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Aula 06 Noções de Direito Administrativo p/ PRF - Policial - 2014/2015 (Com videoaulas) Professor: Daniel Mesquita Noções de Direito Administrativo para Policial (2014/2015) da PRF. Aula e exercícios comentados. Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 06 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 56 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita Aula 06: Servidores Públicos. SUMÁRIO 1) INTRODUÇÃO À AULA 06 1 2) REGIME DISCIPLINAR 2 2.1 DOS DEVERES 3 2.2 DAS PROIBIÇÕES 4 2.3 DA ACUMULAÇÃO 6 2.4 DAS PENALIDADES 10 3) DAS RESPONSABILIDADES 20 3.1 RESPONSABILIDADE CIVIL 20 3.2 RESPONSABILIDADE PENAL 21 3.3 RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA 22 4) PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR 23 5) RESUMO DA AULA 43 6) QUESTÕES 48 7) REFERÊNCIAS 55 1) Introdução à aula 06 Bem vindos à nossa aula 06 de Direito Administrativo para o concurso de Policial (2014/2015) da PRF. Nesta aula 06, abordaremos a matéria: ³4.2 Direitos e deveres dos funcionários públicos; regimes jurídicos. 4.3 Processo administrativo: conceito, princípios, fases e modalidades.´� Noções de Direito Administrativo para Policial (2014/2015) da PRF. Aula e exercícios comentados. Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 06 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 56 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita Como você pode observar, o conteúdo é bem extenso. Será que o examinador irá cobrar tudo isso? É, meus caros, se ele quiser ele pode cobrar! O pior é isso! Sugiro que você tenha aberto, ao lado desta aula, o texto da Lei nº 8.112/90, pois é impossível dar todos os detalhes da 8.112/90 em uma aula. Pegamos aqui os pontos mais importantes e os mais cobrados em concursos, mas como a lei é cheia de detalhes, não tenha preguiça de ler todo o seu texto. Não se esqueça de que, ao final, você terá um resumo da aula e as questões tratadas ao longo dela. Use esses pontos da aula na véspera da prova! Chega de papo, vamos à luta! 2) Regime Disciplinar Se você já teve contato com o direito administrativo, você sabe que a Administração goza do poder disciplinar. O poder disciplinar é um poder-dever que cabe à Administração de examinar infrações cometidas por servidores públicos e demais pessoas com vínculo jurídico específico, sujeitas à disciplina administrativa. Podendo ainda aplicar penalidades se necessário após a devida averiguação dos fatos. Esse poder disciplinar está intimamente ligado ao poder hierárquico. No momento em que à administração exerce o controle interno das pessoas a ela vinculadas, exerce o poder disciplinar em uma relação decorrente do poder hierárquico. Nos contratos administrativos regidos pela Lei nº 8.666/93 não há hierarquia. Apesar das cláusulas exorbitantes nos contratos Noções de Direito Administrativo para Policial (2014/2015) da PRF. Aula e exercícios comentados. Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 06 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 56 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita administrativos, a Administração e o particular contratado não se situam em uma relação de subordinação. Contudo, as bancas vêm adotando cegamente o posicionamento doutrinário de Vicente de Paulo e Marcelo Alexandrino de que as sanções administrativas a que se sujeitam os contratados decorrem do SRGHU� GLVFLSOLQDU�� XPD� YH]� TXH� HVWH� VHULD� ³XP� YtQFXOR� MXUtGLFR� HVSHFtILFR´�� Por isso, fique atento: para concurso, o poder disciplinar fundamenta as sanções aplicadas nos contratos administrativos. CUIDADO: Quando o assunto é a aplicação de pena para crimes e contravenções próprias do Código Penal pelo Poder Judiciário, não há manifestação do poder disciplinar. Nesse caso, o poder público está exercendo poder punitivo do Estado e não o poder disciplinar. A Lei 8.112/90 dispõe, em linhas gerais, como deve ser exercido esse poder disciplinar com relação ao servidor público. O regime disciplinar encontra previsão no título IV da Lei 8.112. Os seus capítulos dispõem: Capítulo I- Dos Deveres; II- Das Proibições; III- Da acumulação; IV- Das Responsabilidades; V- Das Penalidades. Veremos a seguir cada um desses capítulos: 2.1 Dos Deveres Com relação aos deveres, vale a transcrição do art. 116 da Lei 8.112/90: Art. 116. São deveres do servidor: I - exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo; II - ser leal às instituições a que servir; III - observar as normas legais e regulamentares; IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais; V - atender com presteza: a) ao público em geral, prestando as informações requeridas, ressalvadas as protegidas por sigilo; b) à expedição de certidões requeridas para defesa de direito ou esclarecimento de situações de interesse pessoal; Noções de Direito Administrativo para Policial (2014/2015) da PRF. Aula e exercícios comentados. Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 06 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 56 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública. VI - levar ao conhecimento da autoridade superior as irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo; (Vide Lei nº 12.527, de 2011) VII - zelar pela economia do material e a conservação do patrimônio público; VIII - guardar sigilo sobre assunto da repartição; IX - manter conduta compatível com a moralidade administrativa; X - ser assíduo e pontual ao serviço; XI - tratar com urbanidade as pessoas; XII - representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder. PRESTE BEM ATENÇAO PARA O DEVER INSERTO NO INCISO IV: CUMPRIR AS ORDENS SUPERIORES, EXCETO QUANDO MANIFESTAMENTE ILEGAIS. E se o servidor receber uma ordem ilegal o que ele deve fazer? O servidor não deverá cumpri-la e, além disso, neste momento também aparece o dever do servidor de representar contra o superior que lhe deu a ordem. Cada um dos deveres violados terá uma sanção. 2.2 Das Proibições Além dos deveres, a Lei n. 8.112/90 arrola várias proibições. Estas são específicas e a lei comina a sanção que deverá ser aplicada caso o agente incorra em cada uma delas. Vejamos a classificação das proibições com modelo semelhante ao proposto por Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo: 1. Proibições que acarretam advertência (a numeração foi feita de acordo com a posição dos incisos): Noções de Direito Administrativo para Policial (2014/2015) da PRF. Aula e exercícios comentados. Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 06 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 56 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita Art. 117. Ao servidor é proibido: I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefe imediato; II - retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer documento ou objeto da repartição; III - recusar fé a documentos públicos; IV - opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo ou execução de serviço; V - promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição; VI - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de atribuição que seja de suaresponsabilidade ou de seu subordinado; VII - coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a associação profissional ou sindical, ou a partido político; VIII - manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau civil; XIX - recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando solicitado. 2. Proibições que se infringidas têm por consequência a suspensão: Art. 117. Ao servidor é proibido: XVII - cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa, exceto em situações de emergência e transitórias; XVIII - exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o exercício do cargo ou função e com o horário de trabalho; Lembre-se que, nos casos de reincidência em que o servidor já foi penalizado com a advertência, a suspenção poderá ser aplicada. Além disso, a suspensão é de aplicação residual, ou seja, se não houver previsão de outra penalidade, a suspensão deve ser aplicada. 3. Poderá ocasionar a demissão Art. 117. Ao servidor é proibido: IX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função pública; X - participar de gerência ou administração de sociedade privada, personificada ou não personificada, exercer o comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário;XI - atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou companheiro; XII - receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, em razão de suas atribuições; Noções de Direito Administrativo para Policial (2014/2015) da PRF. Aula e exercícios comentados. Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 06 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 56 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita XIII - aceitar comissão, emprego ou pensão de estado estrangeiro; XIV - praticar usura sob qualquer de suas formas; XV - proceder de forma desidiosa; XVI - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou atividades particulares; 2.3 Da acumulação A regra geral é a vedação à acumulação. Assim, somente nas hipóteses expressamente previstas no texto constitucional será ela lícita, mesmo assim, quando houver compatibilidade de horários. A vedação só existe quando ambos os cargos, empregos ou funções forem remunerados. As exceções somente admitem dois cargos, empregos ou funções, inexistindo qualquer hipótese de tríplice acumulação, a não ser que uma das funções não seja remunerada. A proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público. Quando houver compatibilidade de horários, é possível acumular: 1. Dois cargos de PROFESSOR; 2. Um cargo de PROFESSOR com outro, TÉCNICO OU CIENTÍFICO; 3. Dois cargos ou empregos PRIVATIVOS DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE, com profissões regulamentadas. O servidor que acumular licitamente dois cargos efetivos, quando investido em cargo de provimento em comissão, ficará afastado de ambos os cargos efetivos, salvo na hipótese em que houver compatibilidade de horário e local com o exercício de um deles, Noções de Direito Administrativo para Policial (2014/2015) da PRF. Aula e exercícios comentados. Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 06 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 56 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita declarada pelas autoridades máximas dos órgãos ou entidades envolvidos. Importante notar a existência, no texto constitucional, de outras hipóteses em que é lícita a acumulação remunerada, a saber: 1. Permissão de acumulação para os VEREADORES; 2. Permissão para os JUÍZES exercerem o MAGISTÉRIO; 3. Permissão para os MEMBROS DO MINISTÉRIO PÚBLICO exercerem o MAGISTÉRIO. A proibição de acumular é a mais ampla possível, abrangendo, salvo as exceções constitucionalmente previstas, qualquer agente público remunerado em qualquer poder ou esfera da Federação. Quanto ao tratamento dado à percepção simultânea de remuneração e de proventos de aposentadoria, o art. 37, §10, da Constituição Federal, prevê que é vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria decorrentes do art. 40 ou dos arts. 42 e 142 com a remuneração de cargo, emprego ou função pública, RESSALVADOS (ou seja, nas hipótese a seguir será possível a acumulação de aposentadorias): 1. os cargos acumuláveis na forma desta Constituição; 2. os cargos eletivos; e 3. os cargos em comissão declarados em lei de livre nomeação e exoneração. Como se vê, um juiz pode ter a aposentadoria de seu cargo de juiz e uma de magistério, pois são cargos acumuláveis na atividade. Além disso, entende-se que a soma dessas aposentadorias não pode ser superior ao TETO. ATENÇÃO!!! Não se enquadram na proibição de acumulação de proventos com remuneração os proventos recebidos em Noções de Direito Administrativo para Policial (2014/2015) da PRF. Aula e exercícios comentados. Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 06 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 56 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita decorrência de aposentadoria obtida pelo regime geral de previdência (RGPS), de que trata o art. 201 da Constituição. 1. (CESPE - 2014 - PM-CE - Oficial da Polícia Militar) A proibição de acumular cargos públicos alcança todos os órgãos da administração direta, autárquica e fundacional, não se estendendo apenas aos empregos situados nas empresas públicas, sociedades de economia mista e suas subsidiárias, cujo pessoal está submetido a regime jurídico de direito privado. A proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público. Gabarito: Errado. 2. (CESPE ± 2013 ± TRF2ª região ± Juiz Federal ± questão adaptada). É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto quando, havendo compatibilidade de horários, caracterizar-se uma das seguintes situações: dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde; dois cargos de professor; ou um cargo de professor com outro de natureza técnica ou científica. Nessa questão o Cespe foi um pouco maldoso! O Erro da questão é muito sutil. O Art 37 CF XVI dispõe: é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver Questão de concurso Noções de Direito Administrativo para Policial (2014/2015) da PRF. Aula e exercícios comentados. Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 06 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 56 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI: a) a de dois cargos de professor; b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico; c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas. O item então está incorreto. 3. (CESPE - 2011 - TCU - Auditor Federal de Controle Externo)Servidor público que ocupe cargo de médico na administração direta da União e cargo de professor em uma universidade pública federal, ambos remunerados, pode, havendo compatibilidade de horários entre as atividades, ocupar outro cargo público remunerado de médico, desde que esse cargo se situe no âmbito da administração de um estado- membro, do Distrito Federal ou de um município. Em nenhuma das hipóteses que estudamos é possível acumular três cargos. Tal hipótese não está prevista na Constituição. Item errado. 4. (FMP-RS - 2011 - TCE-RS - Auditor Público Externo ± Administração) No que concerne aos servidores públicos civis, segundo a Constituição Federal, assinale a alternativa INCORRETA. a) A investidura em cargo público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração. b) As funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento. Noções de Direito Administrativo para Policial (2014/2015) da PRF. Aula e exercícios comentados. Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 06 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 56 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita c) Os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei. d) É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, em qualquer hipótese. e) A proibição de acumular cargos públicos estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público. A alternativa incorreta é a letra d. Segundo o art. 37 inc. XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI. 2.4 Das Penalidades O servidor estará sujeito às penalidades sempre que descumprir suas obrigações e faltar com seus deveres. Devendo ser observado o processo disciplinar cabível. O artigo 127 prevê as penalidades disciplinares: O direito ao contraditório e ampla defesa deverá sempre ser observado. E ainda, o administrador não poderá inovar em sanções a serem aplicadas no servidor, tal dispositivo é numerusclausus. Você deve ter observado que há uma discricionariedade no grau de aplicação da pena, por isso sempre será analisado a natureza e a Art. 127. São penalidades disciplinares: I - advertência; II - suspensão; III - demissão; IV - cassação de aposentadoria ou disponibilidade; V - destituição de cargo em comissão; VI - destituição de função comissionada. Noções de Direito Administrativo para Policial (2014/2015) da PRF. Aula e exercícios comentados. Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 06 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 56 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita gravidade da infração cometida, bem como o princípio da proporcionalidade. É claro que a discricionariedade não atenua a obrigação da Administração de punir o servidor ou aquele que tem vinculo jurídico específico com a Administração quando esta tomar conhecimento do fato. Vamos a cada uma das penalidades? a) ADVERTÊNCIA: será aplicada nos casos que já citamos, em situações que são incabíveis penalidades mais graves. Destacamos ainda que a advertência será por escrito, e ficará no banco de dados do servidor sendo cancelada após 3 anos de efetivo exercício. Confira o art. 129 da Lei 8.112/90: Estudamos as situações descritas nas proibições dos servidores. b) SUSPENSÃO: será cabível nos casos de reincidência nos casos em que a advertência foi aplicada, além das situações já tratadas. O servidor poderá ser suspenso por no máximo 90 dias. A lei nos traz um caso específico de suspensão. Vamos conferir? Quando for conveniente ao serviço público, a penalidade de suspensão poderá ser convertida em multa, na base de 50% (cinqüenta por cento) por dia de vencimento ou remuneração, ficando o servidor obrigado a permanecer em serviço (art. 130, §2º). Art. 129. A advertência será aplicada por escrito, nos casos de violação de proibição constante do art. 117, incisos I a VIII e XIX, e de inobservância de dever funcional previsto em lei, regulamentação ou norma interna, que não justifique imposição de penalidade mais grave. Art. 130 § 1oSerá punido com suspensão de até 15 (quinze) dias o servidor que, injustificadamente, recusar-se a ser submetido a inspeção médica determinada pela autoridade competente, cessando os efeitos da penalidade uma vez cumprida a determinação. Noções de Direito Administrativo para Policial (2014/2015) da PRF. Aula e exercícios comentados. Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 06 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 56 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita Essa hipótese é menos prejudicial ao servidor, uma vez que no período da suspensão ele fica sem receber os seus vencimentos. CUIDADO! Dentre as penalidades expostas no art. 127 da Lei ���������QmR�H[LVWH�D�³SHQD�GH�PXOWD´��D�PXOWD�VHUi�DSOLFDGD�VRPente no caso de conversão da suspensão. O cancelamento do registro da suspensão só se dará após 5 anos de efetivo exercício. O cancelamento, contudo, não tem efeitos retroativos. Mais uma vez, isso deve ficar claro: o servidor não receberá remuneração no período da suspensão tampouco o tempo de suspensão será computado como tempo de serviço. c) DEMISSÃO: Neste caso não há cancelamento do registro da pena, o servidor perde o seu vinculo com a Administração e deixa de prestar o serviço público. Vimos acima que só uma proibição enseja a demissão se descumprida. Contudo, você deve estar atento ao art. 132 da Lei 8.112/90, que prevê diversas outras situações em que será aplicada a pena de demissão. Confira: Art. 132. A demissão será aplicada nos seguintes casos: I - crime contra a administração pública; II - abandono de cargo; III - inassiduidade habitual; IV - improbidade administrativa; V - incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição; VI - insubordinação grave em serviço; VII - ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em legítima defesa própria ou de outrem; VIII - aplicação irregular de dinheiros públicos; IX - revelação de segredo do qual se apropriou em razão do cargo; X - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional; XI - corrupção; XII - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas; XIII - transgressão dos incisos IX a XVI do art. 117. Noções de Direito Administrativo para Policial (2014/2015) da PRF. Aula e exercícios comentados. Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 06 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 56 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita Dessa forma, a demissãoestá vinculada a uma das situações específicas. Repito: A pena de demissão é um ato vinculado, ou seja, ocorrida uma das hipóteses descritas no quadro, o julgador deve aplicar a sanção de demissão ± ele não tem escolha! Nesse sentido, vale a transcrição do entendimento do Superior Tribunal de Justiça sobre o tema: 3. "A Administração Pública, quando se depara com situações em que a conduta do investigado se amolda nas hipóteses de demissão ou cassação de aposentadoria, não dispõe de discricionariedade para aplicar pena menos gravosa por tratar-se de ato vinculado" (MS 15.517/DF, Rel. Ministro Benedito Gonçalves, Primeira Seção, DJe 18.2.2011). No mesmo sentido: MS 16.567/DF, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Primeira Seção, DJe 18.11.2011). No mesmo sentido: MS 15.951/DF, Rel. Ministro Castro Meira, Primeira Seção, DJe 27.9.2011. Segurança denegada. (MS 12.200/DF, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 28/03/2012, DJe 03/04/2012) d) Cassação de aposentadoria ou indisponibilidade: Será aplicada no caso do inativo que houver cometido, na atividade, falta punível com a demissão. e) Destituição de cargo em comissão: será aplicada ao não ocupante de cargo efetivo nos casos de infração sujeita às penalidades de suspensão e de demissão (Art. 135 da Lei 8.112/90). Por fim, com relação às penalidades você deve atentar-se para o disposto no art. 137 da Lei nº 8.112/90: Esse dispositivo informa que, no caso de demissão ou a destituição de cargo em comissão, por ter o servidor valido do cargo para lograr Art. 137. A demissão ou a destituição de cargo em comissão, por infringência do art. 117, incisos IX e XI, incompatibiliza o ex-servidor para nova investidura em cargo público federal, pelo prazo de 5 (cinco) anos. Parágrafo único. Não poderá retornar ao serviço público federal o servidor que for demitido ou destituído do cargo em comissão por infringência do art. 132, incisos I, IV, VIII, X e XI. Noções de Direito Administrativo para Policial (2014/2015) da PRF. Aula e exercícios comentados. Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 06 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 56 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função pública, e por atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, incompatibiliza o ex-servidor para nova investidura em cargo público federal, pelo prazo de 5 (cinco) anos. Lembre-se que não é considerada infração administrativa se o servidor atuar como procurador ou intermediário para obter benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou companheiro Ademais, o servidor público federal não poderá mais integrar qualquer cargo público federal se foi demitido ou destituído do cargo em comissão se foi demitido por: x crime contra a administração pública; x improbidade administrativa; x aplicação irregular de dinheiros públicos; x lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional; x corrupção; Perceba que o servidor criminoso, ímprobo, corrupto ou aquele que causou lesão aos cofres públicos não poderá retornar ao serviço público se foi demitido ou destituído do cargo em comissão. Não podemos encerrar este tópico sem mencionar que não é uma penalidade, mas encontra previsão da Lei nº 8.112/90 o afastamento preliminar. Esse afastamento é uma medida cautelar adotada pela Administração que afasta o servidor de suas funções, pelo prazo de até 60 dias (pode ser prorrogado por uma só vez), para que ele não influa na apuração da irregularidade cometida por ele. ATENÇÃO: Nesse período, o servidor continua recebendo! Noções de Direito Administrativo para Policial (2014/2015) da PRF. Aula e exercícios comentados. Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 06 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 56 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita Veja como esses temas são cobrados pelo CESPE: 5. (CESPE - 2014 - MDIC - Agente Administrativo) Considere que um servidor vinculado à administração unicamente por cargo em comissão cometa uma infração para a qual a Lei n.º 8.112/1990 preveja a sanção de suspensão. Nesse caso, se comprovadas a autoria e a materialidade da irregularidade, o servidor sofrerá a penalidade de destituição do cargo em comissão. Vimos que a destituição de cargo em comissão será aplicada ao não ocupante de cargo efetivo nos casos de infração sujeita às penalidades de suspensão e de demissão (Art. 135 da Lei 8.112/90). Gabarito: certo. 6. (CESPE - 2014 - TC-DF - Analista de Administração Pública ± Organizações) Uma vez instaurado o processo administrativo disciplinar para apuração da infração, o servidor poderá ser afastado de suas funções, por até sessenta dias, sem direito à remuneração do cargo. Como estudamos, a Lei nº 8.112/90 prevê o afastamento preliminar. Esse afastamento é uma medida cautelar adotada pela Administração que afasta o servidor de suas funções, pelo prazo de até 60 dias (pode ser prorrogado por uma só vez), para que ele não influa na apuração da irregularidade cometida por ele. Porém, o servidor continua recebendo! Daí a incorreção da questão. Gabarito: Errado Questões de concurso Noções de Direito Administrativo para Policial (2014/2015) da PRF. Aula e exercícios comentados. Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 06 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 56 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita 7. (CESPE - 2014 - TJ-SE - Analista Judiciário ± Direito) Um servidor do estado de Sergipe, antes de se aposentar, apropriou-se indevidamente de bens do estado que estavam sob sua guarda e, após a sua aposentadoria, a administração descobriu a infração. Com relação a essa situação hipotética, julgue os itens subsecutivos. Caso a administração pública tenha tomado ciência do referido fato por denúncia anônima, ela não poderá instalar processo administrativo disciplinar, ainda que este tenha sido precedido de investigação preliminar em que tenham sido coletadas provas da autoria e da materialidade da infração. Pessoal, a denúncia anônima não pode ser usada como pretexto para o sujeito deixar de ser penalizado por prática com a Administração Pública. ferir algum direito do indivíduo, para isso, somente com decisão judicial. O STJ já teve a oportunidade de entender pelo cabimento de denúncia anônima desde que tenha sido precedido de investigação preliminar em que tenham sido coletadas provas da autoria e da materialidade da infração. Gabarito: Errado 8. (CESPE - 2014 - TJ-SE - Analista Judiciário ± Direito) Um servidor do estado de Sergipe, antes de se aposentar, apropriou-se indevidamente de bens do estado que estavam sob sua guarda e, após a sua aposentadoria, a administração descobriu a infração. Com relação a essa situação hipotética, julgue os itens subsecutivos. Somente será cassada a aposentadoria do servidor se o mesmo for condenado pela prática, quando ainda na atividade, de falta que Noções de Direito Administrativo para Policial (2014/2015) da PRF. Aula e exercícios comentados. Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 06 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 56 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.brFacebook: Daniel Mesquita teria determinado a sua demissão, ou demissão a bem do serviço público. Isso mesmo, pessoal! Como vimos, a Cassação de aposentadoria ou indisponibilidade será aplicada no caso do inativo que houver cometido, na atividade, falta punível com a demissão. Gabarito: Certo. 9. (CESPE- 2010 - TCU - Auditor Federal de Controle Externo) Em processo administrativo disciplinar, a remoção de ofício de um servidor pode ser utilizada como forma de punição. A Lei 8.112/90 nos fala que são penalidades disciplinares: Art. 127. São penalidades disciplinares: I - advertência; II - suspensão; III - demissão; IV - cassação de aposentadoria ou disponibilidade; V - destituição de cargo de comissão; VI - destituição de função comissionada. Observe que a remoção não está entre as penalidades! Gabarito: Errado. 10. (CESPE - 2011 - FUB - Analista de Tecnologia da Informação ± Básicos) A conversão da penalidade de suspensão em multa, na base de 50% por dia de vencimento ou remuneração, poderá ocorrer na hipótese de o servidor permanecer obrigatoriamente na repartição e quando houver conveniência para a prestação do serviço. Vimos acima que a multa não é uma pena prevista na Lei nº 8.112/90, mas a Administração pode converter a pena de suspensão em multa de 50% por dia de vencimento, desde que haja conveniência para a prestação do serviço e o servidor deve permanecer trabalhando Noções de Direito Administrativo para Policial (2014/2015) da PRF. Aula e exercícios comentados. Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 06 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 56 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita QD� UHSDUWLomR� �DUW�� ����� � ��� ³Quando houver conveniência para o serviço, a penalidade de suspensão poderá ser convertida em multa, na base de 50% (cinqüenta por cento) por dia de vencimento ou remuneração, ficando o servidor obrigado a permanecer em serviço´�. Gabarito: Certo 11. (CESPE - 2011 - STM - Técnico Judiciário - Segurança ± Específicos) Aplica-se suspensão em caso de reincidência de falta punida com advertência e de violação de proibição que não tipifique infração sujeita à penalidade de demissão, não podendo a suspensão exceder a noventa dias. Depois de estudar fica fácil. Essa questão cobra o texto literal do DUW�� ���� GD� /HL� Q� ��������� �³A suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas punidas com advertência e de violação das demais proibições que não tipifiquem infração sujeita a penalidade de demissão, não podendo exceder de 90 (noventa) dias´�. Gabarito: Certo 12. (CESPE - 2007 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Analista Judiciário - Área Judiciária) Pedro, servidor público federal ocupante de cargo efetivo, faltou ao trabalho por mais de 30 dias consecutivos, no período de 2/5/2002 a 10/6/2002. Em razão disso, foi aberto contra ele um processo administrativo disciplinar, em 15/8/2006. Com base nessa situação hipotética, julgue os itens seguintes, considerando o regime jurídico dos servidores públicos. Se Pedro for punido com a penalidade de suspensão, os seus registros serão cancelados com o decurso de prazo de 3 anos de efetivo exercício, desde que não pratique, nesse período, nova infração. Por favor, meu caro aluno, não caia nesse pega, fique atento ao art. 131 da Lei nº 8.112/90: Noções de Direito Administrativo para Policial (2014/2015) da PRF. Aula e exercícios comentados. Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 06 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 56 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita Veja que a suspensão terá seu registro cancelado em 5 anos e a advertência em 3 anos. Gabarito: Errado 13. (CESPE - 2011 - FUB - Cargos de Nível Médio - Conhecimentos Básicos - Cargo 11 a 14, e 16) Na hipótese de o servidor público praticar nepotismo sob sua chefia imediata, a penalidade atribuída pelo regime jurídico dos servidores federais, via de regra, é a suspensão pelo prazo de trinta dias. Vimos acima que está sujeito a pena de advertência o servidor TXH� PDQWLYHU� ³sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau civil´�� Assim, o gabarito é errado. 14. (CESPE ± 2013 ± TRF2ª região ± Juiz Federal ± questão adaptada). Segundo a jurisprudência do STF e do STJ, nos casos de crimes afiançáveis praticados por servidores públicos, a existência de inquérito policial suprirá qualquer nulidade, quando não houver defesa preliminar. Segundo a atual jurisprudência do STF, para o caso de crimes funcionais típicos afiançáveis, a defesa preliminar é indispensável mesmo quando a denúncia é lastreada em inquérito policial. O item portanto está incorreto. Art. 131. As penalidades de advertência e de suspensão terão seus registros cancelados, após o decurso de 3 (três) e 5 (cinco) anos de efetivo exercício, respectivamente, se o servidor não houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar. Noções de Direito Administrativo para Policial (2014/2015) da PRF. Aula e exercícios comentados. Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 06 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 56 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita 3) Das Responsabilidades O servidor público responde pelo exercício irregular de suas atribuições na esfera civil, penal e também administrativamente. 3.1 Responsabilidade Civil Observe o que diz Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo sobre a UHVSRQVDELOLGDGH�FLYLO�� ³$� UHVSRQVDELOLGDGH�FLYLO�GRV�DJHQWHV�S~EOLFRV�p� do tipo subjetiva, por culpa comum, isto é, eles só respondem pelos danos que causarem se o Estado provar que houve culpa e dolo (intenção) do servidor. A ação do Estado contra o agente público é GHQRPLQDGD�DomR�UHJUHVVLYD�´ O Estado irá responder pelos danos causados pelos seus agentes independente de dolo ou culpa, por isso responsabilidade objetiva. Já o agente público só responderá se comprovado que houve culpa ou dolo. Essa aferição depende de ação de regressiva a ser intentada no prazo prescricional de 3 anos. De forma bem simples podemos definir a ação regressiva citada pelos autores da seguinte forma: Quem irá ressarcir o dano causado pelo servidor ao terceiro será o Estado. Este por sua vez será indenizado pelo servidor que causou o dano. O servidor poderá ainda ter o desconto efetuado diretamente em seu vencimento, na forma da lei, independe de seu consentimento. Art. 122. A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros. Questões de concurso Noções de Direito Administrativo para Policial (2014/2015) da PRF. Aula e exercícios comentados. Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 06 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 56 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita 15. (CESPE - 2013 - SERPRO - Analista - Advocacia) Caso o poder público seja condenado em ação de responsabilidade civil pelos danos causados por seu servidor a terceiro, caberá ação regressiva do Estado contra o servidor, ação está cujo prazo prescricional será de três anos. Exatamente como estudamos em aula. Ponto garantido para vocês. Resposta:Certo. 3.2 Responsabilidade Penal Ao praticar crime ou contravenção o servidor responderá na esfera penal. Tendo em vista o princípio da independência as sanções penais, civis e administrativas, podem ser acumuladas. Porém a esfera penal WHP�XP�³SHVR´�PDLRU�VREUH�DV�GHPDLV��XPD�GHFLVmR�SRGH�³DFDUUHWDU�R� reconhecimento automático da responsabilidade do servidor nas demais eVIHUDV´��FRQIRUPH�HQVLQDP�0DUFHOR�$OH[DQGULQR�H�9LFHQWH�3DXOR� Isso ocorre quando a sentença penal reconhece a autoria e a materialidade do fato irregular. Se houver decisão judicial nesse sentido, a Administração estará vinculada às conclusões sobre a autoria e a materialidade definidas na Justiça. Da mesma forma se ocorrer o contrário, ou seja, se a justiça criminal reconhecer a inocência (quanto à falta de autoria e a falta de materialidade), a possibilidade de julgá-lo culpado nas demais esferas será afastada. Art. 123. A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputadas ao servidor, nessa qualidade Noções de Direito Administrativo para Policial (2014/2015) da PRF. Aula e exercícios comentados. Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 06 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 56 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita MUITA ATENÇÃO! Se o servidor, em processo judicial, for absolvido por falta de provas, essa decisão judicial não vinculará a decisão da esfera administrativa. 16. (CESPE - 2014 - CBM-CE - Primeiro-Tenente) A absolvição de servidor público na esfera penal, em virtude da inexistência de prova suficiente para a sua condenação, implica que, no âmbito disciplinar administrativo, o servidor não poderá ser punido em virtude do mesmo fato. Pessoal, muito cuidado com essa questão. Se a justiça criminal reconhecer a inocência (quanto à falta de autoria e a falta de materialidade), a possibilidade de julgá-lo culpado nas demais esferas será afastada. Porém, se o servidor, em processo judicial, for absolvido por falta de provas, essa decisão judicial não vinculará a decisão da esfera administrativa. Gabarito: errado 17. (CESPE - 2011 - TRE-ES - Técnico Judiciário) Se determinado servidor, por ato cometido no exercício da função, for absolvido criminalmente por falta de provas, ele não poderá ser responsabilizado administrativamente pelo mesmo fato. Como estudado, item está errado. 3.3 Responsabilidade Administrativa ³O servidor responde administrativamente pelos ilícitos administrativos definidos na legislação estatutária e que apresentam os Questão de concurso Noções de Direito Administrativo para Policial (2014/2015) da PRF. Aula e exercícios comentados. Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 06 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 56 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita mesmos elementos básicos do ilícito civil: Ação ou omissão contrária à lei, culpa ou dolo e dano´(Di Pietro). A administração que irá apurar as irregularidades cometidas pelo servidor público. A lei prevê a averiguação dos fatos através da sindicância e do processo administrativo disciplinar. Com a conclusão dos fatos, o servidor responderá disciplinarmente pelas irregularidades, como vimos no artigo 127 da 8.112/90. 4) Processo Administrativo Disciplinar Os ilícitos administrativos são apurados pelo processo administrativo disciplinar e os meios sumários. 6HJXQGR� /DGLVDHO%HUQDGR� H� 6pUJLR� 9LDQD�� ³R� 3URFHVVR� Administrativo pode ser conceituado com como um instrumento formal em que a Administração Pública, tendo como suporte o jus puniendi do Estado (via Poder Disciplinar, espécie do gênero Poder Administrativo), apura a existência de infrações de natureza funcional praticadas por seus servidores e, caso o apuratório resulte pela autoria da prática infracional, aplica a sanção adequada e prevista em instrumento legal SHUWLQHQWH�´ Veja o diz esse artigo: Aqui o legislador nos trouxe duas preciosas informações: Art. 148. O processo disciplinar é o instrumento destinado a apurar responsabilidade de servidor por infração praticada no exercício de suas atribuições, ou que tenha relação com as atribuições do cargo em que se encontre investido. Noções de Direito Administrativo para Policial (2014/2015) da PRF. Aula e exercícios comentados. Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 06 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 56 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita 1º) O processo disciplinar é um instrumento destinado a apurar responsabilidade de servidor por infração praticada no exercício de suas atribuições. 2º) O instrumento destinado a apurar responsabilidade de servidor por infração que tenha relação com as atribuições do cargo em que se encontre investido. No âmbito do direito disciplinar do servidor público há o processo administrativo disciplinar e a sindicância. Di Pietro definH�VLQGLFkQFLD�FRPR��³IDVH�SUHOLPLQDU�j�LQVWDXUDomR�GR processo administrativo; corresponderia ao inquérito policial que se realiza antes do processo penal... A lei não estabelece procedimento para a sindicância, que pode ser realizada por funcionário ou por FRPLVVmR�GH�IXQFLRQiULR�´ A sindicância pode ter duas naturezas: (a) preparatória e (b) punitiva. Na primeira, a sindicância apenas apura de modo preliminar a existência de anomalia na conduta do servidor. Se verificado que a prática do ato investigado pode se caracterizar como uma infração disciplinar, a sindicância concluirá pela necessidade de abertura de um processo administrativo disciplinar. Se afastada qualquer possibilidade de infração, a sindicância é arquivada. Na segunda natureza da sindicância ± a punitiva ± esse procedimento verificará, de plano, que o fato praticado pelo servidor caracteriza-se como ato infracional sujeito à sanção de repreensão ou suspensão de até 30 (trinta) dias. Nessa hipótese, não será necessária a abertura do processo disciplinar, poderá ser aplicada a repreensão ou a suspensão de até 30 dias no próprio procedimento da sindicância. Veja o que diz o art. 143 da Lei nº 8.112/90: Noções de Direito Administrativo para Policial (2014/2015) da PRF. Aula e exercícios comentados. Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 06 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 56 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita ATENÇÃO: Você não pode ler esse dispositivo sem se atentar para um fato de suma relevância: seja na sindicância PUNITIVA, seja no processo administrativo disciplinar, deve ser assegurado ao acusado a ampla defesa. Repare: na sindicância investigativa não é necessário observar a ampla defesa, pois esta se dará quando da abertura do processo administrativo disciplinar. Outras duas importantes características da sindicância é que ela deve ser concluída em 30 (trinta) dias, prorrogáveis por igual período, e que ela deve ser impulsionada por uma comissão disciplinar composta por três servidores. Assim, a sindicância, quando instaurada com caráter punitivo e não meramente investigatório ou preparatório de um processo disciplinar, tem natureza de verdadeiro processo disciplinar principal, no qual é indispensável a observância das garantias do contraditório e da ampladefesa e, além disso, do princípio da impessoalidade e da imparcialidade, mediante a convocação de uma comissão disciplinar composta por três servidores (STJ: REsp 509318). Vistas as principais características da sindicância, você pode passar para o estudo do processo administrativo disciplinar. A legislação brasileira retrata o PAD da seguinte forma: x Constituição Federal: Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público. § 1º O servidor público estável só perderá o cargo: I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado; II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla Art. 143. A autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço público é obrigada a promover a sua apuração imediata, mediante sindicância ou processo administrativo disciplinar, assegurada ao acusado ampla defesa. Noções de Direito Administrativo para Policial (2014/2015) da PRF. Aula e exercícios comentados. Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 06 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 56 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita x Lei 8.112/90 Como se vê, quando o servidor estiver sujeito a penalidade de suspensão por mais de 30 (trinta) dias, demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade, ou destituição de cargo em comissão, o procedimento que deve ser instaurado é o processo administrativo disciplinar. O PAD segue as seguintes fases: instauração, instrução, defesa, relatório e decisão. Veja bem, são 5 fases! INSTA ± INSTRU ± DE ± RE ±DE Mas essa sequência de fases pode ser simplificada com a seguinte operação: Com isso, teremos as três fases: instauração, inquérito e decisão. Para decorar: INSTA ± INQUÉ ± DE defesa; III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa. Art. 146. Sempre que o ilícito praticado pelo servidor ensejar a imposição de penalidade de suspensão por mais de 30 (trinta) dias, de demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade, ou destituição de cargo em comissão, será obrigatória a instauração de processo disciplinar. Instrução Defesa Relatório Inquérito administrativo (ou instrução sumária) Noções de Direito Administrativo para Policial (2014/2015) da PRF. Aula e exercícios comentados. Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 06 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 56 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita A instauração é promovida por meio da portaria de instauração. Ela é elemento processual indispensável, devendo estar juntada aos autos. A portaria, em sua redação, deve conter determinados requisitos formais essenciais, tais como, a identificação dos integrantes da comissão processante (nome, cargo e matrícula), destacando o presidente; o procedimento do feito (se sindicância ou PAD - no caso de rito sumário) e o nome e matrícula do servidor investigado. É importante observar que o Superior Tribunal de Justiça sedimentou o entendimento no sentido de que, na portaria de instauração do PAD, não é necessária a descrição detalhada dos fatos. Confira-se, nesse sentido, o seguinte trecho de um julgamento do STJ: - Na linha da jurisprudência desta Corte, a portaria inaugural do processo disciplinar está livre de descrever detalhes sobre os fatos da causa, tendo em vista que somente ao longo das investigações é que os atos ilícitos, a exata tipificação e os seus verdadeiros responsáveis serão revelados. (...) - A absolvição na seara criminal interfere no resultado do processo administrativo disciplinar apenas quando for reconhecida a efetiva inexistência do fato ou da autoria (art. 126 da Lei n. 8.112/1990), o que não aconteceu no caso em debate, em que a absolvição decorreu da ausência de provas. Mandado de segurança denegado. (MS 16.815/DF, Rel. Ministro CESAR ASFOR ROCHA, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 11/04/2012, DJe 18/04/2012) E quem conduz, instrui e preside o PAD? Ou melhor, quem é a ³$GPLQLVWUDomR´�QDV�IDVHV�GR�3$'" O PAD é conduzido por comissão processante composta de 3 servidores estáveis. Isso quer dizer que eles devem ser ocupantes de cargo efetivos, ou seja, ingressaram na Administração por meio de concurso. ATENÇÃO: Recentemente, o STJ definiu que a estabilidade desse servidor se dá com 3 anos no serviço público e não no cargo. Isso quer dizer que o servidor da comissão deve ter ingressado no serviço público Noções de Direito Administrativo para Policial (2014/2015) da PRF. Aula e exercícios comentados. Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 06 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 56 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita (não importa se é no cargo atual ou não) há mais de 3 anos. Assim, não precisa o servidor da comissão ter 3 anos no mesmo cargo (MS 17583). Um dos servidores será o presidente da comissão. Essa autoridade deverá ser ocupante de cargo efetivo superior ou de mesmo nível, ou ter nível de escolaridade igual ou superior ao do indiciado. Confira, por oportuno, a redação do art. 149 da Lei nº 8.112/90: Art. 149. O processo disciplinar será conduzido por comissão composta de três servidores estáveis designados pela autoridade competente, observado o disposto no § 3o do art. 143, que indicará, dentre eles, o seu presidente, que deverá ser ocupante de cargo efetivo superior ou de mesmo nível, ou ter nível de escolaridade igual ou superior ao do indiciado. § 1o A Comissão terá como secretário servidor designado pelo seu presidente, podendo a indicação recair em um de seus membros. § 2o Não poderá participar de comissão de sindicância ou de inquérito, cônjuge, companheiro ou parente do acusado, consangüíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau. Então, as exigências feitas pela Lei aos três integrantes detentores de cargo efetivo são relacionadas ao nível do cargo efetivo ou de grau de escolaridade do presidente em relação ao acusado. Como o legislador colocou de forma expressa requisitos legais alternativos, não cabe ao aplicador da lei criar restrições que a norma não previu, tais como requisitos de nível de cargo ou grau de escolaridade dos vogais em relação ao acusado e de experiência de qualquer dos integrantes na matéria técnica de que cuida o processo. Outra coisa que você deve ter em mente é que a autoridade instauradora pode designar servidor experiente na matéria para integrar a comissão. Na comissão, pode haver servidores de órgão distinto do órgão de lotação do acusado, mas nesse caso, convém prévia solicitação ao titular daquele órgão. Já caiu em outras provas o seguinte questionamento: o servidor é obrigado a integrar a comissão quando for designado para tanto? Quanto a esse assunto saiba que a convocação, por parte da autoridade competente, para servidor integrar comissões disciplinares é Noções de Direito Administrativo para Policial (2014/2015) da PRF. Aula e exercícios comentados. Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 06 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 56 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita encargo obrigatório e irrecusável, não depende nem mesmode liberação do superior hierárquico do servidor indicado. Importante notar, ainda com relação à comissão, é que ela exercerá suas atividades com independência e imparcialidade, assegurado o sigilo necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse da administração. Vistos os requisitos da instauração, ou melhor, da portaria, vamos à instrução. Na instrução, primeiro ato do inquérito administrativo, a Administração promoverá a tomada de depoimentos, acareações, investigações e diligências cabíveis, objetivando a coleta de prova, recorrendo, quando necessário, a técnicos e peritos, de modo a permitir a completa elucidação dos fatos. Concluída a inquirição das testemunhas, a comissão promoverá o interrogatório do acusado. A instrução se encerra com a tipificação da infração disciplinar, ou seja, a comissão processante informa qual dever foi violado pelo servidor ou qual ato infracional foi praticado. Aqui é onde ocorre o indiciamento do servidor. No indiciamento, os fatos devem ser bem especificados, de modo que o servidor saiba de qual acusação ele deve se defender e a qual pena ele está sujeito. O indiciamento é, em outras palavras, o instrumento de acusação formal do servidor inicialmente notificado para acompanhar o processo administrativo disciplinar, refletindo convicção preliminar da comissão de que ele cometeu irregularidade. O indiciamento é para o PAD o que a denúncia é para o processo penal. É dentro dos limites do indiciamento que o servidor deverá apresentar sua defesa escrita. Dessa forma, a indiciação (além da Noções de Direito Administrativo para Policial (2014/2015) da PRF. Aula e exercícios comentados. Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 06 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 56 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita notificação como acusado e da intimação para interrogar) é peça essencial no processo em que se cogita de responsabilização funcional. Se a Comissão entender por não indiciar o acusado, ele não será citado e nem precisará apresentar defesa escrita. Após a apresentação da defesa, a comissão processante apresentará seu relatório final, onde exporá as suas convicções e opinará pela aplicação da penalidade ou não ao servidor. Esta última foi a sequência de fases adotada pela lei. Veja o disposto no art. 151 da Lei nº 8.112/90: É bom observar, ainda, que, para não expor o servidor investigado, as reuniões e as audiências das comissões terão caráter reservado. Além disso, o PAD corre em sigilo na Administração. E com relação aos prazos, professor, em quanto tempo o PAD deve se encerrar? A Lei nº 8.112/90 informa que o PAD tem o prazo de 60 dias para sua conclusão (art. 152). Esse prazo pode ser prorrogado. E se a Administração não respeitar esse prazo e solicitar a prorrogação do prazo do PAD por diversas vezes ou se esquecer de pedir a prorrogação, o processo será nulo, professor? Não, meus caros. O STJ já sedimentou entendimento no sentido de que o excesso de prazo para a conclusão do processo administrativo disciplinar não conduz à sua nulidade, desde que não tenha causado qualquer prejuízo ao servidor (MS 12369). Além disso, o art. 169, § 1º, da Lei nº 8.112/90, prevê que o julgamento fora do prazo não implica em nulidade do processo. Art. 151. O processo disciplinar se desenvolve nas seguintes fases: I - instauração, com a publicação do ato que constituir a comissão; II - inquérito administrativo, que compreende instrução, defesa e relatório; III - julgamento. Noções de Direito Administrativo para Policial (2014/2015) da PRF. Aula e exercícios comentados. Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 06 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 56 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita A Lei nº 8.112/90 estabelece que o PAD poderá ser revisto, a qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando houver fatos novos ou circunstâncias suscetíveis de justificar a inocência do punido ou a inadequação da penalidade aplicada (art. 174). Mas, professor, é a comissão processante quem julga o servidor? Não, meu caro aluno, a comissão apenas conduz o PAD e faz o relatório final de caráter opinativo. O julgamento é realizado pelas autoridades assim definidas na Lei nº 8.112/90, de acordo com a infração sugerida no relatório final. Leia, com atenção o seguinte dispositivo: Art. 141. As penalidades disciplinares serão aplicadas: I - pelo Presidente da República, pelos Presidentes das Casas do Poder Legislativo e dos Tribunais Federais e pelo Procurador-Geral da República, quando se tratar de demissão e cassação de aposentadoria ou disponibilidade de servidor vinculado ao respectivo Poder, órgão, ou entidade; II - pelas autoridades administrativas de hierarquia imediatamente inferior àquelas mencionadas no inciso anterior quando se tratar de suspensão superior a 30 (trinta) dias; III - pelo chefe da repartição e outras autoridades na forma dos respectivos regimentos ou regulamentos, nos casos de advertência ou de suspensão de até 30 (trinta) dias; IV - pela autoridade que houver feito a nomeação, quando se tratar de destituição de cargo em comissão. Para que esse importante tema de nosso estudo fique ainda mais claro, segue o quadro: Autoridade competente Sanção Presidente da República, Presidentes das Casas do Poder Legislativo e dos Tribunais Federais e pelo Procurador- Geral da República demissão e cassação de aposentadoria ou disponibilidade Ministros de Estado, Presidentes de autarquias e fundações (autoridades suspensão superior a 30 (trinta) dias Noções de Direito Administrativo para Policial (2014/2015) da PRF. Aula e exercícios comentados. Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 06 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 32 de 56 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita administrativas de hierarquia imediatamente inferior àquelas mencionadas acima) Chefe da repartição advertência ou suspensão de até 30 (trinta) dias; Autoridade que houver feito a nomeação, quando se tratar de destituição de cargo em comissão. MUITA ATENÇÃO AQUI! O Presidente da República pode delegar aos seus Ministros a competência de demitir servidores. Esse é o entendimento do Superior Tribunal de Justiça. Veja: OUTRA QUESTÃO IMPORTANTE: Pode a autoridade que vai julgar o PAD contrariar as conclusões da comissão processante e deixar de aplicar a penalidade sugerida ou absolver o servidor quando a comissão opinou pela condenação? Pode sim, contudo, em apenas uma hipótese: quando o relatório da comissão contrariar a prova dos autos. Nesse caso, a autoridade julgadora pode, de forma motivada, agravar ou abrandar a penalidade proposta ou, até mesmo, isentar o servidor de responsabilidade (art. 168). Vamos complementar nossos estudos com a resolução de questões? Para que você se aprofunde ainda mais na matéria, recomendamos a leitura dos arts. 149 a 173 da Lei nº 8.112/90. Perceba o quanto esses dispositivos são importantes ao resolver as seguintes questões. ³3RVVLELOLGDGH�GH�R�3UHVLGHQWH�GD�5HS~EOLFD�GHOHJDU�DRV�0LQLVWURV�GH�(VWDGR� a competência para demitir servidores de seus respectivos quadros ± parágrafo único do art. 84, CF´. (MS 7.024/DF) Noções de Direito Administrativo para Policial(2014/2015) da PRF. Aula e exercícios comentados. Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 06 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 33 de 56 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita 18. (CESPE - 2014 - CADE - Nível Superior - Conhecimentos Básicos) A respeito do processo administrativo disciplinar, julgue os itens subsecutivos. Caso o relatório da comissão processante de processo administrativo disciplinar conclua pela aplicação da penalidade de quarenta e cinco dias de suspensão a bibliotecário em exercício no CADE, os autos do processo deverão ser encaminhados ao ministro da Justiça, autoridade competente para decisão nesse processo. Isso mesmo, pessoal. Vamos relembrar o que acabamos de ver. Art. 141. As penalidades disciplinares serão aplicadas: I - pelo Presidente da República, pelos Presidentes das Casas do Poder Legislativo e dos Tribunais Federais e pelo Procurador-Geral da República, quando se tratar de demissão e cassação de aposentadoria ou disponibilidade de servidor vinculado ao respectivo Poder, órgão, ou entidade; II - pelas autoridades administrativas de hierarquia imediatamente inferior àquelas mencionadas no inciso anterior quando se tratar de suspensão superior a 30 (trinta) dias; III - pelo chefe da repartição e outras autoridades na forma dos respectivos regimentos ou regulamentos, nos casos de advertência ou de suspensão de até 30 (trinta) dias; IV - pela autoridade que houver feito a nomeação, quando se tratar de destituição de cargo em comissão. Portanto, a autoridade administrativa de hierarquia inferior é o Ministro da Justiça. Gabarito: certo. 19. (CESPE - 2014 - TJ-SE - Técnico Judiciário - Área Judiciária) A respeito de agentes públicos, responsabilidade civil do Estado e improbidade administrativa, julgue os itens que se seguem. Questões de concurso Noções de Direito Administrativo para Policial (2014/2015) da PRF. Aula e exercícios comentados. Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 06 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 34 de 56 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita À exceção dos magistrados, os servidores públicos efetivos estatutários do Poder Judiciário, após aquisição de estabilidade, apenas podem perder seus cargos por decisão em sentença judicial transitada em julgado ou em processo administrativo disciplinar, ou por decorrência de avaliação de desempenho insatisfatória ou por necessidade de redução de despesas com pessoal. Vamos rever o que acabamos de estudar? A última possibilidade de perda do cargo elencada na questão foi tirada da CF/88, senão vejamos: Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios não poderá exceder os limites estabelecidos em lei complementar. § 3º Para o cumprimento dos limites estabelecidos com base neste artigo, durante o prazo fixado na lei complementar referida no caput, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios adotarão as seguintes providências: I - redução em pelo menos vinte por cento das despesas com cargos em comissão e funções de confiança; II - exoneração dos servidores não estáveis. § 4º Se as medidas adotadas com base no parágrafo anterior não forem suficientes para assegurar o cumprimento da determinação da lei complementar referida neste artigo, o Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público. § 1º O servidor público estável só perderá o cargo: I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado; II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa; III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa. Noções de Direito Administrativo para Policial (2014/2015) da PRF. Aula e exercícios comentados. Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 06 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 35 de 56 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita servidor estável poderá perder o cargo, desde que ato normativo motivado de cada um dos Poderes especifique a atividade funcional, o órgão ou unidade administrativa objeto da redução de pessoal. Portanto, correta a qustão. Gabarito: certo. 20. (CESPE - 2013 - STF - Analista Judiciário - Área Judiciária) Em se tratando de processo administrativo disciplinar, a autoridade instauradora pode, como medida cautelar e para que não haja interferências na apuração da irregularidade, decretar o afastamento do servidor investigado, sem prejuízo da remuneração. Perfeito, pessoal. É o que acabamos de estudar! Gabarito: certo 21. (CESPE - 2009 - IBRAM-DF ± Advogado) Conforme entendimento do Superior Tribunal de Justiça (STJ), o controle jurisdicional a respeito do ato administrativo que impõe sanção disciplinar restringe-se aos seus aspectos meramente formais. Segundo posicionamento do STJ no MS 13.986/DF, "Em face dos princípios da proporcionalidade, dignidade da pessoa humana e culpabilidade, aplicáveis ao regime jurídico disciplinar, não há juízo de discricionariedade no ato administrativo que impõe sanção disciplinar a Servidor Público, razão pela qual o controle jurisdicional é amplo, de modo a conferir garantia aos servidores públicos contra eventual excesso administrativo, não se limitando, portanto, somente aos aspectos formais do procedimento sancionatório." Gabarito: Errado. Noções de Direito Administrativo para Policial (2014/2015) da PRF. Aula e exercícios comentados. Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 06 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 36 de 56 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita 22. (CESPE - 2010 - TRE-BA - Analista Judiciário)O rito sumário do processo administrativo disciplinar aplica-se apenas à apuração das irregularidades de acumulação ilícita de cargos públicos, abandono de cargo e inassiduidade habitual. Vejamos o que dizem os arts. 133 e 140 da Lei 8.112/90: Art. 133. Detectada a qualquer tempo a acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas, a autoridade a que se refere o art. 143 notificará o servidor, por intermédio de sua chefia imediata, para apresentar opção no prazo improrrogável de dez dias, contados da data da ciência e, na hipótese de omissão, adotará procedimento sumário para a sua apuração e regularização imediata, cujo processo administrativo disciplinar se desenvolverá nas seguintes fases: I - instauração, com a publicação do ato que constituir a comissão, a ser composta por dois servidores estáveis, e simultaneamente indicar a autoria e a materialidade da transgressão objeto da apuração; II - instrução sumária, que compreende indiciação, defesa e relatório; III - julgamento. (...) Art. 140. Na apuração de abandono de cargo ou inassiduidade habitual, também será adotado o procedimento sumário a que se refere o art. 133, observando-se especialmente que: I - a indicação da materialidade dar-se-á: a) na hipótese de abandono de cargo, pela indicação precisa do período de ausência intencional do servidor ao serviço superior a trinta dias; b) no caso de inassiduidade habitual, pela indicação dos dias de falta ao serviço sem causa justificada, por período igual ou superior a sessenta diasinterpoladamente, durante o período de doze meses; No caso de abandono de cargo e inassiduidade, a lei também afirma que será adotado o procedimento sumário. Gabarito: certo. 23. (CESPE - 2009 - SEAD-SE (FPH) ± Procurador) O secretário de estado da saúde de determinado estado da Federação determinou a instauração de processo administrativo disciplinar para apurar fatos envolvendo irregularidades praticadas por servidor daquela secretaria. Noções de Direito Administrativo para Policial (2014/2015) da PRF. Aula e exercícios comentados. Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 06 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 37 de 56 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita Nessa situação, o processo administrativo disciplinar iniciar-se-á com a sindicância, que é um meio sumário e sigiloso de investigação, com o objetivo de apuração preliminar dos fatos, vedada a presença de partes e advogado. Vimos que as fases para instauração do PAD seguem a seguinte sequência: Para decorar: INSTA ± INQUÉ ± DE Gabarito: Errado. 24. (CESPE - 2011 - FUB - Analista de Tecnologia da Informação) De acordo com entendimento do Supremo Tribunal Federal, a falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não ofende a Constituição. Veja o que diz a súmula vinculante nº5 do STF: Gabarito: Certo 25. (CESPE - 2011 - TRE-ES - Técnico Judiciário) O Ministro de Estado pode ser submetido a processo administrativo disciplinar, nos termos da Lei n.º 8.112/1990. Art. 151. O processo disciplinar se desenvolve nas seguintes fases: I - instauração, com a publicação do ato que constituir a comissão; II - inquérito administrativo, que compreende instrução, defesa e relatório; III - julgamento. A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não ofende a Constituição. Noções de Direito Administrativo para Policial (2014/2015) da PRF. Aula e exercícios comentados. Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 06 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 38 de 56 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita Sobre esse tema, a AGU editou o parecer vinculante nº GQ-35, que assim concluiu: ³���A Lei n. 8.112, de 1990, comina a aplicação de penalidade a quem incorre em ilícito administrativo, na condição de servidor público, assim entendido a pessoa legalmente investida em cargo público, de provimento efetivo ou em comissão, nos termos dos arts. 2ºe 3º. Essa responsabilidade de que provém a apenação do servidor não alcança os titulares de cargos de natureza especial, providos em caráter precário e transitório, eis que falta a previsão legal da punição. Os titulares dos cargos de Ministro de Estado (cargo de natureza especial) se excluem da viabilidade legal de responsabilização administrativa, pois não os submete a positividade do regime jurídico dos servidores públicos federais aos deveres funcionais, cuja inobservância acarreta a penalidade administrativa. É que o processo disciplinar se destina "a apurar responsabilidade de servidor por infração praticada no exercício de suas atribuições, ou que tenha relação com as atribuições do cargo em que se encontra investido" (art. 148 da Lei n. 8.112, de 1990)´. Por isso, o gabarito é errado. 26. (CESPE - 2010 - ABIN - OFICIAL TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA) Um servidor público federal que, admitido no serviço público, sem concurso público, em 1982, e atualmente lotado em determinado órgão público federal, seja indicado para integrar comissão Art.148 O processo disciplinar é o instrumento destinado a apurar responsabilidade de servidor por infração praticada no exercício de suas atribuições, ou que tenha relação com as atribuições do cargo em que se encontre investido. Noções de Direito Administrativo para Policial (2014/2015) da PRF. Aula e exercícios comentados. Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 06 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 39 de 56 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita de processo administrativo disciplinar estará impedido legalmente de presidir essa comissão. Aqui o que você não pode confundir o servidor ocupante de cargo efetivo com servidor estável. Para ser membro de comissão, o servidor deve ser estável. No caso do presidente da comissão, o art. 149 determina que, além de ser estável, ele deve ser ocupante de cargo efetivo. Isso quer dizer que o presidente deve ter sido admitido no serviço público por meio de concurso público. Outros requisitos para ser presidente são: a autoridade deverá ser ocupante de cargo superior ou de mesmo nível, ou ter nível de escolaridade igual ou superior ao do indiciado. Gabarito: Certo. 27. (CESPE - 2010 - PGM-RR - Procurador Municipal)A comissão de sindicância não é pré-requisito para a instauração do processo administrativo disciplinar. A comissão de sindicância é requisito para a instauração do PAD, pois é ela quem vai movimentar o processo na fase de inquérito. Gabarito: Errado. 28. (CESPE - 2010 - MS - Analista Técnico) A autoridade julgadora poderá decidir em desconformidade com o relatório elaborado pela comissão responsável pela condução do processo disciplinar quando reputá-lo contrário às provas dos autos. MUITA ATENÇÃO PARA ESSA QUESTÃO! É importante que você leia os artigos recomendados da Lei nº 8.112/90, pois você pode se deparar com uma questão como essa, que é a pura lei: Noções de Direito Administrativo para Policial (2014/2015) da PRF. Aula e exercícios comentados. Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 06 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 40 de 56 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita Gabarito: Certo. 29. (CESPE - 2008 - ABIN - Oficial de Inteligência) No âmbito do processo administrativo disciplinar, o interrogatório do acusado ocorre antes da inquirição das testemunhas, e depois da sua citação. Essa afirmação contraria o seguinte dispositivo da Lei nº 8.112/90: Gabarito: errado. Não podemos encerrar o estudo do processo administrativo disciplinar sem abordarmos os seguintes entendimentos jurisprudenciais. É devida a observância do prazo de três dias de antecedência da oitiva para a intimação de testemunha (art. 41 da Lei n. 9.784/1999, aplicado subsidiariamente a Lei n. 8.112/1990) (STJ-MS 12.895-DF). Com relação ao interrogatório do acusado, ePorém, quando se demonstrar conveniente, pode a comissão interrogar o acusado logo no Art. 168. O julgamento acatará o relatório da comissão, salvo quando contrário às provas dos autos. Parágrafo único. Quando o relatório da comissão contrariar as provas dos autos, a autoridade julgadora poderá, motivadamente, agravar a penalidade proposta, abrandá-la ou isentar o servidor de responsabilidade. Art. 159. Concluída a inquirição das testemunhas, a comissão promoverá o interrogatório do acusado, observados os procedimentos previstos nos arts. 157 e 158. § 1o No caso de mais de um acusado, cada um deles será ouvido separadamente, e sempre que divergirem em suas declarações sobre fatos ou circunstâncias, será promovida a acareação entre eles. § 2o O procurador do acusado
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