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Aula 06

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Aula 06
Noções de Direito Administrativo p/ PRF - Policial - 2014/2015 (Com videoaulas)
Professor: Daniel Mesquita
Noções de Direito Administrativo para Policial 
(2014/2015) da PRF. Aula e exercícios 
comentados. 
Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 06 
 
 
Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 56 
Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita 
Aula 06: Servidores Públicos. 
 
SUMÁRIO 
1) INTRODUÇÃO À AULA 06 1 
2) REGIME DISCIPLINAR 2 
2.1 DOS DEVERES 3 
2.2 DAS PROIBIÇÕES 4 
2.3 DA ACUMULAÇÃO 6 
2.4 DAS PENALIDADES 10 
3) DAS RESPONSABILIDADES 20 
3.1 RESPONSABILIDADE CIVIL 20 
3.2 RESPONSABILIDADE PENAL 21 
3.3 RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA 22 
4) PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR 23 
5) RESUMO DA AULA 43 
6) QUESTÕES 48 
7) REFERÊNCIAS 55 
 
 
1) Introdução à aula 06 
 
Bem vindos à nossa aula 06 de Direito Administrativo para o 
concurso de Policial (2014/2015) da PRF. 
Nesta aula 06, abordaremos a matéria: ³4.2 Direitos e deveres dos 
funcionários públicos; regimes jurídicos. 4.3 Processo administrativo: 
conceito, princípios, fases e modalidades.´� 
Noções de Direito Administrativo para Policial 
(2014/2015) da PRF. Aula e exercícios 
comentados. 
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Como você pode observar, o conteúdo é bem extenso. Será que o 
examinador irá cobrar tudo isso? 
É, meus caros, se ele quiser ele pode cobrar! O pior é isso! 
Sugiro que você tenha aberto, ao lado desta aula, o texto da Lei nº 
8.112/90, pois é impossível dar todos os detalhes da 8.112/90 em uma 
aula. Pegamos aqui os pontos mais importantes e os mais cobrados em 
concursos, mas como a lei é cheia de detalhes, não tenha preguiça de 
ler todo o seu texto. 
Não se esqueça de que, ao final, você terá um resumo da aula e as 
questões tratadas ao longo dela. Use esses pontos da aula na véspera 
da prova! 
Chega de papo, vamos à luta! 
 
 
2) Regime Disciplinar 
 
Se você já teve contato com o direito administrativo, você sabe 
que a Administração goza do poder disciplinar. 
O poder disciplinar é um poder-dever que cabe à Administração de 
examinar infrações cometidas por servidores públicos e demais 
pessoas com vínculo jurídico específico, sujeitas à disciplina 
administrativa. Podendo ainda aplicar penalidades se necessário após 
a devida averiguação dos fatos. 
Esse poder disciplinar está intimamente ligado ao poder 
hierárquico. No momento em que à administração exerce o controle 
interno das pessoas a ela vinculadas, exerce o poder disciplinar em uma 
relação decorrente do poder hierárquico. 
Nos contratos administrativos regidos pela Lei nº 8.666/93 não há 
hierarquia. Apesar das cláusulas exorbitantes nos contratos 
Noções de Direito Administrativo para Policial 
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administrativos, a Administração e o particular contratado não se 
situam em uma relação de subordinação. 
Contudo, as bancas vêm adotando cegamente o posicionamento 
doutrinário de Vicente de Paulo e Marcelo Alexandrino de que as 
sanções administrativas a que se sujeitam os contratados decorrem do 
SRGHU� GLVFLSOLQDU�� XPD� YH]� TXH� HVWH� VHULD� ³XP� YtQFXOR� MXUtGLFR�
HVSHFtILFR´�� 
Por isso, fique atento: para concurso, o poder disciplinar 
fundamenta as sanções aplicadas nos contratos administrativos. 
CUIDADO: Quando o assunto é a aplicação de pena para crimes e 
contravenções próprias do Código Penal pelo Poder Judiciário, não há 
manifestação do poder disciplinar. Nesse caso, o poder público está 
exercendo poder punitivo do Estado e não o poder disciplinar. 
A Lei 8.112/90 dispõe, em linhas gerais, como deve ser exercido 
esse poder disciplinar com relação ao servidor público. 
O regime disciplinar encontra previsão no título IV da Lei 8.112. 
Os seus capítulos dispõem: Capítulo I- Dos Deveres; II- Das Proibições; 
III- Da acumulação; IV- Das Responsabilidades; V- Das Penalidades. 
Veremos a seguir cada um desses capítulos: 
 
2.1 Dos Deveres 
Com relação aos deveres, vale a transcrição do art. 116 da Lei 
8.112/90: 
Art. 116. São deveres do servidor: 
I - exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo; 
II - ser leal às instituições a que servir; 
III - observar as normas legais e regulamentares; 
IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais; 
V - atender com presteza: 
a) ao público em geral, prestando as informações requeridas, ressalvadas as 
protegidas por sigilo; 
b) à expedição de certidões requeridas para defesa de direito ou 
esclarecimento de situações de interesse pessoal; 
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c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública. 
VI - levar ao conhecimento da autoridade superior as irregularidades de que 
tiver ciência em razão do cargo; (Vide Lei nº 12.527, de 2011) 
VII - zelar pela economia do material e a conservação do patrimônio público; 
VIII - guardar sigilo sobre assunto da repartição; 
IX - manter conduta compatível com a moralidade administrativa; 
X - ser assíduo e pontual ao serviço; 
XI - tratar com urbanidade as pessoas; 
XII - representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder. 
 
PRESTE BEM ATENÇAO PARA O DEVER INSERTO NO INCISO 
IV: CUMPRIR AS ORDENS SUPERIORES, EXCETO QUANDO 
MANIFESTAMENTE ILEGAIS. 
E se o servidor receber uma ordem ilegal o que ele deve fazer? 
O servidor não deverá cumpri-la e, além disso, neste momento 
também aparece o dever do servidor de representar contra o superior 
que lhe deu a ordem. 
Cada um dos deveres violados terá uma sanção. 
 
2.2 Das Proibições 
Além dos deveres, a Lei n. 8.112/90 arrola várias proibições. 
Estas são específicas e a lei comina a sanção que deverá ser aplicada 
caso o agente incorra em cada uma delas. 
Vejamos a classificação das proibições com modelo semelhante ao 
proposto por Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo: 
1. Proibições que acarretam advertência (a numeração foi 
feita de acordo com a posição dos incisos): 
 
 
 
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 Art. 117. Ao servidor é proibido: 
I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do 
chefe imediato; 
II - retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer 
documento ou objeto da repartição; 
III - recusar fé a documentos públicos; 
IV - opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo ou 
execução de serviço; 
V - promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição; 
VI - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, 
o desempenho de atribuição que seja de suaresponsabilidade ou de seu 
subordinado; 
VII - coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a associação 
profissional ou sindical, ou a partido político; 
VIII - manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, 
cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau civil; 
XIX - recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando solicitado. 
 
2. Proibições que se infringidas têm por consequência a 
suspensão: 
Art. 117. Ao servidor é proibido: 
XVII - cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa, 
exceto em situações de emergência e transitórias; 
XVIII - exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o 
exercício do cargo ou função e com o horário de trabalho; 
Lembre-se que, nos casos de reincidência em que o servidor já 
foi penalizado com a advertência, a suspenção poderá ser aplicada. 
Além disso, a suspensão é de aplicação residual, ou seja, se não 
houver previsão de outra penalidade, a suspensão deve ser aplicada. 
3. Poderá ocasionar a demissão 
 Art. 117. Ao servidor é proibido: 
IX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em 
detrimento da dignidade da função pública; 
X - participar de gerência ou administração de sociedade privada, 
personificada ou não personificada, exercer o comércio, exceto na 
qualidade de acionista, cotista ou comanditário;XI - atuar, como procurador 
ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo quando se tratar de 
benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau, 
e de cônjuge ou companheiro; 
XII - receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer 
espécie, em razão de suas atribuições; 
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XIII - aceitar comissão, emprego ou pensão de estado estrangeiro; 
XIV - praticar usura sob qualquer de suas formas; 
XV - proceder de forma desidiosa; 
XVI - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou 
atividades particulares; 
 
2.3 Da acumulação 
A regra geral é a vedação à acumulação. Assim, somente nas 
hipóteses expressamente previstas no texto constitucional será ela 
lícita, mesmo assim, quando houver compatibilidade de horários. 
 A vedação só existe quando ambos os cargos, empregos ou 
funções forem remunerados. As exceções somente admitem dois 
cargos, empregos ou funções, inexistindo qualquer hipótese de tríplice 
acumulação, a não ser que uma das funções não seja remunerada. 
 A proibição de acumular estende-se a empregos e funções e 
abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de 
economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou 
indiretamente, pelo poder público. 
 Quando houver compatibilidade de horários, é possível 
acumular: 
1. Dois cargos de PROFESSOR; 
2. Um cargo de PROFESSOR com outro, TÉCNICO OU 
CIENTÍFICO; 
3. Dois cargos ou empregos PRIVATIVOS DE 
PROFISSIONAIS DE SAÚDE, com profissões 
regulamentadas. 
O servidor que acumular licitamente dois cargos efetivos, quando 
investido em cargo de provimento em comissão, ficará afastado de 
ambos os cargos efetivos, salvo na hipótese em que houver 
compatibilidade de horário e local com o exercício de um deles, 
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declarada pelas autoridades máximas dos órgãos ou entidades 
envolvidos. 
Importante notar a existência, no texto constitucional, de outras 
hipóteses em que é lícita a acumulação remunerada, a saber: 
1. Permissão de acumulação para os VEREADORES; 
2. Permissão para os JUÍZES exercerem o MAGISTÉRIO; 
3. Permissão para os MEMBROS DO MINISTÉRIO PÚBLICO 
exercerem o MAGISTÉRIO. 
A proibição de acumular é a mais ampla possível, abrangendo, 
salvo as exceções constitucionalmente previstas, qualquer agente 
público remunerado em qualquer poder ou esfera da Federação. 
Quanto ao tratamento dado à percepção simultânea de 
remuneração e de proventos de aposentadoria, o art. 37, §10, da 
Constituição Federal, prevê que é vedada a percepção simultânea 
de proventos de aposentadoria decorrentes do art. 40 ou dos 
arts. 42 e 142 com a remuneração de cargo, emprego ou função 
pública, RESSALVADOS (ou seja, nas hipótese a seguir será possível 
a acumulação de aposentadorias): 
1. os cargos acumuláveis na forma desta Constituição; 
2. os cargos eletivos; e 
3. os cargos em comissão declarados em lei de livre 
nomeação e exoneração. 
Como se vê, um juiz pode ter a aposentadoria de seu cargo de 
juiz e uma de magistério, pois são cargos acumuláveis na atividade. 
Além disso, entende-se que a soma dessas aposentadorias não pode ser 
superior ao TETO. 
ATENÇÃO!!! Não se enquadram na proibição de acumulação 
de proventos com remuneração os proventos recebidos em 
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decorrência de aposentadoria obtida pelo regime geral de 
previdência (RGPS), de que trata o art. 201 da Constituição. 
 
 
 
 
1. (CESPE - 2014 - PM-CE - Oficial da Polícia Militar) A 
proibição de acumular cargos públicos alcança todos os órgãos da 
administração direta, autárquica e fundacional, não se estendendo 
apenas aos empregos situados nas empresas públicas, sociedades de 
economia mista e suas subsidiárias, cujo pessoal está submetido a 
regime jurídico de direito privado. 
A proibição de acumular estende-se a empregos e funções e 
abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de 
economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou 
indiretamente, pelo poder público. 
Gabarito: Errado. 
 
2. (CESPE ± 2013 ± TRF2ª região ± Juiz Federal ± questão 
adaptada). É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, 
exceto quando, havendo compatibilidade de horários, caracterizar-se 
uma das seguintes situações: dois cargos ou empregos privativos de 
profissionais de saúde; dois cargos de professor; ou um cargo de 
professor com outro de natureza técnica ou científica. 
Nessa questão o Cespe foi um pouco maldoso! O Erro da questão é 
muito sutil. O Art 37 CF XVI dispõe: é vedada a acumulação 
remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver 
Questão de 
concurso 
 
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compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no 
inciso XI: 
a) a de dois cargos de professor; 
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico; 
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de 
saúde, com profissões regulamentadas. 
O item então está incorreto. 
3. (CESPE - 2011 - TCU - Auditor Federal de Controle Externo)Servidor público que ocupe cargo de médico na administração direta da 
União e cargo de professor em uma universidade pública federal, ambos 
remunerados, pode, havendo compatibilidade de horários entre as 
atividades, ocupar outro cargo público remunerado de médico, desde 
que esse cargo se situe no âmbito da administração de um estado-
membro, do Distrito Federal ou de um município. 
Em nenhuma das hipóteses que estudamos é possível acumular 
três cargos. Tal hipótese não está prevista na Constituição. Item errado. 
4. (FMP-RS - 2011 - TCE-RS - Auditor Público Externo ± 
Administração) No que concerne aos servidores públicos civis, segundo 
a Constituição Federal, assinale a alternativa INCORRETA. 
a) A investidura em cargo público depende de aprovação 
prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo 
com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma 
prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão 
declarado em lei de livre nomeação e exoneração. 
b) As funções de confiança, exercidas exclusivamente por 
servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a 
serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e 
percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às 
atribuições de direção, chefia e assessoramento. 
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c) Os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos 
brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim 
como aos estrangeiros, na forma da lei. 
d) É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, 
em qualquer hipótese. 
e) A proibição de acumular cargos públicos estende-se a 
empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresas 
públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades 
controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público. 
 
A alternativa incorreta é a letra d. Segundo o art. 37 inc. XVI - é 
vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando 
houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o 
disposto no inciso XI. 
2.4 Das Penalidades 
O servidor estará sujeito às penalidades sempre que descumprir 
suas obrigações e faltar com seus deveres. Devendo ser observado o 
processo disciplinar cabível. 
O artigo 127 prevê as penalidades disciplinares: 
 
 
 
 
 
O direito ao contraditório e ampla defesa deverá sempre ser 
observado. E ainda, o administrador não poderá inovar em sanções a 
serem aplicadas no servidor, tal dispositivo é numerusclausus. 
Você deve ter observado que há uma discricionariedade no grau 
de aplicação da pena, por isso sempre será analisado a natureza e a 
Art. 127. São penalidades disciplinares: 
I - advertência; 
II - suspensão; 
III - demissão; 
IV - cassação de aposentadoria ou disponibilidade; 
V - destituição de cargo em comissão; 
VI - destituição de função comissionada. 
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gravidade da infração cometida, bem como o princípio da 
proporcionalidade. 
É claro que a discricionariedade não atenua a obrigação da 
Administração de punir o servidor ou aquele que tem vinculo jurídico 
específico com a Administração quando esta tomar conhecimento do 
fato. 
Vamos a cada uma das penalidades? 
a) ADVERTÊNCIA: será aplicada nos casos que já citamos, 
em situações que são incabíveis penalidades mais graves. Destacamos 
ainda que a advertência será por escrito, e ficará no banco de dados 
do servidor sendo cancelada após 3 anos de efetivo exercício. 
Confira o art. 129 da Lei 8.112/90: 
 
 
 
Estudamos as situações descritas nas proibições dos servidores. 
b) SUSPENSÃO: será cabível nos casos de reincidência nos 
casos em que a advertência foi aplicada, além das situações já tratadas. 
O servidor poderá ser suspenso por no máximo 90 dias. 
A lei nos traz um caso específico de suspensão. Vamos conferir? 
 
 
 
Quando for conveniente ao serviço público, a penalidade de 
suspensão poderá ser convertida em multa, na base de 50% 
(cinqüenta por cento) por dia de vencimento ou remuneração, ficando o 
servidor obrigado a permanecer em serviço (art. 130, §2º). 
 Art. 129. A advertência será aplicada por escrito, nos casos de 
violação de proibição constante do art. 117, incisos I a VIII e XIX, e de 
inobservância de dever funcional previsto em lei, regulamentação ou 
norma interna, que não justifique imposição de penalidade mais grave. 
Art. 130 § 1oSerá punido com suspensão de até 15 (quinze) dias o 
servidor que, injustificadamente, recusar-se a ser submetido a inspeção 
médica determinada pela autoridade competente, cessando os efeitos da 
penalidade uma vez cumprida a determinação. 
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Essa hipótese é menos prejudicial ao servidor, uma vez que no 
período da suspensão ele fica sem receber os seus vencimentos. 
CUIDADO! Dentre as penalidades expostas no art. 127 da Lei 
���������QmR�H[LVWH�D�³SHQD�GH�PXOWD´��D�PXOWD�VHUi�DSOLFDGD�VRPente 
no caso de conversão da suspensão. 
O cancelamento do registro da suspensão só se dará após 5 anos 
de efetivo exercício. O cancelamento, contudo, não tem efeitos 
retroativos. 
Mais uma vez, isso deve ficar claro: o servidor não receberá 
remuneração no período da suspensão tampouco o tempo de suspensão 
será computado como tempo de serviço. 
c) DEMISSÃO: Neste caso não há cancelamento do registro da 
pena, o servidor perde o seu vinculo com a Administração e deixa de 
prestar o serviço público. Vimos acima que só uma proibição enseja a 
demissão se descumprida. 
Contudo, você deve estar atento ao art. 132 da Lei 8.112/90, que 
prevê diversas outras situações em que será aplicada a pena de 
demissão. Confira: 
Art. 132. A demissão será aplicada nos seguintes casos: 
I - crime contra a administração pública; 
II - abandono de cargo; 
III - inassiduidade habitual; 
IV - improbidade administrativa; 
V - incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição; 
VI - insubordinação grave em serviço; 
VII - ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em 
legítima defesa própria ou de outrem; 
VIII - aplicação irregular de dinheiros públicos; 
IX - revelação de segredo do qual se apropriou em razão do cargo; 
X - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional; 
XI - corrupção; 
XII - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas; 
XIII - transgressão dos incisos IX a XVI do art. 117. 
 
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Dessa forma, a demissãoestá vinculada a uma das situações 
específicas. Repito: A pena de demissão é um ato vinculado, ou seja, 
ocorrida uma das hipóteses descritas no quadro, o julgador deve aplicar 
a sanção de demissão ± ele não tem escolha! 
Nesse sentido, vale a transcrição do entendimento do Superior 
Tribunal de Justiça sobre o tema: 
3. "A Administração Pública, quando se depara com situações em que 
a conduta do investigado se amolda nas hipóteses de demissão ou 
cassação de aposentadoria, não dispõe de discricionariedade para 
aplicar pena menos gravosa por tratar-se de ato vinculado" (MS 
15.517/DF, Rel. Ministro Benedito Gonçalves, Primeira Seção, DJe 
18.2.2011). No mesmo sentido: MS 16.567/DF, Rel. Ministro Mauro 
Campbell Marques, Primeira Seção, DJe 18.11.2011). No mesmo 
sentido: MS 15.951/DF, Rel. Ministro Castro Meira, Primeira Seção, DJe 
27.9.2011. 
Segurança denegada. 
(MS 12.200/DF, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, PRIMEIRA SEÇÃO, 
julgado em 28/03/2012, DJe 03/04/2012) 
d) Cassação de aposentadoria ou indisponibilidade: Será 
aplicada no caso do inativo que houver cometido, na atividade, falta 
punível com a demissão. 
e) Destituição de cargo em comissão: será aplicada ao não 
ocupante de cargo efetivo nos casos de infração sujeita às penalidades 
de suspensão e de demissão (Art. 135 da Lei 8.112/90). 
Por fim, com relação às penalidades você deve atentar-se para o 
disposto no art. 137 da Lei nº 8.112/90: 
 
 
 
 
 
 
 
 
Esse dispositivo informa que, no caso de demissão ou a destituição 
de cargo em comissão, por ter o servidor valido do cargo para lograr 
Art. 137. A demissão ou a destituição de cargo em comissão, por 
infringência do art. 117, incisos IX e XI, incompatibiliza o ex-servidor para 
nova investidura em cargo público federal, pelo prazo de 5 (cinco) anos. 
Parágrafo único. Não poderá retornar ao serviço público federal o servidor 
que for demitido ou destituído do cargo em comissão por infringência do 
art. 132, incisos I, IV, VIII, X e XI. 
 
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proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função 
pública, e por atuar, como procurador ou intermediário, junto a 
repartições públicas, incompatibiliza o ex-servidor para nova investidura 
em cargo público federal, pelo prazo de 5 (cinco) anos. 
Lembre-se que não é considerada infração administrativa se o 
servidor atuar como procurador ou intermediário para obter benefícios 
previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau, e de 
cônjuge ou companheiro 
Ademais, o servidor público federal não poderá mais integrar 
qualquer cargo público federal se foi demitido ou destituído do cargo em 
comissão se foi demitido por: 
x crime contra a administração pública; 
x improbidade administrativa; 
x aplicação irregular de dinheiros públicos; 
x lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio 
nacional; 
x corrupção; 
Perceba que o servidor criminoso, ímprobo, corrupto ou aquele que 
causou lesão aos cofres públicos não poderá retornar ao serviço público 
se foi demitido ou destituído do cargo em comissão. 
Não podemos encerrar este tópico sem mencionar que não é uma 
penalidade, mas encontra previsão da Lei nº 8.112/90 o 
afastamento preliminar. 
Esse afastamento é uma medida cautelar adotada pela 
Administração que afasta o servidor de suas funções, pelo prazo de até 
60 dias (pode ser prorrogado por uma só vez), para que ele não 
influa na apuração da irregularidade cometida por ele. 
ATENÇÃO: Nesse período, o servidor continua recebendo! 
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Veja como esses temas são cobrados pelo CESPE: 
 
 
5. (CESPE - 2014 - MDIC - Agente Administrativo) Considere 
que um servidor vinculado à administração unicamente por cargo em 
comissão cometa uma infração para a qual a Lei n.º 8.112/1990 
preveja a sanção de suspensão. Nesse caso, se comprovadas a autoria 
e a materialidade da irregularidade, o servidor sofrerá a penalidade de 
destituição do cargo em comissão. 
Vimos que a destituição de cargo em comissão será aplicada ao 
não ocupante de cargo efetivo nos casos de infração sujeita às 
penalidades de suspensão e de demissão (Art. 135 da Lei 8.112/90). 
Gabarito: certo. 
 
6. (CESPE - 2014 - TC-DF - Analista de Administração Pública 
± Organizações) Uma vez instaurado o processo administrativo 
disciplinar para apuração da infração, o servidor poderá ser afastado de 
suas funções, por até sessenta dias, sem direito à remuneração do 
cargo. 
Como estudamos, a Lei nº 8.112/90 prevê o afastamento 
preliminar. Esse afastamento é uma medida cautelar adotada pela 
Administração que afasta o servidor de suas funções, pelo prazo de até 
60 dias (pode ser prorrogado por uma só vez), para que ele não influa 
na apuração da irregularidade cometida por ele. Porém, o servidor 
continua recebendo! Daí a incorreção da questão. 
Gabarito: Errado 
 
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7. (CESPE - 2014 - TJ-SE - Analista Judiciário ± Direito) 
Um servidor do estado de Sergipe, antes de se aposentar, apropriou-se 
indevidamente de bens do estado que estavam sob sua guarda e, após 
a sua aposentadoria, a administração descobriu a infração. Com relação 
a essa situação hipotética, julgue os itens subsecutivos. 
Caso a administração pública tenha tomado ciência do referido fato 
por denúncia anônima, ela não poderá instalar processo administrativo 
disciplinar, ainda que este tenha sido precedido de investigação 
preliminar em que tenham sido coletadas provas da autoria e da 
materialidade da infração. 
Pessoal, a denúncia anônima não pode ser usada como pretexto 
para o sujeito deixar de ser penalizado por prática com a Administração 
Pública. ferir algum direito do indivíduo, para isso, somente com decisão 
judicial. O STJ já teve a oportunidade de entender pelo cabimento de 
denúncia anônima desde que tenha sido precedido de investigação 
preliminar em que tenham sido coletadas provas da autoria e da 
materialidade da infração. 
Gabarito: Errado 
 
8. (CESPE - 2014 - TJ-SE - Analista Judiciário ± Direito) 
Um servidor do estado de Sergipe, antes de se aposentar, apropriou-se 
indevidamente de bens do estado que estavam sob sua guarda e, após 
a sua aposentadoria, a administração descobriu a infração. 
Com relação a essa situação hipotética, julgue os itens 
subsecutivos. 
 
Somente será cassada a aposentadoria do servidor se o mesmo 
for condenado pela prática, quando ainda na atividade, de falta que 
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teria determinado a sua demissão, ou demissão a bem do serviço 
público. 
Isso mesmo, pessoal! Como vimos, a Cassação de aposentadoria 
ou indisponibilidade será aplicada no caso do inativo que houver 
cometido, na atividade, falta punível com a demissão. 
Gabarito: Certo. 
 
9. (CESPE- 2010 - TCU - Auditor Federal de Controle Externo) 
Em processo administrativo disciplinar, a remoção de ofício de um 
servidor pode ser utilizada como forma de punição. 
A Lei 8.112/90 nos fala que são penalidades disciplinares: 
Art. 127. São penalidades disciplinares: 
I - advertência; 
II - suspensão; 
III - demissão; 
IV - cassação de aposentadoria ou disponibilidade; 
V - destituição de cargo de comissão; 
VI - destituição de função comissionada. 
 
 
Observe que a remoção não está entre as penalidades! 
Gabarito: Errado. 
 
10. (CESPE - 2011 - FUB - Analista de Tecnologia da Informação 
± Básicos) A conversão da penalidade de suspensão em multa, na base 
de 50% por dia de vencimento ou remuneração, poderá ocorrer na 
hipótese de o servidor permanecer obrigatoriamente na repartição e 
quando houver conveniência para a prestação do serviço. 
Vimos acima que a multa não é uma pena prevista na Lei nº 
8.112/90, mas a Administração pode converter a pena de suspensão 
em multa de 50% por dia de vencimento, desde que haja conveniência 
para a prestação do serviço e o servidor deve permanecer trabalhando 
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QD� UHSDUWLomR� �DUW�� ����� †� �ž�� ³Quando houver conveniência para o 
serviço, a penalidade de suspensão poderá ser convertida em multa, na 
base de 50% (cinqüenta por cento) por dia de vencimento ou 
remuneração, ficando o servidor obrigado a permanecer em serviço´�. 
Gabarito: Certo 
11. (CESPE - 2011 - STM - Técnico Judiciário - Segurança ± 
Específicos) Aplica-se suspensão em caso de reincidência de falta 
punida com advertência e de violação de proibição que não tipifique 
infração sujeita à penalidade de demissão, não podendo a suspensão 
exceder a noventa dias. 
Depois de estudar fica fácil. Essa questão cobra o texto literal do 
DUW�� ���� GD� /HL� Qž� ��������� �³A suspensão será aplicada em caso de 
reincidência das faltas punidas com advertência e de violação das 
demais proibições que não tipifiquem infração sujeita a penalidade de 
demissão, não podendo exceder de 90 (noventa) dias´�. 
Gabarito: Certo 
 
12. (CESPE - 2007 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Analista Judiciário 
- Área Judiciária) Pedro, servidor público federal ocupante de cargo 
efetivo, faltou ao trabalho por mais de 30 dias consecutivos, no período 
de 2/5/2002 a 10/6/2002. Em razão disso, foi aberto contra ele um 
processo administrativo disciplinar, em 15/8/2006. Com base nessa 
situação hipotética, julgue os itens seguintes, considerando o regime 
jurídico dos servidores públicos. 
Se Pedro for punido com a penalidade de suspensão, os seus 
registros serão cancelados com o decurso de prazo de 3 anos de efetivo 
exercício, desde que não pratique, nesse período, nova infração. 
Por favor, meu caro aluno, não caia nesse pega, fique atento ao 
art. 131 da Lei nº 8.112/90: 
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Veja que a suspensão terá seu registro cancelado em 5 anos e a 
advertência em 3 anos. 
Gabarito: Errado 
 
13. (CESPE - 2011 - FUB - Cargos de Nível Médio - 
Conhecimentos Básicos - Cargo 11 a 14, e 16) Na hipótese de o 
servidor público praticar nepotismo sob sua chefia imediata, a 
penalidade atribuída pelo regime jurídico dos servidores federais, via de 
regra, é a suspensão pelo prazo de trinta dias. 
Vimos acima que está sujeito a pena de advertência o servidor 
TXH� PDQWLYHU� ³sob sua chefia imediata, em cargo ou função de 
confiança, cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau civil´��
Assim, o gabarito é errado. 
14. (CESPE ± 2013 ± TRF2ª região ± Juiz Federal ± questão 
adaptada). Segundo a jurisprudência do STF e do STJ, nos casos de 
crimes afiançáveis praticados por servidores públicos, a existência de 
inquérito policial suprirá qualquer nulidade, quando não houver defesa 
preliminar. 
 Segundo a atual jurisprudência do STF, para o caso de crimes 
funcionais típicos afiançáveis, a defesa preliminar é indispensável 
mesmo quando a denúncia é lastreada em inquérito policial. 
O item portanto está incorreto. 
Art. 131. As penalidades de advertência e de suspensão terão seus 
registros cancelados, após o decurso de 3 (três) e 5 (cinco) anos de efetivo 
exercício, respectivamente, se o servidor não houver, nesse período, 
praticado nova infração disciplinar. 
 
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3) Das Responsabilidades 
 
O servidor público responde pelo exercício irregular de suas 
atribuições na esfera civil, penal e também administrativamente. 
 
3.1 Responsabilidade Civil 
Observe o que diz Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo sobre a 
UHVSRQVDELOLGDGH�FLYLO�� ³$� UHVSRQVDELOLGDGH�FLYLO�GRV�DJHQWHV�S~EOLFRV�p�
do tipo subjetiva, por culpa comum, isto é, eles só respondem pelos 
danos que causarem se o Estado provar que houve culpa e dolo 
(intenção) do servidor. A ação do Estado contra o agente público é 
GHQRPLQDGD�DomR�UHJUHVVLYD�´ 
 
 
O Estado irá responder pelos danos causados pelos seus agentes 
independente de dolo ou culpa, por isso responsabilidade objetiva. Já o 
agente público só responderá se comprovado que houve culpa ou dolo. 
Essa aferição depende de ação de regressiva a ser intentada no prazo 
prescricional de 3 anos. 
De forma bem simples podemos definir a ação regressiva citada 
pelos autores da seguinte forma: Quem irá ressarcir o dano causado 
pelo servidor ao terceiro será o Estado. Este por sua vez será 
indenizado pelo servidor que causou o dano. 
O servidor poderá ainda ter o desconto efetuado diretamente em 
seu vencimento, na forma da lei, independe de seu consentimento. 
 
 
 
Art. 122. A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, 
doloso ou culposo, que resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros. 
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15. (CESPE - 2013 - SERPRO - Analista - Advocacia) Caso o 
poder público seja condenado em ação de responsabilidade civil pelos 
danos causados por seu servidor a terceiro, caberá ação regressiva do 
Estado contra o servidor, ação está cujo prazo prescricional será de três 
anos. 
Exatamente como estudamos em aula. Ponto garantido para 
vocês. 
Resposta:Certo. 
3.2 Responsabilidade Penal 
Ao praticar crime ou contravenção o servidor responderá na 
esfera penal. 
 
 
Tendo em vista o princípio da independência as sanções penais, 
civis e administrativas, podem ser acumuladas. Porém a esfera penal 
WHP�XP�³SHVR´�PDLRU�VREUH�DV�GHPDLV��XPD�GHFLVmR�SRGH�³DFDUUHWDU�R�
reconhecimento automático da responsabilidade do servidor nas demais 
eVIHUDV´��FRQIRUPH�HQVLQDP�0DUFHOR�$OH[DQGULQR�H�9LFHQWH�3DXOR� 
Isso ocorre quando a sentença penal reconhece a autoria e a 
materialidade do fato irregular. Se houver decisão judicial nesse 
sentido, a Administração estará vinculada às conclusões sobre a autoria 
e a materialidade definidas na Justiça. 
Da mesma forma se ocorrer o contrário, ou seja, se a justiça 
criminal reconhecer a inocência (quanto à falta de autoria e a falta de 
materialidade), a possibilidade de julgá-lo culpado nas demais esferas 
será afastada. 
Art. 123. A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções 
imputadas ao servidor, nessa qualidade 
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MUITA ATENÇÃO! Se o servidor, em processo judicial, for 
absolvido por falta de provas, essa decisão judicial não vinculará a 
decisão da esfera administrativa. 
 
 
16. (CESPE - 2014 - CBM-CE - Primeiro-Tenente) A absolvição 
de servidor público na esfera penal, em virtude da inexistência de prova 
suficiente para a sua condenação, implica que, no âmbito disciplinar 
administrativo, o servidor não poderá ser punido em virtude do mesmo 
fato. 
Pessoal, muito cuidado com essa questão. Se a justiça criminal 
reconhecer a inocência (quanto à falta de autoria e a falta de 
materialidade), a possibilidade de julgá-lo culpado nas demais esferas 
será afastada. Porém, se o servidor, em processo judicial, for absolvido 
por falta de provas, essa decisão judicial não vinculará a decisão da 
esfera administrativa. 
Gabarito: errado 
 
17. (CESPE - 2011 - TRE-ES - Técnico Judiciário) Se 
determinado servidor, por ato cometido no exercício da função, for 
absolvido criminalmente por falta de provas, ele não poderá ser 
responsabilizado administrativamente pelo mesmo fato. 
Como estudado, item está errado. 
 
3.3 Responsabilidade Administrativa 
³O servidor responde administrativamente pelos ilícitos 
administrativos definidos na legislação estatutária e que apresentam os 
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mesmos elementos básicos do ilícito civil: Ação ou omissão contrária à 
lei, culpa ou dolo e dano´(Di Pietro). 
A administração que irá apurar as irregularidades cometidas pelo 
servidor público. A lei prevê a averiguação dos fatos através da 
sindicância e do processo administrativo disciplinar. 
Com a conclusão dos fatos, o servidor responderá 
disciplinarmente pelas irregularidades, como vimos no artigo 127 da 
8.112/90. 
 
4) Processo Administrativo Disciplinar 
 
Os ilícitos administrativos são apurados pelo processo 
administrativo disciplinar e os meios sumários. 
6HJXQGR� /DGLVDHO%HUQDGR� H� 6pUJLR� 9LDQD�� ³R� 3URFHVVR�
Administrativo pode ser conceituado com como um instrumento formal 
em que a Administração Pública, tendo como suporte o jus puniendi do 
Estado (via Poder Disciplinar, espécie do gênero Poder Administrativo), 
apura a existência de infrações de natureza funcional praticadas por 
seus servidores e, caso o apuratório resulte pela autoria da prática 
infracional, aplica a sanção adequada e prevista em instrumento legal 
SHUWLQHQWH�´ 
Veja o diz esse artigo: 
 
 
 
 
 
Aqui o legislador nos trouxe duas preciosas informações: 
Art. 148. O processo disciplinar é o instrumento destinado a apurar 
responsabilidade de servidor por infração praticada no exercício de suas 
atribuições, ou que tenha relação com as atribuições do cargo em que se 
encontre investido. 
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1º) O processo disciplinar é um instrumento destinado a apurar 
responsabilidade de servidor por infração praticada no exercício de suas 
atribuições. 
2º) O instrumento destinado a apurar responsabilidade de servidor 
por infração que tenha relação com as atribuições do cargo em que se 
encontre investido. 
No âmbito do direito disciplinar do servidor público há o processo 
administrativo disciplinar e a sindicância. 
Di Pietro definH�VLQGLFkQFLD�FRPR��³IDVH�SUHOLPLQDU�j�LQVWDXUDomR�GR 
processo administrativo; corresponderia ao inquérito policial que se 
realiza antes do processo penal... A lei não estabelece procedimento 
para a sindicância, que pode ser realizada por funcionário ou por 
FRPLVVmR�GH�IXQFLRQiULR�´ 
A sindicância pode ter duas naturezas: (a) preparatória e (b) 
punitiva. 
Na primeira, a sindicância apenas apura de modo preliminar a 
existência de anomalia na conduta do servidor. Se verificado que a 
prática do ato investigado pode se caracterizar como uma infração 
disciplinar, a sindicância concluirá pela necessidade de abertura de um 
processo administrativo disciplinar. Se afastada qualquer possibilidade 
de infração, a sindicância é arquivada. 
Na segunda natureza da sindicância ± a punitiva ± esse 
procedimento verificará, de plano, que o fato praticado pelo servidor 
caracteriza-se como ato infracional sujeito à sanção de repreensão 
ou suspensão de até 30 (trinta) dias. Nessa hipótese, não será 
necessária a abertura do processo disciplinar, poderá ser aplicada a 
repreensão ou a suspensão de até 30 dias no próprio procedimento da 
sindicância. 
Veja o que diz o art. 143 da Lei nº 8.112/90: 
 
 
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ATENÇÃO: Você não pode ler esse dispositivo sem se atentar para 
um fato de suma relevância: seja na sindicância PUNITIVA, seja no 
processo administrativo disciplinar, deve ser assegurado ao 
acusado a ampla defesa. 
Repare: na sindicância investigativa não é necessário observar a 
ampla defesa, pois esta se dará quando da abertura do processo 
administrativo disciplinar. 
Outras duas importantes características da sindicância é que ela 
deve ser concluída em 30 (trinta) dias, prorrogáveis por igual período, e 
que ela deve ser impulsionada por uma comissão disciplinar composta 
por três servidores. 
Assim, a sindicância, quando instaurada com caráter punitivo e não 
meramente investigatório ou preparatório de um processo disciplinar, 
tem natureza de verdadeiro processo disciplinar principal, no qual é 
indispensável a observância das garantias do contraditório e da ampladefesa e, além disso, do princípio da impessoalidade e da 
imparcialidade, mediante a convocação de uma comissão disciplinar 
composta por três servidores (STJ: REsp 509318). 
Vistas as principais características da sindicância, você pode passar 
para o estudo do processo administrativo disciplinar. 
A legislação brasileira retrata o PAD da seguinte forma: 
x Constituição Federal: 
Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores 
nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público. 
§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo: 
I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado; 
II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla 
 Art. 143. A autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço 
público é obrigada a promover a sua apuração imediata, mediante 
sindicância ou processo administrativo disciplinar, assegurada ao 
acusado ampla defesa. 
 
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x Lei 8.112/90 
 
 
 
 
 
Como se vê, quando o servidor estiver sujeito a penalidade de 
suspensão por mais de 30 (trinta) dias, demissão, cassação de 
aposentadoria ou disponibilidade, ou destituição de cargo em 
comissão, o procedimento que deve ser instaurado é o processo 
administrativo disciplinar. 
O PAD segue as seguintes fases: instauração, instrução, defesa, 
relatório e decisão. 
Veja bem, são 5 fases! INSTA ± INSTRU ± DE ± RE ±DE 
Mas essa sequência de fases pode ser simplificada com a seguinte 
operação: 
 
 
 
 
 
 
 
Com isso, teremos as três fases: instauração, inquérito e 
decisão. 
Para decorar: INSTA ± INQUÉ ± DE 
defesa; 
 III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na 
forma de lei complementar, assegurada ampla defesa. 
 
Art. 146. Sempre que o ilícito praticado pelo servidor ensejar a imposição 
de penalidade de suspensão por mais de 30 (trinta) dias, de 
demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade, ou 
destituição de cargo em comissão, será obrigatória a instauração de 
processo disciplinar. 
Instrução 
Defesa 
Relatório 
Inquérito 
administrativo 
(ou instrução 
sumária) 
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A instauração é promovida por meio da portaria de instauração. 
Ela é elemento processual indispensável, devendo estar juntada aos 
autos. A portaria, em sua redação, deve conter determinados requisitos 
formais essenciais, tais como, a identificação dos integrantes da 
comissão processante (nome, cargo e matrícula), destacando o 
presidente; o procedimento do feito (se sindicância ou PAD - no caso de 
rito sumário) e o nome e matrícula do servidor investigado. 
É importante observar que o Superior Tribunal de Justiça 
sedimentou o entendimento no sentido de que, na portaria de 
instauração do PAD, não é necessária a descrição detalhada dos fatos. 
Confira-se, nesse sentido, o seguinte trecho de um julgamento do 
STJ: 
- Na linha da jurisprudência desta Corte, a portaria inaugural do processo 
disciplinar está livre de descrever detalhes sobre os fatos da causa, tendo 
em vista que somente ao longo das investigações é que os atos ilícitos, a 
exata tipificação e os seus verdadeiros responsáveis serão revelados. 
(...) 
- A absolvição na seara criminal interfere no resultado do processo 
administrativo disciplinar apenas quando for reconhecida a efetiva 
inexistência do fato ou da autoria (art. 126 da Lei n. 8.112/1990), o que não 
aconteceu no caso em debate, em que a absolvição decorreu da ausência de 
provas. 
Mandado de segurança denegado. 
(MS 16.815/DF, Rel. Ministro CESAR ASFOR ROCHA, PRIMEIRA SEÇÃO, 
julgado em 11/04/2012, DJe 18/04/2012) 
 
E quem conduz, instrui e preside o PAD? Ou melhor, quem é a 
³$GPLQLVWUDomR´�QDV�IDVHV�GR�3$'" 
O PAD é conduzido por comissão processante composta de 3 
servidores estáveis. Isso quer dizer que eles devem ser ocupantes de 
cargo efetivos, ou seja, ingressaram na Administração por meio de 
concurso. 
ATENÇÃO: Recentemente, o STJ definiu que a estabilidade desse 
servidor se dá com 3 anos no serviço público e não no cargo. Isso quer 
dizer que o servidor da comissão deve ter ingressado no serviço público 
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(não importa se é no cargo atual ou não) há mais de 3 anos. Assim, não 
precisa o servidor da comissão ter 3 anos no mesmo cargo (MS 17583). 
Um dos servidores será o presidente da comissão. Essa autoridade 
deverá ser ocupante de cargo efetivo superior ou de mesmo nível, ou 
ter nível de escolaridade igual ou superior ao do indiciado. 
Confira, por oportuno, a redação do art. 149 da Lei nº 8.112/90: 
Art. 149. O processo disciplinar será conduzido por comissão composta de 
três servidores estáveis designados pela autoridade competente, observado o 
disposto no § 3o do art. 143, que indicará, dentre eles, o seu presidente, que 
deverá ser ocupante de cargo efetivo superior ou de mesmo nível, ou ter nível 
de escolaridade igual ou superior ao do indiciado. 
§ 1o A Comissão terá como secretário servidor designado pelo seu 
presidente, podendo a indicação recair em um de seus membros. 
§ 2o Não poderá participar de comissão de sindicância ou de inquérito, 
cônjuge, companheiro ou parente do acusado, consangüíneo ou afim, em 
linha reta ou colateral, até o terceiro grau. 
 
Então, as exigências feitas pela Lei aos três integrantes detentores 
de cargo efetivo são relacionadas ao nível do cargo efetivo ou de grau 
de escolaridade do presidente em relação ao acusado. 
Como o legislador colocou de forma expressa requisitos legais 
alternativos, não cabe ao aplicador da lei criar restrições que a norma 
não previu, tais como requisitos de nível de cargo ou grau de 
escolaridade dos vogais em relação ao acusado e de experiência de 
qualquer dos integrantes na matéria técnica de que cuida o processo. 
Outra coisa que você deve ter em mente é que a autoridade 
instauradora pode designar servidor experiente na matéria para 
integrar a comissão. Na comissão, pode haver servidores de órgão 
distinto do órgão de lotação do acusado, mas nesse caso, convém 
prévia solicitação ao titular daquele órgão. 
Já caiu em outras provas o seguinte questionamento: o servidor é 
obrigado a integrar a comissão quando for designado para tanto? 
Quanto a esse assunto saiba que a convocação, por parte da 
autoridade competente, para servidor integrar comissões disciplinares é 
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encargo obrigatório e irrecusável, não depende nem mesmode 
liberação do superior hierárquico do servidor indicado. 
Importante notar, ainda com relação à comissão, é que ela 
exercerá suas atividades com independência e imparcialidade, 
assegurado o sigilo necessário à elucidação do fato ou exigido pelo 
interesse da administração. 
Vistos os requisitos da instauração, ou melhor, da portaria, vamos 
à instrução. 
Na instrução, primeiro ato do inquérito administrativo, a 
Administração promoverá a tomada de depoimentos, acareações, 
investigações e diligências cabíveis, objetivando a coleta de prova, 
recorrendo, quando necessário, a técnicos e peritos, de modo a permitir 
a completa elucidação dos fatos. 
Concluída a inquirição das testemunhas, a comissão promoverá o 
interrogatório do acusado. 
A instrução se encerra com a tipificação da infração disciplinar, ou 
seja, a comissão processante informa qual dever foi violado pelo 
servidor ou qual ato infracional foi praticado. Aqui é onde ocorre o 
indiciamento do servidor. 
No indiciamento, os fatos devem ser bem especificados, de modo 
que o servidor saiba de qual acusação ele deve se defender e a qual 
pena ele está sujeito. 
O indiciamento é, em outras palavras, o instrumento de acusação 
formal do servidor inicialmente notificado para acompanhar o processo 
administrativo disciplinar, refletindo convicção preliminar da comissão 
de que ele cometeu irregularidade. 
O indiciamento é para o PAD o que a denúncia é para o processo 
penal. 
É dentro dos limites do indiciamento que o servidor deverá 
apresentar sua defesa escrita. Dessa forma, a indiciação (além da 
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notificação como acusado e da intimação para interrogar) é peça 
essencial no processo em que se cogita de responsabilização funcional. 
Se a Comissão entender por não indiciar o acusado, ele não será 
citado e nem precisará apresentar defesa escrita. 
Após a apresentação da defesa, a comissão processante 
apresentará seu relatório final, onde exporá as suas convicções e 
opinará pela aplicação da penalidade ou não ao servidor. 
Esta última foi a sequência de fases adotada pela lei. Veja o 
disposto no art. 151 da Lei nº 8.112/90: 
 
 
 
 
 
É bom observar, ainda, que, para não expor o servidor investigado, 
as reuniões e as audiências das comissões terão caráter reservado. 
Além disso, o PAD corre em sigilo na Administração. 
E com relação aos prazos, professor, em quanto tempo o PAD deve 
se encerrar? 
A Lei nº 8.112/90 informa que o PAD tem o prazo de 60 dias para 
sua conclusão (art. 152). Esse prazo pode ser prorrogado. 
E se a Administração não respeitar esse prazo e solicitar a 
prorrogação do prazo do PAD por diversas vezes ou se esquecer de 
pedir a prorrogação, o processo será nulo, professor? 
Não, meus caros. 
O STJ já sedimentou entendimento no sentido de que o excesso de 
prazo para a conclusão do processo administrativo disciplinar não 
conduz à sua nulidade, desde que não tenha causado qualquer prejuízo 
ao servidor (MS 12369). 
Além disso, o art. 169, § 1º, da Lei nº 8.112/90, prevê que o 
julgamento fora do prazo não implica em nulidade do processo. 
Art. 151. O processo disciplinar se desenvolve nas seguintes fases: 
I - instauração, com a publicação do ato que constituir a comissão; 
II - inquérito administrativo, que compreende instrução, defesa e 
relatório; 
III - julgamento. 
 
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A Lei nº 8.112/90 estabelece que o PAD poderá ser revisto, a 
qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando houver fatos novos ou 
circunstâncias suscetíveis de justificar a inocência do punido ou a 
inadequação da penalidade aplicada (art. 174). 
Mas, professor, é a comissão processante quem julga o servidor? 
Não, meu caro aluno, a comissão apenas conduz o PAD e faz o 
relatório final de caráter opinativo. O julgamento é realizado pelas 
autoridades assim definidas na Lei nº 8.112/90, de acordo com a 
infração sugerida no relatório final. Leia, com atenção o seguinte 
dispositivo: 
 Art. 141. As penalidades disciplinares serão aplicadas: 
I - pelo Presidente da República, pelos Presidentes das Casas do Poder 
Legislativo e dos Tribunais Federais e pelo Procurador-Geral da República, 
quando se tratar de demissão e cassação de aposentadoria ou 
disponibilidade de servidor vinculado ao respectivo Poder, órgão, ou entidade; 
II - pelas autoridades administrativas de hierarquia imediatamente 
inferior àquelas mencionadas no inciso anterior quando se tratar de 
suspensão superior a 30 (trinta) dias; 
III - pelo chefe da repartição e outras autoridades na forma dos respectivos 
regimentos ou regulamentos, nos casos de advertência ou de suspensão 
de até 30 (trinta) dias; 
IV - pela autoridade que houver feito a nomeação, quando se tratar de 
destituição de cargo em comissão. 
 
 
Para que esse importante tema de nosso estudo fique ainda mais 
claro, segue o quadro: 
 
Autoridade competente Sanção 
Presidente da República, Presidentes 
das Casas do Poder Legislativo e dos 
Tribunais Federais e pelo Procurador-
Geral da República 
demissão e cassação de 
aposentadoria ou disponibilidade 
Ministros de Estado, Presidentes de 
autarquias e fundações (autoridades 
suspensão superior a 30 (trinta) dias 
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administrativas de hierarquia 
imediatamente inferior àquelas 
mencionadas acima) 
Chefe da repartição advertência ou suspensão de até 30 
(trinta) dias; 
 
Autoridade que houver feito a 
nomeação, 
quando se tratar de destituição de 
cargo em comissão. 
 
MUITA ATENÇÃO AQUI! O Presidente da República pode 
delegar aos seus Ministros a competência de demitir servidores. 
Esse é o entendimento do Superior Tribunal de Justiça. Veja: 
 
 
 
OUTRA QUESTÃO IMPORTANTE: Pode a autoridade que vai julgar o 
PAD contrariar as conclusões da comissão processante e deixar de 
aplicar a penalidade sugerida ou absolver o servidor quando a comissão 
opinou pela condenação? 
Pode sim, contudo, em apenas uma hipótese: quando o relatório 
da comissão contrariar a prova dos autos. Nesse caso, a autoridade 
julgadora pode, de forma motivada, agravar ou abrandar a penalidade 
proposta ou, até mesmo, isentar o servidor de responsabilidade (art. 
168). 
Vamos complementar nossos estudos com a resolução de 
questões? Para que você se aprofunde ainda mais na matéria, 
recomendamos a leitura dos arts. 149 a 173 da Lei nº 8.112/90. 
Perceba o quanto esses dispositivos são importantes ao resolver as 
seguintes questões. 
 
 
³3RVVLELOLGDGH�GH�R�3UHVLGHQWH�GD�5HS~EOLFD�GHOHJDU�DRV�0LQLVWURV�GH�(VWDGR�
a competência para demitir servidores de seus respectivos quadros ± 
parágrafo único do art. 84, CF´. (MS 7.024/DF) 
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18. (CESPE - 2014 - CADE - Nível Superior - Conhecimentos 
Básicos) A respeito do processo administrativo disciplinar, julgue os 
itens subsecutivos. 
Caso o relatório da comissão processante de processo 
administrativo disciplinar conclua pela aplicação da penalidade de 
quarenta e cinco dias de suspensão a bibliotecário em exercício no 
CADE, os autos do processo deverão ser encaminhados ao ministro da 
Justiça, autoridade competente para decisão nesse processo. 
 
Isso mesmo, pessoal. Vamos relembrar o que acabamos de ver. 
 Art. 141. As penalidades disciplinares serão aplicadas: 
I - pelo Presidente da República, pelos Presidentes das Casas do Poder 
Legislativo e dos Tribunais Federais e pelo Procurador-Geral da República, 
quando se tratar de demissão e cassação de aposentadoria ou 
disponibilidade de servidor vinculado ao respectivo Poder, órgão, ou entidade; 
II - pelas autoridades administrativas de hierarquia imediatamente 
inferior àquelas mencionadas no inciso anterior quando se tratar de 
suspensão superior a 30 (trinta) dias; 
III - pelo chefe da repartição e outras autoridades na forma dos respectivos 
regimentos ou regulamentos, nos casos de advertência ou de suspensão 
de até 30 (trinta) dias; 
IV - pela autoridade que houver feito a nomeação, quando se tratar de 
destituição de cargo em comissão. 
Portanto, a autoridade administrativa de hierarquia inferior é o 
Ministro da Justiça. 
Gabarito: certo. 
 
19. (CESPE - 2014 - TJ-SE - Técnico Judiciário - Área Judiciária) 
A respeito de agentes públicos, responsabilidade civil do Estado e 
improbidade administrativa, julgue os itens que se seguem. 
Questões de 
concurso 
 
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À exceção dos magistrados, os servidores públicos efetivos 
estatutários do Poder Judiciário, após aquisição de estabilidade, apenas 
podem perder seus cargos por decisão em sentença judicial transitada 
em julgado ou em processo administrativo disciplinar, ou por 
decorrência de avaliação de desempenho insatisfatória ou por 
necessidade de redução de despesas com pessoal. 
Vamos rever o que acabamos de estudar? 
A última possibilidade de perda do cargo elencada na questão foi 
tirada da CF/88, senão vejamos: 
Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios não poderá exceder os 
limites estabelecidos em lei complementar. 
§ 3º Para o cumprimento dos limites estabelecidos com base 
neste artigo, durante o prazo fixado na lei complementar referida no 
caput, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios adotarão 
as seguintes providências: 
I - redução em pelo menos vinte por cento das despesas com 
cargos em comissão e funções de confiança; 
II - exoneração dos servidores não estáveis. 
§ 4º Se as medidas adotadas com base no parágrafo 
anterior não forem suficientes para assegurar o cumprimento da 
determinação da lei complementar referida neste artigo, o 
Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores 
nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público. 
§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo: 
I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado; 
II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla 
defesa; 
 III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na 
forma de lei complementar, assegurada ampla defesa. 
 
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servidor estável poderá perder o cargo, desde que ato normativo 
motivado de cada um dos Poderes especifique a atividade 
funcional, o órgão ou unidade administrativa objeto da redução 
de pessoal. 
Portanto, correta a qustão. 
Gabarito: certo. 
 
20. (CESPE - 2013 - STF - Analista Judiciário - Área Judiciária) 
Em se tratando de processo administrativo disciplinar, a autoridade 
instauradora pode, como medida cautelar e para que não haja 
interferências na apuração da irregularidade, decretar o afastamento do 
servidor investigado, sem prejuízo da remuneração. 
Perfeito, pessoal. É o que acabamos de estudar! 
Gabarito: certo 
 
21. (CESPE - 2009 - IBRAM-DF ± Advogado) Conforme 
entendimento do Superior Tribunal de Justiça (STJ), o controle 
jurisdicional a respeito do ato administrativo que impõe sanção 
disciplinar restringe-se aos seus aspectos meramente formais. 
Segundo posicionamento do STJ no MS 13.986/DF, "Em face dos 
princípios da proporcionalidade, dignidade da pessoa humana e 
culpabilidade, aplicáveis ao regime jurídico disciplinar, não há juízo de 
discricionariedade no ato administrativo que impõe sanção disciplinar a 
Servidor Público, razão pela qual o controle jurisdicional é amplo, 
de modo a conferir garantia aos servidores públicos contra 
eventual excesso administrativo, não se limitando, portanto, 
somente aos aspectos formais do procedimento sancionatório." 
Gabarito: Errado. 
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22. (CESPE - 2010 - TRE-BA - Analista Judiciário)O rito sumário 
do processo administrativo disciplinar aplica-se apenas à apuração das 
irregularidades de acumulação ilícita de cargos públicos, abandono de 
cargo e inassiduidade habitual. 
Vejamos o que dizem os arts. 133 e 140 da Lei 8.112/90: 
 
Art. 133. Detectada a qualquer tempo a acumulação ilegal de cargos, 
empregos ou funções públicas, a autoridade a que se refere o art. 143 
notificará o servidor, por intermédio de sua chefia imediata, para apresentar 
opção no prazo improrrogável de dez dias, contados da data da ciência e, na 
hipótese de omissão, adotará procedimento sumário para a sua apuração e 
regularização imediata, cujo processo administrativo disciplinar se 
desenvolverá nas seguintes fases: 
I - instauração, com a publicação do ato que constituir a comissão, a ser 
composta por dois servidores estáveis, e simultaneamente indicar a autoria e 
a materialidade da transgressão objeto da apuração; 
II - instrução sumária, que compreende indiciação, defesa e relatório; 
III - julgamento. 
(...) 
Art. 140. Na apuração de abandono de cargo ou inassiduidade 
habitual, também será adotado o procedimento sumário a que se 
refere o art. 133, observando-se especialmente que: 
I - a indicação da materialidade dar-se-á: 
a) na hipótese de abandono de cargo, pela indicação precisa do período de 
ausência intencional do servidor ao serviço superior a trinta dias; 
b) no caso de inassiduidade habitual, pela indicação dos dias de falta ao 
serviço sem causa justificada, por período igual ou superior a sessenta diasinterpoladamente, durante o período de doze meses; 
 
No caso de abandono de cargo e inassiduidade, a lei também 
afirma que será adotado o procedimento sumário. 
Gabarito: certo. 
 
23. (CESPE - 2009 - SEAD-SE (FPH) ± Procurador) O secretário 
de estado da saúde de determinado estado da Federação determinou a 
instauração de processo administrativo disciplinar para apurar fatos 
envolvendo irregularidades praticadas por servidor daquela secretaria. 
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Nessa situação, o processo administrativo disciplinar iniciar-se-á com a 
sindicância, que é um meio sumário e sigiloso de investigação, com o 
objetivo de apuração preliminar dos fatos, vedada a presença de partes 
e advogado. 
Vimos que as fases para instauração do PAD seguem a seguinte 
sequência: 
 
 
 
 
 
 
Para decorar: INSTA ± INQUÉ ± DE 
Gabarito: Errado. 
 
24. (CESPE - 2011 - FUB - Analista de Tecnologia da 
Informação) De acordo com entendimento do Supremo Tribunal 
Federal, a falta de defesa técnica por advogado no processo 
administrativo disciplinar não ofende a Constituição. 
Veja o que diz a súmula vinculante nº5 do STF: 
 
 
 
 
Gabarito: Certo 
 
25. (CESPE - 2011 - TRE-ES - Técnico Judiciário) O Ministro de 
Estado pode ser submetido a processo administrativo disciplinar, nos 
termos da Lei n.º 8.112/1990. 
Art. 151. O processo disciplinar se desenvolve nas seguintes fases: 
I - instauração, com a publicação do ato que constituir a comissão; 
II - inquérito administrativo, que compreende instrução, defesa e 
relatório; 
III - julgamento. 
 
A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo 
disciplinar não ofende a Constituição. 
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Sobre esse tema, a AGU editou o parecer vinculante nº GQ-35, que 
assim concluiu: 
³���A Lei n. 8.112, de 1990, comina a aplicação de penalidade a 
quem incorre em ilícito administrativo, na condição de servidor público, 
assim entendido a pessoa legalmente investida em cargo público, de 
provimento efetivo ou em comissão, nos termos dos arts. 2ºe 3º. Essa 
responsabilidade de que provém a apenação do servidor não alcança os 
titulares de cargos de natureza especial, providos em caráter precário e 
transitório, eis que falta a previsão legal da punição. Os titulares dos 
cargos de Ministro de Estado (cargo de natureza especial) se 
excluem da viabilidade legal de responsabilização 
administrativa, pois não os submete a positividade do regime jurídico 
dos servidores públicos federais aos deveres funcionais, cuja 
inobservância acarreta a penalidade administrativa. É que o processo 
disciplinar se destina "a apurar responsabilidade de servidor por 
infração praticada no exercício de suas atribuições, ou que tenha 
relação com as atribuições do cargo em que se encontra investido" (art. 
148 da Lei n. 8.112, de 1990)´. 
 
 
 
 
 
Por isso, o gabarito é errado. 
 
26. (CESPE - 2010 - ABIN - OFICIAL TÉCNICO DE 
INTELIGÊNCIA) Um servidor público federal que, admitido no serviço 
público, sem concurso público, em 1982, e atualmente lotado em 
determinado órgão público federal, seja indicado para integrar comissão 
Art.148 O processo disciplinar é o instrumento destinado a apurar 
responsabilidade de servidor por infração praticada no exercício de suas 
atribuições, ou que tenha relação com as atribuições do cargo em que se 
encontre investido. 
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de processo administrativo disciplinar estará impedido legalmente de 
presidir essa comissão. 
Aqui o que você não pode confundir o servidor ocupante de cargo 
efetivo com servidor estável. Para ser membro de comissão, o servidor 
deve ser estável. No caso do presidente da comissão, o art. 149 
determina que, além de ser estável, ele deve ser ocupante de cargo 
efetivo. Isso quer dizer que o presidente deve ter sido admitido no 
serviço público por meio de concurso público. Outros requisitos para ser 
presidente são: a autoridade deverá ser ocupante de cargo superior ou 
de mesmo nível, ou ter nível de escolaridade igual ou superior ao do 
indiciado. 
Gabarito: Certo. 
 
27. (CESPE - 2010 - PGM-RR - Procurador Municipal)A comissão 
de sindicância não é pré-requisito para a instauração do processo 
administrativo disciplinar. 
A comissão de sindicância é requisito para a instauração do PAD, 
pois é ela quem vai movimentar o processo na fase de inquérito. 
Gabarito: Errado. 
 
28. (CESPE - 2010 - MS - Analista Técnico) A autoridade 
julgadora poderá decidir em desconformidade com o relatório elaborado 
pela comissão responsável pela condução do processo disciplinar 
quando reputá-lo contrário às provas dos autos. 
MUITA ATENÇÃO PARA ESSA QUESTÃO! 
É importante que você leia os artigos recomendados da Lei nº 
8.112/90, pois você pode se deparar com uma questão como essa, que 
é a pura lei: 
 
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Gabarito: Certo. 
 
29. (CESPE - 2008 - ABIN - Oficial de Inteligência) No âmbito do 
processo administrativo disciplinar, o interrogatório do acusado ocorre 
antes da inquirição das testemunhas, e depois da sua citação. 
Essa afirmação contraria o seguinte dispositivo da Lei nº 8.112/90: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gabarito: errado. 
 
Não podemos encerrar o estudo do processo administrativo 
disciplinar sem abordarmos os seguintes entendimentos 
jurisprudenciais. 
É devida a observância do prazo de três dias de antecedência 
da oitiva para a intimação de testemunha (art. 41 da Lei n. 
9.784/1999, aplicado subsidiariamente a Lei n. 8.112/1990) (STJ-MS 
12.895-DF). 
Com relação ao interrogatório do acusado, ePorém, quando se 
demonstrar conveniente, pode a comissão interrogar o acusado logo no 
 Art. 168. O julgamento acatará o relatório da comissão, salvo quando 
contrário às provas dos autos. 
Parágrafo único. Quando o relatório da comissão contrariar as 
provas dos autos, a autoridade julgadora poderá, motivadamente, 
agravar a penalidade proposta, abrandá-la ou isentar o servidor de 
responsabilidade. 
 
Art. 159. Concluída a inquirição das testemunhas, a comissão 
promoverá o interrogatório do acusado, observados os 
procedimentos previstos nos arts. 157 e 158. 
§ 1o No caso de mais de um acusado, cada um deles será ouvido 
separadamente, e sempre que divergirem em suas declarações sobre 
fatos ou circunstâncias, será promovida a acareação entre eles. 
§ 2o O procurador do acusado

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