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Resolução - Lista 1 - Exercícios 1 ao 36 - Prof. Ivan Felipe

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Resolução – Lista 1 – Geologia 
1) Cite 3 ciências relacionadas a geologia. Explique e dê exemplos dessas relações. 
 Pode-se citar como exemplos de ciências relacionadas à geologia a química, a 
física e vários tipos de engenharia (como a civil, ambiental ou hídrica). A química faz uso 
da geologia para entender a composição de rochas ou minerais e como esses são 
formados (através de processos de caráter físico-químico); a física consegue estudar 
movimentos tectônicos ou explicar formações de vulcões e minerais à elevadas pressões 
e temperaturas e as engenharias fazem uso desses conceitos presentes na geologia para 
aplicações práticas como materiais de construção a partir de determinado mineral ou 
rocha, ciclos de um determinado ente biológico, um sistema para melhorar o 
tratamento de água em uma determinada região baseada em suas condições ambientais 
ou formas alternativas de se gerar energia em um local baseados nos recursos naturais 
mais abundantes ali presentes. 
 
2) Diferencie dinâmica interna e dinâmica externa da terra. Qual a importância dessas? 
Dê exemplos de como a ação antrópica pode influenciar esses processos. 
 Os processos dinâmicos (interno e externo) descrevem como a energia se 
movimenta (seu fluxo) no planeta. A dinâmica interna descreve o fluxo de energia 
devido ao movimento do magma no núcleo/manto e das placas tectônicas e a dinâmica 
externa descreve esse fluxo energético devido à incidência de luz solar, ventos, água, 
erosão, variações de pressão atmosférica e sedimentação. A ação antrópica pode 
influenciar nesses processos (de forma mais impactante nos processos de dinâmica 
externa) de modo à intensifica-los ou atrapalhá-los aumentando, por exemplo, os níveis 
de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera, o que consequentemente aumenta a 
temperatura global e provoca uma série de fenômenos, como alteração em correntes 
de vento, níveis de água em mares e rios e incidência de luz solar efetiva (quando 
complementada com aumento da emissão de elementos danosos à camada de ozônio, 
como os compostos à base de CFC – clorofluorcarbono). 
 
 
 
 
3) Sobre o tempo geológico, responda: 
i) Diferencie datação relativa de datação absoluta 
 O tempo geológico se resume na construção de escalas (absolutas ou relativas – 
em um período fixo de tempo, como séculos ou milênios, ou em períodos, como 
permiano ou cambriano) para datação de rochas. O tempo geológico absoluto, que 
mede a idade de uma rocha em um tempo fixo, é obtidos através de testes de 
decaimento nuclear (ou radioativo), como testes de carbono-14, que permitem calcular 
a idade de uma rocha baseando-se na porcentagem de algum elemento que sofreu 
decaimento nuclear em sua estrutura. O tempo geológico relativo permite classificar as 
rochas em períodos de formação, baseando-se na superposição de camadas de rochas 
com diferentes características em um determinado relevo ou na presença de fósseis em 
suas estruturas. 
ii) Apresente e explique a equação fundamental da geocronologia. Por meio desta 
equação, esboce o gráfico característico do decaimento radioativo de certo elemento 
sobre uma porção rochosa. 
 Equação: 
teNN  .0
 
 Gráfico: 
tNN  0lnln
, fazendo o gráfico de ln (N) em função de t, têm-se 
uma linha reta, com coeficiente angular igual à λ e coeficiente linear igual a ln (N0). 
 
4) “A Terra é um corpo de pequena rugosidade relativa”. Explique. 
 A Terra pode ser considerada um corpo de baixa rugosidade relativa pois a maior 
altitude presente é o pico de Everest, de 9km de altura, e a maior depressão está no 
Oceano Pacífico, de 11 km de profundidade. Quando essas dimensões são comparadas 
aos raios (equatorial e polar) da Terra (que são iguais a, aproximadamente, 12500 km), 
as elevações ou depressões se tornam irrelevantes. 
 
5) Sobre a radiação solar: 
i) Discorra sobre a importância da incidência de energia solar na superfície terrestre. 
 A energia solar forma, de forma indireta ou direta, todo o tipo de energia 
aproveitável pelo homem. Dentre os tipos de energia, podemos citar a energia 
proveniente das hidrelétricas, que são renováveis somente pelo fenômeno do ciclo da 
água, que funciona devido à radiação solar; a energia proveniente do carvão, que é 
possível pelo fenômeno da fotossíntese, que utiliza luz solar; a energia eólica, que se 
resume em correntes de vento que são provocadas por diferenças de pressão e 
temperatura atmosférica, causadas pela luz solar. 
 
ii) Explique a figura abaixo: 
 
 A análise da figura acima deve ser feita começando pelas 100 unidades de 
energia emitidas pelo sol para o sistema [Terra+Atmosfera], das 100 unidades, 51 são 
absorvidas pela superfície terrestre e 19 são absorvidas pela atmosfera, enquanto 30 
unidades são refletidas para o espaço. A atmosfera, com 130 unidades de energia 
(111+19), libera 96 unidades de energia para a Terra e 34 para o espaço. A superfície 
terrestre, com 147 unidades de energia (51+96), libera 111 para a atmosfera, 6 para o 
espaço passando direto pela atmosfera e 30 para troposfera. 
 
6) Sobre recursos naturais e sustentabilidade, responda: 
i) Diferencie recursos naturais renováveis dos não renováveis. 
 Recursos naturais renováveis são os recursos que podem ter um aproveitamento 
constante por um longo período de tempo, como a maioria dos recursos bio-orgânicos, 
como plantas, animais, água e vento. Os recursos não-renováveis, todavia, são aqueles 
que, devido as suas condições drásticas de formação, não tem um aproveitamento 
constante na mesma escala de tempo usada para os renováveis, como combustíveis 
fósseis na sua maioria. 
ii) Discorra sobre o gráfico abaixo. 
 
 O gráfico mostra as tendências de várias variáveis relacionadas à 
sustentabilidade e recursos renováveis/não-renováveis. Pode-se ver que, no início, os 
recursos estão no seu máximo e variáveis como população, poluição, comida per capita 
e lucro industrial per capita estão nos seus valores mínimos. À medida que a coordenada 
do gráfico (tempo) aumenta, pode-se ver que a variável de controle desse gráfico 
(população) começa a modificar a tendência das outras curvas, sendo assim, pode-se 
considerar que esse gráfico representa algo parecido com 
),,,( lucrocomidapoluiçãorecursosfPopulação
. Essa tendência é visível 
principalmente pela discrepância entre o valor máximo de população e os valores das 
outras quantidades no mesmo ponto; enquanto a população é altíssima, os recursos 
naturais, por exemplo, são escassos. No final do gráfico, como a população não 
consegue se manter em um número alto na ausência das variáveis mencionadas, o seu 
número cai e se estabiliza e, por consequência, as outras variáveis também se 
estabilizam. 
iii) Esboçe o gráfico acima com alterações que impliquem em um cenário sustentável 
para o desenvolvimento. 
 O cenário ideal (e fictício) para o desenvolvimento seria traduzido nesse gráfico 
fazendo com que todas as curvas que representam as variáveis descritas se tornassem 
retas paralelas entre si (coeficiente angular = 0). Porém, como isso seria impossível 
(manter o controle dessas variáveis, principalmente a populacional, a ponto delas 
ficarem constantes durante um longo período de tempo é impensável), pode-se pensar 
em um cenário onde todas as curvas fossem retas paralelas entre si com um leve 
decréscimo (em termos numéricos, com coeficiente angular 
0001,0  a
 por 
exemplo). 
 
iv) Indique três possíveis fatores para diminuição da demanda de recursos naturais. 
 Fatores que possam diminuir a demanda de recursos naturais envolvem a 
sustentabilidade, de modo geral, que engloba, por exemplo, reciclagem; uso consciente 
dos recursos;desenvolvimento de caminhos energéticos menos agressores ao meio 
ambiente e aumento da eficiência das indústrias, no que diz respeito à relação entre 
produção e consumo de energia. 
 
7) Diferencie as ondas (P), ondas (S) e ondas de superfície. Discorra também sobre 
como a propagação pode ser utilizada para prospecção de rochas armazenadoras de 
líquido. 
 As ondas (P), ou onda primárias, são ondas de deformação longitudinal de baixa 
amplitude (pouco intensas) e que, quando passam de um meio mais denso para um 
menos denso, sua velocidade aumenta. Porém, quando passam por um meio líquido, 
sua velocidade diminui abruptamente. Ondas (S), ou ondas secundárias, são ondas de 
deformação transversal, com amplitude intermediária, e não se propagam através de 
líquidos. Ondas (L), ou de superfície/longas, são ondas com grande comprimento (alta 
amplitude) e são bem lentas. 
 A prospecção de rochas armazenadoras de líquido pode ser feita usando ondas 
desse tipo pelo fato da diferença de meios de propagação entre elas. Considerando a 
mesma rocha, caso uma onda de caráter (P) sofra uma diminuição anormal de 
velocidade ao passar pelo meio dessa rocha; ou uma onda de caráter (S) pare de se 
propagar por essa rocha ao adentrar certo volume, pode-se concluir que essa rocha 
possui líquido no seu interior. 
 
8) Esquematize as diversas regiões que compõem a estrutura interna da Terra. 
 Crosta, manto superior, manto inferior, núcleo exterior e núcleo interior. 
 
 
9) Explique o gráfico abaixo. 
 
 A gráfico acima demonstra como as ondas (P), (S) e (L) podem ser usadas para 
estudar composições rochosas de maneira qualitativa e, extrapolando essa ideia, a 
composição da Terra de forma qualitativa. Pode-se ver que, analisando a curva das 
ondas (P), a direção [crosta – núcleo] provoca um aumento da velocidade delas 
(indicando diminuição de densidade) e, depois de um certo nível de profundidade, há 
uma queda abrupta de velocidade, indicando a presença de meio líquido ou coloidal. 
Essa tendência se repete até que não se possa mais se captar sinais da onda. 
 Para verificar a natureza do meio que provocou a queda de velocidade das ondas 
(P), utiliza-se as ondas (S). No caso, na mesma profundidade em que foi observada a 
queda de velocidade das ondas (P), observa-se que as ondas (S) emitidas não devolvem 
sinal; logo, o meio em questão é líquido. Considerando os resultados expressos pelo 
gráfico, pode-se inferir, de modo qualitativo, a estrutura interna da Terra e suas 
diferentes camadas. 
 
 
 
 
 
 
 
10) A figura abaixo apresenta uma curva hipsométrica representativa do relevo da 
Terra. Explique a figura abaixo, indicando qual o percentual de área acima e abaixo de 
uma linha horizontal que passa por y=0. 
 
 A figura abaixo deve ser analisada como uma foto de perfil tirada de uma seção 
da crosta terrestre. O eixo y representa a distância radial entre a crosta e o núcleo da 
Terra (ou a altitude/profundidade) e o eixo x representa a distância percorrida em 
relação ao ângulo entre a reta de referência (x=0) e a reta normal ao ponto em questão). 
E o gráfico mostra a porcentagem de volume da crosta acima de uma determinada 
altitude determinada pelo eixo y. Por exemplo, a área do gráfico acima de y=0 
representa o volume da crosta que se encontra acima do nível do mar (o mesmo 
tratamento é válido para o volume da crosta que se encontra abaixo do nível do mar 
(área do gráfico abaixo de y=0). 
 O percentual de área acima de y=0 (acima do nível do mar) está por volta de 8%, 
enquanto o percentual de área abaixo de y=0 (abaixo do nível do mar) compreende a 
área restante (por volta de 92%). 
 
11) A figura abaixo apresenta um esquema das curvas de nível dispostas de uma bacia 
hidrográfico de 1km². Esboce a curva hipsométrica desta bacia (Dica: Relacione cota – 
no eixo y – com área acumulada no eixo x). 
 Pontos do eixo y: 0, 40, 60, 80, 100, 150 e 200 m 
 Ponto do eixo x: 100, 80, 55, 45, 30, 15, 0 % 
12) O que é a crosta terrestre? Explique sobre os modelos de divisão da crosta 
continental e quais evidências apoiam cada um. 
 A crosta terrestre é a camada mais superficial da Terra, a de menor espessura 
(mais delgada, com 35 a 80 km de espessura) e a parte que o homem mais tem acesso. 
A divisão da costa possui dois modelos; o primeiro a divide em duas partes (crosta 
superior e inferior), baseado na mudança de velocidade de propagação de onda através 
de sua extensão (descontinuidade de Conrad). O segundo modelo a divide em 3 partes 
(costa superior, intermediária e inferior), baseando-se em observação direta até o 
manto (devido à descontinuidade de Mohorovicic). 
 
13) Sobre o manto terrestre, responda: 
i) O que é a descontinuidade de Mohorovicic? 
 A descontinuidade de Mohorovicic é o limite entre o manto superior e a crosta 
oceânica inferior; as ondas de caráter (P) sofrem um aumento abrupto de velocidade ao 
passarem por essa descontinuidade, indicando um material menos denso. 
ii) Defina a astenosfera. Qual a contribuição dessa para a teoria da deriva continental? 
 A astenosfera é a camada plástica que está presente na parte superior do manto, 
que proporciona o aumento de velocidade das ondas (P) ao passarem por esse meio. A 
existência dessa camada plástica dá base à teoria da deriva continental pois representa 
uma base “móvel” para as placas tectônicas de modo que elas possam se mover e 
formar/desfazer continentes. 
iii) Onde se localizam e o que são os Hot Spots? Qual a importância destes pontos para 
a modelagem da Crosta? 
 Os Hot Spots são pontos (pertos da crosta terrestre ou não) que contém uma 
temperatura anormal quando comparados ao resto do manto (devido à convecção pós-
térmica do manto superior com o manto inferior e o núcleo) e são responsáveis pelo 
vulcanismo na crosta terrestre. 
 
 
 
 
 
14) Sobre o núcleo, responda: 
i) O que é a descontinuidade de Güttenberg? Como essa pode ser identificada? 
 A descontinuidade de Güttenberg é o limite entre o manto inferior e o núcleo 
externo líquido (entre 2600 e 2900 km abaixo da superfície). Essa pode ser identificada 
por velocidade de propagação de ondas sísmicas; as ondas (S) não se propagam mais 
após a descontinuidade e as ondas (P) têm sua velocidade muito reduzida. 
 
ii) Esboçe um gráfico de variação de temperatura ao longo das diversas camadas da 
Terra. Explique a razão do comportamento do gráfico esboçado. 
 Eixo x: Profundidade (em km); 
 Eixo y: Temperatura (em °C); 
 Tendência ascendente da curva, com variação mais bruscas à medida que se 
passa da descontinuidade de Mohorovivic, do manto superior para o inferior, da 
descontinuidade de Güttemberg e do núcleo externo para o interno (gradiente de 
temperatura é mais brusco na descontinuidade de Güttemberg do que na de 
Mohorovivic). 
 
15) O que são os minerais? Indique os processos pelos quais os minerais são formados. 
 Minerais são elementos químicos (por exemplo, ferro natural) ou combinações 
químicas (por exemplo, sílica – óxido de silício – SiO2) que são formadas por processos 
inorgânicos (formação de complexos devido à um conjunto de condições específicas de 
pressão e temperatura, por exemplo) e possuem estrutura cristalina (se reproduzem 
infinitamente ao longo dos três eixos coordenados), possuindo forma geométrica 
definida. Os processos de formação dos minerais são a cristalização magmática (não 
homogênea – diferença de relação estabilidade/temperatura); precipitação de solução 
saturadas (ou supersaturadas) (soluções frias ou quentes – fluídos hidrotermais – que 
podem provocar a dissolução e recristalização de rochas pré-existentes) e reações 
fluidos-mineraisou minerais-minerais. 
 
 
 
16) A alteração dos metais componentes, na fórmula química de um mineral, podem 
ocasionar alterações nas propriedades físicas destes. Dê exemplos de minerais onde 
isso pode ocorrer. 
 Minerais que podem ter seus metais alterados são as olivinas, os piroxênios, os 
anfibólios e a biotita. 
 
17) Explique a série de Bowen. 
 A série de Bowen mostra dois caminhos para produção de minerais a partir da 
cristalização do magma, o contínuo e o descontínuo. Na rota contínua de produção de 
minerais, estes têm sua fórmula molecular constantemente alterada, no que diz 
respeito aos metais presentes na sua estrutura, devido à reação contínua em altas 
temperaturas. A série descontínua mostra minerais que se solidificam a uma certa 
temperatura e depois entram em contato novamente com materiais em estado de 
fusão, mudando sua estrutura. Basicamente, a série contínua mostra uma mudança 
contínua e initerrupta de formação de novos mineirais, enquanto a descontínua mostra 
a formação de novos minerais em limiares de temperatura e em etapas específicas. 
 
18) Quais são os hábitos mais comuns dos minerais? Dê exemplos de três minerais e 
seus respectivos hábitos. 
 Hábitos são os tipos de organização externas (macroscópicas) dos minerais e 
refletem suas configurações geométricas microscópicas. Os hábitos mais comuns são: 
tabular (Rubi), prismático (Turmalina), equidimensional, acicular, granular, maciço, 
fibroso, estalactítico, lamelar (Cianite), escamoso e concrecionário. 
 
19) “Em dois compostos isoestruturais, as substâncias formadas com elementos de 
peso específico mais elevados têm, em geral, peso específico mais elevado”. Explique 
a afirmativa acima e dê exemplos de minerais em que tal fato acontece. 
 A frase diz que para dois compostos de mesma estrutura, por exemplo, dois 
compostos monoclínicos, com geometrias idênticas, têm pesos específicos diferentes 
caso seus elementos sejam diferentes e, obviamente, elementos mais pesados irão 
refletir em um peso específico total maior, nesse caso. Exemplos seriam a Galena e a 
Pirita, que possuem formas cúbicas (isométricas) e se diferenciam apenas na 
composição (no caso, a galena (PbS) é mais pesada que a pirita (FeS2)). 
 
20) Sobre a propriedades dos minerais chamada clivagem, responda: 
i) Defina clivagem. Dê exemplos de três minerais e seus respectivos planos de 
clivagem; 
 A clivagem de um determinado mineral é o plano preferencial de corte ou quebra 
deste, podendo ser classificada em pobre, moderada, boa, perfeita e proeminente, de 
acordo com a tendência que ele tem em se quebrar em uma direção específica (um 
mineral com clivagem pobre não possui plano preferencial, ele se quebra de maneira 
completamente irregular e um mineral com uma clivagem perfeita possui um plano 
visivelmente predominante e único de clivagem). Alguns exemplos de minerais com 
clivagem seriam: Galena (clivagem em três direções), Diamante (clivagem de forma 
octaédrica) e Muscovita (clivagem em uma única direção). 
ii) Diferencia clivagem de fratura; 
 Fratura é uma propriedade que mostra a tendência de quebra de um mineral 
além da clivagem, e que não é dependente desta, ou seja, um material pode possuir 
fratura sem possuir clivagem. Pode ser na forma conchoidal (quebra em concavidades), 
plana (não exatamente, mas a quebra se aproxima de uma estrutura planar) ou irregular 
(não possui estrutura de quebra definida). 
iii) Dê exemplo de um mineral que não possui plano de clivagem; 
 Quartzo. 
iv) “Um mineral de clivagem vertical tem, necessariamente, uma baixa resistência 
nessa região”. Identifique o erro e redefina a expressão anterior. 
 Na verdade, um mineral que tem clivagem vertical pode ter uma resistência 
altíssima a fratura, mas, caso venha a se fraturar, terá um plano preferencial para tal. 
Ou o contrário também pode ocorrer, um mineral pode ter uma resistência baixíssima 
e nenhum plano preferencial de corte. A expressão anterior poderia ser reescrita da 
seguinte maneira: “Um mineral de clivagem vertical não tem, necessariamente, uma 
baixa resistência nessa região”. 
 
 
21) Dê exemplos de processos que podem ocasionar a alteração de cores dos minerais. 
 Considerando o fato de que a coloração presente em minerais ocorre devido à 
radiação refletida pelos compostos presentes nos minerais cair na região de 
comprimento de onda visível e que essa radiação depende dos metais presentes, assim 
como da geometria de cada retículo cristalino, a alteração em um desses dois fatores 
pode mudar a cor. A oxidação, por exemplo, altera a estrutura do retículo cristalino 
(ferro natural e ferro oxidado possuem colorações diferentes) e eventuais trocas de 
metais produzem uma mudança drástica de coloração (Blenda de zinco – ZnS – para 
sulfeto de ferro – Fe2S3 ou FeS). 
 
22) Quais são as propriedades físicas dos mineirais? 
 As propriedades físico-químicas dos minerais (não existe uma propriedade de 
caráter exclusivamente físico) são, algumas delas, clivagem, magnetismo, cor, dureza, 
peso específico, risco, brilho e fratura. 
 
23) Defina a propriedade risco (ou traço). Dê exemplos de cores de traços de três 
minerais. 
 A propriedade risco define a coloração de um traço do mineral em uma superfície 
de porcelana ou uma outra superfície não desgastada. A hematita possui um traço 
avermelhado (característico do ferro presente em sua composição); a Galena possui um 
traço acinzentado (característico por outros compostos de ferro); a Fluorita, mesmo 
tendo uma coloração variada – roxo, azul, amarelo ou até verde – sempre produz um 
traço branco. 
 
24) Defina dureza dos minerais. Explique também a escala de mohs. Esboce ainda um 
gráfico, esquematizando a variação de dureza ao longo dos minerais. 
 A dureza de um mineral expressa sua resistência a abrasão ou risco e reflete a 
força de ligação entre os átomos e a coesão geométrica das estruturas que o compõe. 
A escala de Mohs representa um conjunto de minerais com um número de dureza que 
vai de 1 a 10, sendo que minerais com um número maior da escala de Mohs riscam 
minerais com números menores nessa mesma escala. 
 Gráfico: Eixo x: número de Mohs; Eixo y: Dureza (reta com tendência crescente) 
25) Quais fenômenos influenciam na dureza de um mineral? Explique a razão das 
diferenças entre a dureza de dois minerais de composição química similar, a saber, 
grafita e diamante. 
 Fatores que influenciam a dureza de um mineral envolvem a força e o tipo de 
ligação entre os elementos químicos presentes no mineral; a disposição geométrica nos 
quais eles se encontram, o grau de simetria dessa disposição e até mesmo os tamanhos 
das partículas individuais que compõem o mineral. O diamante é mais duro que o grafite 
pois o grafite possui um arranjo estrutural laminar, onde vários anéis hexagonais de 
carbono interligados se sobrepõem para formar a estrutura (um carbono se liga a outros 
dois carbonos de forma trigonal – bidimensional – o que confere à estrutura baixa 
dureza e alta clivagem por exemplo). No caso do diamante, os carbonos possuem uma 
simetria muito maior (organizados de forma tetraédrica - tridimensional), o que confere 
à eles uma maior coesão e estabilidade no diamante e, portanto, uma maior dureza. 
Além disso, as camadas de anéis hexagonais são interligadas por forças 
predominantemente de Van der Waals, o que as tornam fracamente ligadas; no caso do 
diamante, todos os átomos são ligados principalmente por ligações carbono-carbono, 
de caráter covalente e com uma energia muito maior. 
 
26) Defina tenacidade dos minerais e explique as diversas formas de tenacidade que 
podem ocorrer nos minerais. Dê exemplos.A tenacidade de um mineral reside na sua resistência a choques mecânicos; para 
fins experimentais, a choques mecânicos provocados por um martelo, por exemplo. Um 
mineral pode ser quebradiço (ou friável), pulverizando em resposta ao impacto 
mecânico (como é o caso da calcita); séctil, sendo cortado sem pulverizar (como o ouro 
natural e a prata natural); tenaz, resistindo ao impacto (como a nefrita); maleável, 
sofrendo uma torção em resposta ao choque mecânico podendo ser transformado em 
lâminas (metais naturais como prata e outro); dúctil, podendo ser transformado em fios 
(metais naturais e cobre natural); flexível, minerais que se entortam e ficam entortados 
após cessamento do esforço (talco) ou elástico, minerais que se entortam e voltam à 
sua forma original – possuem memória de forma – após cessamento do esforço (micas). 
 
27) Classifique os minerais calcita, gipsita e quartzo segundo a classificação de Dana. 
A seguir, liste as principais utilidades desses minerais. 
 De acordo com a classificação de Dana, que classifica os minerais de acordo com 
seus ânions presentes em sua estrutura, a calcila (usada para fabricar cimento – feito de 
cal virgem, cuja fórmula é CaO e provém da decomposição térmica carbonato de cálcio, 
cuja fórmula é CaCO3) é um mineral carbonato (possui principalmente carbonato de 
cálcio – CaCO3 – em sua composição); a gipsita (usada também na fabricação de cimento 
– produzindo cal virgem e dióxido de enxofre no processo de decomposição térmica – e 
na produção de ácido sulfúrico, H2SO4) é um mineral é um mineral sulfato (possui 
principalmente sulfato de cálcio di-hidratado – CuSO4.2H2O – em sua composição) e o 
quartzo é um mineral silicato, já que é composto principalmente de sílica – usado para 
joalherias e areia de construção – (óxido de silício – SiO4 ou SiO2, dependendo da 
consideração geométrica na qual os átomos estão dispostos). 
 
28) “Possui elementos como silício, boro e alumínio (metais) em sua fórmula química. 
Não possui clivagem, tendo a seção triangular como característica peculiar, estrias ao 
longo de sua superfície vertical. Pode ocorrer em mais de cinco cores”. O mineral 
descrito anteriormente é denominado? 
 O mineral é a turmalina (borossilicato de estrias verticais!) 
 
29) “Forma fibrosa e flexível. Pode causar problemas a saúde”. O mineral descrito 
anteriormente é denominado? 
 O mineral é o amianto, que foi desencorajado a ser usado devido a doenças 
pulmonares causadas (usado para fazer telhas de residências e telas de amianto para 
uso laboratorial). 
 
30) “A é um mineral a base de carbonato de cálcio, de baixa dureza e ótimas clivagens 
(em três direções). É utilizado para fabricação de B, e são muito comuns em C, onde 
ocorrem na forma de D e E. Já F, possui características muito parecidas com A, 
contudo, sendo utilizado para G em construções. A diferença básica entre F e A é a 
presença de H em sua composição química”. Identifique A, B, C, D, E, F, G e H. 
 A: Calcita; B: Calcários e mármores; C: Cavernas; D: Estalactites; E: Estalagmites; 
F: Dolomita; G: Cimento (OBS: H seria Mg). 
 
31) Discorra sobre como a reciclagem pode se tornar uma ferramenta auxiliar na 
redução de demanda por minérios. Esboce um gráfico demonstrando sua resposta. 
 A reciclagem pode ajudar na diminuição de demanda de minérios de modo a 
reaproveitar produtos finais desses minérios, diminuindo a demanda dos mesmos. 
Pode-se citar por exemplo a reciclagem do alumínio; no caso, a reciclagem desse 
produto final tende a diminuir a demanda pela exploração da bauxita, seu mineral de 
partida. 
 Um gráfico de exemplo pode ser uma hipérbole, com eixo x sendo a reciclagem 
e o eixo y sendo a demanda por minerais, e a curva desse gráfico sendo regida pela 
função 
xxf /1)( 
, originando uma hipérbole que têm seu x tendendo ao infinito 
quando y tende a zero (quando a reciclagem tende ao infinito, a demanda tende a ser 
nula), e vice-versa (quando a reciclagem tende a zero, a demanda tende a ser infinita, 
ou extremamente alta). 
 
32) Discorra sobre o gráfico abaixo, que representa a exportação de bauxita (fonte de 
alumínio) no estado do Pará. Infira informações sobre a economia do estado a partir 
do gráfico apresentado. 
 
 Pode-se ver que no gráfico acima, até o ano de 2008, a demanda pela bauxita se 
manteve constante (a média dos valores é de 5,85 milhões de toneladas exportadas e o 
desvio padrão dessas medidas é de 1,066, ou seja, os valores divergem da média em 1 
milhão de toneladas ao decorrer de 4 anos) e pode-se ver uma tendência geral de 
caráter crescente pela demanda, o que pode indicar vários fatores; desde uma melhora 
econômica no estado e baixo índice de reaproveitamento de alumínio (reciclagem) até 
mesmo um aumento anormal pela demanda externa do minério. No ano de 2009, no 
entanto, a quantidade exportada decaiu imensamente (reduzindo a metade da 
quantidade exportada no ano anterior), o que pode indicar baixa demanda externa, alto 
índice de reciclagem, uma piora na economia estadual como consequência (não 
necessariamente, mas pode ocorrer caso o mercado de exportação se concentre nesse 
commodity específico) ou até mesmo uma diminuição na quantidade de minério 
disponível para exportação. 
 
33) Defina rochas com suas palavras. Qual a diferença entre rochas primitivas 
pluriminerálicas e monominerálicas? Exemplifique. 
 As rochas podem ser definidas como agregados de matéria orgânica ou 
inorgânica (ou uma junção dos dois tipos, como sedimentos minerálicos e 
plantas/microorganismos) que constituem a composição percentual predominante do 
que se pode ver na crosta terrestre. 
 Rochas primitivas pluriminerálicas são aquelas que possuem dois ou mais 
minerais em sua composição, como o granito, que possui feldspato e quartzo em sua 
composição, majoritariamente. Rochas primitivas monominerálicas são aquelas que 
possuem apenas um mineral como composição majoritária, como o calcário, que é 
composto por calcita. 
 
34) Diferencia rochas ígneas, sedimentares e metamórficas. 
 As rochas são diferenciadas basicamente pelo seu processo de formação, que 
virá a influenciar em outras características como organização, estrutura e propriedades 
físico-químicas. Rochas ígneas são formadas a partir da cristalização do magma, 
produzindo uma rocha homogênea, maciça (sem clivagem), com cristais bem formados 
(com um elevado grau de simetria); essas características se devem ao fato da 
cristalização do magma ser lenta e gradativa (possui um gradiente baixo de 
temperatura), provocando uma cristalização lenta e uniforme. 
 Rochas sedimentares são formadas a partir da deposição de várias camadas de 
sedimentos (sejam inorgânicos ou não) umas sobre as outras, originando formações 
rochosas segmentadas com composições variáveis e com um certo grau de clivagem, 
sendo menos duras/maciças que as rochas ígneas; essas características se devem ao fato 
da formação da rocha ser dado por variações grandes de pressão e temperatura causada 
por uma grande massa de sedimento sobre outra, formando rochas menos estáveis. 
 Rochas metamórficas são aquelas que passam por modificações 
estruturais/moleculares/elementares após serem formadas (devido a variações grandes 
de pressão e temperatura), de modo que são irregulares estruturalmente (ao nível 
microscópico, ao contrário das rochas sedimentares). 
 
35) Explique a diferença apresentada abaixo. Use um desenho para elaborar sua 
resposta. 
“A distribuição de rochas na crosta terrestre continental se dá por meio de: 95% de 
rochas ígneas e metamórficas e 5% sedimentares. Já a distribuição de rochas em área 
de exposição rochosa superficial se inverte, resultandoem 25% de rochas ígneas e 
metamórficas e 75% de sedimentares.” 
 Ao se comparar o volume rochoso da crosta terrestre, o fato dela apresentar uma 
porcentagem muito pequena de rochas de caráter sedimentar se dá ao fato de que elas 
se formam predominantemente na superfície, pois precisam de gradientes de pressão 
(ou seja, quantidade de rochas acima dela) e de temperatura baixos, que são 
característicos da superfície, pois sua formação se dá apenas pela sobreposição de 
materiais rochosos. Quando se analisa a porcentagem de área superficial rochosa, a 
inversão da porcentagem faz completo sentido pelo mesmo fato exposto acima; já que 
as rochas sedimentares estão concentradas na superfície, devido as suas condições de 
formação, é logico que a maior parte da área superficial da crosta continental seria 
formado por rochas sedimentares. 
 
36) i) Explique o ciclo das rochas; 
 O ciclo das rochas descreve como as configurações rochosas (ígneas, 
sedimentares e magmáticas se interconvertem na superfície terrestre devido à dinâmica 
externa ou interna da terra – pressão ou temperatura). 
ii) Diferencie processos exógenos de endógenos; 
 Processos exógenos são aqueles que interferem na composição rochosa através 
de fenômenos como chuva, vento, radiação solar e erosão, ou seja, são causados por 
fenômenos que possuem uma ação predominante na área superficial da crosta 
terrestre. 
 Processos endógenos, todavia, são aqueles que ocorrem nas partes mais 
interiores da crosta, que envolvem deslocamento de massas de magma e variações de 
temperatura, causando também mudanças de conformação rochosa. 
iii) Diferencie também anatexia e diagênese; 
 Anatexia é o processo de formação do magma através do aquecimento de uma 
rocha metamórfica, predominantemente; as rochas metamórficas que se encontram em 
um nível mais abaixo da crosta terrestre sofrem uma ação de temperatura muito grande 
e se liquefazem, tornando magma, que futuramente será expelido, tornando-se uma 
fonte de rochas ígneas. 
 Diagênese, todavia, significa a formação de rochas sedimentares através da 
união de resíduos orgânicos e fragmentos rochosos (provenientes, na sua maioria, do 
resultado do intemperismo das rochas ígneas produzidas pela anatexia) acompanhadas 
de contribuições de pressão e temperatura. Essas rochas sedimentares passarão, 
futuramente por metamorfismos, transformando-se em rochas de caráter metamórfico 
e, através de processo de anatexia, tornar-se-ão rochas magmáticas novamente, 
reiniciando o ciclo das rochas.

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