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Gabarito da AD2 - Legislação Comercial

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AD 2 2018.1 com GABA 
 
 
Olímpio teve seu nome negativado pela emissão de cheque sem 
suficiente provisão de fundos, apresentado 
pelo portador ao sacado por duas vezes e em ambas devolvido. 
O nome do devedor foi inscrito no Cadastro de Emitentes de 
Cheques sem Fundos (CCF), sem que tenha havido notificação 
prévia do devedor, acerca de sua inscrição no aludido cadastro, 
por parte do Banco do Brasil S/A, gestor do CCF. 
Sentindo-se prejudicado pelos danos morais e materiais advindos 
da inscrição no CCF, Olímpio consulta seu advogado para que ele 
esclareça as questões a seguir. 
A) Houve conduta ilícita por parte do Banco do Brasil S/A? 
B) A devolução do cheque por duas vezes impede o credor de 
realizar a sua cobrança judicial? 
Gabarito comentado 
A questão tem por objetivo verificar se o examinando conhece (i) a 
jurisprudência sumulada do STJ sobre a ausência do dever do 
Banco do Brasil S/A de notificar o devedor cujo nome foi inscrito 
no Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos (CCF) e (ii) 
que o emitente do cheque garante seu pagamento, 
independentemente de ter sido devolvido por duas vezes pelo 
sacado. Item 3.5.12 do Edital: As questões da prova prático-
profissional poderão ser formuladas de modo que, 
necessariamente, a resposta reflita a jurisprudência pacificada dos 
Tribunais Superiores. 
Segundo a Súmula 572 do STJ, o Banco do Brasil, na condição de 
gestor do Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos (CCF), 
não tem a responsabilidade de notificar previamente o devedor 
acerca da sua inscrição no aludido cadastro. 
A) Não houve conduta ilícita por parte do Banco do Brasil S/A, 
porque a instituição não tem a responsabilidade de notificar 
previamente o devedor acerca da sua inscrição no Cadastro de 
Emitentes de Cheques sem Fundos, de acordo com o 
entendimento pacificado no STJ, contido na Súmula 572. 
B) Não. A devolução do cheque por duas vezes não impede sua 
cobrança judicial, pois é possível ao credor promover a execução 
(ou ajuizar ação de execução) em face do emitente, já que esse é 
responsável pelo pagamento perante o portador, de acordo com o 
Art. 15 da Lei nº 7.357/85 OU Art. 47, I, da Lei nº 7.357/85. Em 
relação ao artigo 47, o fundamento legal encontra-se 
exclusivamente no inciso I (execução em face do emitente), pois o 
enunciado não mencionada coobrigados no cheque. 	
  
Em 15 de janeiro de 2015, a Financeira X celebrou instrumento 
particular de contrato de mútuo com Rafael para financiar a 
aquisição, por este último, de veículo automotor vendido pela 
Concessionária B. De acordo com o contrato de mútuo, Rafael 
deveria pagar 30 (trinta)prestações mensais à Financeira X, no 
valor de R$ 2.000,00 cada, com vencimento no quinto dia útil do 
mês. 
Por meio do correspondente instrumento particular, devidamente 
anotado no certificado de registro do veículo, a propriedade deste 
último é alienada fiduciariamente à Financeira X, em garantia do 
pagamento do mútuo. 
Raphael, contudo, inadimpliu a 4ª prestação, tendo sido 
devidamente constituído em mora pela Financeira X. 
Com base na situação apresentada, responda aos itens a seguir. 
A) O inadimplemento da 4ª prestação autoriza o vencimento 
antecipado das prestações posteriores (da 5ª à 30ª prestação)? 
B) Para consolidar o domínio do veículo em seu nomee autorizar a 
alienação extrajudicial para a satisfação da dívida, qual o tipo de 
ação judicial que a financeira X deve mover. 
GABARITO COMENTADO 
A) Sim. Considera-se vencida a dívida quando as prestações não 
forem pontualmente pagas, de acordo como Art. 2º, § 3º, do 
Decreto-Lei nº 911/69, em sua redação vigente, estabelece: “A 
mora e o inadimplemento de obrigações contratuais garantidas 
por alienação fiduciária, ou a ocorrência legal ou convencional de 
algum dos casos de antecipação de vencimento da dívida 
facultarão ao credor considerar, de pleno direito, vencidas tôdas 
as obrigações contratuais, independentemente de aviso ou 
notificação judicial ou extrajudicial”. 
B) Nos termos dos artigos 2º e 3º do Decreto-Lei nº911/69, a ação 
cabível para o fim de consolidar o domínio do veículo em nome do 
credor e autorizar a alienação extrajudicial em pagamento da 
dívida é a ação de busca e apreensão.

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