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Trabalho pronto de ética finalizado

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UNIVERSIDE DE PAULISTA 
CAMPUS MARQUÊS
CURSO DE PSICOLOGIA
ANA PAULA R. PIRES
GABRIEL B. CAIUBY
ISAC CESAR F. BATISTA
LARISSA CRISTINA DE SOUZA
LETÍCIA L. MIRANDA
MICAEL C. DOS ANJOS
A PSICOLOGIA, DROGAS E DROGADIÇÃO
SÃO PAULO – SP
2017
UNIVERSIDADE PAULISTA
CURSO DE PSICOLOGIA
		ANA PAULA RAMOS PIRES, RA: D079CF-6
GABRIEL BERNADES CAIUBY, RA:N205016
ISAC CESAR FERNANDES BATISTA, RA: N1184J-8
LARISSA CRISTINA DE SOUZA, RA: N156JA-3
LETÍCIA LIMA MIRANDA, RA: N141DD-7
MICAEL CRUZ DOS ANJOS, RA: N183DB-5
A PSICOLOGIA, DROGAS E DROGADIÇÃO
Trabalho apresentado a 
Universidade Paulista (UNIP) como parte dos requisitos necessários para aprovação na disciplina Teoria e Sistemas em Psicologia, turma 02/PS1B13.
Orientador: Vagner Huffenbaecher Pepe
SÃO PAULO – SP
2017
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO...................................................................................................3
DEFINIÇÃO E CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL.......................................4
CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO PSICÓLOGO..................................5
A DROGADIÇÃO E SEUS ANTECEDENTES ÉTICOS E MORAIS HISTÓRICOS....................................................................................................6
ÉTICA E DROGADIÇÃO...................................................................................9
TRATAMENTO DE DEPENDENTES QUÍMICOS NOS CASOS DE NESSECIDADES DE INTERNAÇÃO..............................................................10
EXEMPLOS DE ROTINAS EM TRATAMENTO DE DEPENDENTES QUÍMICOS.......................................................................................................12
CONCLUSÂO..................................................................................................14
BIBLIOGRAFIA................................................................................................15
	
1. INTRODUÇÃO
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 10% das populações de centros urbanos do mundo consomem abusivamente substâncias psicoativas. Em todo o planeta, cresce cada vez mais o debate sobre como lidar com essa questão. Nesse contexto, a Psicologia aparece como uma importante personagem seja na promoção da qualidade de vida da população, na redução dos estigmas sociais com que sofrem os usuários ou no seu tratamento.
Com analise especifica na veracidade do código ética profissional e implantado nos tratamentos de dependentes químicos constatados em situação de drogadição, abordaremos a importância do psicólogo nesse meio, de modo a ser fundamental em tal recuperação dos indivíduos em estado de drogadição.
O termo drogadição designa todo e qualquer tipo de vício bioquímico de seres humanos em relação à uma droga. O termo também é utilizado para se referir as causas deste vício, como por exemplo, a inclusão e exclusão desta pessoa na sociedade, fatores econômicos, políticos, genéticos e biofarmacológicos.
Adentrado no mencionado, veremos a importância do tratamento em dependentes químicos e seu real valor em casos específicos, a ponto de soluções intermediarias introduzidas pelos profissionais da área da saúde com base na ética profissional, chega-se a casos de soluções por meios utilizados, como exemplo, a internação de pacientes dependentes químicos em estados de drogadição. 
2. DEFINIÇÃO E CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL
A palavra ética vem do grego ethos e significa caráter, modo de ser do indivíduo.
Ética e um conjunto de valores morais e princípios que norteiam o comportamento do homem na sociedade. 
A ética e construída por uma sociedade baseada nos seus valores históricos e culturais. Portanto cada sociedade e cada grupo possuem o seus próprios códigos de ética.
Código de ética profissional são padrões esperados as práticas profissionais, estabelecidos pela sociedade e pela categoria profissional em questão, visando enfatizar os valores que devem ser praticados pelos profissionais.
São códigos em que estão especificados os direitos e deveres, o que pode e o que não pode, o que e vetado eticamente no exercício de uma determinada profissão e as possíveis punições em caso de desobediência do mesmo.
Nele, e especificado o papel de determinada profissão na sociedade e a importância do respeito à dignidade humana em sua pratica.
Os códigos de ética constituem a expressão dos valores universais de uma determinada nação, incluindo os que estão na Declaração Universal dos Direitos
Humanos, os socioculturais refletindo a realidade dos pais e os valores que estruturam uma profissão. Ou seja, as sociedades mudam e as profissões se transformam.
Portanto, os próprios códigos de éticas que nos orientam, necessitam de constantes alterações, para que estejam sempre atualizados e de acordo com a realidade do momento.
3. CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO PSICÓLOGO
Em Agosto de 2005 entrou em vigor o terceiro Código de Ética Profissional do Psicólogo no Brasil.
O conselho federal de psicologia e o órgão responsável por orientar, fiscalizar e disciplinar as atividades exercidas pelo psicólogo. Assim como, zelar pela ética e contribuir para o desenvolvimento da profissão.
O Código de Ética Profissional do Psicólogo traz os princípios fundamentais dos psicólogos e suas responsabilidades profissionais.
Alguns dos pontos fundamentais da psicologia são:
Deve respeitar os valores da Declaração Universal dos Direitos Humanos (liberdade, dignidade e integridade) e zelar pela integridade da psicologia, usando-a apenas para promover o bem.
A psicologia tem que lutar contra discriminação, violência e crueldade, zelando pela saúde e qualidade de vida.
Tem a obrigação de aprimorar seus estudos, para atuar com responsabilidade e contribuir no seu desenvolvimento como ciência.
Devem atuar em condições dignas de trabalho.
E vedado a qualquer psicólogo ser conivente com práticas contrarias ao código de ética profissional.
Proibido usar seu conhecimento psicológico como instrumento de tortura para castigos ou violência.
Deve manter sigilo, para proteção da integridade e confidencialidade de seus pacientes.
Não e considerado ético avaliar ou atender pessoas com as quais tenha relações pessoais ou familiares, para que não prejudique a qualidade do seu trabalho.
Crianças e adolescentes só poderão ser atendidas mediante autorização de um responsável legal ou das autoridades competentes.
E vedada a utilização de meios de comunicação para auto promoção, assim como a sua divulgação de maneira sensacionalista.
Sua participação em veículos de comunicação de massa deve ter a função do esclarecimento da profissão.
A punição em caso de desrespeito ao código de ética profissional pode ser desde advertencies e multas até a cassação do exercício profissional.
4. A DROGADIÇÃO E SEUS ANTECEDENTES ÉTICOS E MORAIS HISTÓRICOS 
De acordo com a definição da enciclopédia livre wikipedia, e com o dicionário informal da lingual portuguesa; a palavra drogadição designa toda e qualquer modalidade de vício bioquímico por parte de um ser humano ou a alguma droga (substância química) ou à superveniente interação entre drogas (substâncias químicas), causada ou precipitada por complexo de fatores genéticos, biofarmacológicos e sociais, incluídos os econômico-políticos.
A terminologia e o uso da palavra drogadição significa adição a drogas, conforme o dicionário Aurélio século XXI. Sua etimologia tem a seguinte explicação: "Adicto, do latim addictu, é um adjetivo, que significa: Afeiçoado, dedicado, apegado; adjunto, adstrito, dependente.
Ressaltando primeiramente alguns aspectos epistemológicos, a adição começou a ser entendida como doença nos meados do século XIX e leis com intenção de controlar e de erradicar o uso de determinadas substâncias psicoativas foram impostas no século XX. Esta mudança no entendimento de drogas e adição, ocorreu em meio a uma atmosfera de pós-guerra, xenofobia, ascensão da medicina e questões político-econômicas, contribuindopara o fenômeno do medo da adição.
Em grande parte, nós podemos atribuir os incentivos dessa mudança no conceito de drogadição as indústrias privadas de proteção e belicismo que incentivando tal conceito, obtinham controle sob o monopólio da violência, podem assim justificar quais quer tipos de atos nefastos, ou tratamento psicológicos desumanos sob pretexto de um mundo melhor para todos. 
Esta mudança teve seus alicerces morais nos ideais do Temperance movement e do protestantismo. E o tratamento, consequentemente, teria também elementos punitivos. Torna-se importante ressaltar que este alicerce moral, parece traduzir muito dos discursos atuais associados às drogas, adições e drogadictos. No cenário contemporâneo, uma das consequências mais contundentes da intervenção da lei a partir de pressupostos médicos, é que todo usuário de drogas ilegais tem o status de criminoso, transgressor da lei. 
Ao nível discursivo, é possível apontar duas frentes deflagradas, no aspecto social, da “guerra contra as drogas” e ao nível individual o “diga não às drogas e sim à vida”.
Ao levantar o slogan a nível individual “diga não às drogas e sim à vida, análises clínicas apontam a incongruência desta equação, uma vez que o uso de drogas, não significaria necessariamente sim à morte, mas poderia estar apontando também a formas diferentes de lidar com a vida. Se utilizando agora do termo " guerra contra as drogas " (slogan a nível social), podemos notar que o fato conectarem a palavra "guerra" na frase, incentiva a oposição bélica, não levando em momento algum em consideração aqueles que por ocasião são vítimas desse sistema Político/privado detentos do monopólio da violência. 
Outra análise emerge é a respeito da arbitrariedade da escolha de certas drogas para serem erradicadas. Como exemplos podem citar o Prozac e ecstasy, que possuem a mesma constituição química embora uma seja legal e o outro não. Com essa questão queremos apontar mais uma vez a necessidade de repensar o tema da drogadição, uma vez que pode ser alimento para a transgressão da lei, do tornar-se um fora da lei, das formações de grupo, da sub-cultura e outros. 
Uma das formas de drogadição é a dependência psicológica, onde o indivíduo tem necessidade de utilização do entorpecente para sensações de bem estar, e aliviar tensões. É caracterizada pela busca constante dos efeitos do primeiro uso, e manifesta-se através de efeitos de euforia, redução dos sintomas da ansiedade, mudança agradável de humor e alteração na percepção.
Outra forma é a dependência física, quando o corpo se adapta a determinada substância. Então se a utilização for interrompida a pessoa entra em estado de craving.
Quando a droga é utilizada com frequência e em bastante quantidade o organismo começa a adaptar-se a droga. O corpo cria mecanismos de defesa contra o entorpecente, o nome desse processo é Homeostase. Quando a ingestão da droga é interrompida o indivíduo entra em crise de abstinência.
Além da psicológica e física, há também a Toxicomania, que tem por definição a utilização em excesso e por repetidas vezes de determinada droga sem justificação terapêutica. Os fatores que caracterizam a toxicomania são:compulsão de consumir o produto, tendência de aumentar as doses, dependência psicológica e/ou física, surgimento de consequências sobre aspectos emotivos, sociais, e econômicos relacionados ao indivíduo.
Para que haja a drogadição deve existir 3 fatores: o produto (a droga), um momento sócio cultural propício (aonde tudo pode, e não atende às crises de valores), e alguém que tenha predisposição para as drogas (como exemplo, um adolescente). A drogadição é diferente da dependência química, na dependência a pessoa nasce com uma deficiência na quantidade de dopamina no cérebro, ou seja, ela precisa de uma maior quantidade de prazer, do que uma pessoa que não seja dependente, para satisfazer-se. A drogadição se inicia como um momento de escape, tanto da sociedade, quanto do cotidiano… do dia a dia, uma forma de fantasiar um momento. É a situação em que você "quer passar" com o cérebro não tão à seco, com entorpecentes no caso, para se sedar. O próprio Freud exemplifica que é impossível estar em sociedade sem nenhum mecanismo de fuga. Queremos assim, modificar a nossa realidade a todo momento, para que nossa vida seja com menos sofrimento, menos rotina, podendo então nos entregar a casos de embriaguez, e de fantasia, sem nem perceber. Em algumas pessoas, após a experimentação de quaisquer vício, se torna intolerável viver em sociedade sem o uso daquela substância para justificar seu bem estar, e é nesse momento que a drogadição se instala. Esse uso contínuo de drogas se dá pela paixão a mesma, como uma pessoa tem paixão por jogos de futebol. A pessoa normalmente tem uma onipotência imaginária, acha que nada lhe acontecerá, que ela sabe a medida certa de se estimular a droga, se entrelaçando em namoro com a morte. Daí a pessoa se expõe a competir com a droga, ver se ela ganha da pessoa, ou a pessoa ganha dela, pois essa pessoa se considera invulnerável.
Por fim, é interessante apontar um argumento discursiva da drogadição elaborado por estudantes de doutorado do Departamento de Psicologia da Manchester Metropolitan University e apresentado no Congresso Latino-Americano de Psicanalise em Buenos Aires em 2002, que seria aquele em que pessoas não adictas teriam mais controle sob o seu comportamento do que pessoas adictas, que seriam portanto mais livres. Podemos citar aqui as idéias de Vásquez em: responsabilidade moral, determinismo e liberdade, onde o autor expressa e idéia de que para um cidadão ser responsabilizado por seus atos ele não pode estar sendo coagido de forma externa ou interna e precisa ter plena consciência do que faz. 
Utilizando-se das idéias de Vásquez finalizamos a conceituação e o ponto de vista ético-moral do tema drogadição com o seguinte questionamento: Não seria o usuário de drogas vítima e não o problema da drogadição? 
5. ÉTICA E DROGADIÇÃO
O tratamento psicológico do adicto consiste na utilização de técnicas previamente aprovadas pelo CRP para a reabilitação e a reinserção do doente na sociedade de forma que o mesmo tenha a sua liberdade devolvida. O tratamento do adicto, seja por quais quer meios previsto no CRP empregados deve obedecer ao código de ética do psicólogo, zelando pelos direitos humanos do cidadão e pelos termos previstos conselho de ética do psicólogo no que diz respeito à drogadição e ao tratamento do dependente químico de qualquer espécie.
Podemos destacar a lei nº 10.216, onde prevê em seu artigo 2º os seguintes destaques para o tratamento do dependente:
II - ser tratada com humanidade e respeito e no interesse exclusivo de beneficiar sua saúde, visando alcançar sua recuperação pela inserção na família, no trabalho e na comunidade;
III - ser protegida contra qualquer forma de abuso e exploração;
IV - ter garantia de sigilo nas informações prestadas;
VI - ter livre acesso aos meios de comunicação disponíveis;
VIII - ser tratada em ambiente terapêutico pelos meios menos invasivos possíveis;
IX - ser tratada, preferencialmente, em serviços comunitários de saúde 
Nestes casos onde a internação é necessária, o CRP Entende que as atividades de atenção ao "interno" de instituições de privação de liberdade - entram aqui as modalidades de comunidades terapêuticas, clínicas de saúde mental, manicômios judiciários, hospitais psiquiátricos - devem visar à melhoria da qualidade de vida, com definição de projeto terapêutico individualizado e ações direcionadas para integração ou reintegração desses "internos" em redes sociais, observando os direitos fundamentais da pessoa humana, os princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde e a Política Nacional de Assistência Social. 
6. TRATAMENTO DE DEPENDENTES QUÍMICOS NOS CASOS DE NESSECIDADES DE INTERNAÇÃO
Em janeiro de 2012, no contexto do Plano de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas, uma série de portarias foram editadas e criaram-se novos equipamentosna rede de atenção psicossocial. Um exemplo disso são as Unidades de Acolhimento (UAs), que têm como objetivo “oferecer acolhimento voluntário e cuidados contínuos para pessoas com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, em situação de vulnerabilidade social e familiar e que demandem acompanhamento terapêutico e protetivo”. A rede psicossocial para álcool e outras drogas é fortalecida com a inclusão do CAPS AD III e a ampliação de recursos para sua implementação. Esse equipamento passa a ser um componente da Atenção Especializada da Rede de Atenção Psicossocial destinado a proporcionar a atenção integral e contínua a pessoas com necessidades relacionadas ao consumo de álcool, crack e outras drogas, com funcionamento nas 24 (vinte e quatro) horas do dia e em todos os dias da semana, inclusive finais de semana e feriados (BRASIL, 2012, art.2º).
Marlatt e Gordon (1993) afirmam que as intervenções terapêuticas eficazes devem diferenciar entre a abordagem inicial da mudança comportamental e sua manutenção ao longo do tempo, acomodando ambos os componentes, para que isto resulte em uma mudança pessoal duradoura. Ter consciência dessa simples diferença no tratamento é de fundamental importância, pois na grande maioria dos casos o não reconhecimento dessa divisão gera atraso na terapia, perda de tempo e erro de foco terapêutico. Segundo Ramos e Bertolote (1997) "para a maioria das pessoas é relativamente fácil mudar temporariamente qualquer comportamento indesejado. A manutenção dessa mudança, no entanto, é tarefa bem mais complexa e difícil" (p.173). Esta idéia está embasada no entendimento que os comportamentos adictivos são vistos como hábitos hiperaprendidos que podem ser analisados e modificados do mesmo modo que outros hábitos (Marlatt e Gordon, 1993). Por isso, o treinamento de habilidades deve ser uma prática constante dentro da terapia, respeitando a necessidade e capacidade de cada indivíduo.
Algumas clínicas se utilizam do acompanhamento psicológico em seus pacientes para terem os resultados mais favoráveis no tratamento da dependência química. Assim é possível realizar um tratamento de forma bastante intensa com alto índice de eficiência. Estes acompanhamentos podem ser realizados através de grupos de auto-ajuda ou mesmo aplicados de forma individual para cada paciente. Todo o cronograma do tratamento é desenvolvido pelo profissional objetivando o sucesso do paciente.
Desta forma cada paciente pode receber um tratamento diferente que se adéque de forma mais eficiente no seu tratamento. O acompanhamento psicológico está presente em basicamente todas as etapas do tratamento da dependência química. É realizado desde o começo e permanece mesmo após alta da internação. Durante a internação integral é aplicado de forma mais constante e com a melhora do paciente e a sua alta pode ser realizado ocasionalmente em determinados dias da semana.
7. EXEMPLOS DE ROTINAS EM TRATAMENTO DE DEPENDENTES QUÍMICOS
Desintoxicação
O trabalho do médico é de extrema valia nesta fase inicial do tratamento de dependentes químicos.
Anamnese
Estabelecer a relação profissional/paciente.
Obter os elementos essenciais da história clínica do dependente químico.
Conhecer os fatores pessoais, familiares e ambientais relacionados com o processo saúde/doença.
Obter os elementos para guiar o médico no diagnóstico.
Definir a estratégia de investigação complementar.
Direcionar a terapêutica em função do entendimento global a respeito do paciente.
Definir comorbidades associadas ao uso ou não de drogas, conduta exclusiva do médico responsável.
Acompanhamento psicoterapêutico
Após a anamnese individual, cria-se um objetivo explícito, conduzido pelos psicólogos, cujo conteúdo é elaborado criteriosamente, orientanda de forma correta a hipótese diagnóstica e definindo o plano terapêutico.
Nesta fase, o paciente é submetido a tantas sessões terapêuticas quanto forem necessárias, sendo a todos obrigatoriamente uma sessão individual e uma em grupo por semana.
Terapias aplicadas no projeto
Psicoterapia individual: A psicoterapia individual é indicada na abordagem psicodinâmica dos casos mais complexos e em situações que se mostrem de alguma forma inadequadas para um trabalho em grupo.
Psicoterapia de grupo: A psicoterapia de grupo constitui recurso terapêutico privilegiado na medida em que oferece ao dependente uma diversificação de contatos interpessoais que possibilita o encontro com interlocutores que partilham das mesmas expectativas, angústias, conquistas e frustrações. O grupo funciona como matriz de novos modelos identifica tórios, proporcionando aos seus integrantes novos vínculos e diferentes vetores de relacionamento.
Caminhadas Ecológicas - Aulas de Educação Física
O exercício físico diário faz o cérebro liberar endorfinas, aumentando a sensação de bem estar, reduzindo a necessidade do uso de fármacos durante o tratamento de desintoxicação.
Reuniões Racionais Emotivas
Reunir informações para que o paciente pondo em prática seus ensinamentos reúna condições de melhor qualidade de vida.
Laborterapia
Tem por objetivo proporcionar ao interno o senso de responsabilidade, recebendo tarefas compatíveis ao seu estado geral, devem cuidar de seus objetos pessoais, asseio e arrumação do seu ambiente de convivência, e em muitos casos reeducando a pessoa aos conceitos mínimos de higiene pessoal e ambiental, que muitas vezes são perdidos no pleno uso de substancias psicoativos. 
8. CONCLUSÃO
Com base na pesquisa abordada podemos concluir em meios as evidencias, a sociedade fica vulnerável as questões da drogadição, uma vez que o ser humano está em constante interação com o meio. As dificuldades do cotidiano favorecem certa fragilidade e tornando-os alvos fáceis do fator drogadição, muitas vezes observamos isso como uma forma de escape ou fuga da realidade dos indivíduos.
Em questão de atuações dos psicólogos podemos dizer que se torna um fator primordial no quesito em que está inserido na população, uma das peças chaves quando envolve recuperação de indivíduos, como vimos nos acolhimentos de pacientes e as necessidades dos dependentes químicos na recuperação. Temos que ressaltar a importância de ter uma base segura, quais os profissionais de psicologia apóiam seus valores, o código de ética do psicólogo é um norteador para sua atuação, em pratica, resume-se a ética profissional um desempenho da função de maneira adequada com base na moral, respeitando os valores individuais e em conjunto dos indivíduos, no exercício da função perante a sociedade.
Por fim, devemos destacar os centros de acolhimentos e tratamentos de dependentes químicos, em que se envolvem todas as corporações profissionais da área da saúde, como fator fundamental na recuperação e desenvolvimento da saúde e bem estar, física, mental e social dos indivíduos em situações de drogadição.
9. BIBLIOGRAFIA
Mountian Ilana. QUESTÕES ÉTICAS E MORAIS DO CONCEITO DE DROGADIÇÃO. Buenos Aires, Argentina, 2002. http://www.psicologia.pt/artigos/textos/A0218.pdf
Código de ética profissional do psicólogo. Agosto, 2005. https://drive.google.com/drive/folders/0B8YBY-8yCzHTRFBXQU55MmZOUDA
SESC SC blog saúde. https://www.sesc-sc.com.br/blog/saude/artigo--o-papel-da-psicologia-nos-casos-de-dependencia-de-drogas
Abordagem da dependência de substâncias psicoativas na adolescência: reflexão ética para a enfermagem. Revista cientifica scielo, Jul/set. de 2013. http://www.scielo.br/pdf/ean/v17n3/1414-8145-ean-17-03-0562.pdf
Conselho Regional de Psicologia SP. Questões Éticas. http://www.crpsp.org.br/portal/comunicacao/jornal_crp/169/frames/fr_questoes_eticas.aspx

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