Caso Enron.slide

Prévia do material em texto

Sistema de Ensino Presencial Conectado
BACHARELADO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS
 
Alessandra nicoli müller
franciele da silva ribeiro
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A CONTABILIDADE COMERCIAL: CASO ENRON
 
TOLEDO
2017
 
 
 
 
 A contabilidade tem como base seus Princípios Contábeis, os quais são considerados as “vigas mestras’’ para o desenvolvimento da mesma. No Caso Enron, muito provavelmente a maioria dos princípios não foram seguidos. Conceitue cada um dos princípios contábeis.
 O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidadee afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos.
Princípio da Entidade
	O Princípio da Continuidade pressupõe que a Entidade continuará em operação no futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação dos componentes do Patrimônio levam em conta esta circunstância.
Principio da Continuidade
	O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas.
Princípio da Oportunidade
	O Princípio do Registro pelo Valor Original determina que os componentes do patrimônio devem ser inicialmente registrados pelos valores originais das transações, expressos em moeda nacional.
O Princípio do Registro pelo Valor Original
	O Princípio da Competência determina que os efeitos das transações e outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, independentemente do recebimento ou pagamento. 
O Princípio da Competência 
	O Princípio da Prudência determina a adoção do menor valor para os componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.
Princípio da Prudência
	O Princípio da Competência determina que os efeitos das transações e outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, independentemente do recebimento ou pagamento.
Princípio da Competência
2.		As demonstrações contábeis a serem apresentadas aos investidores devem, segundo a CPC 00, ser úteis. Se elas forem úteis, suas características fundamentais devem ser: a relevância e fidedignidade. As informações relevantes são aquelas que influenciam na decisão de um possível investidor. As informações fidedignas são aquelas que representam o fenômeno contábil com números e palavras, de forma completa, neutra e livre de erro. A CPC ainda diz que para as características qualitativas das informações úteis serem melhoradas, é necessário que elas sejam: comparáveis, verificáveis, tempestivas e compreensíveis. A empresa Enron não dispunha de informações com essas características. 
Todavia, fica a pergunta: se a gigante Enron tivesse seguido as características qualitativas da contabilidade hoje conhecidos, ela teria quebrado? Essa é uma pergunta que não tem uma única resposta. Porém, a falência dessa empresa não foi conduzida apenas por erros contábeis, mas também pela ganância das pessoas envolvidas. Os princípios hoje estabelecidos são primordiais, mas não suficientes para evitar roubos por brechas fiscais. Portanto, uma possível resposta a pergunta seria: se os contadores fossem dominados pela ganância, assim como a Arthur Andersen, provavelmente a Gigante Enron tivesse falido da mesma forma.
3. 		O colapso da Enron provocou uma forte crise econômica, perda da confiabilidade no mercado de capitais, o desemprego de vinte mil pessoas, assim como inúmeros empregados que perderam tudo no fundo de pensão da Enron. A situação do patrimônio da empresa deve garantir que ela tenha a robustez necessária para enfrentar suas adversidades operacionais e financeiras. Vocês precisam apresentar os dois principais relatórios contábeis de uma empresa escolhida: O balanço patrimonial e a DRE do último exercício social. Os valores podem ser elaborados considerando uma empresa de fruto da pesquisa de vocês em balanços publicados ou disponíveis na internet. De posse desses dois demonstrativos vocês devem fazer um resumo da situação da empresa envolvendo: 
a) A empresa apresenta resultado positivo (lucro) no último exercício?
 b) A análise entre o que a empresa tem de bens e direitos (ativo circulante e não circulante) versus suas obrigações (passivo circulante e não circulante) permite sugerir que a empresa é boa?
 c) Qual o valor do Patrimônio Líquido da empresa?
A empresa escolhida para responder a questão foi o Banco Itaú. Foram coletados os dados do balanço e da DRE do exercício de 2016. Esses últimos foram organizados por trimestre, conforme se observa no Anexo II. Baseado nesses dados seguem abaixo as respostas às questões.
O Banco Itaú teve lucro no último exercício. Isso é verificado na DRE, Anexo II, no item LUCRO/PREJUÍZO CONSOLIDADO DO PERÍODO. Em termos práticos, se observa que o lucro foi de 14,8 milhões de reais.
A análise entre o que a empresa tem de bens e direitos (ativo circulante e não circulante) versus suas obrigações (passivo circulante e não circulante) permite sugerir que a empresa é boa, pois a diferença entre essas duas variáveis resulta no valor do patrimônio líquido. E empresas com um grande patrimônio, tendem a gerar grandes quantias de lucro.
O Patrimônio líquido do Itaú em dezembro de 2016 era de 56,3 milhões. É possível verificar esse dado no Anexo I.
4.		Segundo Schein (2009), a cultura organizacional tem 3 níveis. A saber: artefatos, valores e normas, e pressupostos. Os artefatos, que é o nível mais superficial, podem ter manifestações físicas, comportamentais ou verbais. As físicas dizem respeito ao design, logo, vestuário, prédios, etc., da empresa. As comportamentais se referem a rituais, padrões comportamentais, recompensas, punições, etc. As verbais se manifestam em piadas, jargões, mitos, histórias, etc. Os valores e normas são um nível intermediário da cultura organizacional. Eles são reconhecidos pelos membros da organização facilmente. Os valores são um princípio a seguir, comum à organização e seus membros. As normas são regras que podem ser ou não escritas, mas sempre partem dos valores e implicam em um padrão comportamental dos membros. Os pressupostos são o nível mais profundo da organização. Eles podem ter manifestações conscientes ou inconscientes. Eles representam aquilo que os membros julgam ser realidade, influenciando o que sentem e pensam. 
A Enron estimulava o entusiasmo dos funcionários. Lhes pagavam em partes com ações da empresa, que só dava lucro. Além disso, conseguiram transmitir uma imagem de “a empresa inovadora”. Assim, grandes mentes foram trabalhar nela. O salário era bom, havia um enorme fundo de pensão, todos ganhavam com o árduo trabalho. Tudo isso fez os pressupostos criarem uma realidade perfeita. Realidade essa que implicou na sintonia dos membros em relação aos valores e normas. E isso gerou bons artefatos. Mas claro que o balanço era enganoso, uma fraude! Portanto, toda cultura organizacional era uma mentira.
Explique, de que maneira, o Ocidente, na passagem da Idade Média para a Idade Moderna — de uma estrutura feudal para uma capitalista — passou a valorizar a prática do lucro. 
Na baixa idade média, as relações comerciais eram muito dificultosas. Os comerciantes, ao viajar para vender suas mercadorias e ao passar pelos feudos, tinha que pagar impostos determinados por cada senhor das terras, nas moedas e com unidades de medidas impostas por eles. Além disso, a língua era diferente em cada feudo. Isso fez com que os burgueses negociassem com o rei um imposto único e centralizado, para que pagassem apenas um imposto, adotassem apenas um sistema de medidas e falassem uma língua. Assim – e com a fome (ocasionada pela baixa produção agrícola europeia após as chuvas torrenciais do fim da idade média)e insatisfação que os vassalos passavam na época –, o senhor feudal acabou perdendo a força e os burgueses começaram a ter o poder de expandir seu comércio. Então, surgiu o mercantilismo, que depois, ao se desenvolver, implicou no sistema capitalista primitivo da idade moderna. 
6.		A crise da bolsa de Nova Iorque, conhecida como “o crash”, foi marcada pela queda das ações das empresas norte-americanas. Após a primeira guerra mundial, os EUA tinha um enorme capital e um grande volume de produção para exportação. Contudo, seu mercado consumidor externo diminuiu quando os países europeus se reconstruíram depois do desastre da guerra. Mas, a super produção dos EUA continuou. Ou seja, havia um volume enorme de bens produzidos e poucos querendo comprar. Isso fez o preço despencar e as ações caírem. Quando os investidores viram esse fenômeno, quiseram vender rapidamente suas ações, fazendo o preço dessas diminuir ainda mais. O bancos também tinham ações e quando elas caíram, eles não tinham dinheiro para devolver aos correntistas. Isso fez muita gente perder tudo. Assim como no caso da Enron.
 
Essa empresa gigantesca quebrou, além da fraude, por conta da especulação nos negócios. Como em 1929, os acionistas buscaram cegamente lucro, sem analisar a conjuntura econômica e a situação futura. Sem verificar a viabilidade de funcionamento da empresa, por confiarem a quem lhes dava dinheiro fácil. Como em 29, o capitalismo especulativo fez muita gente perder tudo.