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Psicopatologia na Visão da Psicologia

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Resumo
Este trabalho tem por finalidade apresentar a psicopatologia na visão da psicologia.
Desse modo, tem o objetivo específico de se limitar ao estudo dos fenômenos anormais da vida mental, na abordagem psicológica, não se deixando confundir com o contexto médico abordado pela psiquiatria.
Abstract
This paper aims at presenting psychopathology in view of psychology.
Thus, it has the specific purpose of limiting the study of abnormal phenomena of mental life, the psychological approach and not allow themselves to be confusedwith the medical context addressed by psychiatry
Introdução
O texto aborda o tema psicopatologia e o intuito é ressaltar sua aplicação no campo da psicologia, embora, seja necessário esclarecer as diferenças com relação a ciência abordada pela psiquiatria.
A metodologia aplicada foi de pesquisa em literatura voltada ao tema, bem como em artigos publicados em revista científica.
Foram abordados os temas relacionados à loucura, focando em seu aspecto histórico; as origens e bases filosóficas do método fenomenológico; a psicopatologia da funções psíquicas; o adoecer patológico; a relação da psicologia com a psicopatologia.
O trabalho foi dividido em tópicos: 
Introdução: faz uma referência ao tema estudado e à metodologia de pesquisa utilizada;
Fundamentação Teórica: começamos com um breve histórico da psicopatologia; mostramos a visão psiquiátrica e psicológica do assunto e enfocamos o campo da psicologia;
Análise: após leitura da bibliografia, incluímos nosso entendimento;
Conclusão: fechamos com o contexto psicológico;
Referências Bibliográficas.
Fundamentação Teórica
O termo Psicopatologia surgiu em 1878 e é composto por três palavras gregas: psychê (alma, psiquismo), pathos (passividade, sofrimento), logos (discurso, conhecimento). 
A Psicopatologia, segundo Karl Jaspers (1985), é o estudo dos fenômenos psíquicos conscientes e patológicos que ocorrem no homem de modo universal. Aparece como ciência a partir do final do século XIX, ganhando desenvolvimento em várias correntes diferentes no século seguinte, quando toma corpo como disciplina com método próprio de trabalho (Beauschesne, 1989). Era designada como “psicologia patológica”, mantendo relações ambíguas com a Psicologia e a Psiquiatria (Sonnenreich e Bassit, 1979).
A psicanálise considera que a diferença entre os fenômenos normais e os patológicos é tanto de natureza quantitativa, como qualitativa. Para Freud (1910), o quadro de normalidade ou doença é devido a forças opostas em luta sem excluir, no entanto, a variação das quantidades de energia de cada força em atuação.
Foucault (1954), por sua vez, também postulou que, ao mesmo tempo em que a doença mental é contrária ao comportamento normal, ela descobre e acentua formas de comportamento normalmente integradas pelo indivíduo. O próprio Canguilhem (1943) afirmou – contrariando o seu pensamento – que, a depender da consideração do mecanismo da doença ou do seu resultado, poder-se-ia estar diante de uma variação quantitativa ou do aparecimento de uma nova qualidade, respectivamente. Ele também defendeu que a continuidade dos estágios intermediários entre o normal e o patológico não anula a diversidade dos extremos, de modo que eles podem ser contínuos, mas não homogêneos.
A psicologia, tem a função de cuidar da alma, enquanto a psiquiatria, de tratá-la em seu modo mais específico. Então, diferencia-se da psiquiatria por ser uma ciência normativa que estuda e classifica fenômenos e não como um ramo da clínica médica aplicada, sem objetivar necessariamente tratamento e assistência aos doentes mentais.
“As relações entre psicopatologia e o psiquismo alterado ou o doente podem ser encaradas como as relações entre qualquer ciência e o seu objeto” (Sonnenreich e Bassit, 1979). Normalmente, examina-se de forma isolada cada função psíquica do paciente para depois formular o todo psíquico. A Psicopatologia é, pois, uma abstração analítica da realidade e da totalidade do psiquismo humano.
Através da caracterização psicopatológica das funções psíquicas, distingui-se os quadros clínicos das diversas síndromes mentais, valendo desses parâmetros para a adoção da conduta terapêutica mais adequada. Ressalta-se que não se pretende, contudo, reduzir o indivíduo humano a mera somatória de funções psíquicas. É também essencial para a prática clínica a avaliação do doente mental como um todo biológico, psicológico e social.
A Psicopatologia fenomenológica é essencialmente descritiva. Jaspers descreve e classifica como rendimentos as funções que podem ser medidas, têm exatidão, são quantificáveis. Elas compreendem a orientação, a memória, a psicomotricidade, a linguagem, o pensamento e o juízo, sendo a inteligência o todo dos rendimentos. As demais funções psíquicas – atenção, sensopercepção, crítica, afetividade, impulsividade, conação e prospecção – são chamadas de vivências internas subjetivas, sendo a consciência o seu todo momentâneo.
De difícil definição, para o termo consciência, aceitamos a caracterização de Rosenfeld (1929), adotada por Jaspers: “uma atividade integradora dos fenômenos psíquicos, é o todo momentâneo que possibilita que se tome conhecimento da realidade naquele dado instante” (Jaspers, 1985). Porém, tal definição oferece apenas a visão do corte transversal da consciência, excluindo o contínuo fluir da corrente da vida psíquica. Segundo Alonso-Fernández (1979), o conceito poderia ser transformado em: “consciência é a totalidade da experiência momentânea inserida na corrente contínua da vida psíquica”.
As alterações patológicas da consciência podem ser classificadas como quantitativas e qualitativas: as primeiras são aquelas decorrente da variação do nível de consciência, ou seja, a claridade com que os fenômenos psíquicos são vivenciados. Nos estados de alteração quantitativa da consciência, o indivíduo apresenta fala, pensamento e emoções que dificilmente podemos entender, não empatizarmos com suas atuações, ele confunde percepções e representações, não consegue fixar sua atenção e está geralmente desorientado no tempo e no espaço. As alterações qualitativas decorrem da variação na amplitude do campo da consciência.
A psicopatologia passou por diversos caminhos até adquirir a forma classificatória e nominalista predominante nos discursos médicos e psicológicos de hoje. Passou por olhares transcendentais, românticos, interessados, indiferentes e atualmente se encontra sob o olhar racionalista. Entretanto, se a psicologia se atém somente a esse olhar, de forma unilateral, conforme Hilman alerta, ela acaba por se afastar da sua tarefa principal: cuidar do discurso da alma, porque a alma não se expressa de forma objetiva e literal, mas metaforicamente.
Para Hilman, a psicologia não precisa abandonar os termos que criou ou que emprestou da medicina, e nem se desfazer dos conhecimentos proporcionados pelo modelo médico e nominalista. O que ela precisa fazer é sempre manter a conexão entre esses conhecimentos exteriores e o mundo interior de cada pessoa, sem tentar explicar ou definir as aflições, mas simplesmente ouvindo o que elas tem a dizer. A partir daí, a psicologia torna-se capaz de adentrar nas profundidades da alma e de ampliar o espaço psicológico.
Análise
Percebemos que às vezes, a psicopatologia, tem perdido espaço para a utilização de manuais de diagnóstico, como se eles pudessem substituir uma psicopatologia de observação. Ao mesmo tempo, vimos novas propostas de agrupamento de sintomas, de transtornos que, de alguma forma, parecem que vem cedendo espaço à necessidade diagnóstica quem vem pela resposta terapêutica.
O método da medicina é observar o sintoma, o órgão doente e dizer qual é a doença. A psiquiatria quis fazer isso. O ramo da psicologia que promove o estudo dos processos psíquicos, que ocorrem em uma patologia ou enfermidade, é um conceito interessante e restrito no interior da psicologia. 
Levando emconta que a psicopatologia tem raízes na tradição médico-científica e na tradição humanista (filosofia, literatura, artes e psicanálise) a partir da qual se pode reconhecer no patológico uma possibilidade enorme de conhecimento com dimensões humanas que seriam inacessíveis sem o fenômeno designado como “doença mental”, então, a identificamos como uma ciência autônoma que não se confunde com a psiquiatria, neurologia, psicologia ou psicanálise. 
Desse modo, entendemos que a psicopatologia exige uma atitude aberta despreconceituosa e multidisciplinar, mas vale a recusar alternativas excluisivistas sejam elas psicanalíticas, fenomenológicas, biológicas, cognitivo-comportamentais ou sócio-culturais e o conhecer o que há de útil e esclarecedor em cada uma delas.
Conclusão
 Para o clínico a ciência é apenas um dos meios de auxílio. Enquanto que para o psicopatologista, a ciência é um fim em si mesmo. Os limites consistem em jamais poder reduzir inteiramente o indivíduo humano a conceitos psicopatológicos. Quanto mais e melhor conhece o indivíduo tanto mais se apercebe do oculto ao qual não pode chegar.
 A psicopatologia para a psicologia, faz com que a compreensão psicopatológica nos aproxime do ser humano. Tentamos entender o que escapa ao normal, mas também o que está intacto por forma a termos meios para elaborar uma estratégia terapêutica.
 Dessa forma, a psicopatologia contemporânea tenta integrar os conhecimentos provindos das diversas ciências, visando uma perspectiva cada vez mais biopsicosocial, isto é, de um ponto de vista biológico, psicológico e social.
 Dentro desse campo a maior controvérsia é a distinção e a definição do que é normal e o que é patológico. Existirão sempre dúvidas, até porque o que é normal e o que é patológico varia nos tempos, na cultura e na maneira de encarar a vida.
.
Referências Bibliográficas
Jaspers, K. (1987). Psicopatologia Geral. (2 Vols). Rio de Janeiro: Atheneu.
Foucault, M. (1991). História da Loucura. São Paulo: Perspectiva.
Neto, M. (1995). Psiquiatria Básica. Porto Alegre: Artes Médicas.
Garcia, R./Pondé, M./Lima, M. (2004). Atualização em Psicoses. São Paulo. Phoenix

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