Buscar

Medidas preventivas contra terremotos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CAMPANHA NACIONAL DE ESCOLAS DA COMUNIDADE
FACULDADE CNEC DE RIO DAS OSTRAS 
 CURSO DE BACHARELADO EM ENGENHARIA CIVIL
GABRIELA DA SILVA PINHEIRO SOARES
GEOLOGIA: 
Aspectos Preventivos – Terremotos.
Rio das Ostras
2017
Aspectos preventivos da Geologia e Engenharia para amenizar os danos causados por terremotos. 
Para os especialistas no assunto, é essencial que em regiões onde é previsto que haja grandes terremotos a qualquer momento, o desenvolvimento e aplicação de um sistema antecipado de alerta de terremotos. O sistema, que há anos já foi instalado com sucesso em países como Japão e México, consiste em uma rede de sensores que detectam o início de um terremoto com até 40 segundos antecedência, o que ajudaria a alertar toda a população.
Mas como não se pode evitar os terremotos, apenas conter os seus danos, o que se pode fazer, é preparar as construções para que os danos causados sejam controlados, evitando assim a ocorrência de mortes. Para isso, é muito importante projetar as construções novas e recondicionar as existentes de acordo com as normativas mais atuais e avançadas. Na Europa, a normativa vigente é o Eurocódigo 8, que tem como objetivo fundamental proteger as vidas humanas. considerado muito completo, embora alguns países, como a Espanha, ainda não o adotem. 
Para isso, estabelece regras para projetar os edifícios de forma a resistirem aos sismos em suas áreas. A normativa abrange a construção de novos edifícios e a adequação sísmica dos que já existem. O objetivo é obter uma adequada combinação de resistência lateral e ductilidade do edifício frente a força horizontais. A resistência se consegue fazendo, por exemplo, vigas e pilares maiores e que tenham mais aço no interior. A ductilidade é a capacidade dos materiais e estruturas de se deformarem plasticamente sem chegarem a quebrar, portanto a meta é obter a apropriada combinação entre resistência e ductilidade, e é necessário procurar o equilíbrio entre ambas as propriedades.
Quando projetamos edifícios para que resistam a terremotos, aceitamos que a estrutura sofra danos, mas não que desmorone. Estes danos podem ser rachaduras no concreto ou deformações plásticas no aço, mas as estruturas não viriam abaixo. O edifício teria que ser reparado depois de um terremoto severo, mas permitiria uma desocupação que salvaria vidas.
Tudo isto é muito mais simples em edifícios novos. Para os antigos, é preciso fazer uma análise detalhada da resistência sísmica de suas estruturas. Depois da análise, deve-se optar pela solução mais adequada, e as possibilidades são muito variadas. Um fator a levar em conta é o custo econômico, no caso dos edifícios novos, o preço pode aumentar cerca de 10%, dependendo do risco sísmico da zona onde será construído. O problema vem com a adequação dos edifícios antigos, que as vezes fica mais rentável derrubá-los e voltar a construí-los, o que nem sempre é possível, porque alguns podem ser edifícios históricos, que não podem ser modificados. Como solução, se usa uma técnica chamada isolamento de base. Consiste basicamente em apoiar o edifício sobre elementos de borracha, como se fez com a Prefeitura de Los Angeles e com a Tumba de Ciro em Pasárgada (Irã). 
O Japão, considerado o país melhor preparado para um terremoto, ao longo dos anos o tem investido bilhões de dólares desenvolvendo novas tecnologias que ajudem seus cidadãos e infraestruturas contra abalos sísmicos e tsunamis. As altas tecnologias de engenharia civil desenvolvidas há anos pelos japoneses para minimizar os prejuízos e mortes causados pelos desastres naturais são os motivos pelos quais muitos prédios continuam de pé no Japão. Os prédios são concebidos como um elemento dinâmico, já que estarão sempre sujeito a movimentos em qualquer direção.
Nos prédios são instalados amortecedores eletrônicos, que podem ser controlados à distância. Em prédios mais simples são usados amortecedores de molas que funcionam de um jeito parecido à suspensão de veículos. Os engenheiros também colocam um material especial para amortecer as junções entre as colunas, a laje e as estruturas de aço que compõe cada andar. Esse material ajuda a dissipar a energia quando a estrutura se movimenta em direções opostas, assim o prédio não esmaga os andares intermediários. Todos os andares possuem, além de paredes de concreto, uma estrutura de aço interna, que ajuda a suportar o peso do prédio. Esses amortecedores absorvem grande parte do impacto provocado pelos tremores. Assim a probabilidade do edifício sofrer rachaduras ou abalos estruturais diminui.
Uma das partes mais importantes dos prédios com tecnologias mais modernas contra terremotos é o sistema de contrapeso inercial: instalada na parte mais alta, uma bola pesada o bastante para movimentar o prédio no sentido contrário às vibrações do solo atenua o movimento e permite que o prédio se mantenha 40% mais estável durante um terremoto. Os vidros das janelas, uma das partes mais sensíveis da construção, são envolvidos por borracha, para que não fiquem em contato direto com a esquadria de aço. Com isso, enquanto o prédio sacode, o vidro também se movimenta, porém de maneira controlada.
Este conjunto de tecnologias permite que os prédios mais modernos do mundo passem por terremotos sem comprometer a estrutura física da construção. Contudo, como cada prédio pode ser construído para suportar uma intensidade máxima de terremoto, alguns edifícios podem desabar após enfrentar uma série de abalos sísmicos em um curto espaço de tempo. Uma estrutura já debilitada por um tremor inicial está suscetível a danos maiores.
O custo para tecnologia antissísmica não é das mais baratas, pelo contrário, mas não tão caro quanto reconstruir estruturas completamente abaladas pelo terremoto. O valor torna-se imensuravelmente mais barato quando se trata de salvar vidas. Embora os danos causados por terremotos e tsunamis ainda continuem ocorrendo de maneira assustadora, há aqueles que se preocupam em desenvolver e otimizar o modo de construir para que, num futuro próximo, superar desastres naturais e oferecer aos moradores de áreas afetadas como o Japão uma possível estabilidade construtiva.
O dia 1º de Setembro, data do terremoto de 1923, foi fixado como a data nacional de prevenção contra desastres naturais no Japão. É quando o governo de Tóquio costuma promover um treinamento de grande escala envolvendo civis e corpos de bombeiros. A população é orientada sobre como sair dos edifícios e como se proteger dentro de casa.

Outros materiais