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CCNA Modulo 2 Conceitos Basicos de Roteadores e Roteamento

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Cisco CCNA 3.1 1
Capítulo 01:WANs e Roteadores 
 
 
 
 
Cisco CCNA 3.1 2
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cisco CCNA 3.1 3
Visão geral Capítulo 01 
 
Uma rede de longa distância (WAN) é uma rede de comunicações de dados que abrange 
uma grande área geográfica. As WANs têm várias características importantes que as 
diferem das redes locais. A primeira lição deste módulo oferecerá uma visão geral das 
tecnologias e protocolos utilizados em WANs. Explicará também as diferenças e 
semelhanças entre WANs e redes locais. 
É importante ter uma compreensão dos componentes da camada física de um roteador. 
Essa compreensão cria uma base para outros conhecimentos e habilidades necessários 
para configurar roteadores e gerenciar redes roteadas. Este módulo oferece um exame 
mais detalhado dos componentes físicos internos e externos de um roteador. Ele também 
descreve técnicas para conectar fisicamente as diversas interfaces dos roteadores. 
Ao concluírem este módulo, os alunos deverão ser capazes de: 
• Identificar as organizações responsáveis pelos padrões utilizados em WANs; 
• Explicar a diferença entre uma WAN e uma rede local e o tipo de endereço que 
cada uma delas utiliza; 
• Descrever a função de um roteador em uma WAN; 
• Identificar os componentes internos do roteador e descrever suas funções; 
• Descrever as características físicas do roteador; 
• Identificar portas comuns de um roteador; 
• Conectar adequadamente portas Ethernet, WAN serial e de console. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cisco CCNA 3.1 4
1.1 WANs 
1.1.1 Introdução às WANs 
Uma rede de longa distância (WAN) é uma rede de comunicações de dados que abrange 
uma grande área geográfica, como um estado, região ou país. As WANs geralmente 
utilizam meios de transmissão fornecidos por prestadoras de serviços de 
telecomunicações, como por exemplo, as companhias telefônicas. 
Exemplo de Rede de Dados 
 
Estas são as principais características das WANs: 
• Conectam dispositivos que estão separados por grandes áreas geográficas. 
• Usam os serviços de prestadoras, como Regional Bell Operating Companies 
(RBOCs), Sprint, MCI, VPM Internet Services, Inc. Alguns exemplos no Brasil são: 
Embratel, Telemar, Intelig, Telefônica, Brasil Telecom, entre outras. 
• Usam conexões seriais de vários tipos para acessar a largura de banda através de 
grandes áreas geográficas. 
Uma WAN difere de uma rede local de diversas maneiras. Por exemplo, diferentemente 
de uma rede local, que conecta estações de trabalho, periféricos, terminais e outros 
dispositivos em um único prédio ou outra área geográfica pequena, uma WAN estabelece 
conexões de dados através de uma ampla área geográfica. As empresas usam WANs 
para conectar diversas localidades, de maneira que seja possível trocar informações entre 
escritórios distantes. 
Uma WAN opera na camada física e na camada de enlace do modelo de referência OSI. 
Ela interconecta redes locais que, geralmente, estão separadas por grandes áreas 
geográficas. As WANs propiciam o intercâmbio de pacotes de dados e quadros entre 
roteadores e switches e as redes locais suportadas por eles. 
 
 
Cisco CCNA 3.1 5
Os seguintes dispositivos são usados nas WANs: 
• Roteadores, que oferecem diversos serviços, tais como portas para interconexão 
de redes e portas de interface WAN. 
• Modems, que incluem serviços de interface de voz, unidades de serviço de 
canal/digital (CSU/DSUs) que fazem interface com serviços T1/E1, e adaptadores 
de terminal / terminação de rede tipo 1 (TA/NT1s), que fazem interface com 
serviços ISDN (Integrated Services Digital Network – Rede Digital de Serviços 
Integrados). 
• Servidores de comunicação, que concentram as comunicações através de linha de 
escada (dial-in e dial-out). 
Dispositivos de WAN 
 
Dispositivos de WAN 
 
 
Cisco CCNA 3.1 6
Os protocolos de enlace da WAN descrevem como os quadros são transportados entre os 
sistemas de um único enlace de dados. 
Encapsulamento do Enlace de Dados 
 
Eles incluem protocolos criados para operar sobre serviços comutados dedicados ponto a 
ponto, multiponto e mutiacesso, tais como Frame Relay. Os padrões da WAN são 
definidos e gerenciados por diversas autoridades reconhecidas, como as seguintes 
agências: 
• International Telecommunication Union-Telecommunication Standardization Sector 
– União Internacional de Telecomunicações-Setor de Padronização das 
Telecomunicações (ITU-T), antigo Consultative Committee for International 
Telegraph and Telephone – Comitê Consultivo para Telégrafo e Telefone 
Internacional (CCITT). 
• International Organization for Standardization – Organização Internacional de 
Padronização (ISO). 
• Internet Engineering Task Force – Força-Tarefa de Engenharia da Internet (IETF). 
• Electronic Industries Association – Associação das Indústrias Eletrônicas (EIA). 
Dispositivos de WAN 
 
 
Cisco CCNA 3.1 7
 
1.1.2 Introdução aos roteadores de uma WAN 
Um roteador é um tipo especial de computador. Ele tem os mesmos componentes básicos 
de um PC desktop padrão. Tem uma CPU, memória, um barramento do sistema e 
diversas interfaces de entrada/saída. Entretanto, os roteadores são projetados para 
realizar algumas funções muito específicas, que geralmente não são realizadas pelos 
computadores desktop. Por exemplo, os roteadores conectam e permitem a comunicação 
entre duas redes e determinam o melhor caminho para que os dados viajem através 
dessas redes conectadas. 
Assim como os computadores precisam de sistemas operacionais para executar 
aplicativos de software, os roteadores precisam do IOS (Internetwork Operating System – 
Sistema Operacional de Interconexão de Redes) para executar as funções definidas nos 
arquivos de configuração. Esses arquivos de configuração contêm as instruções e os 
parâmetros que controlam o fluxo de tráfego que entra e sai dos roteadores. 
Especificamente, usando protocolos de roteamento, os roteadores tomam decisões com 
relação ao melhor caminho para os pacotes. O arquivo de configuração especifica todas 
as informações para uma configuração e uma utilização corretas dos protocolos roteados 
e de roteamento, selecionados ou ativados, no roteador. 
Este curso mostrará como definir os arquivos de configuração a partir dos comandos do 
IOS, a fim de fazer com que o roteador realize diversas funções essenciais de rede. O 
arquivo de configuração do roteador pode parecer complexo à primeira vista, mas 
parecerá muito menos complicado até o final do curso. 
Os principais componentes internos do roteador são a memória de acesso aleatório 
(RAM), a memória de acesso aleatório não-volátil (NVRAM), a memória flash, a memória 
somente de leitura (ROM) e as interfaces. 
Componentes Internos 
 
 
Cisco CCNA 3.1 8
A RAM, também chamada de RAM dinâmica (DRAM), tem as seguintes 
características e funções: 
• Armazena tabelas de roteamento; 
• Mantém a cache do ARP; 
• Mantém a cache de fast-switching (comutação rápida); 
• Armazena pacotes em buffers (RAM compartilhada); 
• Mantém filas para armazenamento temporário de pacotes (queues); 
• Fornece memória temporária para o arquivo de configuração do roteador enquanto 
ele estiver ligado; 
• Perde seu conteúdo quando o roteador é desligado ou reiniciado. 
A NVRAM tem as seguintes características e funções: 
• Armazena o arquivo de configuração que será utilizado na inicialização (startup 
configuration); 
• Retém seu conteúdo quando o roteador é desligado ou reiniciado. 
A memória flash tem as seguintes características e funções: 
• Mantém a imagem do sistema operacional (IOS); 
• Permite que o software seja atualizado sem remover nem substituir chips do 
processador;• Retém seu conteúdo quando o roteador é desligado ou reiniciado; 
• Pode armazenar várias versões do software do IOS; 
• É um tipo de ROM programável, apagável eletronicamente (EEPROM). 
A memória somente de leitura (ROM) tem as seguintes características e funções: 
• Mantém instruções que definem o autoteste realizado na inicialização do roteador 
(Power-on self test - POST); 
• Armazena o programa de bootstrap e softwares básicos do sistema operacional; 
• Requer a substituição de chips plugáveis na placa-mãe para as atualizações de 
software. 
As interfaces têm as seguintes características e funções: 
• Conectam o roteador à rede para entrada e saída de pacotes; 
• Podem ficar na placa-mãe ou em um módulo separado. 
 
 
 
 
 
 
Cisco CCNA 3.1 9
1.1.3 Redes locais e WANs com roteadores 
Embora um roteador possa ser usado para segmentar redes locais, seu principal uso é 
como dispositivo WAN. Os roteadores têm tanto interfaces de rede local como de WAN. 
Segmentação Utilizando Roteadores 
 
Roteadores Conectados por Tecnologias de WAN 
 
 
Cisco CCNA 3.1 10
Na verdade, as tecnologias WAN geralmente são usadas para conectar roteadores, ou 
seja, os roteadores se comunicam entre si por meio de conexões WAN. 
Determinação do Caminho 
 
Os roteadores são os dispositivos que compõem o backbone das grandes intranets e da 
Internet. Eles operam na camada 3 do modelo OSI, tomando decisões com base nos 
endereços de rede. As duas principais funções de um roteador são a seleção do melhor 
caminho e a comutação de pacotes para a interface correta. Os roteadores fazem isso 
criando tabelas de roteamento e trocando informações de rede com outros roteadores. 
Um administrador pode manter tabelas de roteamento através da configuração de rotas 
estáticas, mas geralmente as tabelas de roteamento são mantidas dinamicamente por 
meio do uso de um protocolo de roteamento, que troca informações sobre a topologia 
(caminhos) da rede com outros roteadores. 
Se, por exemplo, o computador (x) precisar se comunicar com o computador (y) de um 
lado do mundo e com o computador (z) em outro local distante, é necessário um recurso 
que defina como será o roteamento do fluxo de informações, assim como caminhos 
redundantes para haja uma maior confiabilidade. 
Comunicação Em Qualquer Lugar, A Qualquer Hora 
 
 
Cisco CCNA 3.1 11
Muitas decisões de projeto de rede e das tecnologias a utilizar podem ser tomadas para 
que possa ser atingida a meta de conseguir que os computadores x, y e z se 
comuniquem. 
Uma interconexão de redes (internetwork) corretamente configurada oferece as seguintes 
funcionalidades: 
• Endereçamento fim-a-fim consistente; 
• Endereços que representam topologias de rede; 
• Seleção do melhor caminho; 
• Roteamento dinâmico ou estático; 
• Comutação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cisco CCNA 3.1 12
1.1.4 Função do roteador em uma WAN 
Considera-se que uma WAN opera na camada física e na camada de enlace. Isso não 
significa que as outras cinco camadas do modelo OSI não sejam encontradas em uma 
WAN. Significa simplesmente que as características que diferenciam uma WAN de uma 
rede local normalmente são encontradas na camada física e na camada de enlace. Em 
outras palavras, os padrões e os protocolos usados nas camadas 1 e 2 das WANs são 
diferentes dos utilizados nas mesmas camadas das redes locais. 
A camada física da WAN descreve a interface entre o equipamento terminal de dados 
(DTE) e o equipamento de terminação do circuito de dados (DCE). Geralmente, o DCE é 
o provedor do serviço e o DTE é o dispositivo conectado. Nesse modelo, os serviços 
oferecidos para o DTE são disponibilizados através de um modem ou CSU/DSU. 
Camada Física da WAN 
 
A principal função de um roteador é o roteamento. Este ocorre na camada de rede, a 
camada 3, mas se uma WAN opera nas camadas 1 e 2, então o roteador é um dispositivo 
de rede local ou de WAN? A resposta é que ele é os dois, como geralmente ocorre na 
área de redes. Um roteador pode ser exclusivamente um dispositivo de rede local, pode 
ser exclusivamente um dispositivo WAN ou pode estar na fronteira entre uma rede local e 
uma WAN e ser um dispositivo de rede local e de WAN ao mesmo tempo. 
Uma das funções de um roteador em uma WAN é rotear pacotes na camada 3, mas essa 
também é uma função de um roteador em uma rede local. Portanto, roteamento não está 
estritamente relacionado à função WAN do roteador. Quando um roteador usa os padrões 
e os protocolos das camadas física e de enlace que estão associados as WANs, ele 
opera como um dispositivo WAN. As principais funções na WAN de um roteador, portanto, 
não são de roteamento, mas de oferecer conexões entre os vários padrões físicos e de 
enlace de dados da WAN. Por exemplo, um roteador pode ter uma interface ISDN, que 
usa encapsulamento PPP, e uma interface serial na terminação de uma linha T1, que usa 
encapsulamento Frame Relay. 
 
Cisco CCNA 3.1 13
O roteador deve ser capaz de mover um fluxo de bits de um tipo de serviço, como ISDN, 
para outro, como T1, e mudar o encapsulamento do enlace de dados de PPP para Frame 
Relay. 
Muitos dos detalhes dos protocolos das camadas 1 e 2 da WAN serão abordados mais 
adiante no curso, mas alguns dos principais protocolos e padrões WAN estão listados 
aqui para referência. 
Protocolos e padrões da camada física da WAN: 
• EIA/TIA-232 
• EIA/TIA-449 
• V.24 
• V.35 
• X.21 
• G.703 
• EIA-530 
• ISDN 
• T1, T3, E1 e E3 
• xDSL 
• SONET (OC-3, OC-12, OC-48, OC-192) 
Protocolos e padrões da camada de enlace da WAN: 
• High-level data link control (HDLC) 
• Frame Relay 
• Point-to-Point Protocol (PPP) 
• Synchronous Data Link Control (SDLC) 
• Serial Line Internet Protocol (SLIP) 
• X.25 
• ATM 
• LAPB 
• LAPD 
• LAPF 
Protocolo da Camada de Enlace de Dados da WAN 
 
 
Cisco CCNA 3.1 14
1.1.5 Abordagem da Academia para Laboratórios Práticos 
No laboratório da Academia, todas as redes estarão conectadas com cabos seriais ou 
Ethernet e os alunos poderão ver e tocar todos os equipamentos. 
Conexões WAN 
 
Diferentemente da configuração do laboratório da Academia, os cabos seriais no mundo 
real não estão conectados back-to-back. Em uma situação do mundo real, um roteador 
pode estar em Nova York, nos Estados Unidos, enquanto outro está em Sydney, na 
Austrália. Um administrador em Sydney teria que se conectar ao roteador de Nova York 
através da nuvem da WAN para solucionar problemas no roteador de Nova Iorque. 
No laboratório da Academia, os dispositivos que formam a nuvem da WAN são simulados 
pela conexão entre cabos DTE-DCE back-to-back. 
Configuração do Laboratório da Academia 
 
A conexão da interface s0/0 de um roteador para a interface s0/1 de outro roteador simula 
um circuito completo na nuvem. 
Conjunto do Laboratório 
 
 
Cisco CCNA 3.1 15
1.2 Roteadores 
1.2.1 Componentes internos do roteador 
Embora a arquitetura exata dos roteadores varie de um modelo para outro, esta seção 
introduzirá os principais componentes internos. As figuras abaixo e mostram os 
componentes internos de alguns modelos de roteadores da Cisco. 
Componentes Interno do Roteador 1 
 
Componentes Interno do Roteador 2 
 
 
 
Cisco CCNA 3.1 16
Os componentes comuns são abordados nos parágrafos abaixo. 
CPU: A unidade central de processamento (CPU) executa instruções do sistema 
operacional. Dentre estas funções estão a inicialização do sistema, o roteamento e o 
controle da interface de rede. A CPU é um microprocessador. Roteadores de maior porte 
podem ter várias CPUs. 
RAM: A memória de acesso aleatório (RAM) é usada para manter informaçõesda tabela 
de roteamento, para cache de comutação rápida (fast-switching), para manter a 
configuração em uso e para filas de pacotes. Na maioria dos roteadores, a RAM oferece 
espaço temporário de armazenamento em tempo de execução para os processos do 
Cisco IOS e seus subsistemas. Geralmente, a RAM é dividida logicamente em memória 
principal do roteador e memória compartilhada de entrada/saída (E/S). A memória 
compartilhada de E/S é compartilhada entre as interfaces para armazenamento 
temporário de pacotes. O conteúdo da RAM é perdido quando a energia é desligada. 
Geralmente, a RAM é uma memória de acesso aleatório dinâmico (DRAM) e pode ser 
aumentada adicionando-se módulos DIMM (Dual In-Line Memory Modules – Módulos de 
Memória Dual em Linha). 
Flash: A memória flash é usada para armazenar uma imagem completa do software 
Cisco IOS. Normalmente, o roteador carrega o IOS da flash. Essas imagens podem ser 
atualizadas carregando-se uma nova imagem na memória flash. O IOS pode estar na 
forma compactada ou não compactada. Na maioria dos roteadores, uma cópia executável 
do IOS é transferida para a RAM durante o processo de inicialização. Em outros 
roteadores, o IOS pode ser executado diretamente da memória flash. Adicionar ou 
substituir módulos SIMM (Single In-Line Memory Modules – Módulos de Memória Simples 
em Linha) ou cartões PCMCIA pode aumentar a quantidade de memória flash. 
NVRAM: A memória de acesso aleatório não-volátil (NVRAM) é usada para armazenar a 
configuração a ser utilizada na inicialização (startup configuration). Em alguns 
dispositivos, a NVRAM é implementada usando memórias somente de leitura 
programáveis e eletronicamente apagáveis (EEPROMs) separadas. Em outros 
dispositivos, ela é implementada no mesmo dispositivo flash a partir do qual o código de 
inicialização (boot code) é carregado. Nos dois casos, esses dispositivos retêm seus 
conteúdos quando a energia é desligada. 
Barramentos: A maioria dos roteadores contém um barramento do sistema e um 
barramento da CPU. O barramento do sistema é usado para comunicação entre a CPU e 
as interfaces e/ou slots de expansão. Esse barramento transfere os pacotes para as 
interfaces e a partir delas. 
O barramento da CPU é usado pela CPU para ter acesso aos componentes de 
armazenamento do roteador. Esse barramento transfere instruções e dados para 
endereços de memória especificados ou a partir deles. 
 
 
 
Cisco CCNA 3.1 17
ROM: A memória somente de leitura (ROM) é usada para armazenar permanentemente o 
código de diagnóstico de problemas na inicialização (ROM Monitor). As principais tarefas 
da ROM são os testes do hardware durante a inicialização do roteador e a carga do 
software Cisco IOS da flash para a RAM. Alguns roteadores também têm uma versão 
reduzida do IOS, que pode ser usada como uma fonte alternativa de inicialização. As 
ROMs não podem ser apagadas. Elas só podem ser atualizadas substituindo os chips da 
ROM instalados nos soquetes. 
Interfaces: As interfaces são as conexões do roteador com o ambiente externo. Os três 
tipos de interfaces são: rede local (LAN), rede de longa distância (WAN) e Console/AUX. 
Geralmente, as interfaces de rede local são de uma das variedades de Ethernet ou Token 
Ring. Essas interfaces têm chips controladores, que fornecem a lógica para conectar o 
sistema ao meio físico. As interfaces de rede local podem ser de configuração fixa ou 
modular. 
As interfaces WAN incluem as seriais, as ISDN e as que têm uma CSU (Channel Service 
Unit) integrada. Assim como as interfaces de rede local, as interfaces WAN também têm 
chips controladores especiais para as interfaces. As interfaces WAN podem ser de 
configuração fixa ou modular. 
As portas de Console/AUX são portas seriais usadas principalmente para a configuração 
inicial do roteador. Essas portas não são portas de rede. Elas são usadas para sessões 
de terminal a partir das portas de comunicação do computador ou através de um modem. 
Fonte de alimentação: A fonte de alimentação fornece a energia necessária para operar 
os componentes internos. Os roteadores de maior porte podem usar fontes de 
alimentação múltiplas ou modulares. Em alguns dos roteadores de monor porte, a fonte 
de alimentação pode ser externa. 
 
 
Cisco CCNA 3.1 18
1.2.2 Características físicas do roteador 
Não é essencial saber a localização exata dos componentes físicos dentro do roteador 
para entender a maneira de utilizá-lo. Entretanto, em algumas situações, como para a 
instalação de mais memória, isso pode ser muito útil. 
Os componentes exatos utilizados e a sua localização variam de um modelo de roteador 
para outro. A figura abaixo identifica os componentes internos de um roteador 2600. 
Componentes Internos de um Roteador 2600 
 
 
A figura abaixo mostra alguns dos conectores externos de um roteador 2600. 
Conexão Externa em um Roteador 2600 
 
 
 
Cisco CCNA 3.1 19
1.2.3 Conexões Externas do Roteador 
Conexões Externas 
 
Os três tipos básicos de conexões possíveis em um roteador são as interfaces de rede 
local, as interfaces WAN e as portas de gerenciamento. As interfaces de rede local 
permitem que o roteador seja conectado ao meio físico de uma rede local. É comum neste 
caso, o uso de algum tipo de Ethernet. Entretanto, podem ser utilizadas outras tecnologias 
de rede local, como Token Ring ou FDDI. 
WANs provêem conexões através de um provedor de serviços a uma localidade distante 
ou à Internet. Estas conexões podem utilizar interfaces seriais ou qualquer outro tipo de 
interface WAN. Com alguns tipos de interfaces WAN, é necessário um dispositivo externo, 
tal como uma CSU, para conectar o roteador ao equipamento local do provedor de 
serviços. Com outros tipos de conexões WAN, o roteador pode ser conectado diretamente 
ao provedor de serviços. 
A função das portas de gerenciamento é diferente daquela exercida pelas outras 
conexões. As conexões de LAN e de WAN provêem a conectividade a redes de conexão, 
por onde os pacotes de dados são encaminhados. A porta de gerenciamento fornece uma 
conexão baseada em texto que pode ser utilizada para configurar e solucionar problemas 
do roteador. As interfaces de gerenciamento comumente utilizadas são as portas de 
console e a auxiliar. Essas portas são seriais assíncronas EIA-232 e podem ser 
conectadas a uma porta de comunicação (COM) de um computador. O computador 
precisa executar um programa de emulação de terminal que provê uma sessão com o 
roteador utilizando linha de comando baseada em texto. Através dessa sessão, o 
administrador da rede pode gerenciar o dispositivo. 
 
 
 
 
 
 
Cisco CCNA 3.1 20
1.2.4 Conexões das Portas de gerenciamento 
A porta de console e a porta auxiliar (AUX) são portas de gerenciamento. Essas portas 
seriais assíncronas não foram concebidas como portas de rede. Uma dessas duas portas 
é necessária para realizar a configuração inicial do roteador. A porta de console é 
recomendada para essa configuração inicial. Nem todos os roteadores têm uma porta 
auxiliar. 
Quando o roteador entra em funcionamento pela primeira vez, nenhum parâmetro da rede 
está configurado. 
Conexão da Console a um Computador ou Terminal 
 
Portanto, o roteador não pode comunicar-se com nenhuma rede. Para prepará-lo para a 
inicialização e configuração iniciais, conecte um terminal ASCII RS-232, ou um 
computador que emule um terminal ASCII, à porta de console do sistema. Assim, é 
possível inserir os comandos de configuração do roteador. 
Uma vez inserida essa configuração inicial no roteador através da porta de console ou da 
porta auxiliar, o roteador poderá ser conectado à rede para fins de solução de problemas 
ou monitoramento. 
 
 
 
 
 
 
Cisco CCNA 3.1 21
O roteador também pode ser configurado remotamente, atravésda porta de configuração 
usando Telnet em uma rede IP, ou discando para um modem conectado à porta de 
console ou à porta auxiliar do roteador. 
Conexão do Modem à Console ou Porta Auxiliar 
 
Para a solução de problemas, também é preferível usar a porta de console em vez da 
porta auxiliar. Isso porque ela mostra, por default, as mensagens de inicialização, 
depuração e de erros do roteador. A porta de console também pode ser usada quando os 
serviços de rede não tiverem sido iniciados ou tiverem alguma falha. Assim, a porta de 
console pode ser usada para procedimentos de recuperação de desastres e recuperação 
de senhas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cisco CCNA 3.1 22
1.2.5 Conectando as Interfaces de Console 
A porta de console é uma porta de gerenciamento usada para fornecer acesso fora de 
banda (out-of-band) ao roteador. Ela é usada para a configuração inicial do roteador, para 
monitoramento e para procedimentos de recuperação de desastres. 
Conectores do Roteador 2600 da Cisco 
 
Um cabo de console ou rollover e um adaptador RJ-45/DB-9 são usados para conectar a 
porta de console a um PC. 
Conexão de Console 
A Cisco fornece o adaptador necessário para conectar-se à porta de console. 
O PC ou terminal precisa suportar a emulação de terminal VT100. Geralmente são 
utilizados softwares de emulação de terminal, tais como o HyperTerminal. 
 
 
Cisco CCNA 3.1 23
Propriedades de Sessão do HyperTerminal 
 
Para conectar o PC a um roteador: 
1. No software de emulação de terminal do PC, configure: 
• A porta COM correta; 
• 9600 baud; 
• 8 bits de dados; 
• Sem paridade; 
• 1 bit de parada; 
• Sem fluxo de controle. 
2. Conecte o conector RJ-45 do cabo rollover à porta de console do roteador. 
3. Conecte a outra ponta do cabo rollover ao adaptador RJ-45 / DB-9. 
4. Conecte o adaptador DB-9 fêmea a um PC. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cisco CCNA 3.1 24
1.2.6 Conectando a Interfaces LAN 
Na maioria dos ambientes de rede local, o roteador é conectado à rede local usando uma 
interface Ethernet ou Fast Ethernet. O roteador é um host que se comunica com a rede 
local através de um hub ou de um switch. Para fazer essa conexão, é usado um cabo 
direto. Uma interface de roteador 10/100BaseTX requer um cabo de par trançado não 
blindado (UTP) de categoria 5 ou melhor, independentemente do tipo de roteador. 
Conectando a Interfaces LAN 
Em alguns casos, a interface Ethernet do roteador é conectada diretamente ao 
computador ou a outro roteador. Para esse tipo de conexão, é necessário um cabo 
cruzado (crossover). 
Em qualquer conexão ao roteador, a interface correta deve ser utilizada. Se for usada 
uma interface errada, o roteador ou os outros dispositivos de rede podem ser danificados. 
Muitos tipos diferentes de conexões usam o mesmo tipo de conector. Por exemplo, 
interfaces Ethernet, ISDN BRI, Console, AUX com CSU/DSU integrados e Token Ring 
usam o mesmo conector de oito pinos: RJ-45, RJ-48 ou RJ-49. 
Para ajudar a diferenciar as conexões do roteador e identificar a utilização dos 
conectores, a Cisco usa um esquema de código de cores. A figura abaixo mostra alguns 
deles para um roteador 2600. 
Conexões utilizando conectores de 8 Pinos em Roteadores Cisco da Série 2600 
 
 
Cisco CCNA 3.1 25
1.2.7 Conectando a Interfaces LAN 
As conexões WAN podem assumir inúmeras formas. Uma WAN estabelece conexões de 
dados através de uma ampla área geográfica, usando muitos tipos diferentes de 
tecnologia. Esses serviços WAN geralmente são alugados de provedores de serviços. 
Dentre esses tipos de conexão WAN estão: linhas alugadas, comutadas por circuitos e 
comutadas por pacotes. 
Tipos e WANs 
 
Para cada tipo de serviço WAN, o equipamento instalado no cliente (CPE – Customer 
Premises equipment), geralmente um roteador, é o DTE (Data Terminal Equipment - 
Equipamento Terminal de Dados). Eles são conectados ao provedor de serviços usando 
um dispositivo DCE (Data Circuit-Terminating Equipment - Equipamento de terminação do 
circuito de dados), geralmente um modem ou uma unidade de serviço de canal/dados 
(CSU/DSU). Esse dispositivo é usado para converter os dados do DTE em uma forma 
aceitável para o provedor de serviços de WAN. 
Talvez as interfaces de roteador mais utilizadas para os serviços WAN sejam as 
interfaces seriais. Para selecionar o cabo serial adequado, basta saber as respostas para 
estas quatro perguntas: 
 
 
 
 
 
Cisco CCNA 3.1 26
• Qual é o tipo de conexão ao dispositivo Cisco? Os roteadores Cisco podem usar 
diferentes conectores para as interfaces seriais. 
Portas Seriais do Roteador 
 
A interface à esquerda é uma interface Smart Serial. A interface à direita é uma 
conexão DB-60. Isso torna a escolha do cabo serial que conecta o sistema de rede 
aos dispositivos seriais uma parte essencial da configuração de uma WAN. 
• A rede está sendo conectada a um dispositivo DTE ou DCE? DTE e DCE são dois 
tipos de interfaces seriais que os dispositivos utilizam para se comunicar. A 
principal diferença entre os dois é que o dispositivo DCE fornece o sinal de clock 
que sincroniza a comunicação entre os dispositivos. A documentação do 
dispositivo deve especificar se é um DTE ou DCE. 
• Qual é o padrão de sinais exigido pelo dispositivo? 
Conectores Seriais de um Roteador para WAN 
 
 
 
 
Cisco CCNA 3.1 27
• Para cada dispositivo, pode-se usar um padrão serial diferente. Cada padrão define 
os sinais no cabo e especifica o conector na ponta do cabo. A documentação do 
dispositivo deve sempre ser consultada quanto ao padrão de sinais. 
• O cabo requer um conector macho ou fêmea? 
Conexões Seriais DCE 
 
Se o conector tiver pinos externos visíveis, ele é macho. Se tiver encaixes para pinos 
externos, é fêmea. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cisco CCNA 3.1 28
Resumo Capítulo 01 
 
 
Devem ter sido compreendidos os importantes conceitos a seguir: 
• Conceitos de WAN e de rede local; 
• Função de um roteador em WANs e LANs; 
• Protocolos WAN; 
• Configuração do encapsulamento; 
• Identificação e descrição dos componentes internos de um roteador; 
• Características físicas de um roteador; 
• Portas mais comuns em um roteador; 
• Como conectar as portas de console, de LAN e de WAN do roteador. 
 
 
 
Cisco CCNA 3.1 
 
29
Capítulo 02: Introdução aos Roteadores 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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30
Visão Geral Capítulo 02 
A tecnologia Cisco foi concebida em torno do Cisco IOS (Internetwork Operating System – 
Sistema Operacional de Interconexão de redes), que é o software que controla as funções 
de roteamento e de comutação nos dispositivos de interconexão de redes. Uma 
compreensão sólida do IOS é essencial para um administrador de redes. Este módulo 
apresentará uma introdução aos fundamentos do IOS e oferecerá práticas que permitirão 
examinar os seus recursos. Todas as tarefas de configuração da rede, das mais básicas 
às mais complexas, exigem uma base sólida a respeito dos fundamentos da configuração 
do roteador. Este módulo fornecerá as ferramentas e as técnicas para a configuração 
básica do roteador, as quais serão usadas ao longo do curso. 
Ao concluir este módulo, os alunos deverão ser capazes de: 
• Descrever a finalidade do IOS; 
• Descrever a operação básica do IOS; 
• Identificar vários recursos do IOS; 
• Identificar os métodos para estabelecer uma sessão com o roteador utilizando a 
interface de linha de comando (CLI); 
• Alternar entre o modo EXEC de usuário e o modo EXEC privilegiado; 
• Estabelecer uma sessão HyperTerminal com um roteador; 
• Efetuar login em um roteador; 
• Usar o recurso de ajuda na interface de linha de comando; 
• Solucionarproblemas de erros no uso dos comandos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cisco CCNA 3.1 
 
31
2.1 Operando o Software Cisco IOS 
2.1.1 A finalidade do software Cisco IOS 
Assim como um computador, um roteador ou switch não pode funcionar sem um sistema 
operacional. A Cisco chama seu sistema operacional de Internetwork Operating System 
(Sistema Operacional de Interconexão de Redes) ou IOS. Essa é a tecnologia de software 
embutida em todos os roteadores da Cisco, sendo também o sistema operacional dos 
switches da linha Catalyst. Sem um sistema operacional, o hardware não tem qualquer 
funcionalidade. O Cisco IOS oferece os seguintes serviços de rede: 
• Funções básicas de roteamento e comutação; 
• Acesso confiável e seguro aos recursos da rede; 
• Escalabilidade. 
Sistema Operacional de Roteador e de Switch: Cisco IOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cisco CCNA 3.1 
 
32
2.1.2 Interface do Usuário do Roteador 
O software Cisco IOS usa uma interface de linha de comando (CLI) como seu ambiente 
de console tradicional. O IOS é uma tecnologia central que se estende por quase toda a 
linha de produtos da Cisco. Seus detalhes de operação podem variar nos diferentes 
dispositivos de internetworking. 
Esse ambiente pode ser acessado através de diversos métodos. Uma maneira de acessar 
a CLI é através de uma sessão de console. Uma console usa uma conexão serial de 
baixa velocidade diretamente de um computador ou terminal para a porta de console do 
roteador. Outra maneira de acessar uma sessão da CLI é usando uma conexão discada 
(dial-up) através de um modem ou de um cabo null-modem conectado à porta AUX do 
roteador. Nenhum desses métodos requer que o roteador tenha qualquer serviço de rede 
configurado. Outro método para acessar uma sessão CLI é conectar-se via Telnet ao 
roteador. Para estabelecer uma sessão Telnet com o roteador, pelo menos uma interface 
do roteador deve estar configurada com um endereço IP e as sessões de terminais 
virtuais precisam estar configuradas para solicitar o login do usuário e devem ter uma 
senha associada. 
A Interface do Usuário de Roteador 
 
 
 
 
 
 
 
Cisco CCNA 3.1 
 
33
2.1.3 Modos da interface do usuário do roteador 
A interface de linha de comando (CLI) da Cisco usa uma estrutura hierárquica. Essa 
estrutura exige a entrada em diferentes modos para realizar determinadas tarefas. Por 
exemplo, para configurar a interface de um roteador, o usuário deve entrar no modo Setup 
de interface. A partir desse modo, todas as configurações inseridas aplicam-se somente a 
essa interface específica. Cada modo Setup é indicado por um prompt distinto e permite 
apenas os comandos que sejam adequados a esse modo. 
O IOS fornece um serviço de interpretação de comandos conhecido como executivo de 
comandos (EXEC). Depois que cada comando é inserido, o EXEC valida e executa o 
comando. 
Como recurso de segurança, o software Cisco IOS separa as sessões EXEC em dois 
níveis de acesso. Esses níveis são o modo EXEC de usuário e o modo EXEC privilegiado. 
O modo EXEC privilegiado também é conhecido como modo de ativação. Os recursos do 
modo EXEC de usuário e do modo EXEC privilegiado são os seguintes: 
• O modo EXEC de usuário permite somente uma quantidade limitada de comandos 
básicos de monitoramento. Ele geralmente é chamado de modo "somente de 
visualização". O modo EXEC de usuário não permite nenhum comando que possa 
alterar a configuração do roteador. O modo EXEC de usuário pode ser identificado 
pelo prompt ">". 
Os modos de Usuário do Roteador 
 
• O modo EXEC privilegiado permite acesso a todos os comandos do roteador. Esse 
modo pode ser configurado para que seja exigida uma senha do usuário antes de 
acessá-lo. Para maior proteção, ele também pode ser configurado para exigir uma 
identificação do usuário (user ID). Isso permite que somente os usuários 
autorizados acessem o roteador. Os comandos de configuração e gerenciamento 
exigem que o administrador da rede esteja no modo EXEC privilegiado. O modo 
Setup global e outros modos de configuração mais específicos só podem ser 
alcançados a partir do modo EXEC privilegiado. O modo EXEC privilegiado pode 
ser identificado pelo prompt "#". 
 
 
 
 
 
 
Cisco CCNA 3.1 
 
34
Para acessar o nível EXEC privilegiado a partir do nível EXEC de usuário, digite o 
comando enable no prompt ">". 
Alternando Entre EXEC Usuário e EXEC Privilegiado 
 
Se uma senha estiver configurada, o roteador pedirá essa senha. Por razões de 
segurança, um dispositivo de rede da Cisco não mostra a senha digitada. Quando a 
senha correta for digitada, o prompt do roteador mudará para "#", indicando que o usuário 
passou para o modo EXEC privilegiado. Inserir um ponto de interrogação (?) no modo 
EXEC privilegiado revela muitas outras opções de comandos, além das disponíveis no 
modo EXEC de usuário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cisco CCNA 3.1 
 
35
2.1.4 Características do software Cisco IOS 
A Cisco fornece imagens de IOS para atender uma grande variedade de produtos de rede 
de diferentes plataformas. 
Para otimizar o software Cisco IOS exigido por essas várias plataformas, a Cisco está 
trabalhando no desenvolvimento de várias imagens diferentes do software Cisco IOS. 
Cada imagem representa um conjunto diferente de recursos para atender às várias 
plataformas existentes de dispositivos, os recursos disponíveis de memória nos 
equipamentos e às necessidades dos clientes. 
Embora existam muitas imagens de IOS para diferentes modelos de dispositivos e 
conjuntos de recursos da Cisco, a estrutura básica dos comandos de configuração é a 
mesma. As habilidades de configuração e solução de problemas adquiridas em qualquer 
um dos dispositivos aplicam-se a uma ampla gama de produtos. 
A convenção de nomes para as diferentes versões do Cisco IOS contém três partes: 
• A plataforma na qual a imagem é executada; 
• Os recursos especiais suportados pela imagem; 
• Onde a imagem é executada e se ela foi zipada ou compactada. 
 
Convenções de Nomenclatura IOS 
 
 
 
 
 
 
Cisco CCNA 3.1 
 
36
 
 
 
Recursos específicos do IOS podem ser selecionados com auxílio do Cisco Software 
Advisor, uma ferramenta interativa que fornece as informações mais atuais e permite 
selecionar opções que atendam as necessidades da rede. 
Uma das principais considerações ao selecionar uma nova imagem de IOS é a 
compatibilidade com a memória flash e RAM disponíveis no roteador. Em geral, quanto 
mais nova a versão e quanto mais recursos ela oferecer, mais memória será necessária. 
Use o comando show version no dispositivo Cisco para verificar a imagem atual e a 
memória flash disponível. O site de suporte da Cisco tem ferramentas disponíveis para 
ajudar a determinar a quantidade de flash e RAM necessárias para cada imagem. 
Antes de instalar uma nova imagem do software Cisco IOS no roteador, verifique se este 
atende às exigências de memória para essa imagem. Para ver a quantidade de RAM, use 
o comando show version: 
 
 
 
 
 
 
 
Cisco CCNA 3.1 
 
37
Identificando a Disponibilidade de memória RAM no Sistema 
 
...<saída omitida>... cisco 1721 (68380) processor (revision C) with 3584K/512K bytes of 
memory. 
Essa linha mostra quanto há de memória principal e compartilhada instalada no roteador. 
Algumas plataformas usam uma parcela da DRAM como memória compartilhada. A 
necessidade de memória leva isso em consideração, portanto as duas quantidades 
devem ser somadas para encontrar a quantidade de DRAM instalada no roteador. 
Para encontrar a quantidade de memória flash, use o comando show flash. 
GAD#show flash 
...<saída omitida>... 
15998976 bytestotal (10889728 bytes free)
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cisco CCNA 3.1 
 
38
2.1.5 Modo de operar do software Cisco IOS 
Os dispositivos que utilizam o IOS Cisco têm três ambientes ou modos operacionais 
distintos: 
• ROM Monitor; 
• Boot ROM; 
• Cisco IOS. 
 
Normalmente, o processo de inicialização do roteador carrega um destes ambientes 
operacionais na RAM e o executa. O valor definido no configuration register (registrador 
de configuração) pode ser usado pelo administrador do sistema para controlar o modo 
como o roteador será inicializado. 
No modo ROM Monitor é realizado o processo inicial de inicialização (bootstrap) e 
oferecido ao usuário um conjunto de comandos para operação de baixo nível e para 
diagnóstico do equipamento. É usado para corrigir falhas do sistema e recuperar senhas 
perdidas. O modo ROM monitor não pode ser acessado através de nenhuma das 
interfaces de rede. Só pode ser acessado por meio de uma conexão física direta através 
da porta de console. 
Quando o roteador está operando no modo boot ROM, somente um subconjunto limitado 
dos recursos do Cisco IOS está disponível. No modo Boot ROM são permitidas operações 
de gravação na memória flash que são usadas principalmente para substituir a imagem 
do Cisco IOS que está armazenada na flash. No modo Boot ROM, a imagem do Cisco 
IOS pode ser modificada usando o comando copy tftp flash, que copia uma imagem do 
IOS armazenada em um servidor TFTP para a memória flash do roteador. 
A operação normal de um roteador requer o uso da imagem completa do Cisco IOS, 
conforme armazenada na flash. Em alguns dispositivos, o IOS é executado diretamente a 
partir da flash. Entretanto, a maioria dos roteadores Cisco requer que uma cópia do IOS 
seja carregada na RAM e executada também a partir da RAM. Algumas imagens do IOS 
são armazenadas na flash em formato compactado e precisam ser expandidas ao serem 
copiadas para a RAM. 
 
 
 
 
 
 
 
Cisco CCNA 3.1 
 
39
Para ver a imagem e versão do IOS que está sendo executado, use o comando show 
version, que também indica como o configuration register está definido. O comando 
show flash é usado para verificar se o sistema tem memória suficiente para carregar uma 
nova imagem do Cisco IOS. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cisco CCNA 3.1 
 
40
2.2 Inicializando um Roteador 
2.2.1 Inicializando Roteadores Cisco pela primeira vez 
Um roteador é inicializado com a carga do bootstrap, do sistema operacional e de um 
arquivo de configuração. Se não conseguir encontrar um arquivo de configuração, ele 
entra no modo Setup. Após a conclusão do modo Setup, uma cópia de backup do arquivo 
de configuração pode ser salva na memória RAM não volátil. 
O objetivo das rotinas de inicialização do software Cisco IOS é iniciar a operação do 
roteador. Para isso, as rotinas de inicialização devem realizar as seguintes tarefas: 
• Certificar-se de que o hardware do roteador foi testado e está funcional. 
• Encontrar e carregar o software Cisco IOS. 
• Encontrar e aplicar o arquivo de configuração armazenado (startup configuration) 
ou entrar no modo Setup. 
Quando um roteador Cisco é ligado, é realizado um autoteste (POST - Power-on Self 
Test). Durante esse autoteste, o roteador executa uma série de testes a partir da ROM em 
todos os módulos de hardware. Esses testes verificam a operação básica da CPU, da 
memória e das portas das interfaces de rede. Após verificar as funções de hardware, o 
roteador passa à inicialização do software. 
Após o POST, ocorrem os seguintes eventos ocorrem durante a inicialização do roteador: 
Etapas na Inicialização do Roteador 
 
Etapa 1 O bootstrap é executado a partir da ROM. Um bootstrap é um conjunto simples 
de instruções que testam o hardware e inicializam o IOS para que seja iniciada a 
operação do roteador. 
Etapa 2 O IOS pode ser encontrado em diversos lugares. Testam o hardware e 
inicializam o IOS para que seja iniciada a operação do roteador. Se o campo de boot 
indicar uma carga a partir da flash ou da rede, os comandos boot system existentes no 
arquivo de configuração indicam o nome exato e a localização da imagem a ser utilizada. 
Etapa 3 A imagem do sistema operacional é carregada. Quando o IOS é carregado e está 
operacional, uma listagem dos componentes de hardware e software disponíveis é exibida 
na tela do terminal de console. 
 
Cisco CCNA 3.1 
 
41
Etapa 4 O arquivo de configuração salvo na NVRAM é carregado na memória principal e 
executado linha a linha. Os comandos de configuração iniciam os processos de 
roteamento, fornecem endereços para as interfaces e definem outras características 
operacionais do roteador. 
Etapa 5 Se não existir nenhum arquivo de configuração válido na NVRAM, o sistema 
operacional busca um servidor TFTP disponível. Se nenhum servidor TFTP for 
encontrado, o diálogo de configuração (modo setup) é iniciado. 
A configuração não é o modo para entrada de recursos complexos de protocolo no 
roteador. A finalidade do modo Setup é permitir que o administrador instale uma 
configuração mínima para um roteador que não seja capaz de localizar uma configuração 
a partir de outra fonte. 
No modo Setup, as respostas padrão aparecem entre colchetes [ ] depois das perguntas. 
 
Pressione a tecla Enter para usar esses padrões. Durante o processo de configuração, 
pode-se pressionar Ctrl-C a qualquer momento para encerrar o processo. Quando a 
configuração é encerrada por meio de Ctrl-C, todas as interfaces do roteador são 
desabilitadas (administrative shutdown). 
Quando o processo de configuração é concluído no modo Setup, são exibidas as 
seguintes opções: 
[0] Go to the IOS command prompt without saving this config. (Ir para o prompt de 
comando do IOS sem salvar esta configuração.)
 
[1] Return back to the setup without saving this config. (Voltar à configuração sem salvar 
esta configuração.)
 
[2] Save this configuration to nvram and exit. (Salvar esta configuração na NVRAM e sair.) 
Enter your selection [2]: (Digite a sua opção [2]:)
 
Cisco CCNA 3.1 
 
42
2.2.2 LEDs Indicadores utilizados no roteador 
Os roteadores Cisco utilizam LEDs para fornecer informações sobre seu estado 
operacional. Dependendo do modelo do roteador Cisco, os LEDs podem variar. 
Um LED de interface indica a atividade da interface correspondente. Se um LED estiver 
desligado quando a interface estiver ativa e conectada corretamente, isso pode indicar um 
problema. Se uma interface estiver excessivamente ocupada, seu LED estará sempre 
aceso. O LED verde de OK à direita da porta AUX estará sempre aceso depois que o 
sistema for inicializado corretamente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cisco CCNA 3.1 
 
43
2.2.3 Examinando a inicialização (boot) do roteador 
Os exemplos das figuras abaixo mostram informações e mensagens exibidas durante 
inicialização. Essas informações variam, dependendo das interfaces instaladas no 
roteador e da versão do Cisco IOS. As telas exibidas nesse gráfico são apenas para 
referência e podem não refletir exatamente o que é exibido na tela de console. 
 
 
 
 
 
 
 
Cisco CCNA 3.1 
 
44
Na figura abaixo, a declaração "NVRAM invalid, possibly due to write erase" ("NVRAM 
inválida, possivelmente devido a ter sido apagada pelo comando write erase"), indica ao 
usuário que esse roteador ainda não foi configurado ou que a NVRAM foi apagada. Um 
roteador deve ser configurado, o arquivo de configuração deve ser salvo na NVRAM e, 
em seguida, deve ser configurado para usar o arquivo de configuração armazenado na 
NVRAM. O valor padrão de fábrica do configuration register é 0x2102, que indica que o 
roteador devetentar carregar uma imagem do Cisco IOS a partir da memória flash. 
 
Na figura abaixo, o usuário pode determinar as versões do bootstrap e do IOS que estão 
sendo usadas pelo roteador, assim como o modelo do roteador, o processador e a 
quantidade de memória do roteador. 
 
Outras informações listadas
nesse gráfico são: 
• A quantidade de interfaces; 
• Os tipos de interfaces; 
• A quantidade de NVRAM; 
• A quantidade de memória
flash. 
 
 
 
Cisco CCNA 3.1 
 
45
Na figura abaixo, o usuário tem a opção de entrar no modo Setup. Lembre-se de que a 
finalidade principal do modo Setup é permitir que o administrador instale uma 
configuração mínima em um roteador que não seja capaz de localizar uma configuração a 
partir de outra fonte. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cisco CCNA 3.1 
 
46
2.2.4 Estabelecendo uma sessão HyperTerminal 
Todos os roteadores Cisco contêm uma porta de console serial assíncrona (RJ-45) 
TIA/EIA-232. Para conectar um terminal à porta de console, são necessários cabos e 
adaptadores. Um terminal de console pode ser um terminal ASCII ou um PC que esteja 
executando um software de emulação de terminal, como o HyperTerminal. Para conectar 
um PC que esteja executando um software de emulação de terminal à porta de console, 
use o cabo rollover RJ-45 / RJ-45 com o adaptador fêmea RJ-45 / DB-9. 
Os parâmetros padrão para a porta de console são 9600 baud, 8 bits de dados, sem 
paridade, 1 bit de parada, sem controle de fluxo. A porta de console não suporta controle 
de fluxo de hardware. 
Siga as etapas a seguir para conectar um terminal à porta de console no roteador: 
Etapa 1 Conecte o terminal usando o cabo rollover RJ-45 / RJ-45 e um adaptador RJ-45 / 
DB-9 ou RJ-45 / DB-25. 
Adaptador RJ-45 para DB-9 
Etapa 2 Configure o terminal ou o software de emulação de terminal do PC para 9600 
baud, 8 bits de dados, sem paridade, 1 bit de parada, sem controle de fluxo. 
A figura mostra uma lista de sistemas operacionais e os softwares de emulação de 
terminal que podem ser usados. 
Software de Emulação de Terminal 
 
 
 
 
Cisco CCNA 3.1 
 
47
2.2.5 Efetuando o login no roteador 
Para configurar os roteadores Cisco, a interface do usuário do roteador deve ser 
acessada com um terminal ou através de acesso remoto. Ao acessar um roteador, o 
usuário deve efetuar o login no roteador antes de inserir qualquer outro comando. 
Por razões de segurança, o roteador tem dois níveis de acesso aos comandos: 
• Modo EXEC de usuário: As tarefas típicas incluem as de verificação do status do 
roteador. Neste modo, não são permitidas alterações na configuração do roteador; 
• Modo EXEC privilegiado: As tarefas típicas incluem as de alteração da 
configuração do roteador. 
Após o login em um roteador, é exibido o prompt do modo EXEC de usuário. 
 
Os comandos disponíveis neste nível do usuário são um subconjunto dos comandos 
disponíveis no nível EXEC privilegiado. Em linhas gerais, esses comandos permitem que 
o usuário exiba informações sem alterar as definições da configuração do roteador. 
Para acessar todo o conjunto de comandos, deve-se entrar no modo EXEC privilegiado. 
No prompt ">", digite enable. No prompt password:, digite a senha que foi definida com o 
comando enable secret. Dois comandos podem ser usados para definir uma senha de 
acesso ao modo EXEC privilegiado: enable password e enable secret. Se os dois 
comandos forem usados, enable secret tem precedência. Uma vez concluídas as etapas 
de login, o prompt muda para "#", indicando que se entrou no modo EXEC privilegiado. O 
modo Setup global só pode ser acessado a partir do modo EXEC privilegiado. 
 
 
 
 
Cisco CCNA 3.1 
 
48
Os modos específicos listados a seguir também podem ser acessados a partir do modo 
Setup global: 
• Interface 
• Subinterface 
• Line 
• Router 
• Route map 
Para voltar ao modo EXEC de usuário a partir do modo EXEC privilegiado, pode-se usar o 
comando disable ou exit. Para voltar ao modo EXEC privilegiado a partir do modo Setup 
global, digite exit ou Ctrl-Z. Ctrl-Z também pode ser usado para voltar diretamente ao 
modo EXEC privilegiado a partir de qualquer submodo da configuração global. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cisco CCNA 3.1 
 
49
2.2.6 Ajuda do teclado na CLI do roteador 
Ao digitar um ponto de interrogação (?) no prompt do modo EXEC de usuário ou no 
prompt do modo EXEC privilegiado é exibida uma lista útil dos comandos disponíveis. 
Observe o "--More--" na parte inferior do exemplo exibido. A tela mostra várias linhas de 
uma única vez. O prompt "--More--" na parte inferior da tela indica que há várias telas 
disponíveis como saída. Sempre que aparecer um prompt "--More--", a próxima tela 
disponível pode ser visualizada pressionando-se a barra de espaço. Para exibir apenas a 
linha seguinte, pressione a tecla Enter. Pressione qualquer outra tecla para voltar ao 
prompt. 
Comandos do Modo Usuário 
 
Para acessar o modo EXEC privilegiado, digite enable ou a abreviação ena. Isso pode 
fazer com que o roteador solicite uma senha ao usuário, caso ela tenha sido definida. Se 
um "?" (ponto de interrogação) for digitado no prompt do modo EXEC privilegiado, a tela 
exibe uma lista com um número mairo de comandos do que os que estão disponíveis no 
prompt do modo EXEC privilegiado. 
Comandos do Modo Privilegiado 
 
 
Cisco CCNA 3.1 
 
50
A saída na tela varia de acordo com a versão do software Cisco IOS e com a 
configuração do roteador. 
Se um usuário quiser ajustar o clock do roteador mas, não souber o comando necessário, 
pode usar a função de ajuda para verificar o comando correto. 
Clock setCOMANDO 
 
O exercício a seguir ilustra um dos muitos usos da função de ajuda. 
A tarefa é ajustar o clock do roteador. Supondo que o comando não seja conhecido, siga 
as seguintes etapas: 
Etapa 1 Use ? Para encontrar o comando de ajuste do clock. A saída da ajuda mostra 
que é necessário usar o comando clock. 
Etapa 2 Verifique a sintaxe para alteração do horário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cisco CCNA 3.1 
 
51
Etapa 3 Insira o horário atual, usando horas, minutos e segundos, conforme mostrado na 
figura . O sistema indica que é necessário fornecer informações adicionais para concluir o 
comando. 
 
Etapa 4 Pressione Ctrl-P (ou a seta para cima) para repetir a entrada de comando 
anterior automaticamente. Em seguida, adicione um espaço e um ponto de interrogação 
(?) para revelar os outros argumentos. Agora a entrada do comando pode ser concluída. 
Etapa 5 O símbolo de acento circunflexo (^) e a mensagem de ajuda apresentada indicam 
um erro. A posição do símbolo de acento circunflexo mostra onde está localizado o 
possível problema. Para inserir a sintaxe correta, digite novamente o comando até o ponto 
onde está localizado o símbolo de acento circunflexo e digite um ponto de interrogação 
(?). 
Etapa 6 Insira o ano, usando a sintaxe correta, e pressione Enter para executar o 
comando. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cisco CCNA 3.1 
 
52
2.2.7 Comandos avançados de edição 
A interface do usuário inclui um modo de edição avançado, que oferece um conjunto de 
funções de teclas de edição, que permitem que o usuário edite uma linha de comando 
durante a digitação. As seqüências de teclas indicadas na figura abaixo podem ser 
usadas para mover o cursor na linha de comando e fazer correções ou alterações. 
Funções de Edição de IOS 
 
Embora o modo de edição avançada esteja ativado automaticamente na versão atual do 
software, ele pode ser desativado se interferir na interação com os scripts gravados.Para 
desativar o modo de edição avançada, digite terminal no editing no prompt do modo 
EXEC privilegiado. 
O conjunto de comandos de edição oferece um recurso de rolagem horizontal para 
comandos que se estendem além de uma única linha da tela. Quando o cursor atinge a 
margem direita, a linha de comando desloca-se dez espaços para a esquerda. Os dez 
primeiros caracteres da linha não podem ser vistos, mas o usuário pode fazer a rolagem 
para trás e verificar a sintaxe no início do comando. Para fazer a rolagem para trás, 
pressione Ctrl-B ou a seta para a esquerda repetidamente até atingir o início da entrada 
do comando. Ctrl-A leva o usuário diretamente de volta ao início da linha. 
No exemplo mostrado na figura abaixo, a entrada do comando estende-se além de uma 
única linha. Quando o cursor atinge o final da linha pela primeira vez, a linha é deslocada 
dez espaços para a esquerda e exibida novamente. O cifrão ($) indica que a linha foi 
rolada para a esquerda. Cada vez que o cursor alcança o final da linha, ela é deslocada 
novamente dez espaços para a esquerda. 
 
A saída na tela varia de acordo com o nível do software Cisco IOS e com a configuração 
do roteador. 
Ctrl-Z é um comando usado para sair do modo Setup, levando o usuário de volta ao 
prompt do modo EXEC privilegiado. 
 
Cisco CCNA 3.1 
 
53
2.2.8 Histórico de comandos do roteador 
A interface do usuário oferece um histórico ou registro dos comandos que foram inseridos. 
Esse recurso é particularmente útil para relembrar comandos longos ou complexos. Com 
o recurso de histórico de comandos, é possível realizar as seguintes tarefas: 
• Definir o tamanho do buffer do histórico de comandos; 
• Relembrar comandos; 
• Desativar o recurso de histórico de comandos. 
O histórico de comandos é ativado por padrão e o sistema registra dez linhas de 
comandos em seu buffer de histórico. Para alterar a quantidade de linhas de comandos 
registradas pelo sistema durante uma sessão do terminal, use o comando terminal 
history size ou history size. A quantidade máxima de comandos é 256. 
Usando o histórico de comandos do IOS 
 
 
Para relembrar os comandos do buffer do histórico a partir do mais recente, pressione 
Ctrl-P ou a tecla de seta para cima. Pressione-as repetidamente para relembrar os 
comandos mais antigos sucessivamente. Após relembrar os comandos com as teclas 
Ctrl-P ou seta para cima, pressione Ctrl-N ou a tecla para baixo repetidamente para voltar 
aos comandos mais recentes no buffer histórico. 
Para encurtar a digitação de um comando, é possível usar a quantidade mínima de 
caracteres exclusiva desse comando. Pressione a tecla Tab e a interface completará a 
entrada. Quando as letras digitadas identificarem o comando de maneira exclusiva, a 
tecla Tab simplesmente confirmará visualmente que o roteador entendeu o comando 
específico desejado. 
Na maioria dos computadores, também estão disponíveis funções adicionais de seleção e 
cópia de textos. Uma parte de um comando anterior pode então ser copiada e colada ou 
inserida como entrada do comando atual. 
 
 
 
 
Cisco CCNA 3.1 
 
54
2.2.9 Solucionando erros de linha de comando 
Os erros de linha de comando ocorrem principalmente devido a erros de digitação. Se a 
palavra-chave de um comando for digitada de maneira incorreta, a interface do usuário 
proporciona o isolamento do erro, na forma de um indicador de erro (^). O símbolo "^" 
aparece no ponto da linha de comando onde foi inserido um comando, palavra-chave ou 
argumento incorreto. O indicador de localização do erro e o sistema interativo de ajuda 
permitem que o usuário encontre e corrija facilmente os erros de sintaxe. 
Router#clock set 13:32:00 23 February 99 ^ 
% Entrada inválida detectada no marcador "^". 
O acento circunflexo (^) e a mensagem da ajuda indicam um erro onde aparece o 99. 
Para listar a sintaxe correta, digite o comando até o ponto em que ocorreu o erro, seguido 
de um ponto de interrogação (?): 
Router#clock set 13:32:00 23 February ? 
 
<1993-2035> Year 
 
Router#clock set 13:32:00 23 February 
Insira o ano usando a sintaxe correta e pressione Enter para executar o comando. 
Router#clock set 13:32:00 23 February 1999 
Se uma linha de comando for inserida incorretamente e a tecla Enter for pressionada, a 
tecla de seta para cima pode ser pressionada para repetir o último comando. Use as 
teclas de seta para a direita ou esquerda para mover o cursor para o local onde o erro foi 
cometido. Em seguida, digite a correção que precisa ser feita. Se algo precisar ser 
excluído, use a tecla <backspace>. 
Indicador de Erros na Interface do Usuário 
 
 
Cisco CCNA 3.1 
 
55
2.2.10 O comando show version 
O comando show version exibe informações sobre a versão do software Cisco IOS que 
está em execução no momento no roteador. Isso inclui os valores definidos do 
configuration register (registrador de configuração) e do boot field (campo de 
inicialização). 
A figura mostra as seguintes informações do comando show version: 
 
• Versão e informações descritivas do IOS em uso; 
• Versão da Bootstrap ROM; 
• Versão da Boot ROM; 
• Tempo decorrido desde a inicialização do roteador; 
• Método utilizado na última reinicialização do roteador; 
• Arquivo da imagem do sistema em uso e sua localização; 
• Plataforma de hardware do roteador; 
• Valor do configuration register. 
Use o comando show version para identificar a imagem do IOS em uso no roteador e de 
onde foi obtida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cisco CCNA 3.1 
 
56
Resumo Capítulo 02 
 
 
 
Devem ter sido compreendidos os importantes conceitos a seguir: 
• A finalidade do IOS; 
• A operação básica do IOS; 
• Identificação das várias funcionalidades do IOS; 
• Identificação dos métodos para estabelecer uma sessão CLI com o roteador; 
• As diferenças entre os modos EXEC de usuário e privilegiado; 
• Estabelecimento de uma sessão HyperTerminal; 
• Login no roteador; 
• Utilização do recurso de ajuda na interface de linha de comando; 
• Utilização dos comandos avançados de edição; 
• Utilização do histórico de comandos; 
• Solução de erros de linha de comando; 
• Utilização do comando show version. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cisco CCNA 3.1 58
Capítulo 03: Configurando um Roteador 
 
 
 
 
 
 
Cisco CCNA 3.1 59
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cisco CCNA 3.1 60
Visão Geral Capítulo 03 
Configurar um roteador para realizar tarefas complexas entre redes pode ser um grande 
desafio. Entretanto, os procedimentos iniciais para configurar um roteador não são nada 
difíceis. Se esses procedimentos e as etapas para alternar entre os vários modos do 
roteador forem seguidos, as configurações mais complexas ficarão muito menos 
assustadoras. Este módulo introduz os modos básicos de configuração do roteador e 
oferece oportunidades para praticar configurações simples. 
Uma configuração de roteador que seja clara, fácil de entender e com backups regulares 
deve ser um objetivo de todos os administradores de rede. O Cisco IOS oferece ao 
administrador diversas ferramentas para adicionar informações ao arquivo de 
configuração para fins de documentação. Assim como um programador competente 
fornece documentação para cada passo de programação, um administrador de rede deve 
fornecer o máximo possível de informação, para a eventualidade de outra pessoa precisar 
assumir a responsabilidade sobre a rede. 
Ao concluírem este módulo, os alunos deverão ser capazes de: 
• Dar nome a um roteador; 
• Definir senhas; 
• Examinar comandos show; 
• Configurar uma interface serial; 
• Configurar uma interface Ethernet; 
• Executar alterações em um roteador; 
• Salvar alterações em umroteador; 
• Configurar a descrição de uma interface; 
• Configurar um banner com a mensagem do dia; 
• Configurar tabelas de hosts; 
• Entender a importância dos backups e da documentação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cisco CCNA 3.1 61
3.1 Configurando um roteador 
3.1.1 Modos de comando da CLI 
Todas as alterações de configuração de um roteador Cisco através da interface da linha 
de comando (CLI) são feitas a partir do modo de configuração global. É possível entrar 
em outros modos mais específicos, dependendo da alteração de configuração que for 
necessária, mas todos esses modos específicos são subconjuntos do modo de 
configuração global. 
Visão Geral do Modo do Roteador 
 
Os comandos do modo de configuração global são usados em um roteador para aplicar 
instruções de configuração que afetem o sistema como um todo. O comando a seguir 
muda o roteador para o modo de configuração global e permite inserir comandos a partir 
do terminal:
 
 
OBSERVAÇÃO: 
O prompt muda para indicar que agora o roteador está no modo de configuração global. 
Router#configure terminal 
 
Router(config)# 
 
 
 
Cisco CCNA 3.1 62
O modo de configuração global, muitas vezes apelidado config global, é o principal modo 
de configuração. Estes são apenas alguns dos modos em que se pode entrar a partir do 
modo de configuração global: 
• Modo de interface; 
• Modo de linha; 
• Modo de roteador; 
• Modo de subinterface; 
• Modo de controlador. 
Quando se entra nesses modos específicos, o prompt do roteador muda para indicar o 
modo de configuração atual. Quaisquer alterações de configuração que forem feitas 
aplicam-se somente às interfaces ou aos processos cobertos por esse modo específico. 
Digitar exit a partir de um desses modos de configuração específicos leva o roteador de 
volta ao modo de configuração global. Pressionar Ctrl-Z faz com que o roteador saia 
completamente dos modos de configuração e o leva de volta ao modo EXEC privilegiado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cisco CCNA 3.1 63
3.1.2 Configurando o nome de um roteador 
Uma das primeiras tarefas de configuração é dar um nome exclusivo ao roteador. Essa 
tarefa é realizada no modo de configuração global usando os seguintes comandos: 
Router(config)#hostname Tokyo 
 
Tokyo(config)# 
Assim que a tecla Enter é pressionada, o prompt muda, passando do nome do host 
padrão (Router) para o nome do host recém-configurado, que, neste exemplo, é Tokyo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cisco CCNA 3.1 64
3.1.3 Configurando senhas de roteador 
As senhas restringem o acesso aos roteadores. Sempre se deve configurar senhas para 
as linhas do terminal virtual e para a linha do console. As senhas também são usadas 
para controlar o acesso ao modo EXEC privilegiado, para que apenas usuários 
autorizados possam fazer alterações no arquivo de configuração. 
Os comandos a seguir são usados para definir uma senha opcional, mas recomendável, 
na linha do console: 
Router(config)#line console 0 
 
Router(config-line)#password <senha> 
 
Router(config-line)#login 
Deve-se definir uma senha em uma ou mais linhas de terminal virtual (VTY), para que os 
usuários tenham acesso remoto ao roteador usando Telnet. Geralmente, os roteadores 
Cisco suportam cinco linhas VTY numeradas de 0 a 4, embora diferentes plataformas de 
hardware suportem quantidades diferentes de conexões VTY. Freqüentemente, usa-se a 
mesma senha para todas as linhas, mas às vezes uma linha é definida de maneira 
exclusiva para oferecer uma entrada de fall-back (respaldo) ao roteador se as outras 
quatro conexões estiverem ocupadas. São usados os seguintes comandos para definir a 
senha nas linhas VTY: 
Router(config)#line vty 0 4 
 
Router(config-line)#password <senha> 
 
Router(config-line)#login 
A senha de ativação e o segredo de ativação são usados para restringir o acesso ao 
modo EXEC privilegiado. A senha de ativação só é usada se o segredo de ativação não 
tiver sido definido. É recomendável que o segredo de ativação esteja sempre ativado e 
seja sempre usado, já que ele é criptografado e a senha de ativação não é. Estes são os 
comandos usados para definir as senhas de ativação: 
Router(config)#enable password <senha> 
 
Router(config)#enable secret <senha> 
Às vezes não é desejável que as senhas sejam mostradas em texto claro na saída dos 
comandos show running-config ou show startup-config. Este comando é usado para 
criptografar as senhas na saída da configuração: 
Router(config)#service password-encryption 
 
 
 
Cisco CCNA 3.1 65
O comando service password-encryption aplica criptografia fraca a todas as senhas 
não criptografadas. O comando enable secret <senha> usa um algoritmo MD5 forte para 
a criptografia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cisco CCNA 3.1 66
3.1.4 Examinando os comandos show 
Há muitos comandos show que podem ser usados para examinar o conteúdo de arquivos 
do roteador e para a solução de problemas. Tanto no modo EXEC privilegiado quanto no 
modo EXEC do usuário, o comando show ? Fornece uma lista dos comandos show 
disponíveis. A lista é consideravelmente maior no modo EXEC privilegiado do que no 
modo EXEC do usuário. 
• show interfaces: Exibe todas as estatísticas para todas as interfaces do roteador. 
Para ver as estatísticas de uma interface específica, insira o comando show 
interfaces seguido da interface específica e do número da porta. Por exemplo: 
Router#show interfaces serial 0/1
• show controllers serial: Exibe informações específicas da interface de hardware. 
Este comando deve incluir também o número de porta ou slot/porta da interface 
serial. Por exemplo: 
Router#show controllers serial 0/1 
• show clock: Mostra o horário definido no roteador 
• show hosts: Mostra uma lista em cache dos nomes e endereços dos hosts 
• show users: Exibe todos os usuários que estão conectados ao roteador 
• show history: Exibe um histórico dos comandos que foram inseridos 
• show flash: Exibe informações sobre a memória flash e quais arquivos do IOS 
estão armazenados nela 
• show version: Exibe informações sobre a versão do software carregado no 
momento, além de informações de hardware e dispositivo 
• show ARP: Exibe a tabela ARP do roteador 
• show protocol: Exibe o status global e o status específico da interface de 
quaisquer protocolos de camada 3 configurados 
• show startup-config: Exibe o conteúdo da NVRAM, se presente e válido, ou exibe 
o arquivo de configuração apontado pela variável de ambiente CONFIG_FILE 
• show running-config: Exibe o conteúdo do arquivo de configuração em execução 
ou o arquivo de configuração para uma interface específica, ou informação de 
mapa de classes 
 
 
Cisco CCNA 3.1 67
3.1.5 Configurando uma interface serial 
Uma interface serial pode ser configurada a partir do console ou através de uma linha de 
terminal virtual. Para configurar uma interface serial, siga estas etapas: 
1. Entre no modo de configuração global; 
2. Entre no modo de interface; 
3. Especifique o endereço da interface e a máscara de sub-rede; 
4. Se houver um cabo DCE conectado, defina a taxa do clock; pule esta etapa se 
houver um cabo DTE conectado; 
5. Ligue a interface. 
Cada interface serial conectada precisa ter um endereço IP e uma máscara de sub-rede 
se for esperado que a interface roteie pacotes IP. Configure o endereço IP usando os 
seguintes comandos: 
Router(config)#interface serial 0/0 
 
Router(config-if)#ip address <endereço IP> <máscara de rede> 
As interfaces seriais necessitam de um sinal de clock para controlar a temporização das 
comunicações. Na maioria dos ambientes, umdispositivo DCE (por exemplo, um CSU) 
fornece o clock. Por padrão, os roteadores Cisco são dispositivos DTE, mas podem ser 
configurados como dispositivos DCE. 
Em links seriais que estão diretamente interconectados, como em um ambiente de 
laboratório, um lado deve ser considerado um DCE e fornecer um sinal de clock. O clock 
é ativado e a velocidade é especificada com o comando clock rate. As taxas de clock 
disponíveis, em bits por segundo, são: 1200, 2400, 9600, 19200, 38400, 56000, 64000, 
72000, 125000, 148000, 500000, 800000, 1000000, 1300000, 2000000 ou 4000000. 
Entretanto, algumas taxas de bits podem não estar disponíveis em certas interfaces 
seriais, dependendo de sua capacidade. 
Por padrão, as interfaces ficam desligadas, ou desativadas. Para ligar ou ativar uma 
interface, use o comando no shutdown. Se uma interface precisar ser desativada 
administrativamente para manutenção ou solução de problemas, use o comando 
shutdown para desligá-la. 
No ambiente do laboratório, a configuração da taxa de clock que será usada é de 56000. 
Os comandos para definir uma taxa de clock e ativar uma interface serial são os 
seguintes: 
Router(config)#interface serial 0/0 
Router(config-if)#clock rate 56000 
Router(config-if)#no shutdown
 
 
 
 
 
Cisco CCNA 3.1 68
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cisco CCNA 3.1 69
 
3.1.6 Alterando configurações 
Se uma configuração exigir modificação, vá para o modo apropriado e insira o comando 
adequado. Por exemplo, se for necessário ativar uma interface, entre no modo de 
configuração global, entre no modo de interface e emita o comando no shutdown. 
Para verificar as alterações, use o comando show running-config. Esse comando exibe 
a configuração atual. Se as variáveis exibidas não forem as esperadas, o ambiente pode 
ser corrigido através de uma ou mais das seguintes ações: 
• Emita a forma no de um comando de configuração. 
• Recarregue o sistema para voltar ao arquivo de configuração original da NVRAM. 
• Copie um arquivo de configuração armazenado a partir de um servidor TFTP. 
• Remova o arquivo de configuração de inicialização com erase startup-config e, 
em seguida, reinicie o roteador e entre no modo de configuração. 
Para salvar as variáveis de configuração no arquivo de configuração de inicialização na 
NVRAM, insira o seguinte comando no prompt EXEC privilegiado: 
Router#copy running-config startup-config
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cisco CCNA 3.1 70
 
 
3.1.7 Configurando uma interface Ethernet 
Uma interface Ethernet pode ser configurada a partir do console ou de uma linha de 
terminal virtual. 
Cada interface Ethernet precisa ter um endereço IP e uma máscara de sub-rede se for 
esperado que a interface roteie pacotes IP. 
Para configurar uma interface Ethernet, siga estas etapas: 
1. Entre no modo de configuração global; 
2. Entre no modo de configuração da interface; 
3. Especifique o endereço da interface e a máscara de sub-rede; 
4. Ative a interface. 
Por padrão, as interfaces ficam desligadas, ou desativadas. Para ligar ou ativar uma 
interface, use o comando no shutdown. Se uma interface precisar ser desativada 
administrativamente para manutenção ou solução de problemas, use o comando 
shutdown para desligá-la. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cisco CCNA 3.1 71
 
 
 
3.2 Terminando a configuração 
3.2.1 Importância dos padrões de configuração 
É importante desenvolver padrões para os arquivos de configuração dentro de uma 
organização. Isso permite controlar a quantidade de arquivos de configuração que devem 
ser mantidos, e como e onde esses arquivos são armazenados. 
 
Um padrão é um conjunto de regras ou procedimentos que são amplamente utilizados ou 
são especificados oficialmente. Sem padrões em uma organização, uma rede pode ficar 
caótica caso ocorra uma interrupção do serviço. 
Para gerenciar uma rede, deve haver um padrão de suporte centralizado. Configuração, 
segurança, desempenho e outras questões devem ser tratados adequadamente para que 
a rede funcione sem problemas. Criar padrões para a consistência da rede ajuda a reduzir 
a sua complexidade, o tempo de inatividade não planejado e a exposição a incidentes que 
podem ter impacto no desempenho da rede. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cisco CCNA 3.1 72
 
 
3.2.2 Descrições de interface 
Uma descrição de interface deve ser usada para identificar informações importantes, tais 
como um roteador distante, um número de circuito ou um segmento de rede específico. 
Uma descrição de uma interface pode ajudar um usuário da rede a lembrar-se de 
informações específicas sobre a interface, tais como qual rede a interface atende. 
 
O objetivo da descrição é ser simplesmente um comentário sobre a interface. Embora a 
descrição apareça nos arquivos de configuração que existem na memória do roteador, ela 
não afeta a operação do roteador. As descrições são criadas seguindo um formato padrão 
que se aplica a cada interface. A descrição pode incluir a finalidade e a localização da 
interface, outros dispositivos ou locais conectados à interface e identificadores de 
circuitos. As descrições permitem que o pessoal de suporte entenda melhor o escopo dos 
problemas relacionados a uma interface e permitem uma solução mais rápida dos 
problemas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cisco CCNA 3.1 73
 
 
3.2.3 Configurando a descrição da interface 
Para configurar a descrição de uma interface, entre no modo de configuração global. A 
partir daí, entre no modo de configuração de interface. Use o comando description 
seguido da informação. 
 
Etapas do procedimento: 
1. Entre no modo de configuração global, inserindo o comando configure terminal. 
2. Entre no modo da interface específica (por exemplo, interface Ethernet 0) interface 
ethernet 0. 
3. Insira a descrição do comando seguida da informação que deve ser exibida. Por 
exemplo, Rede XYZ, Prédio 18. 
4. Saia do modo de interface, voltando para o modo EXEC privilegiado, usando o 
comando ctrl-Z. 
5. Salve as alterações da configuração na NVRAM, usando o comando copy 
running-config startup-config. 
Eis dois exemplos de descrições de interface: 
interface Ethernet 0
description LAN Engenharia, Prédio 2
interface serial 0
description ABC rede 1, Circuito 1 
 
 
 
 
 
 
 
Cisco CCNA 3.1 74
 
 
 
 
3.2.4 Banners de login 
Um banner de login é uma mensagem que é exibida no login e que é útil para transmitir 
mensagens que afetam todos os usuário da rede, tais como avisos de paradas iminentes 
do sistema. 
Os banners de login podem ser vistos por qualquer pessoa. Portanto, deve-se tomar 
cuidado com as palavras da mensagem do banner. "Bem-vindo" é um convite para que 
qualquer pessoa entre em um roteador e, provavelmente, não é uma mensagem 
adequada. 
Exibição de Login Banner 
 
Um banner de login deve ser um aviso para que não se tente o login a menos que se 
tenha autorização. Uma mensagem tal como "Este sistema é protegido. Só é permitido 
acesso autorizado!" instrui os visitantes indesejáveis que qualquer intrusão além daquele 
ponto é indesejada e ilegal. 
 
 
 
 
 
 
 
Cisco CCNA 3.1 75
 
 
3.2.5 Configurando a mensagem do dia (MOTD) 
Um banner com a mensagem do dia pode ser exibido em todos os terminais conectados. 
Entre no modo de configuração global para configurar um banner com a mensagem do 
dia (MOTD). Use o comando banner motd, seguido de um espaço e um caractere 
delimitador, tal como o sinal de sustenido (#). Adicione uma mensagem do dia seguida de 
um espaço e de um caractere delimitador novamente. 
 
Siga estas etapas para criar e exibir uma mensagem

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