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Responsabilidade social

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PASSIVO AMBIENTAL
Quando falamos em passivo ambiental, referimo-nos a todas as obrigações que as instituições de forma geral têm
com a natureza, considerando principalmente que é dela que se extrai a matéria-prima. Neste sentido, as obrigações
são com a natureza e a própria sociedade. O objetivo é a constituição de uma nova cultura socioambiental
responsável; de forma paralela aos passivos ambientais gerados pelas empresas, devem ser estimulados também os
investimentos na mesma proporção, como uma compensação dos impactos gerados por elas.
No sistema contábil, o “passivo” é um termo que designa a obrigação da empresa para com terceiros. Essas
obrigações são adotadas mesmo sem a ocorrência de cobrança, seja ela formal ou legal. No caso do passivo
ambiental, menciona (FARIA, 2008, p. 01):
Passivo ambiental pode ser definido como qualquer obrigação da empresa relativos aos danos ambientais causados
por ela, uma vez que a empresa é a responsável pelas consequências destes danos na sociedade e no meio ambiente.
Na prática, o passivo ambiental corresponde ao valor referente aos custos com a manipulação e tratamento de áreas
contaminadas, resíduos, multas e outros custos advindos da não observância da legislação ambiental e de cuidados
com o meio ambiente, assim como os custos relacionados ao atendimento das normas e certificações, incluindo,
segundo algumas definições, a responsabilidade pela preservação de unidades de conservação (embora possa parecer
contraditório), e o próprio dano físico causado (como um rio poluído, uma erosão, etc.). Enfim, passivo ambiental é
igual à obrigação e custos. 
Atualmente está crescente a elaboração de políticas que permitam a conciliação da atividade econômica com a
proteção ambiental, ainda que em um primeiro momento pareça inviável conciliar essa dualidade.
Brown (2003, p. 4) comenta que “a economia está em conflito com o ecossistema existente”. Basta observar as
notícias diárias publicadas nos principais meios de comunicação, noticiando a depredação e o esgotamento de
ecossistemas necessários para a manutenção da vida em determinadas regiões.
As decisões políticas e o desenvolvimento industrial estão quase sempre baseados em planejamento e ganhos
econômicos de curto prazo, que não levam em conta os verdadeiros custos quanto à saúde das populações e o
ambiente. A dívida externa drena os já escassos recursos dos países pobres. O ser humano pensa em ganhar no
presente, mas não toma atitudes sérias para preservar o ambiente e deixá-lo em boas condições para o futuro.
Há ainda a preocupação com a comercialização de produtos nocivos à saúde das pessoas e animais que, além de
tudo, prejudicam o meio ambiente. Com o objetivo de evitar a disseminação desse tipo de substâncias, a Organização
Mundial da Saúde e o Programa das Nações Unidas para o Ambiente (Unep) devem redobrar seus esforços no
estabelecimento de códigos de conduta no comércio e propaganda deles.
Conforme a Conferência de Sundsvall, os temas de saúde, ambiente e desenvolvimento humano não podem estar
separados. Desenvolvimento implica a melhoria da qualidade de vida e saúde, ao mesmo tempo em que implica a
preservação da sustentabilidade do meio ambiente.
DIAGNÓSTICO E CARACTERIZAÇÃO SOCIOAMBIENTAL 
É preciso a conscientização de todos para cuidar do nosso planeta como se fosse uma empresa. Qual é o grande
desafio para que se possa transformar a teoria em prática e que se possa, ao mesmo tempo, compensar a destruição
da natureza. Resolver o passivo ambiental não pode ser meramente um termo no parâmetro teórico, mas deve-se
transformar em um compromisso sólido.
De quem é a obrigação quanto aos passivos ambientais? De todos nós, empresas públicas e privadas. A adoção de
princípios sustentáveis deve ser uma agenda constante das empresas, do governo e da população de forma geral.
Para isso se deve projetar uma mudança de cultura, de atitudes e de práticas nas instituições. A solução dos impactos
sociais e ambientais só será possível com a necessária e urgente cooperação e união de esforços de toda a sociedade.
O passivo ambiental corresponde ao investimento que uma empresa deve fazer para que se possam corrigir os
impactos ambientais adversos gerados em decorrência de suas atividades e que não tenham sido controlados ao
longo dos anos de suas operações. No caso de uma indústria em processo de venda, o comprador certamente levará
em conta o valor desse passivo, descontando-o no preço final de venda da indústria.
l em todas as atividades. A economia de recursos naturais e a redução dos gastos são temas constantes que
devem se transformar em prática por meio de uso racional dos bens visando a qualidade de vida da população. Neste
contexto, o que se percebe é a necessidade de uma maior adequação dos resíduos, e a promoção da sustentabilidade
em todos os sentidos.
A sustentabilidade, sendo objeto de todas as áreas, no âmbito governamental e privado favorecerá a conservação da
vida. Uma simples e pequena ação de cada um nas atividades cotidianas já é um bom começo para que se mude a
cultura, conscientizando-se de nossa responsabilidade.
ÉTICA E SUSTENTABILIDADE
O processo de globalização afeta hoje todas as esferas da sociedade, seja ela econômica, política, científica,
sociocultural, Educativa e até mesmo o Meio Ambiente.
Os reflexos desse contexto para o ambiente corporativo, que exige mudanças na forma de gerenciar os processos
produtivos, administrativos e também as pessoas. Cada vez mais a sociedade produz e, consequentemente, necessita
de consumidores. Neste sentido, percebemos a necessidade e a importância de uma postura ética, transparente e de
uma responsabilidade social por parte de todas as instituições. Inclusive por parte de cada indivíduo.
Não se pode falar em Responsabilidade Social sem falar em ética. Os três fatores estão interligados: Ética,
Responsabilidade Social e Sustentabilidade.
POR QUE FALAMOS EM ÉTICA QUANDO O ASSUNTO É SUSTENTABILIDADE?
Porque a proposta de desenvolvimento sustentável parte de pressupostos éticos. Portanto, é necessário entendermos
o significado de ética.
O que é ética? Como diz Cortella (2009, p. 108): “É o conjunto de Valores e princípios que usamos para decidir as
três grandes questões da vida”:
Figura 3: As três grandes questões.
Portanto, o que é ética? São os princípios que você e eu usamos para responder ao "Quero? Devo? Posso?" É preciso
remarcar: isso não significa que você e eu não vivamos dilemas. Eles existem, e serão mais tranquilamente
ultrapassados quanto mais sólidos forem os princípios que tivermos e a preservação da integridade que desejarmos.
O que significa isso? Quando aquilo que eu quero não é o que eu devo; aquilo que eu devo não é o que eu posso; e
aquilo que posso não é o que eu quero, então, pressupõe-se aqui a “liberdade”. Só podemos julgar uma pessoa no
ponto de vista da ética se ela tem a liberdade de decidir suas ações.
Quando você tem paz de espírito? Você tem paz de espírito quando aquilo que você quer é o que você pode e é o
que você deve. Há, no entanto, uma harmonia entre o querer, o dever e o poder.
Na literatura, tem-se a ética como um vocábulo proveniente do grego ¿θος - “êthos”, que significa caráter e que
designa tanto a realidade como o saber, relacionados com o comportamento responsável em que entram em jogo a
bondade ou a maldade da vida humana.
A moral, assim como a ética, também é proveniente do grego ¿θος – “ethos” que significa costumes. Para Vázquez
(2001, p. 49), a moral é “um conjunto de normas, aceitas livres e conscientemente, que regulam o comportamento
individual e social dos homens”.
Qual é a relação da ética com: a moral, a transparência e a verdade? De acordo com Sellanes (2013, p. 1):
Ética é princípio; a moral, a transparência e a verdade, são aspectosde condutas específicas; Ética é permanente; a
moral, a transparência e a verdade, são temporais; Ética é universal; a moral, a transparência e a verdade, são
culturais; Ética é regra; a moral, a transparência e a verdade, são condutas da regra; Ética é teoria; a moral, a
transparência e a verdade, são a prática.
No contexto da filosofia, ética e moral são termologias diferentes. A ética está no campo da teoria, enquanto a moral
está no campo da prática.
A ética estando no campo da teoria, podemos interpretá-la da seguinte maneira. A teoria diz: Não devemos pegar o
que não nos pertence. Não podemos pegar este copo, por exemplo. Este comportamento é o princípio ético. O meu
comportamento moral é: “se eu pego ou não este copo”. Neste caso, a moral é a prática de uma ética, ou seja, a
ética é o princípio e a moral é a prática. Em outras palavras, o princípio se traduz numa moral.
Enquanto a ética está no campo da teoria, ela é agregada ao estudo dos valores morais do qual orientará o
comportamento humano, na sua interação com demais indivíduos. A moral, por outro lado, são os costumes, o
comportamento com base nas regras, nas ações práticas e que foram estabelecidas por cada sociedade. Se você
pratica aquilo que não é determinado pela sociedade, ou princípios éticos, então você tem um comportamento
IMORAL. Significa, portanto, que sua ação é contrária aos costumes coletivos.
Assim, sem esquecer nem negar a correlação existente entre “costume” (ethos) e “caráter” (êthos), temos de dar
primazia ao êthos-caráter quando se utiliza no contexto da ética.
AS DIMENSÕES DE SUSTENTABILIDADE
A utilização do termo “Sustentabilidade” encontrou-se primeiramente na economia. Aqui nós temos uma relação entre
crescimento sustentado com base na boa imagem da empresa, na estabilidade e segurança, o que também podemos
chamar de economicamente viável e o ciclo de crescimento econômico com base no valor da produção e na
valorização do capital. Posteriormente, este conceito passou a ser utilizado também em outras áreas: social,
ambiental, cultural etc.
Portanto, o conceito de sustentabilidade comporta alguns aspectos ou dimensões principais, a saber:
SUSTENTABILIDADE MORAL – Considere-se aqui a prática dos princípios éticos; a credibilidade na
representação individual e grupal.
SUSTENTABILIDADE SOCIAL – Qualidade de vida, equidade na distribuição de renda, diminuição da desigualdade
social, Democracia e cidadania.
SUSTENTABILIDADE ECONÔMICA – Encontramos aqui o público e o privado. Equilíbrio entre a produção e
consumo, estabilidade e segurança, crescimento econômico, logística reversa.
SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL – Redução dos resíduos tóxicos e poluição, Logística Reversa, Proteção
ambiental, tecnologias limpas e mais eficientes. Respeito aos espaços geográficos considerando a fauna e a flora;
Preservação da biodiversidade; respeito aos direitos e a integridade humana. (Incluem-se aqui todas as demais
dimensões).
SUSTENTABILIDADE CULTURAL – Respeito às diferenças, alteridade, respeito na relação entre mudanças, às
novas tendências e comportamento social.
SUSTENTABILIDADE ESPACIAL – Visão de futuro, equilíbrio entre o espaço urbano e rural, tecnologia, respeito ao
meio ambiente.
SUSTENTABILIDADE POLÍTICA – Democracia e cidadania, maior participação da sociedade, descentralização e
autonomia da população e dos governos locais.
COMO PODEMOS CONSIDERAR UMA ORGANIZAÇÃO COMO SENDO SUSTENTÁVEL E RESPONSÁVEL
SOCIALMENTE?
São três os requisitos básicos: A empresa precisa sobreviver, portanto, suas ações e projetos devem ser
economicamente viáveis. Não apenas no ponto de vista do lucro, mas na sua própria sustentação. No entanto, a
empresa existe porque as pessoas as fazem existir. As pessoas são as empresas, tanto as que convivem internamente
quanto as externamente. Portanto há uma obrigação social. Neste sentido, ela deve ser socialmente justa. Por
outro lado, o meio ambiente tem participação em sua existência, devendo a empresa ser ecologicamente correta. Pois
os recursos para a produção são retirados da natureza e aqui gera um passivo ambiental que acaba influenciando e
retornando de forma negativa aos requisitos anteriores na economia, no social e no meio ambiente. Portanto, deve
haver um equilíbrio nesses fatores mencionados para que a empresa possa ser considerada sustentável e responsável
socialmente.
QUAL A DIFERENÇA ENTRE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E SUSTENTABILIDADE?
Segundo Blay (2010, p. 1), o conceito de sustentabilidade pode ser definido como: “suprir as necessidades da
geração presente, sem reduzir as oportunidades das gerações futuras”. 
É importante entender que, no aspecto do desenvolvimento sustentável, deve conciliar crescimento econômico e
desenvolvimento econômico além da preservação da natureza. Pois um país pode ter crescimento econômico e
não ter desenvolvimento econômico. O crescimento econômico pode não atingir a população e, consequentemente,
não haver uma sustentabilidade social.
Portanto, o Desenvolvimento Sustentável é um modelo que apresenta quantitativamente e qualitativamente o
equilíbrio entre as dimensões econômicas, sociais, ambientais, políticas e culturais.
ENCHMARKING DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL
No final da Idade Moderna e Início da Idade Contemporânea, a sociedade tem tido uma percepção cada vez maior da
necessidade de rever os problemas ambientais, marcado por mudanças constantes e velozes. Se no século passado
houve uma abundância e despreocupação com a questão ambiental, atualmente a atenção torna-se obrigatória.
Vários os fatores se tornaram foco de atenção como, por exemplo, a decadência dos recursos naturais e a poluição
que tem aumentado a cada tempo e por estes motivos passaram a estar nas pautas de reflexão da sociedade
industrial e intelectual. Nesta perspectiva, mostram-se as consequências, apontam-se o aumento da complexidade do
ambiente e o baixo grau de previsibilidade das relações organizacionais.
O consumo de recursos naturais é mais intenso nos países industriais, conforme Lavorato (2013, p. 1, grifos do
autor): “a ponto de aqueles países já responderem por mais de 80% do consumo total no mundo, ou seja, 30% dos
recursos naturais consumidos na Alemanha vêm de outros países; no Japão, 50%; nos países Baixos, 70%, segundo
Wolfgang Sachs - Wuppertal Institute Sachs”.
BENCHMARKING AMBIENTAL
O Benchmarking é uma atitude Responsável competitiva que deve apresentar uma metodologia própria e
transparente. O Objetivo é a identificação de modelos gerenciais de excelência desenvolvidas por gestores das mais
diversas instituições cujas aplicações comprovaram eficiência. Este processo acelera o desenvolvimento técnico
gerencial e, consequentemente, as boas práticas de sustentabilidade nas organizações.
Segundo Lavorato (2013, p. 1):
O Benchmarking Ambiental é praticado como uma forma de aprendizado por meio de comparações competitivas com
ênfase nos processos e resultados das empresas e organizações que são reconhecidas como representantes das
melhores práticas ambientais. 
Qual é o maior desfio das empresas?
A primeira coisa a se pensar é entender a forma de interagir ou interligar os interesses da empresa com os interesses
dos stakeholders1.
Portanto, aumentar a competitividade e manter a boa relação com o público de interesse não é uma tarefa fácil
devido ao novo cenário e ao surgimento de diversas outras formas de pressões além das variáveis ambientais.
Na mesma linha de entendimento e da utilização do benchmarking, se tratando de comparações competitivas,
encontram-se os Multistakeholders. As ações dos Multistakeholders muito contribuem para o processo de
Benchmarking.
Multistakeholders é um processo de troca mútua.Os stakeholders de um determinado setor se reúnem com líderes
dos outros setores da sociedade e trocam experiências. Exemplo: os stakeholders do setor de educação apresentam
sua experiência de Responsabilidade Social e, ao mesmo tempo, colhem o que os outros stakeholders (de outros
setores) tiveram para contribuir. Assim, este líder ganha mais conhecimento, e o grupo como um todo também
(BARBOZA, 2012, p. 28).
ISO 26000 trabalha com as várias partes interessadas (multistakeholders). É um processo também com ONG’s, com
organizações, com governo, com a sociedade de modo geral. Quando os líderes de cada um desses setores
participavam conjuntamente das discussões referentes à ISO 26000, eles acabavam formando os multistakeholders.
No caso da ISO 26000, podemos considerar que, em nível nacional, os stakeholders dos segmentos mais importantes
de cada sociedade se reúnem, formam o workgroup (grupo de trabalho), formulam debates, discutem pontos
específicos; enfim, tomam uma decisão consensual, para só então levá-la ao conhecimento das partes interessadas
de todo o mundo, nas reuniões internacionais da norma. Os seis principais setores considerados pela ISO 26000 em
cada país foram: Governo; Trabalhadores; Consumidores; Indústria; Organizações da sociedade civil, como ONG’s;
Outros (universidades, institutos científicos, centros de pesquisa...).
A Responsabilidade Social é estabelecida por uma ética, a da construção de uma sociedade capaz de ouvir a si
mesma, capaz de ouvir a todos os stakeholders que têm ligação direta ou indireta com os problemas sociais e
ambientais. É nesta dimensão que mencionamos a função relevante dos multistakeholders, ou seja, o processo de
troca mútua. A responsabilidade ambiental é de toda sociedade, devendo cada instituição administrar as questões
relacionadas ao meio ambiente. É essencial a elaboração de projetos de desenvolvimento sustentável, prevendo
principalmente os impactos de sua produção na natureza.
Num estudo mais aprofundado do conceito de Responsabilidade Social, a partir da ISO 26000, percebe-se que este
conceito não se remete apenas às empresas, mas a todas as instituições. 
A Gestão Ambiental
A gestão ambiental ou recursos ambientais é a administração que visa de forma racional e sustentável realizar as
práticas que garantam a conservação e a preservação da biodiversidade ou diversidade biológica. Neste sentido,
preservar a diversidade da natureza viva. Podemos entender também como menciona Lavorato (2013, p. 1):
A Gestão Ambiental é definida como um conjunto de princípios, estratégias e diretrizes de ações e procedimentos
para preservar a integridade dos meios físico e biótico, bem como a dos grupos sociais que deles dependem. A Gestão
Ambiental visa ordenar as atividades humanas para que estas originem o menor impacto possível sobre o meio. Esta
ordem vai desde a escolha das melhores técnicas até o cumprimento da legislação e a alocação correta de Recursos
Humanos e financeiros.
Qualquer organização, a própria sociedade, as empresas de modo geral e o governo (e aqui se contempla o próprio
sistema educacional) podem se utilizar da ISO 26000 para aferir seu tipo de conduta. Justamente por ser um conceito
de difícil aferição é que países do mundo todo se uniram para discuti-lo.
PROJETO SUSTENTÁVEL
Quer fazer um projeto para a comunidade em que a empresa está inserida e não sabe como? Vamos apresentar
algumas ações importantes para a criação do projeto de responsabilidade socioambiental.
A “Sustentabilidade” sempre foi relacionada às preocupações que causam grandes impactos ao meio ambiente, a
ecologia ou à preservação dos ecossistemas. No entanto, atualmente esta noção foi ampliada e a sustentabilidade
deixou de ser considerada apenas às questões ambientais e sim a qualquer projeto de Responsabilidade Social.
Qual a relação entre um projeto sustentável e uma edificação efetivamente sustentável? A reflexão que se segue
parte da ideia de que a sustentabilidade de uma edificação é dada pela permanência, ao longo do tempo, da sua
utilidade e da eficiência de suas facilidades, assim como de como ela se insere no contexto urbano permitindo o
desenvolvimento e as condições de vida das futuras gerações (DEGANI, 2012, p. 1).
Neste estudo vamos refletir sobre alguns aspectos de projetos de Responsabilidade Social e sobre a sequência básica
para implantá-la.
ANTES DE INICIARMOS O PROJETO, MOSTRAREMOS UM EXEMPLO PILOTO:
Nome da empresa: SGB CONSULTORIA E PROJETOS
No primeiro momento, pensaremos no que a SGB CONSULTORIA E PROJETOS pode fazer para criar uma rede de
desenvolvimento sustentável. Algumas perguntas são necessárias:
• Que ações são importantes para a comunidade? 
• E como essas ações podem ser postas em prática? 
As respostas para estas perguntas podem ser obtidas por meio de um diagnóstico. Um questionário que ajudará a
identificar as principais necessidades ou deficiências existentes no ambiente do qual a empresa faz parte.
São essas informações que nortearão os investimentos da empresa.
No caso da SGB CONSULTORIA E PROJETOS há um gasto considerável de papel e não tem como diminuir. O QUE
FAZER ENTÃO?
Sabendo-se que há um déficit de vagas de emprego na comunidade, a SGB CONSULTORIA E PROJETOS resolveu
montar uma cooperativa para reciclagem de papel. Os cooperados seriam moradores da cidade, capacitados para o
serviço e toda a renda obtida seria revertida para essas famílias, gerando renda e aquecendo a economia local.
OUTROS EXEMPLOS:
De acordo com Evelyne Leandro (2008, p. 1), Consultoria e Projetos, mostramos a seguir alguns exemplos de
projetos:
RECICLAGEM DE PAPEL – Se sua empresa gasta muito papel, não é possível diminuir esse gasto e há um déficitde
vagas de emprego na comunidade, pode-se pensar na montagem de uma cooperativa para reciclagem de papel. Os
cooperados seriam moradores da cidade, capacitados para o serviço e toda renda obtida seria revertida para essas
famílias, gerando renda e aquecendo a economia local.
EDUCAÇÃO– Um projeto de educação de adultos, onde os beneficiados são os funcionários da empresa e membros
da comunidade. Funcionários alfabetizados são mais facilmente capacitados para o exercício de suas funções.
Comunidade alfabetizada torna-se mais mão de obra disponível para futuros empregos.
HORTAS ORGÂNICAS – Famílias capacitadas na produção de produtos orgânicos. Geração de renda para as famílias,
aquecimento da economia local e fornecimento de alimentos saudáveis nos refeitórios da empresa.
O QUE DEVE CONTER NO PROJETO
TÍTULO DO PROJETO:
Deve refletir seu objetivo e ter um impacto significativo em seu leitor.
APRESENTAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO
Deve conter: nome ou sigla da entidade; composição da diretoria, da coordenação e nome do responsável pelo
projeto; endereço completo para contatos e correspondências; histórico da entidade (quando foi criada, diretrizes
gerais, percurso ligado ao social, trabalhos realizados, resultados conseguidos e principais fontes de recursos ou
financiamento.
OBJETIVOS E METAS
Deve estabelecer sobre as características da população que será diretamente beneficiada e o local onde se
desenvolverá o projeto.
ANÁLISE DE CONTEXTO DO PROJETO/ JUSTIFICATIVA
Deve descrever as deficiências e potencialidades da região aonde o projeto vai se inserir. O fundamental é demonstrar
a importância de seu projeto diante da realidade descrita, justificando em sua sequência lógica, como e porque
poderá avançar na resolução dos problemas existentes.
METODOLOGIA
Deve descrever o caminho escolhido, de que forma ele vai se desenvolver, as estratégias pensadas para cada um dos
objetivos propostos, quem são os envolvidos e a responsabilidade de cada um.
REQUISITOS TÉCNICOS OU RECURSOS
São os requisitos operacionais, examinando esboços e necessidades técnicas, para organizar sua execuçãoou
aperfeiçoamento; calcula os custos do projeto, apurando necessidade de mão de obra, materiais, instalação,
funcionamento e outros, para determinar seu gasto total;
MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO
Controla o desenvolvimento do projeto, supervisionando e orientando os aspectos técnicos dos processos de trabalho.
CRONOGRAMA DE ATIVIDADE (EXEMPLO)
Geralmente, na primeira coluna os gestores registram todos os procedimentos para a concretização do projeto.

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