúde publica, não esquecendo que todas as suas ações atingem diretamente a comunidade, desta forma, seguir todas as leis e orientações é imprescindível.
O código de ética da profissão farmacêutica foi criado e legalizado pelo Conselho Federal de Farmácia(C.R.F), ele expõe a ética do exercício da profissão farmacêutica no nosso país, este código portanto é um guia que orienta os profissionais farmacêuticos nessa área, assim tendo suas principais leis e decretos a serem seguidos. 
Leis e decretos:
Decreto nº 20.377 (de 8 de Setembro de 1931)
“ Aprova a regulamentação do exercício da profissão farmacêutica no Brasil”
Lei 3.820 (de 11 de Novembro de 1960)
“Cria o Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Farmácia, e dá outras Providências”
-Capítulo I (do conselho federal e dos conselhos regionais de farmácia): o conselho federal de farmácia é um órgão supremo dos conselhos regionais, tem jurisdição em todo território nacional e é constituído de um membro representante de cada conselho regional, seu mandato tem duração de dois anos, sendo seus membros eleitos através de voto direto e secreto. Tem como atribuições: organizar o seu regime interno e o código de deontologia farmacêutica; ampliar o limite de competência do exercício profissional; e zelar pela saúde publica promovendo a assistência farmacêutica.
E o conselho regional tem como suas atribuições: registrar os profissionais de acordo com a presente lei e expedir a carteira profissional; fiscalizar o exercício da profissão impedindo e punindo as infrações a lei; sugerir ao conselho federal as medidas necessárias a regularidade dos serviços e a fiscalização do exercício profissional.
-Capítulo II (dos quadros e inscrições): só será permitido o exercício de atividades profissionais farmacêuticas no país, os membros inscritos dos conselhos regionais de farmácia. Para ser inscrito no quadro de farmacêuticos do conselho regional é necessário ser diplomado ou graduado em farmácia, estar com seu diploma registrado na repartição sanitária competente, não ser nem estar proibido de exercer a profissão farmacêutica, e ter boa reputação por sua conduta publica atestada por três farmacêuticos inscritos. A inscrição será feita através de requerimento escrito, dirigido ao presidente do conselho regional, acompanhado dos documentos que comprovam o preenchimento de todos os requisitos. 
-capítulo III (das anuidades e taxas): O profissional de farmácia e as empresas que exploram serviços para os quais fiam obrigados ao pagamento de uma anuidade ao respectivo conselho regional até 31 de março de cada ano, acrescida de 20% de mora, quando passar o prazo. O conselho regional destina ¼ de sua renda líquida para formação de um fundo de assistência para os membros inválidos ou enfermos.
-Capítulo IV ( das penalidades e suas aplicações): O farmacêutico que cometer alguma falta será punido pelo conselho regional que tiver inscrito, terá que pagar uma multa e poderá ser suspenso de 3 meses a 1 ano, dependendo da gravidade da falta cometida, ou ate mesmo poderá ser eliminado do conselho. 
-Capítulo V ( da prestação de contas): É dever do presidente de cada conselho (regional e federal) prestar anualmente suas contas para o tribunal de contas da união, a prestação de contas do conselho regional é feita por intermédio do conselho federal de farmácia, e a do conselho federal é feita diretamente.
Decreto nº 85.878 (de 7 de Abril de 1981)
São atribuições privativas dos profissionais farmacêuticos: assessoramento e responsabilidade técnica de estabelecimentos industrias e farmacêuticos que fabriquem produtos, executem controle, inspeção de qualidade, análise prévia ,análise de controle, análise fiscal, extração, purificação, de produtos que tenham destinação terapêutica, anestésica, ou capazes de criar dependência física e psíquica. 
A fiscalização profissional, sanitária e técnica de empresas, estabelecimentos e setores e elaboração dos laudos técnicos e a realização de pericias técnico-legais relacionados com atividades, produtos, formulas, processos e métodos farmacêuticos ou de natureza farmacêutica.
Ensinar matérias do currículo do próprio curso superior de formação farmacêutica.
desempenho de outros serviços e funções, não específicas no presente decreto, que esteja no domínio de capacitação técnico-científica profissional.
São atribuições dos profissionais farmacêuticos, as seguintes atividades afins, respeitadas modalidades profissionais, ainda que não privativas ou exclusivas: a direção, o assessoramento, responsabilidade técnica e o desempenho de funções especializadas exercida em órgãos, empresas, estabelecimentos, laboratórios ou setores especializados em diferentes áreas. Controle, pesquisa e perícia da poluição atmosférica e tratamento dos despejos industriais.
Tratamento e controle de qualidade das águas de consumo humano em geral, e de industrias farmacêuticas.
O respectivo decreto se aplica a todos os profissionais farmacêuticos em exercício.
Resolução nº 417 (de 29 de Setembro de 2004)	
Ementa: aprova o código de ética da profissão farmacêutica. 
Esta resolução declara em seus anexos e capítulos as leis que regem a profissão farmacêutica no Brasil e traz tópicos com os seguintes capítulos: 
Dos Princípios Fundamentais: neste capítulo diz que o farmacêutico deve se responsabilizar pelos os seu atos como profissional, e zelar pelos os princípios éticos da profissão dando condições para o trabalho a ser desenvolvido, ter dignidade nos seus serviços a ponto de não se deixar ser explorado por terceiros e cumprir a legislação que regem a profissão farmacêutica.
Dos Deveres: neste capítulo diz que o farmacêutico deve informar as autoridades as infrações feitas por outros profissionais que não cumprem este Código e às normas que regulam o exercício das atividades farmacêuticas e também deve contribuir para a saúde individual e coletiva, prestar serviços quando chamado por órgãos de autoridades da saúde e sempre desenvolver o melhor trabalho.
	
	
Das Proibições: neste capítulo diz que o farmacêutico não deve se envolver em fraudes, passar suas competências de trabalho para outras que não são delegadas a fazer, ser fiscal de órgãos sanitários sendo dono de estabelecimentos de distribuição de medicamentos e entre outras particularidades
Da Publicidade e dos Trabalhos Científicos: este capitulo diz que é proibido ao farmacêutico realizar a publicação de assuntos falsos assim como também realizar pesquisas com pessoas sem seu consentimento.
Dos Direitos: este capitulo decreta os direitos legais do profissional farmacêutico no exercício da profissão, e diz que ele pode se recusar a exercer a profissão ou suspender sua atividade quando não acreditar que existam condições necessárias para a realização de seu trabalho, para garantir a segurança ou onde não existam condições dignas de trabalho que possuam prejudicar o profissional.
Resolução 418 (de 29 de Setembro de 2004)
Ementa: aprova o código de processo ético da profissão farmacêutica. 
Esta resolução declara em seus capítulos, as leis que regem a profissão farmacêutica seguindo os principais tópicos com os seguintes capítulos:
Do processo: neste capítulo diz que cabe aos conselhos regionais penalizar, disciplinar e apurar as ações no âmbito farmacêutico e ao conselho federal de farmácia cabe a ele julgar processos disciplinares e direcionar o parecer para o comitê de ética.
Do Recebimento da Denúncia: neste capítulo diz que cabe aos conselhos regionais apurar irregularidades na profissão farmacêutica.Da Instauração ou Arquivamento: nesse capítulo diz que cabe ao presidente do conselho regional de farmácia analisar o documento antes de passar para o presidente do comitê de ética para o parecer de abertura do processo ético disciplinar.
Da Montagem do Processo Ético Disciplinar: neste capítulo diz que o envio do processo é feito pelo o presidente do conselho regional de farmácia logo em seguida é gerado um protocolo pela a secretaria e enviado ao comitê de ética
Da Instalação dos trabalhos: neste capítulo diz que após o recebimento do processo o presidente do comitê terá 180 dias para finalizar o processo e que todos os meios jurídicos sejam estabelecidos tanto para o relator do processo como para o investigado.
Da Conclusão da CE: neste capítulo diz que após a conclusão da instrução do processual do CE o comitê de ética deve gerar um relatório e enviar para o presidente do conselho regional de farmácia.
Do Julgamento: neste capítulo diz que o presidente do conselho regional de farmácia tem o prazo de dez dias para dar início ao processo após já ter recebido o relatório do presidente do comitê de ética e entre outras coisas mais referentes ao Processo Ético-disciplinar.
Dos Recursos e Revisões: neste capítulo diz que da decisão do Conselho Regional caberá recurso ao Conselho Federal, no prazo de 30 (trinta) dias corridos, a contar da data em que o infrator dela tomar conhecimento e que até a data de um ano transcorrido o infrator poderá requerer revisão de processo.
Da Execução: neste capítulo diz que cabe ao conselho regional de farmácia a execução das penalidades assim como também reter a carteira profissional do infrator.
Resolução 431 (de 17 de Fevereiro de 2005)
Ementa: dispõe sobre as infrações e sansões éticas e disciplinares aplicáveis aos farmacêuticos.
De acordo com a ementa, torna limitada a ação punitiva nos termos do artigo 30, a lei fedreal nº 3.820/60, não vinculando ao interesse subjetivo do aplicador da penalidade, mas definindo a previsão e a gradação da pena aplicada.
Advertência: conforme a resolução 431 após a infração o farmacêutico receberá uma advertência que será aplicada, de forma verbal ou escrita, por ofício do Presidente do Conselho Regional de Farmácia da jurisdição (UF), quando a falta disciplinar for leve.
Advertência com emprego da palavra “censura”: conforme a resolução 431 será aplicada, de forma escrita, por ofício do Presidente do Conselho Regional de Farmácia da jurisdição (UF), quando a falta disciplinar for leve.
Multa: A multa consiste no recolhimento de importância em espécie, variável segundo a gravidade da infração, de 1 (um) a 3 (três) salários-mínimos regionais, aplicada com publicidade.
Suspensão: A suspensão consiste no impedimento de qualquer atividade profissional, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e será imposta por motivos de falta grave.
Eliminação: A eliminação da inscrição no quadro de farmacêuticos dos Conselhos Regionais de Farmácia só acontecerá, por faltas graves, e já tenha sido suspenso por três vezes ou por um manifestação favorável de dois terços dos membros do Conselho Regional da jurisdição.
Concluindo, podemos notar que o exercício da profissão farmacêutica deve ser feito por profissionais éticos, com capacitação e que cumpram todas as normas de acordo com as leis do código de legislação farmacêutica, podendo ser penalizado ou até proibido de exercer a profissão, devido o fato, que o farmacêutico tem tamanha responsabilidade para com a comunidade a saúde pública. É imprescindível a existência e o cumprimento de tantas leis para que o profissional não prejudique ou seja prejudicado, pois seus atos interferem diretamente na vida das pessoas.

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