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INSS 
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Prof. Roberto Troncoso 
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AULA 00 
1 Direitos e deveres fundamentais: direitos e deveres 
individuais e coletivos; direito à vida, à liberdade, à 
igualdade, à segurança e à propriedade; garantias 
constitucionais individuais - INTRODUÇÃO 
 
I. DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS --------------------------------------------------- 12 
I. QUESTÕES DA AULA ------------------------------------------------------------------------------------------ 33 
II. GABARITO ------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 37 
III. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ------------------------------------------------------------------------- 38 
 
 
Olá futuros Técnicos do Seguro Social! 
Prontos para o SEU salário de até R$ 4.886,87? 
Primeiramente, vou fazer uma rápida apresentação para que vocês me 
conheçam um pouco melhor. Meu nome é Roberto Troncoso e sou Consultor 
Legislativo da Câmara dos Deputados na área de Direito Constitucional. Já fui 
Auditor Federal de Controle Externo do Tribunal de Contas da União, onde 
exerci a função de Pregoeiro Oficial e Gerente de Processos. Sou também pós-
graduado em Auditoria e Controle da Gestão Governamental, professor de 
Direito Constitucional em cursos preparatórios para concursos e palestrante de 
técnicas de aprendizagem acelerada aplicadas a concursos públicos. Antes de 
trabalhar na Câmara dos Deputados, fui também Agente da Polícia Federal e 
Técnico Judiciário do TJDFT. 
Durante essa caminhada pelo mundo dos concursos, também fui aprovado 
dentro das vagas para outros cargos, porém, sem assumi-los: Agente de 
Polícia Federal Regional – 2004, Agente de Polícia Civil do DF – 2004, 
Ministério das Relações Exteriores – Oficial de Chancelaria – 2004 e 
Escriturário do BRB – 2001. 
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Meu querido aluno, eu vou te fazer um pedido agora: se você estiver com 
pressa e tiver que pular alguma parte desse material, pule a parte relativa à 
matéria. Mas por favor, LEIA E REFLITA SOBRE AS PRÓXIMAS PÁGINAS. 
Elas economizarão um tempo precioso de suas vidas e podem ser o diferencial 
entre o tão sonhado cargo de Técnico do Seguro Social ou mais uma 
reprovação. 
 
 
 
Afiar o machado. É exatamente isso que faremos AGORA. 
 
O PROCESSO DE ESTUDO PARA CONCURSOS 
Uma vez apresentados, gostaria de dizer para vocês que o processo de estudo 
para concursos públicos pode ser dividido em três etapas: aprendizado do 
conteúdo, revisão da matéria por meio de esquemas e mapas mentais e, por 
fim, a aplicação do conhecimento e mensuração do nível de aprendizagem 
por meio de resolução de exercícios e provas anteriores. 
Nosso curso se dedica aos três passos: 
� Exposição teórica do conteúdo completo da matéria de forma 
simples e objetiva, com a linguagem mais acessível possível. 
� Esquemas com a matéria abordada para facilitar o estudo e a 
revisão. 
� Mais de 200 exercícios do CESPE resolvidos e comentados! De 
forma complementar e quando necessário, vamos também resolver 
exercícios de outras bancas, ok? 
� Não há exigência de conhecimentos prévios. O curso é voltado 
tanto para o estudante que nunca estudou Direito Constitucional 
quanto para o aluno mais avançado, que quer adquirir 
conhecimentos profundos sobre o tema. 
"Se eu tivesse oito horas para derrubar uma 
árvore, passaria seis afiando meu machado." 
(Abraham Lincoln) 
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METODOLOGIA 
Meu caro aluno e futuro Técnico do Seguro Social, no desenvolvimento desse 
material, para que você entenda melhor os conceitos, utilizarei a linguagem 
mais fácil e acessível possível, sem me prender ao “juridiquês”. No 
entanto, tenha em mente que a linguagem jurídica é muito importante e é ela 
que provavelmente cairá em sua prova. 
Primeiramente, farei a exposição do conteúdo. Logo em seguida, sempre que 
necessário, trarei um esquema para que você possa revisar a matéria com 
mais rapidez. Por último, trarei uma bateria de exercícios comentados 
relacionados ao tema. 
Em um primeiro momento, você poderá ficar apreensivo em relação ao número 
de páginas de algumas das nossas aulas. No entanto, esse material foi 
desenvolvido para que a sua leitura flua tranquilamente e seja 
bastante rápida. Para você ter uma ideia, na aula de hoje, teremos APENAS 
6 páginas de conteúdo (teoria). O restante das páginas é dividido entre 
MUITOS exercícios comentados, MUITOS esquemas e uma lista com as 
questões da aula. Dessa forma, apesar de o número de páginas ser elevado, a 
leitura do material é bastante rápida e agradável! 
 
COMO FAZER EXERCÍCIOS? 
1- Faça as questões uma a uma e confira o gabarito IMEDIATAMENTE. 
Caso tenha alguma dúvida, procure saná-la de pronto. Evite fazer 
um bloco inteiro para somente depois conferir. Você acaba sem sanar 
todas as suas dúvidas e perdendo informações valiosas. 
2- Ao terminar a bateria, calcule quantos itens você acertou, quantos errou 
e qual foi sua porcentagem de acertos (uma errada anula uma certa, 
estilo Cespe, ok?, ainda que a prova seja de outra banca). Mas por que, 
Roberto? Resposta: para saber a efetividade do seu estudo e para ter um 
parâmetro de autoavaliação. 
3- Faça e refaça várias vezes a mesma lista de exercícios. Dois 
fatores são responsáveis pela memória solidificada. O primeiro é a 
associação do conhecimento a uma forte emoção. É por isso que 
sempre nos lembramos do primeiro beijo, do primeiro carro, ou da 
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primeira vez que nós.......você entendeu.... Como é difícil associar o 
Direito a uma forte emoção, devemos recorrer ao próximo fator. 
O segundo fator é a repetição. Quando repetimos tanto alguma ação 
que ela se torna automática, aí sim, nosso conhecimento estará 
solidificado. E é exatamente por isso que você deve revisar a 
matéria várias vezes, fazer muitos exercícios e fazer as mesmas 
listas várias vezes! 
4- Quando atingir entre 80% e 90% (líquido), PARABÉNS! E VÁ ESTUDAR 
OUTRA MATÉRIA! Não tente chegar aos 100%, pois o custo 
benefício desse conhecimento é baixo. Lembre-se: seu objetivo é 
passar na prova e não virar doutor em Direito Constitucional. 
Observe que o CESPE (sua banca examinadora) usa somente questões de 
Certo ou Errado. Assim, treinaremos, na maioria das vezes, dessa forma. Até 
mesmo porque, quando estamos fazendo exercícios de múltipla escolha, ao 
marcarmos uma assertiva que temos certeza de estar certa, tendemos a 
descartar automaticamente os demais itens da questão, ou, no mínimo, 
analisamo-los de forma tendenciosa. Dessa forma, não fazemos o juízo de 
valor mais adequado e, consequentemente, aprendemos menos. 
 
COMO TORNAR SEU ESTUDO MAIS EFICIENTE 
A grande maioria das pessoas não busca maneiras de se melhorar ou de 
melhorar seu método de estudo. Assim, elas se esquecem de que, se 
continuamos a ter sempre as mesmas ações, vamos obter sempre os mesmos 
resultados... 
 
 
 
Eu sei que é difícil sair da nossa zona de conforto. Mas é necessário que 
façamos isso! Antes de continuar, assista a esse vídeo. Dura 6 minutos. 
http://www.youtube.com/watch?v=qZIPGfzhzvM. 
“Insanidade é fazer sempre as mesmas 
coisas esperando obter resultados diferentes” 
(Albert Einstein) 
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Gostaram do vídeo? Muitas pessoas estudam para concursos públicos por dois, 
três, quatro anos e não passam. Você sabe por quê? Será que essas pessoas 
não são inteligentes?Eu garanto que elas são inteligentes sim! E muito! Mas talvez o método de 
estudo dessas pessoas não esteja sendo tão eficiente quanto poderia. Vou dar 
algumas dicas para melhorar a qualidade do seu estudo. Esse método 
funcionou até agora para mim e para TODOS os meus alunos que 
estudaram dessa forma, sem exceções. Espero que ajude você 
também. 
1. Coloque todo o seu conhecimento em apenas um lugar: no seu 
caderno (ou mapa mental). 
Tudo o que você aprender nas aulas presenciais, coloque no caderno. 
Tudo o que você ler nos livros e for importante, coloque no caderno. 
Todos os exercícios que você fizer e que a informação não esteja no 
caderno, coloque lá. Até mesmo as aulas on-line, coloque tudo no seu 
caderno (ou mapa mental). 
Com o tempo, seu caderno vai ficar bastante completo e a informação 
estará do seu jeito, com as suas palavras e com a sua cara. 
2. Se for estudar pelo livro, leia-o apenas UMA vez e coloque a 
informação no seu caderno. 
É muito pouco produtivo ficar lendo ou revisando em livros. 100 páginas 
de livro correspondem, em média a 10 de caderno. E é muito mais 
rápido ler 10 páginas escritas do seu jeito do que 100 páginas de 
linguagem rebuscada. 
3. REVISE todo o seu caderno periodicamente (no mínimo três 
vezes por mês, ou seja, a cada 10 dias). 
O conhecimento é como um objeto colocado na superfície da água: ele 
vai caindo devagar em direção ao fundo. Se aprendermos alguma coisa 
nova e nunca mais usarmos esse conhecimento, nosso cérebro entende 
que aquilo não é importante e descarta a informação. Dessa forma, 
devemos então mesclar o estudo de novas matérias com as revisões do 
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que já foi estudado de forma a sempre deixar nosso conhecimento na 
superfície e não deixarmos que ele afunde. 
Por isso, a revisão periódica é FUNDAMENTAL! É aqui que você 
realmente aprende e fortalece sua rede neural, fixando o conhecimento 
no cérebro. Se você deixar para revisar na última hora, não vai adiantar 
nada. 
É exatamente assim que eu estudo: Aprendendo coisas novas, fazendo muitos 
exercícios das mais variadas bancas e SEMPRE revisando o que eu já 
aprendi. E, para que o estudo seja eficiente, devemos ter uma forma ágil de 
resgatar e revisar a informação: o caderno ou o mapa mental. 
Revisar a matéria direto nos livros, mesmo com o realce / marca-texto / 
sublinhados etc. não é a forma mais eficiente de resgatar a informação. 
Vocês perceberão nas aulas (inclusive nessa), que eu uso esquemas em três 
cores para sistematizar o conteúdo. O meu caderno é EXATAMENTE desse 
jeito. Esses esquemas são praticamente a digitalização das minhas anotações. 
 
CADERNO, ESQUEMAS E RESUMOS EFICIENTES 
A "arte de fazer bons resumos" deve ser treinada e é uma habilidade que pode 
ser desenvolvida. Muitas pessoas me perguntam sobre como fazer um bom 
caderno; se é melhor fazê-lo em meio físico ou digital, sobre o tamanho 
ideal... 
Se os resumos no computador funcionam para você, não há problema algum. 
Se o formato vai ser eletrônico ou físico, vai depender de pessoa para pessoa. 
Os meus, por exemplo, eram físicos. Mas volto a dizer que não há problema 
algum em ser eletrônico. 
Quanto ao tamanho do seu caderno, acredito que um resumo de 
aproximadamente 120 páginas para TODA a matéria de Direito Constitucional 
está de bom tamanho. Mas lembre-se que DCO é uma matéria ENORME! Na 
grande maioria das outras matérias, o seu resumo será bem menor que isso. 
 
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O grande segredo dos resumos e esquemas é o seguinte: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Se os seus esquemas contemplarem esses cinco passos, você já terá um 
excelente resumo. Assim, um caderno eficaz é aquele que te permite: 
a) Acessar a informação de maneira rápida (bateu o olho, viu preto, já 
sabe que é estrutura!). É por isso que o tamanho não é tãããããão importante 
assim. Se você revisa rápido 100 páginas, está tudo certo. Claro que também 
não pode ficar grande demais... 
b) Anotar de maneira rápida (por isso as frases curtas com a essência da 
ideia). 
Lembre-se de que ter um caderno muito bom e não revisá-lo, não 
adianta NADA. 
 
 
1) Sempre coloque as palavras-chave. Retire todos (ou quase todos) os 
conectores. Deixe somente a essência das informações; 
2) Sempre use frases curtas; 
3) Divida a informação: coloque uma ideia em cada frase e cada frase em 
uma linha separada (na medida do possível). Assim, elas sempre ficarão 
curtas e bem distribuídas; 
A memória é composta por fragmentos. Se memorizarmos os fragmentos 
mais importantes, teremos uma melhor compreensão do todo; 
4) Faça uma diagramação visual. Jamais escreva em seu caderno de forma 
linear, fica muito mais difícil resgatar a informação; 
5) Use cores (sem exageros!). Cada cor deve ter um significado. Os 
esquemas que trarei para vocês funcionam assim: 
• Preto = estrutura 
• Azul = informação 
• Vermelho = realce (não necessariamente importante) 
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FOCO NO ESTUDO 
Um dos maiores conselhos que você pode receber de mim e da grande maioria 
das pessoas que já passaram em um concurso público é o seguinte: O FOCO É 
ESSENCIAL! 
Não adianta nada ficar correndo atrás de edital. Foque em apenas um 
concurso. É claro que você vai também fazer as outras provas que forem 
aparecendo, mas o estudo deve sempre ser focado para apenas um concurso. 
Quando digo foco, não quero dizer que temos que estudar 2, 3, 4 anos para 
passar em um concurso. Uma pessoa pode estudar extremamente focada por 2 
meses e passar em um excelente concurso. O que não costuma dar muito 
certo é ficar correndo atrás de edital... 
 
 
 
 
ESTUDE SEMPRE PARA ESSE CONCURSO 
Outra coisa: eu ouço muita gente dizendo assim: “estou estudando para o 
próximo concurso...é muita matéria....para esse não vai dar...mas já vou 
adiantando o estudo né?...ahhh você sabe como é... é difícil né?....” 
Jamais estude para o próximo concurso. Estude SEMPRE para ESSE 
concurso! Se você fala para você mesmo que está estudando para o próximo, 
seu cérebro recebe o seguinte comando: “não preciso aprender agora, pois 
esse conhecimento não me será útil.” 
Por outro lado, se você estudar para ESSE concurso, você dá o comando para 
que o seu cérebro aprenda AGORA e não deixe nada para depois. Além disso, 
se você diz para você mesmo que está estudando para ESSE concurso, as 
suas atitudes são de alguém que vai passar NESSE concurso: 
• Quando eu tiver alguma dúvida, eu vou saná-la imediatamente, porque 
eu sei que não tenho mais tempo. Eu preciso dessa informação AGORA: 
eu vou passar NESSE concurso; 
“Para quem não sabe para onde quer ir, 
qualquer caminho serve” 
(Lewis Carroll) 
 
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• Quando bater aqueeeeeela preguiça, eu vou resistir, porque eu sei que 
não tenho mais tempo. Eu preciso estudar AGORA: eu vou passar 
NESSE concurso; 
• Quando eu for convidado para aquele churrasco ou aquela festa, eu vou 
resistir, porque eu sei que não tenho mais tempo: eu vou passar 
NESSE concurso; 
• Quando os meus olhos estiverem ardendo e a minha cabeça, as costas, o 
bumbum e até os fios de cabelo estiverem doendo, eu vou resistir, 
porque eu sei que não tenho mais tempo: eu vou passar NESSE 
concurso; 
Se você estuda para ESSE concurso, as chances de tomar atitudes como essas 
são infinitamente maiores. Estudar para o próximo concurso é o mesmo que se 
enganar. 
 
NÃO ACREDITE NO QUE VOCÊ ACABOU DE LER 
Não acredite e nemduvide nessas e em outras técnicas repassadas por mim 
ou por qualquer outro professor. TESTE você mesmo e veja se funciona ou 
não. 
Faço agora o meu segundo pedido a você: Teste direito! Faça bem feito! 
 
 
 
 
 
 
Se você testar direito, do jeito que eu expliquei e mesmo assim tiver alguma 
dúvida, critica ou sugestão, fique à vontade para me mandar um email 
RESPONDA AGORA ESSAS PERGUNTAS MÁGICAS: 
• Se eu fosse fazer bem feito, como eu faria? 
• Se eu fosse estudar PARA PASSAR, como é que eu estudaria? 
• Se eu fosse estudar direito e para ESSE concurso, como é que eu 
estudaria? 
• Se eu fosse morrer se eu não passasse nesse concurso, como é 
que eu agiria? Quais as atitudes que eu teria? 
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(robertoconstitucional@gmail.com). Tenho certeza de que essa troca de 
experiências será muito enriquecedora para todos nós. 
É justamente a atitude de se melhorar constantemente que te fará um 
vencedor! 
É como disse o vídeo: O que faz alguém ser bom em algo? Dedicação. 
Trabalho duro. E fazer isso com a direção e metodologia corretas. Se você fizer 
isso, de qualquer jeito, você será bom. 
Mas o que faz alguém ser profissional em alguma coisa? É pegar aquela 
pequena decisão que você tomou e executá-la, levando isso mais longe do que 
a sua imaginação pode levar. É dedicar cada respiração do seu corpo, cada 
pensamento, cada momento, para aquela causa. É dar absolutamente o seu 
MELHOR e não se acomodar por nenhum motivo. Não é talento, não é 
inteligência, é simplesmente, “o tamanho do seu apetite pelo sucesso”. 
 
SUCESSO!! 
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FALANDO SOBRE A SUA PROVA 
A matéria de Direito Constitucional é de importância fundamental para a sua 
aprovação. Ela está na parte de conhecimentos gerais e vale aproximadamente 
20% dessa prova objetiva. Dessa forma, você deve dar muita atenção a essa 
disciplina! 
O conteúdo do nosso curso se baseia no edital que está na praça. Se vocês já 
tiveram a oportunidade de analisá-lo, verão que ele não é tão extenso, o que 
requer um esforço extra da nossa parte, pois quanto menor o conteúdo, com 
mais profundidade ele tende a ser cobrado. Vejam só o seu edital, na ordem 
em que será visto em nossas aulas: 
INSS – TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL 
Aula 00 
1 Direitos e deveres fundamentais: direitos e deveres individuais e coletivos; direito à vida, à 
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade. - INTRODUÇÃO 
Aula 01 
1 Direitos e deveres fundamentais: direitos e deveres individuais e coletivos; direito à vida, à 
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade. - CONTINUAÇÃO 
Aula 02 1 Direitos e deveres fundamentais: direitos sociais; nacionalidade; cidadania; 
Aula 03 
1 Direitos e deveres fundamentais: garantias constitucionais individuais. Garantias dos direitos 
coletivos, sociais e políticos. 
Aula 04 
2 Da Administração Pública (artigos de 37 a 41, capítulo VII, Constituição Federal de 1988 e 
atualizações). 
Abordaremos os pontos mais importantes e que, a nosso ver, têm maior 
possibilidade de cair na sua prova.Caso necessário, enviem suas dúvidas, 
sugestões, pedidos especiais, comentários sobre o material etc. para o Fórum. 
Confira os cursos de Direito Constitucional em mapas mentais no site do 
Ponto dos Concursos e a nova coleção de MAPAS MENTAIS da editora 
PONTO DOS CONCURSOS (https://www.pontodosconcursos.com.br/editora/editora.asp). 
Seja meu amigo no Facebook: https://www.facebook.com/betotroncoso 
 
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I. DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS 
1. CONSIDERAÇÕES GERAIS 
Meus caros Técnicos do Seguro Social, primeiramente, vocês devem saber que 
a grande maioria dos direitos e garantias fundamentais está prevista no artigo 
5º da Constituição. Contudo, eles não estão contidos exclusivamente no 
referido artigo. Dessa forma, os direitos e garantias fundamentais estão 
previstos no art. 5o da Constituição, esparramados ao longo da CF e 
também implícitos em seu texto, não constituindo um rol taxativo. 
Como exemplo, temos o Princípio da anterioridade eleitoral (art. 16) e o 
Princípio da anterioridade tributária (art. 150, III, b). 
Tais direitos podem ser didaticamente subdivididos da seguinte forma: 
• Direitos individuais e coletivos; 
• Direitos sociais; 
• Direitos de nacionalidade; 
• Direitos políticos; 
• Partidos políticos; e 
• Remédios constitucionais. 
Deve-se, desde já, frisar que nem todos os direitos e garantias 
fundamentais são cláusulas pétreas, apenas os direitos e garantias 
INDIVIDUAIS o são. Assim, os direitos individuais são “espécie” do gênero 
“direitos e garantias fundamentais” e somente aqueles (os individuais) são 
cláusulas pétreas. Confira o art. 60, §4o da CF: 
Art. 60, § 4º - Não será objeto de deliberação a proposta de 
emenda tendente a abolir: 
I - a forma federativa de Estado; 
II - o voto direto, secreto, universal e periódico; 
III - a separação dos Poderes; 
IV - os direitos e garantias individuais. 
Por fim, o rol dos direitos e garantias fundamentais (DGF) previstos na 
Constituição não é taxativo, podendo haver outros DGF não previstos 
expressamente no texto constitucional. Observe o art. 5º § 2º: “Os direitos e 
garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do 
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regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em 
que a República Federativa do Brasil seja parte”. 
Esquematizando: 
• Direitos e garantias - Direitos individuais e coletivos 
 fundamentais - Direitos Sociais 
- Direitos de Nacionalidade art. 5o + ao longo da CF 
- Direitos Políticos 
- Partidos Políticos 
- Remédios constitucionais 
 
• Os Direitos Fundamentais estão no art. 5o + ao longo da CF (não se resumem ao art. 50) 
 - Princípio da anterioridade eleitoral (art. 16) 
- Princípio da anterioridade tributária (art. 150, III, b) 
• Nem todos os Direitos Fundamentais são pétreos – somente os INDIVIDUAIS (art. 60, 
par. 4o, IV) 
• Direito INDIVIDUAL é espécie dos Direitos Fundamentais 
• Rol não é taxativo (art. 5º, § 2º) 
 
2. GERAÇÕES DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS 
Até a Idade Média, o Estado podia interferir na vida das pessoas como bem 
entendesse. Ele era soberano e o Rei não precisava respeitar nenhum limite ou 
lei. Esse contexto permitiu que o Estado cometesse uma série de abusos e 
atrocidades, sem o menor limite ou respeito aos seus súditos. 
Uma passagem bíblica bastante conhecida nos mostra a desproporcionalidade 
do poder do Estado (tá bom, eu sei que não havia sequer o conceito de Estado 
naquela época, mas o exemplo ilustra bem, ok?): havia duas mães brigando 
para saber de quem era o filho. O Rei simplesmente mandou cortar o menino 
ao meio e dar metade da criança a cada uma delas. A mãe que não aceitou a 
proposta do rei e preferiu que o filho ficasse vivo, ainda que com a outra mãe, 
era a verdadeira progenitora da criança. 
Histórias como essa, para nós, beiram ao ridículo, mas expressam bem o 
poder do Estado em outras épocas. 
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Com o passar do tempo, na era do Liberalismo, a população passou a se 
revoltar com esses abusos que o Estado cometia e passou a reivindicar direitoscomo a vida, a liberdade, a propriedade, entre outros. Esses direitos 
pressupõem uma não ação do Estado, ou seja, o Estado não pode matar 
alguém injustamente; o Estado não pode tirar os bens de alguém 
injustamente, assim como não pode tirar a liberdade de alguém injustamente. 
Esse foi o contexto onde surgiram os primeiros direitos fundamentais (ou 
direitos de 1ª. Geração) e, justamente por serem uma barreira à ação do 
Estado (o Estado não pode matar alguém injustamente; o Estado não pode 
tirar os bens de alguém injustamente, etc.), são chamados de liberdades 
negativas. Entre os direitos de 1ª geração, estão o direito à vida, 
propriedade, liberdade etc. 
Com o passar do tempo, já na Revolução Industrial, mais abusos eram 
cometidos: jornadas de trabalho de 15 a 18 horas por dia e 7 dias por semana, 
crianças trabalhando, não havia férias etc... 
Nesse contexto, surgiram os direitos de 2ª geração: o Estado deveria agir 
para promover os direitos. Ele deveria editar leis para que os trabalhadores 
tivessem férias; ele deveria agir para que os trabalhadores possuíssem 13º 
salário, jornada de trabalho justa etc. Dessa forma, os direitos de 2ª geração 
requerem uma ação do Estado e são relacionados à igualdade. São exemplos 
de direitos de 2ª geração: direitos dos trabalhadores, educação, saúde, dentre 
outros. 
Com o passar do tempo e, principalmente no período pós-Grande Guerra, a 
comunidade internacional começou a se preocupar com os direitos 
transindividuais (que ultrapassam o indivíduo), como o meio ambiente, o 
desenvolvimento e a comunicação, ou seja, direitos relacionados à 
fraternidade. Esses são direitos de 3ª geração. 
Com a globalização, vieram os direitos de 4ª geração, relacionados com 
engenharia genética, transgênicos, softwares etc. 
Esquematizando: 
 
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Gerações dos Direitos Fundamentais 
• Direitos de 1ª Geração - Liberdade 
- Liberdades negativas - Pressupõem uma não ação do Estado 
- Liberdades públicas e direitos políticos 
- Direitos individuais 
- Contexto histórico: Liberalismo 
 
• Direitos de - Igualdade 
2ª Geração - Direitos sociais (trabalhadores, educação, saúde, moradia...) 
- Direitos culturais e econômicos 
- Liberdades positivas: o Estado tem que agir 
- Contexto histórico: Revolução industrial 
 
• Direitos de - Fraternidade / Solidariedade 
3ª Geração - Diretos Difusos 
- Meio ambiente, consumidores... 
 
• Direitos de - Engenharia genética 
4ª Geração - Softwares 
- Transgênicos 
 
 
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3. CARACTERÍSTICAS DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS 
• Historicidade: esses direitos foram construídos no decorrer do tempo, 
juntamente com o desenvolvimento da própria sociedade. Assim, possuem 
caráter histórico, nascendo com o Cristianismo, passando pelas diversas 
revoluções e chegando aos dias de hoje. 
• Universalidade: destinam-se a TODOS os seres humanos, sem qualquer 
forma de distinção ou discriminação. 
Dessa forma, os direitos fundamentais se aplicam a TODOS os brasileiros 
e estrangeiros, residentes ou não no Brasil. Aplicam-se a pessoas físicas 
e jurídicas, ao Estado e nas relações entre particulares. 
O Estado também pode ser titular de direitos fundamentais. (ex: 
propriedade). Aliás, existem direitos fundamentais direcionados 
exclusivamente ao Estado, como a requisição administrativa. 
No entanto, isso não significa que todos os direitos fundamentais são 
aplicados a todas essas figuras na mesma proporção. A regra é que os DGF 
se aplicam aos brasileiros e aos estrangeiros. No entanto, alguns direitos 
fundamentais não se aplicam aos estrangeiros, por exemplo, a ação 
popular. 
Da mesma forma, os direitos e garantias fundamentais se aplicam às 
pessoas físicas, jurídicas, nacionais e estrangeiras. No entanto, alguns não 
são aplicados às pessoas jurídicas, por exemplo, a liberdade. 
• Limitabilidade: a maior parte da doutrina diz que os direitos 
fundamentais não são absolutos, podendo haver limitações quando um 
direito fundamental entra em confronto com outro. Exemplo: direito de 
propriedade vs direito de desapropriação do Estado; direito à intimidade vs 
liberdade de expressão... 
Mas o que acontece se um direito meu entrar em conflito com o direito de 
outra pessoa? Nesse caso, os direitos fundamentais não podem ser 
simplesmente suprimidos. Devem-se equilibrar tais direitos usando-se o 
princípio da harmonização. 
OBS: existem doutrinadores, como Gilmar Mendes, que dizem que A 
DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA é um direito 
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SUPRACONSTITUCIONAL (acima da própria Constituição), podendo 
apenas ser confrontado com ele mesmo. Olhe esse trecho, retirado de seu 
livro: 
“A DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA apresenta-se alheia a 
qualquer outro confronto com outro princípio ou regra, em face 
da necessária interpretação de sua colisão somente consigo 
própria. Nessa medida, tem-se a dignidade da pessoa humana 
como princípio de hierarquia SUPRACONSTITUCIONAL.” 
Como dito acima, a posição dominante é que nenhum direito 
fundamental é absoluto, ou seja, todos eles podem ser limitados, 
respeitando-se, obviamente, princípios como a razoabilidade, 
proporcionalidade etc. 
• Concorrência: podem ser exercidos cumulativamente, ou seja, ao mesmo 
tempo. 
• Imprescritibilidade: não são perdidos se não forem usados. 
• Irrenunciabilidade: os direitos fundamentais não podem ser renunciados 
por seu titular (seu dono). Eles podem até não ser exercidos, mas nunca 
poderão ser renunciados. 
Alguns autores dizem que pode haver renúncia temporária de alguns 
direitos fundamentais e desde que não ofenda a dignidade da pessoa 
humana. Ex: reality shows, onde se renuncia, temporariamente, a 
intimidade e a vida privada. 
• Inalienabilidade: os direitos fundamentais não podem ser vendidos, são 
indisponíveis e não possuem conteúdo econômico-patrimonial. 
• Aplicabilidade imediata: O §1º do art. 5o. diz que “as normas definidoras 
dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata”. 
Atenção: isso não significa que todos os direitos fundamentais são normas 
de eficácia plena. Existem os três tipos de normas de direitos e garantias 
fundamentais: plena, contida e limitada. 
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Esquematizando: 
• Historicidade – possuem caráter histórico, passando pelas diversas revoluções e chegando 
aos dias de hoje. 
• Universalidade – destinam-se a TODOS os seres humanos, sem qualquer forma de distinção 
ou discriminação. 
� Abrangência: 
• Todos os brasileiros e estrangeiros, residentes ou não no Brasil 
• Pessoa Física, Jurídica e Estado 
o Ex: direito de propriedade 
• Existem direitos fundamentais direcionados somente ao Estado 
o Ex: requisição administrativa 
• Direitos fundamentais aplicam-se também nas relações entre particulares 
o Ex: trabalhador, danos morais 
• Limitabilidade – os direitos fundamentais não são absolutos, podendo haver limitações 
quando um direito fundamental entra em confronto com outro. 
� Não podem ser simplesmente suprimidos se houver conflito, pode apenas ser reduzida 
a eficácia 
o Princípio da harmonização 
� Nenhum Direito Fundamental é absoluto (maioria da doutrina) 
� OBS: Gilmar Mendes: a DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA apresenta-se alheia 
a qualquer outro confronto com outro princípio ou regra, em face da necessária 
interpretação de sua colisão somente consigo própria. Nessa medida, tem-se a 
dignidade da pessoa humana como princípio de hierarquiaSUPRACONSTITUCIONAL 
 
• Concorrência – podem ser exercidos cumulativamente 
• Imprescritibilidade – não são perdidos se não forem usados. 
• Irrenunciabilidade – eles podem não ser exercidos, mas nunca poderão ser renunciados. 
� Renúncia Temporária dos direitos fundamentais: Cabe 
• Pode renunciar direito à intimidade e à vida privada, desde que não ofenda a 
dignidade da pessoa humana 
o Ex: reality shows 
• Inalienabilidade – não podem ser vendidos, são indisponíveis e não possuem conteúdo 
econômico-patrimonial. 
• Aplicabilidade imeditada – art. 5o, §1o: “as normas definidoras dos direitos e garantias 
fundamentais têm aplicação imediata”. 
� Não tem nada a ver com normas de eficácia PLENA 
� Lembrando: Existem direitos e garantias nos 3 tipos de normas (plena, contida e 
LTDA) 
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Não é a doutrina dominante 
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4. OBSERVAÇÕES 
a) Segundo o art. 5º, § 3º, incluído pela EC 45/2004, os Tratados 
Internacionais que versarem sobre direitos humanos e que forem 
aprovados por dois turnos e 3/5 dos votos por cada uma das Casas 
Congresso Nacional terão força de Emenda Constitucional. A 
Convenção sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência foi o primeiro 
Tratado Internacional sobre direitos humanos aprovado com força de EC 
pelo Brasil. 
Atenção! Estamos falando de Tratados Internacionais sobre direitos 
HUMANOS (não é direitos fundamentais). 
Observe que tais tratados não integram e nem modificam o texto da 
CF, apenas possuem força de Emenda à Constituição. 
Dessa forma, os tratados internacionais podem possuir 3 status 
diferentes no ordenamento jurídico brasileiro: 
• LEI ORDINÁRIA - Tratados Internacionais que não versem sobre 
Direitos Humanos e forem aprovados pelo procedimento 
comum. 
• SUPRALEGAL - Tratados Internacionais que versem sobre Direitos 
Humanos e forem aprovados por procedimento comum. 
• EMENDA CONSTITUCIONAL - Tratados Internacionais que versem 
sobre Direitos Humanos aprovados por 3/5 dos votos em 2 
turnos (procedimento especial). 
b) Teoria da Eficácia Vertical dos Direitos Fundamentais: diz respeito 
à aplicabilidade desses direitos como limites à atuação dos governantes 
em favor dos governados. Ela se refere aos limites da interferência 
do Estado na vida dos particulares. 
c) Teoria da Eficácia Horizontal dos Direitos Fundamentais: se refere 
às relações entre particulares. Aqui, os destinatários dos preceitos 
constitucionais são os particulares (pessoas físicas ou jurídicas). Há uma 
evolução da posição do Estado, antes como adversário, para guardião 
dos direitos fundamentais. 
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d) Diferença entre direitos, garantias e remédios constitucionais: 
Meu caro aluno e futuro Técnico do Seguro Social, essa diferenciação é 
bastante simples e pode ser feita com a simples observação do esquema 
abaixo: 
o Direitos: são os bens e vantagens prescritos na CF 
o Garantias: são os instrumentos que asseguram o exercício dos direitos. 
� Remédios: são uma espécie de garantia 
• Remédios • Administrativos - Direito de certidão 
 - Direito de petição 
• Judiciais - Habeas Corpus (HC) 
- Habeas Data (HD) 
- Mandado de Segurança (MS) 
- Mandado de Segurança Coletivo (MSC) 
- Ação Popular (AP) 
- Mandado de Injunção (MI) 
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EXERCÍCIOS 
1. (CESPE - 2014 - Câmara dos Deputados - Consultor Legislativo) As cláusulas 
pétreas existentes na CF estão dispostas apenas em seu artigo quinto, 
referente aos direitos e às garantias fundamentais. 
Excelente questão! Você deve se lembrar de que os direitos e garantias 
fundamentais não estão dispostos apenas no art. 5º da Constituição 
Federal, mas sim em todo o seu texto. Dessa forma, não é apenas o 
art. 5º que é uma cláusula pétrea. Como exemplo, temos o princípio da 
anterioridade eleitoral (art. 16) e o da anterioridade tributaria 
(art. 150, III, b). 
Gabarito: Errado. 
2. (CESPE - 2014 - TJ-SE - Analista Judiciário) A historicidade, como 
característica dos direitos fundamentais, proclama que seu conteúdo se 
modifica e se desenvolve de acordo com o lugar e o tempo. Por isso, os 
direitos fundamentais podem surgir e se transformar. 
De fato, a historicidade é uma das características dos DGF. Segundo 
ela, tais direitos são criados e modificados ao longo do tempo, 
surgindo com o cristianismo e evoluindo e acompanhando o 
desenvolvimento e as revoluções da sociedade, até os dias atuais. 
Gabarito: Certo. 
3. (CESPE - 2014 - Câmara dos Deputados - Agente de Polícia Legislativa) Os 
direitos e garantias individuais previstos na CF têm caráter absoluto. 
Uma das principais características dos direitos fundamentais é a sua 
limitabilidade. Desse modo, essa característica garante que os direitos 
fundamentais não são absolutos, sendo possível a aplicação de 
limitações quando os direitos fundamentais entrarem em conflito entre 
si, por exemplo. 
Gabarito: Errado. 
4. (CESPE - 2014 - Câmara dos Deputados - Consultor Legislativo) 
Historicamente, os direitos fundamentais de primeira dimensão pressupõem 
dever de abstenção pelo Estado, ao contrário dos direitos fundamentais de 
segunda dimensão, que exigem, para sua concretização, prestações estatais 
positivas. 
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É isso mesmo! Os direitos fundamentais de primeira dimensão ou 
geração criam uma barreira contra as ações injustas do Estado. Dessa 
forma nasceram as chamadas liberdades negativas (o Estado não pode 
agir para que seja assegurado o direito). 
Já os direitos fundamentais de segunda geração, que surgem no 
período da Revolução Industrial, demandam do Estado um dever de 
agir em prol da melhoria de vida das pessoas, ou também conhecidas 
como as prestações positivas (o Estado deve agir para que sejam 
assegurados os direitos do trabalhador, por exemplo). 
Gabarito: Certo. 
5. (CESPE - 2014 - Instituto Rio Branco - Diplomata) O catálogo de direitos 
fundamentais na CF inclui, além dos direitos e garantias expressos em seu 
texto, outros que decorrem do regime e dos princípios por ela adotados, ou de 
tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte. 
Essa questão é praticamente a cópia do art. 5º, § 2º, da CF. Esse 
comando nos diz que o rol dos direitos e garantias fundamentais não é 
taxativo, podendo ser incluídos novos DGF. 
Gabarito: Certo. 
6. (CESPE - 2014 - SUFRAMA - Nível Superior) O direito à vida, assim como todos 
os demais direitos fundamentais, é protegido pela CF de forma não absoluta. 
Correto! Quando falamos a respeito de direitos e garantias 
fundamentais devemos lembrar que eles não são absolutos. Assim, 
existirão adaptações que garantam o equilíbrio entre um direito 
fundamental e outro, sendo sempre norteados pelo princípio da 
harmonização. 
Gabarito: Certo. 
7. (CESPE - 2014 - SUFRAMA - Nível Superior) Os direitos previstos na CF 
alcançam tanto as pessoas naturais, brasileiras ou estrangeiras, no território 
nacional, como as pessoas jurídicas. 
É isso aí! Tanto os brasileiros quanto os estrangeiros, tanto as pessoas 
físicas quanto as jurídicas possuem direitos fundamentais. Lembre-se, 
no entanto, que eles não são aplicados a todas essas pessoas na 
mesma proporção. Vamos relembrar: 
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• Universalidade– destinam-se a TODOS os seres humanos, sem qualquer forma de distinção 
ou discriminação. 
� Abrangência: 
• Todos os brasileiros e estrangeiros, residentes ou não no Brasil 
• Pessoa Física, Jurídica e Estado 
o Ex: direito de propriedade 
• Existem direitos fundamentais direcionados somente ao Estado 
o Ex: requisição administrativa 
• Direitos fundamentais aplicam-se também nas relações entre particulares 
o Ex: trabalhador, danos morais 
Gabarito: Certo. 
8. (CESPE - 2014 - PM-CE - Oficial da Polícia Militar) Segundo a doutrina 
majoritária, os direitos fundamentais de terceira geração, também 
denominados de direitos de fraternidade ou de solidariedade, caracterizam-se 
por se destinarem à proteção de direitos transindividuais. 
Os direitos de terceira geração, ou de terceira dimensão surgiram no 
período pós-Grande Guerra e são conhecidos como aqueles direitos 
que ultrapassam o indivíduo. De fato, envolvem temas como o meio 
ambiente, comunicação, direitos relacionados à fraternidade e 
solidariedade. 
Gabarito: Certo. 
9. (CESPE - 2014 - TJ-SE - Técnico Judiciário) Os direitos fundamentais têm o 
condão de restringir a atuação estatal e impõem um dever de abstenção, mas 
não de prestação 
No que diz respeito às gerações de direitos fundamentais, podemos 
afirmar que esses direitos têm o propósito de restringir a atuação 
abusiva do Estado. É o que chamamos de liberdades negativas. No 
entanto, quando relembramos os direitos de segunda geração, 
podemos afirmar que estes requerem uma ação do Estado, ou seja, 
situações nas quais o Estado deve agir / prestar / assegurar os 
direitos fundamentais. 
Gabarito: Errado. 
10. (CESPE - 2012 - TC-DF - Auditor de Controle Externo) Embora a CF estabeleça 
como destinatários dos direitos e garantias fundamentais tanto os brasileiros 
quanto os estrangeiros residentes no país, a doutrina e o STF entendem que os 
estrangeiros não residentes (como os que estiverem em trânsito no país) 
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também fazem jus a todos os direitos, garantias e ações constitucionais 
previstos no art. 5.o da Carta da República. 
O único erro está na palavra “todos”. De fato, a regra é que os direitos 
e garantias fundamentais se aplicam aos brasileiros e estrangeiros, 
residentes ou não no país. No entanto, nem todos os direitos do art. 5º 
se aplicam aos estrangeiros. Querem um exemplo? A ação popular é 
um instituto do qual somente os cidadãos brasileiros podem lançar 
mão. 
Gabarito: Errado. 
11. (CESPE - 2012 - TJ-AL - Cargos de Nível Superior) O regime jurídico das 
liberdades públicas protege as pessoas naturais brasileiras e as pessoas 
jurídicas constituídas segundo a lei nacional, às quais são garantidos os 
direitos à existência, à segurança, à propriedade, à proteção tributária e aos 
remédios constitucionais, direitos esses que não alcançam os estrangeiros em 
território nacional. 
Os estrangeiros residentes em território nacional estão expressamente 
protegidos pelas normas fundamentais da Constituição (veja no caput 
do art. 5º). Apesar de a Constituição ser omissa em relação aos 
estrangeiros não residentes no país, o entendimento jurisprudencial é 
que os mesmos também são titulares de direitos e garantias 
fundamentais, no que for possível. 
Gabarito: Errado. 
12. (CESPE - 2012 - TJ-AL - Cargos de Nível Superior) As normas que 
consubstanciam os direitos fundamentais democráticos e individuais são de 
eficácia e aplicabilidade mediata. 
O §1º do art. 5º diz que “as normas definidoras dos direitos e 
garantias fundamentais têm aplicação imediata”. 
Gabarito: Errado. 
13. (CESPE - 2012 - Banco da Amazônia - Técnico Científico) Os direitos 
fundamentais cumprem a função de direito de defesa dos cidadãos, sob dupla 
perspectiva, por serem normas de competência negativa para os poderes 
públicos, ou seja, que não lhes permitem a ingerência na esfera jurídica 
individual, e por implicarem um poder, que se confere ao indivíduo, não só 
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para que ele exerça tais direitos positivamente, mas também para que exija, 
dos poderes públicos, a correção das omissões a eles relativas. 
É isso mesmo! Os direitos fundamentais consistem na limitação do 
poder do Estado de interferir na vida das pessoas, e ao mesmo tempo 
conferem prerrogativas aos particulares de pleitearem ações Estatais 
que contemplem seus direitos. 
Gabarito: Certo. 
14. (CESPE - 2011 - TJ-PB - Juiz) A jurisprudência do STF reconhece que os 
estrangeiros, mesmo os não residentes no país, são destinatários dos direitos 
fundamentais consagrados pela CF, sem distinção de qualquer espécie em 
relação aos brasileiros. No mesmo sentido, as pessoas jurídicas são 
destinatárias dos direitos e garantias elencados na CF, na mesma proporção 
das pessoas físicas. 
Muito boa essa questão! Realmente, a regra é que os direitos e 
garantias fundamentais se aplicam aos brasileiros e aos estrangeiros. 
No entanto, alguns direitos fundamentais não se aplicam aos 
estrangeiros, por exemplo, a ação popular. 
Da mesma forma, os direitos e garantias fundamentais se aplicam às 
pessoas físicas, jurídicas, nacionais e estrangeiras. No entanto, alguns 
não são aplicados às pessoas jurídicas, por exemplo a liberdade. 
Gabarito: Errado. 
15. (MPE-PR - 2011 - MPE-PR - Promotor de Justiça) Quando houver conflito entre 
dois ou mais direitos e garantias fundamentais, o operador do direito deve 
interpretá-los de forma a coordenar e combinar os bens jurídicos em dissenso, 
evitando o sacrifício total de uns em relação aos outros, realizando uma 
redução proporcional do âmbito de alcance de cada qual, de forma a conseguir 
uma aplicação harmônica do texto constitucional. 
O item está perfeito. Os direitos fundamentais não podem ser 
suprimidos. Assim, quando houver conflito entre dois ou mais direitos, 
o aplicador do direito deve encontrar uma interpretação que equilibre 
os direitos em confronto, se utilizando do princípio da harmonização. 
Gabarito: Certo. 
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16. (MPE-PR - 2011 - MPE-PR - Promotor de Justiça) De acordo com autorizada 
doutrina, os interesses transindividuais se inscrevem entre os direitos 
denominados de primeira geração; 
Os direitos de primeira geração são os direitos relacionados à 
liberdade. Os direitos transindividuais (que ultrapassam o indivíduo) 
são relacionados à fraternidade e são direitos de terceira geração. 
Gabarito: Errado. 
17. (MPE-PR - 2011 - MPE-PR - Promotor de Justiça) Em regra, as normas que 
definem os direitos fundamentais democráticos e individuais são de eficácia e 
aplicabilidade imediata. 
Nem todos os direitos fundamentais são normas de eficácia plena. 
Lembrando que existem direitos e garantias fundamentais inseridos 
nos três tipos de normas: plena, contida e limitada. No entanto, em 
regra, eles possuem sim eficácia imediata. Além disso, a CF estabelece 
que: “art. 5º § 1º - As normas definidoras dos direitos e garantias 
fundamentais têm aplicação imediata”. 
Gabarito: Certo. 
18. (CESPE - 2011 - TCU - Auditor Federal de Controle Externo) As pessoas 
jurídicas de direito privado ou público são destinatárias dos direitos e garantias 
fundamentais compatíveis com sua natureza. 
Os direitos e garantias fundamentais são universais. Dessa forma, se 
aplicam a todas as pessoas, nacionais ou estrangeiras, físicas ou 
jurídicas, públicas ou privadas, de acordo a sua natureza. Como 
exemplo, existem alguns direitos aplicados somente às pessoas físicas, 
como a vida e a liberdade. Já outros direitos são aplicados somente 
aos nacionais, como aação popular. 
Gabarito: Certo. 
19. (CESPE - 2011 - STM - Técnico Judiciário - Segurança) Os direitos e as 
garantias expressos na Constituição Federal de 1988 (CF) excluem outros de 
caráter constitucional decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, 
uma vez que a enumeração constante no artigo 5.º da CF é taxativa. 
Os direitos e garantias fundamentais (DGF) constantes no art. 5º são 
exemplificativos. Assim, existem outros DGF esparramados no texto da 
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Constituição. Como exemplo, o princípio da anterioridade eleitoral do 
art. 16. Além disso, os DGF podem estar implícitos no texto 
constitucional. Observe o art. 5º, § 2º: “Os direitos e garantias 
expressos nesta Constituição NÃO EXCLUEM outros decorrentes do 
regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados 
internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte.” 
Gabarito: Errado. 
20. (CESPE - 2011 - STM - Cargos de Nível) As liberdades individuais garantidas 
na Constituição Federal de 1988 não possuem caráter absoluto. 
A maior parte da doutrina diz que os direitos fundamentais não são 
absolutos, podendo haver limitações quando um direito fundamental 
entra em confronto com outro. Exemplo: direito de propriedade vs 
direito de desapropriação do Estado; direito à intimidade vs liberdade 
de expressão... 
Gabarito: Certo. 
21. (CESPE - 2011 - TCU - Auditor Federal de Controle Externo) O exercício dos 
direitos e garantias fundamentais está sujeito aos prazos prescricionais 
previstos na CF e no Código Civil brasileiro. 
Os direitos e garantias fundamentais são imprescritíveis, assim, eles 
jamais serão perdidos caso não sejam usados. Vamos recordar as 
demais características dos direitos fundamentais. 
Gabarito: Errado. 
 
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• Historicidade – possuem caráter histórico, passando pelas diversas revoluções e chegando 
aos dias de hoje. 
• Universalidade – destinam-se a TODOS os seres humanos, sem qualquer forma de distinção 
ou discriminação. 
� Abrangência: 
• Todos os brasileiros e estrangeiros, residentes ou não no Brasil 
• Pessoa Física, Jurídica e Estado 
o Ex: direito de propriedade 
• Existem direitos fundamentais direcionados somente ao Estado 
o Ex: requisição administrativa 
• Direitos fundamentais aplicam-se também nas relações entre particulares 
o Ex: trabalhador, danos morais 
• Limitabilidade – os direitos fundamentais não são absolutos, podendo haver limitações 
quando um direito fundamental entra em confronto com outro. 
� Não podem ser simplesmente suprimidos se houver conflito, pode apenas ser reduzida 
a eficácia 
o Princípio da harmonização 
� Nenhum Direito Fundamental é absoluto (maioria da doutrina) 
� OBS: Gilmar Mendes: a DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA apresenta-se alheia 
a qualquer outro confronto com outro princípio ou regra, em face da necessária 
interpretação de sua colisão somente consigo própria. Nessa medida, tem-se a 
dignidade da pessoa humana como princípio de hierarquia 
SUPRACONSTITUCIONAL 
 
• Concorrência – podem ser exercidos cumulativamente 
• Imprescritibilidade – não são perdidos se não forem usados. 
• Irrenunciabilidade – eles podem não ser exercidos, mas nunca poderão ser renunciados. 
� Renúncia Temporária dos direitos fundamentais: Cabe 
• Pode renunciar direito à intimidade e à vida privada, desde que não ofenda a 
dignidade da pessoa humana 
o Ex: reality shows 
• Inalienabilidade – não podem ser vendidos, são indisponíveis e não possuem conteúdo 
econômico-patrimonial. 
• Aplicabilidade imeditada – art. 5o, §1o: “as normas definidoras dos direitos e garantias 
fundamentais têm aplicação imediata”. 
� Não tem nada a ver com normas de eficácia PLENA 
� Lembrando: Existem direitos e garantias nos 3 tipos de normas (plena, contida e 
LTDA) 
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Não é a doutrina dominante 
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22. (CESPE - 2011 - PC-ES - Perito Papiloscópico) A característica de relatividade 
dos direitos fundamentais possibilita que a própria Constituição Federal de 
1988 (CF) ou o legislador ordinário venham a impor restrições ao exercício 
desses direitos. 
De fato, os direitos e garantias fundamentais não são absolutos (são 
relativos). Além disso, a própria Constituição pode impor restrições ao 
exercício desses direitos. Lembre-se, no entanto, que as emendas à 
Constituição devem sempre respeitar as cláusulas pétreas e o direito 
adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada. 
Além disso, a lei também pode impor restrições aos DGF. Tome como 
exemplo as normas constitucionais de eficácia contida. Elas produzem 
plenos efeitos até que uma lei posterior limite o exercício desses 
direitos. 
Gabarito: Certo. 
23. (CESPE - 2011 - AL-ES - Procurador) Os direitos fundamentais, pela sua 
própria relevância, não são suscetíveis de renúncia nem tampouco de 
autolimitações. 
Em regra, os direitos fundamentais não podem ser renunciados por 
seu titular (seu dono). Eles podem até não ser exercidos, mas nunca 
poderão ser renunciados. No entanto, alguns autores dizem que pode 
haver renúncia temporária de alguns direitos fundamentais e desde 
que não ofenda a dignidade da pessoa humana. Ex: reality shows, 
onde se renuncia, temporariamente, a intimidade e a vida privada. 
Gabarito: Errado. 
24. (CESPE/Procurador-TCE-ES/2009) A indenização por danos morais tem seu 
âmbito de proteção adstrito às pessoas físicas, já que as pessoas jurídicas não 
podem ser consideradas titulares dos direitos e das garantias fundamentais. 
Tanto as pessoas físicas quanto as jurídicas, nacionais ou estrangeiras, 
residentes ou não no Brasil e, inclusive o Estado, são titulares dos 
direitos fundamentais. Dessa forma, uma empresa (pessoa jurídica) 
possui direito à imagem e propriedade, por exemplo. 
Gabarito: Errado. 
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25. (CESPE/DPE-ES/2009) Os direitos de primeira geração ou dimensão (direitos 
civis e políticos) — que compreendem as liberdades clássicas, negativas ou 
formais — realçam o princípio da igualdade; os direitos de segunda geração 
(direitos econômicos, sociais e culturais) — que se identificam com as 
liberdades positivas, reais ou concretas — acentuam o princípio da liberdade; 
os direitos de terceira geração — que materializam poderes de titularidade 
coletiva atribuídos genericamente a todas as formações sociais — consagram o 
princípio da solidariedade. 
A questão inverteu os conceitos da primeira e segunda geração. Os 
direitos de primeira geração estão relacionados à LIBERDADE, e os de 
segunda geração se relacionam à IGUALDADE. Lembre-se do esquema: 
Gerações dos Direitos Fundamentais 
• Direitos de 1ª Geração - Liberdade 
- Liberdades negativas - Pressupõem uma não ação do Estado 
- Liberdades públicas e direitos políticos 
- Direitos individuais 
- Contexto histórico: Liberalismo 
 
• Direitos de - Igualdade 
2ª Geração - Direitos sociais (trabalhadores, educação, saúde, moradia...) 
- Direitos culturais e econômicos 
- Liberdades positivas: o Estado tem que agir 
- Contexto histórico: Revolução industrial 
• Direitos de - Fraternidade / Solidariedade 
3ª Geração - Diretos Difusos 
- Meio ambiente, consumidores... 
• Direitos de - Engenharia genética 
4ª Geração - Softwares 
- Transgênicos 
Gabarito: Errado. 
26. (CESPE/MMA/2009) Os direitose garantias fundamentais encontram-se 
destacados exclusivamente no art. 5º do texto constitucional. 
Os direitos e garantias fundamentais estão elencados em todo o texto 
constitucional e não apenas no art. 5º. Assim, existem direitos 
individuais que não estão no artigo 5º como o princípio da 
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anterioridade da lei eleitoral (art. 16) e anterioridade tributária (art. 
150, III, b). Além disso, os DGF podem também estar implícitos. 
Gabarito: Errado. 
27. (CESPE/PGE-AL/2008) Sabendo que o § 2.º do art. 5.º da CF dispõe que os 
direitos e garantias nela expressos não excluem outros decorrentes do regime 
e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a 
República Federativa do Brasil seja parte, então, é correto afirmar que, na 
análise desse dispositivo constitucional, tanto a doutrina quanto o STF sempre 
foram unânimes ao afirmar que os tratados internacionais ratificados pelo 
Brasil referentes aos direitos fundamentais possuem status de norma 
constitucional. 
Somente os tratados internacionais sobre DIREITOS HUMANOS (e não 
direitos fundamentais) podem ter status de Emenda Constitucional. 
Além disso, essa previsão somente foi acrescentada pela EC 45/2004. 
Antes dela, o Supremo entendia que os tratados internacionais 
somente poderiam ter força de Lei Ordinária. 
Gabarito: Errado. 
 
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Meus caros Técnicos do Seguro Social, chegamos ao final de nossa aula de 
hoje. Continuem firmes e estudem de maneira simples, procurando entender o 
espírito das normas e não apenas decorando informações. Lembre-se que 
A SIMPLICIDADE É O GRAU MÁXIMO DA SOFISTICAÇÃO (Leonardo da 
Vinci). 
Espero que todos vocês tenham muito SUCESSO nessa jornada, que é 
bastante trabalhosa, mas extremamente gratificante! 
Abraços a todos e até a próxima aula. 
Roberto TroncosoRoberto TroncosoRoberto TroncosoRoberto Troncoso 
 
 
 
 
 
“Se você acha que pode ou se você acha que não 
pode, de qualquer maneira, você tem razão.” 
(Henry Ford) 
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I. QUESTÕES DA AULA 
DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS – INTRODUÇÃO 
1. (CESPE - 2014 - Câmara dos Deputados - Consultor Legislativo) As 
cláusulas pétreas existentes na CF estão dispostas apenas em seu artigo 
quinto, referente aos direitos e às garantias fundamentais. 
2. (CESPE - 2014 - TJ-SE - Analista Judiciário) A historicidade, como 
característica dos direitos fundamentais, proclama que seu conteúdo se 
modifica e se desenvolve de acordo com o lugar e o tempo. Por isso, os 
direitos fundamentais podem surgir e se transformar. 
3. (CESPE - 2014 - Câmara dos Deputados - Agente de Polícia Legislativa) Os 
direitos e garantias individuais previstos na CF têm caráter absoluto. 
4. (CESPE - 2014 - Câmara dos Deputados - Consultor Legislativo) 
Historicamente, os direitos fundamentais de primeira dimensão pressupõem 
dever de abstenção pelo Estado, ao contrário dos direitos fundamentais de 
segunda dimensão, que exigem, para sua concretização, prestações estatais 
positivas. 
5. (CESPE - 2014 - Instituto Rio Branco - Diplomata) O catálogo de direitos 
fundamentais na CF inclui, além dos direitos e garantias expressos em seu 
texto, outros que decorrem do regime e dos princípios por ela adotados, ou 
de tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja 
parte. 
6. (CESPE - 2014 - SUFRAMA - Nível Superior) O direito à vida, assim como 
todos os demais direitos fundamentais, é protegido pela CF de forma não 
absoluta. 
7. (CESPE - 2014 - SUFRAMA - Nível Superior) Os direitos previstos na CF 
alcançam tanto as pessoas naturais, brasileiras ou estrangeiras, no 
território nacional, como as pessoas jurídicas. 
8. (CESPE - 2014 - PM-CE - Oficial da Polícia Militar) Segundo a doutrina 
majoritária, os direitos fundamentais de terceira geração, também 
denominados de direitos de fraternidade ou de solidariedade, caracterizam-
se por se destinarem à proteção de direitos transindividuais. 
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9. (CESPE - 2014 - TJ-SE - Técnico Judiciário) Os direitos fundamentais têm o 
condão de restringir a atuação estatal e impõem um dever de abstenção, 
mas não de prestação 
10. (CESPE - 2012 - TC-DF - Auditor de Controle Externo) Embora a CF 
estabeleça como destinatários dos direitos e garantias fundamentais tanto 
os brasileiros quanto os estrangeiros residentes no país, a doutrina e o STF 
entendem que os estrangeiros não residentes (como os que estiverem em 
trânsito no país) também fazem jus a todos os direitos, garantias e ações 
constitucionais previstos no art. 5.o da Carta da República. 
11. (CESPE - 2012 - TJ-AL - Cargos de Nível Superior) O regime jurídico das 
liberdades públicas protege as pessoas naturais brasileiras e as pessoas 
jurídicas constituídas segundo a lei nacional, às quais são garantidos os 
direitos à existência, à segurança, à propriedade, à proteção tributária e aos 
remédios constitucionais, direitos esses que não alcançam os estrangeiros 
em território nacional. 
12. (CESPE - 2012 - TJ-AL - Cargos de Nível Superior) As normas que 
consubstanciam os direitos fundamentais democráticos e individuais são de 
eficácia e aplicabilidade mediata. 
13. (CESPE - 2012 - Banco da Amazônia - Técnico Científico) Os direitos 
fundamentais cumprem a função de direito de defesa dos cidadãos, sob 
dupla perspectiva, por serem normas de competência negativa para os 
poderes públicos, ou seja, que não lhes permitem a ingerência na esfera 
jurídica individual, e por implicarem um poder, que se confere ao indivíduo, 
não só para que ele exerça tais direitos positivamente, mas também para 
que exija, dos poderes públicos, a correção das omissões a eles relativas. 
14. (CESPE - 2011 - TJ-PB - Juiz) A jurisprudência do STF reconhece que os 
estrangeiros, mesmo os não residentes no país, são destinatários dos 
direitos fundamentais consagrados pela CF, sem distinção de qualquer 
espécie em relação aos brasileiros. No mesmo sentido, as pessoas jurídicas 
são destinatárias dos direitos e garantias elencados na CF, na mesma 
proporção das pessoas físicas. 
15. (MPE-PR - 2011 - MPE-PR - Promotor de Justiça) Quando houver conflito 
entre dois ou mais direitos e garantias fundamentais, o operador do direito 
deve interpretá-los de forma a coordenar e combinar os bens jurídicos em 
dissenso, evitando o sacrifício total de uns em relação aos outros, 
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realizando uma redução proporcional do âmbito de alcance de cada qual, de 
forma a conseguir uma aplicação harmônica do texto constitucional. 
16. (MPE-PR - 2011 - MPE-PR - Promotor de Justiça) De acordo com 
autorizada doutrina, os interesses transindividuais se inscrevem entre os 
direitos denominados de primeira geração; 
17. (MPE-PR - 2011 - MPE-PR - Promotor de Justiça) Em regra, as normas 
que definem os direitos fundamentais democráticos e individuais são de 
eficácia e aplicabilidade imediata. 
18. (CESPE - 2011 - TCU - Auditor Federal de Controle Externo) As pessoas 
jurídicas de direito privado ou público são destinatárias dos direitos e 
garantias fundamentais compatíveis com sua natureza. 
19. (CESPE - 2011 - STM - Técnico Judiciário - Segurança) Os direitos e as 
garantias expressos na Constituição Federal de 1988 (CF) excluem outros 
de caráter constitucional decorrentes do regime e dos princípios por ela 
adotados,uma vez que a enumeração constante no artigo 5.º da CF é 
taxativa. 
20. (CESPE - 2011 - STM - Cargos de Nível) As liberdades individuais 
garantidas na Constituição Federal de 1988 não possuem caráter absoluto. 
21. CESPE - 2011 - TCU - Auditor Federal de Controle Externo) O exercício 
dos direitos e garantias fundamentais está sujeito aos prazos prescricionais 
previstos na CF e no Código Civil brasileiro. 
22. (CESPE - 2011 - PC-ES - Perito Papiloscópico) A característica de 
relatividade dos direitos fundamentais possibilita que a própria Constituição 
Federal de 1988 (CF) ou o legislador ordinário venham a impor restrições ao 
exercício desses direitos. 
23. (CESPE - 2011 - AL-ES - Procurador) Os direitos fundamentais, pela sua 
própria relevância, não são suscetíveis de renúncia nem tampouco de 
autolimitações. 
24. (CESPE/Procurador-TCE-ES/2009) A indenização por danos morais tem 
seu âmbito de proteção adstrito às pessoas físicas, já que as pessoas 
jurídicas não podem ser consideradas titulares dos direitos e das garantias 
fundamentais. 
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25. (CESPE/DPE-ES/2009) Os direitos de primeira geração ou dimensão 
(direitos civis e políticos) — que compreendem as liberdades clássicas, 
negativas ou formais — realçam o princípio da igualdade; os direitos de 
segunda geração (direitos econômicos, sociais e culturais) — que se 
identificam com as liberdades positivas, reais ou concretas — acentuam o 
princípio da liberdade; os direitos de terceira geração — que materializam 
poderes de titularidade coletiva atribuídos genericamente a todas as 
formações sociais — consagram o princípio da solidariedade. 
26. (CESPE/MMA/2009) Os direitos e garantias fundamentais encontram-se 
destacados exclusivamente no art. 5º do texto constitucional. 
27. (CESPE/PGE-AL/2008) Sabendo que o § 2.º do art. 5.º da CF dispõe que 
os direitos e garantias nela expressos não excluem outros decorrentes do 
regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em 
que a República Federativa do Brasil seja parte, então, é correto afirmar 
que, na análise desse dispositivo constitucional, tanto a doutrina quanto o 
STF sempre foram unânimes ao afirmar que os tratados internacionais 
ratificados pelo Brasil referentes aos direitos fundamentais possuem status 
de norma constitucional. 
 
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II. GABARITO 
Direitos e garantias fundamentais - introdução 
1. E 2. C 3. E 4. C 5. C 6. C 7. C 8. C 9. E 10. E 
11. E 12. E 13. C 14. E 15. C 16. E 17. C 18. C 19. E 20. C 
21. E 22. C 23. E 24. E 25. E 26. E 27. E 
 
 
 
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III. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 
MENDES, Gilmar Ferreira e BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Curso de Direito 
Constitucional. São Paulo: Saraiva 
LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. São Paulo: Saraiva 
MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. São Paulo: Ed. Átlas 
PAULO, Vicente eALEXANDRINO, Marcelo. Direito Constitucional 
Descomplicado. Ed. Impetus 
CRUZ, Vítor. 1001 questões Comentadas Direito Constitucional. Questões do 
Ponto (ebook) 
www.stf.jus.br 
www.cespe.unb.br 
http://www.esaf.fazenda.gov.br/ 
http://www.fcc.org.br/institucional/ 
www.consulplan.net 
http://www.concursosfmp.com.br 
http://www.fujb.ufrj.br

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