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Slides aula 35

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DIREITO PENAL
CULPABILIDADE: IMPUTABILIDADE
CONCEITO
É o juízo de reprovação social que recai sobre o agente do fato, que podendo agir conforme o
direito, opta livremente por agir em desconformidade com ele.
ELEMENTOS
1 – IMPUTABILIDADE;
2 – POTENCIAL CONSCIÊNCIA DA ILICITUDE;
3 – EXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA;
Ausente qualquer um dos elementos acima, não existe crime em virtude da ausência de seu
terceiro substrato, a culpabilidade.
1. IMPUTABILIDADE:
É a possibilidade de se atribuir responsabilidade penal a alguém.
Quem é imputável?
O CP não nos traz positivamente quem seriam os imputáveis, porém ao elencar os casos de
inimputabilidade em um rol taxativo, a contrario sensu, estabelece que todos aqueles que não se
enquadram naquelas situações serão imputáveis.
Veja o ROL TAXATIVO de situações de inimputabilidade:
Art. 26, caput (anomalia psíquica);
Art. 27 (menoridade);
Art. 28, § 1º (embriaguez acidental completa);
1.1 - CRITÉRIOS DE DEFINIÇÃO DA INIMPUTABILIDADE:
BIOLÓGICO: Leva em conta apenas o desenvolvimento mental (doença mental, desenvolvimento
incompleto ou retardado) do agente.
OBS: Não importa a capacidade de entendimento e autodeterminação do agente no momento da
conduta.
PSICOLÓGICO: Leva em conta a capacidade de entendimento e autodeterminação do agente no
momento da conduta.
OBS: Não importa o seu desenvolvimento mental.
BIOPSICOLÓGICO: Leva em conta não somente o desenvolvimento mental do agente, mas também a
capacidade de entendimento e autodeterminação no momento da conduta (BIOPSICOLÓGICO =
BIOLÓGICO + PSICOLÓGICO).
1.2 - CAUSAS DE EXCLUSÃO DA IMPUTABILIDADE (INIMPUTABILIDADE):
A - ANOMALIA PSÍQUICA:
De acordo com o art. 26 do CP:
Art. 26 – É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental
incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de
entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
DOENÇA MENTAL
OU
DESENVOLVIMENTO MENTAL 
INCOMPLETO OU 
RETARDADO
AUSÊNCIA COMPLETA DA 
CAPACIDADE DE:
ENTENDIMENTO 
OU
AUTODETERMINAÇÃO
UTILIZA O CRITÉRIO BIOPSICOLÓGICO.
Não basta a doença mental, é necessária também a ausência de entendimento e de
autodeterminação.
De acordo com o art. 26 do CP:
Art. 26 – É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental
incompleto ou retardado (critério biológico), era, ao tempo da ação ou da omissão,
inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo
com esse entendimento (critério psicológico).
CONSEQUÊNCIA:
No caso do inimputável por anomalia psíquica, o processo transcorrerá normalmente,
sendo respeitado todo o devido processo legal. Ao final do processo o magistrado deverá
ABSOLVER O INIMPUTÁVEL e determinar-lhe o cumprimento de MEDIDA DE SEGURANÇA
(ABSOLVIÇÃO IMPRÓPRIA).
B – MENORIDADE:
De acordo com o art. 27 do CP:
Art. 27 - Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente inimputáveis, ficando sujeitos às
normas estabelecidas na legislação especial.
UTILIZA O CRITÉRIO BIOLÓGICO.
BASTA A AUSÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO MENTAL COMPLETO (O MENOR TEM
DESENVOLVIMENTO MENTAL INCOMPLETO PRESUMIDO DE FORMA ABSOLUTA PELA LEI).
ATENÇÃO: Ainda que se tenha a certeza de que o agente com menos de 18 anos entenda
perfeitamente o caráter ilícito do fato que pratica e tenha capacidade de se
autodeterminar de acordo com ele, não se pode considerá-lo imputável em virtude do
critério biológico adotado e da presunção legal absoluta de seu desenvolvimento mental
incompleto.

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