Buscar

O cosmos da ordem ( JOAO PAULO CATAFESTA)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

FACULDADE SÃO LUIZ
Metafísica
Prof.: Ms. Luiz Carlos Berri
Acadêmico: João Paulo Catafesta
Data: 05 out. 2014.
O cosmos da ordem 
A ordem é um conceito primordial que não apresenta uma única aplicação ela foi associada a varias áreas; a ordem do ser, do pensamento, da natureza, dos valores sociais, jurídicas, da intenção, dentre outras. Faz-se alusão às leis que regem as espécies, as causas, os efeitos, as relações sociais e até mesmo estéticas.[1: Cf. LOGOS Enciclopédia Luso-Brasileira de Filosofia. São Paulo : Verbo, 1991. 3. v. p. 1598]
O universo e todas as coisas existentes possuem uma ordem, o universo é ordenado, as coisas possuem uma organização e um lugar exato no contesto universal. A natureza tem suas leis; essas leis são o indicio maior da ordem natural das coisas. As cadeias alimentares são teias extremamente ordenadas e organizadas, boa parte dos animais pincipalmente os mais simples sabem exatamente o que devem ou não devem comer, e além de saberem não comem outra coisa que não seja aquilo que é próprio dele, os instintos são uma forma de ordem interna. 
A natureza revela essa ordem estabelecida previamente; as marés, a produção das plantas em determinado espeço e tempo, as fases da lua, o dia e a noite, tudo o que há no universo tem uma ordem e faz parte de uma ordem. Percebemos hoje que a natureza sofre com mudanças climáticas, isso pode até parecer uma desordem da mesma, mas até mesmo essas mudanças são fruto de uma necessidade extrema de manter a sua própria ordem e para isso muitas vezes precisa reagir de maneira não tão comum. 
O contrario de ordem seria o caos, se partimos da ideia que o cosmos em sua totalidade é ordenado, tudo possuem uma ordem própria e faz parte de uma ordem comum temos que encarar que o caos na verdade seria o nada ou não existiria. “[...] primeiro que tudo, era o caos é a noite”; “[...] primeiro que tudo surgiu o caos”. [2: KIRK,G. S.; RAVEN, J. E. Os filósofos pre-socraticos. 2.ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1966, p. 37.][3: KIRK,G. S.; RAVEN, J. E. 1966, p. 18.]
Uma das matérias mais preocupadas no estudo dessa ordem contida no universo é a cosmologia. Cosmologia é uma palavra que vem do grego: cosmo que significa mundo e logia quer dizer estudo; então cosmologia é o estudo do mundo, muito se foi pensado ao longo da história sobre a origem do universo e automaticamente sobre a ordem contida nele.
Nós seres humanos sempre tentamos explicar as coisas que vemos ao nosso redor por muito tempo que atribuíamos tudo aos deuses então tudo que acontecia na natureza seria, não fruto de uma ordem da própria, mas ordem e desejo dos deuses; a partir da invenção do calendário, que revelou um padrão no tempo começou então a desconfiar dessa tal vontade divina das coisas para acreditar na ordem natural delas.
 Na Grécia antiga essa troca de pensamento começa aparecer com os filósofos pré-socráticos por volta do século VI aC que ainda muito ligados a mitologia tentam explicar a origem e a ordem das coisas numa visão racional e lógica. 
A pergunta que motivava era essa busca pela ordem o cosmo é 
Homero em seus escritos que diz que até mesmo os deuses foram gerados do oceano “pois eu vou ver os limites da terra fecunda, e o oceano, origem dos deuses”. Pouco do que foi produzido por ele tem um caráter cosmológico, mas esta fala aponta sua percepção de uma ordem provinda das águas que seria capais de originar os deuses outro fragmento diz que este mesmo oceano tudo gerou: “[...] a um outro dos deuses eternos eu adormecê-lo-ia facilmente mesmo que das correntes do rio oceano que tudo gerou”. [4: ibidem p. 8.][5: Loc. cit	.]
Este seu comentário parte do principio de que o rio oceano é a união de toda a água doce, a água é necessária para a vida consequentemente a vida deve provir do oceano, e se tudo provem do oceano a ordem contida em cada coisa também vem dele. 
Este pensamento de que a água seria responsável pela ordem e pela totalidade das coisas existente é trabalhada por Tales de Mileto, mas não água como sua formula molecular, e sim a forma física (liquida), o liquido por poder assumir muitas formas e se adaptar seria capais de se transformar em outras coisas. [6: OLIVA, Alberto; GUERREIRO, Mario. Pre-socraticos a invenção da filosofia. 1.ed. Campinas: Papirus, 2000, p. 40.]
 Ainda nos pre socráticos temos Anaximandro, que diz que do caos surgiu a ordem, e depois tudo volta ao caos; ainda tem Anaxímenes que diz que a arché é divina; e tantos outros que compartilhavam da mesma ideia de que o universo é ordenado e que essa causa vinha de alguma fonte que é a arché.[7: BERGE, Damião; O Logos Heraclitico: Introdução ao Estudo dos Fragmentos. Rio de Janeiro: Instituto Nacional do Livro,1969, P. 138- 142. ]
Com base em tais pressupostos, vê-se veemente a necessidade de um princípio ordenador de todas as coisas do cosmos, entendido como arque panton e, ademais, regulador de toda a ordem.
REFERENCIAS:
Cf. LOGOS Enciclopédia Luso-Brasileira de Filosofia. São Paulo : Verbo, 1991. 3. v.
KIRK,G. S.; RAVEN, J. E. Os filósofos pre-socraticos. 2.ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1966
OLIVA, Alberto; GUERREIRO, Mario. Pre-socraticos a invenção da filosofia. 1.ed. Campinas: Papirus, 2000.
BERGE, Damião; O Logos Heraclitico: Introdução ao Estudo dos Fragmentos. Rio de Janeiro: Instituto Nacional do Livro,1969.

Continue navegando