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Profa Dra. Mariana Gonçalves CARBOIDRATOS NUTRIÇÃO ESPORTIVA marianagoncalves.mg@gmail.com Carboidrato e desempenho físico Substrato fundamental para o exercício A utilização dos CHO é determinada pela intensidade e duração do exercício, nível de treinamento e dieta. Anaeróbia e curta : consumo de glicogênio (mas não esgota) Aeróbia e prolongada: esgotamento do glicogênio e utilização de outros substratos Mariana Gonçalves marianagoncalves.mg@gmail.com Mariana Gonçalves Atletas de resistência (endurance) necessitam manter reservas adequadas de glicogênio muscular e hepático a fim de garantir rendimento Duração (>2h) ou alta intensidade : depleção do glicogênio muscular e dependência do músculo pela glicose plasmática Quando a concentração de glicose é <70mg/dL o rendimento diminui rapidamente. O descanso é fundamental para a reposição adequada de glicogênio e recuperação muscular. marianagoncalves.mg@gmail.com Recomendação geral de CHO: 6 -10g/Kg de peso Fisicamente ativos: 55-60% do VET Atletas de endurance ou que treinam intensamente em dias sucessivos (7-12g/CHO; 60-75% do VET) Alguns atletas necessitam de quantidades ainda maiores de CHO, principalmente quando próximos a competições longas e intensas. Mariana Gonçalves marianagoncalves.mg@gmail.com Mariana Gonçalves 6 a 10g de CHO/kg/dia Frequência menor que 7 dias semanais, com 1 sessão por dia; Sessões curtas de treinamento de baixa intensidade Atletas do sexo feminino Frequência maior que 2 sessões de treinamento por dia, Alto nível de treinamento Sessões longas e/ou alta intensidade Calendário com competições frequentes < > marianagoncalves.mg@gmail.com O índice glicêmico (IG) é o indicador baseado na habilidade da ingestão de um CHO de um dado alimento elevar os níveis de glicose sanguínea, comparado com um alimento referência (glicose pura ou pão branco) Mariana Gonçalves O que interfere no IG? • Presença de fibras • Nível de processamento do alimento • Presença de gordura ou proteína marianagoncalves.mg@gmail.com Qual é a relação entre IG exercício? Alto IG = rápida recuperação dos estoques de glicogênio e estimulo à síntese proteica Baixo IG = resposta insulínica lipólise Mariana Gonçalves marianagoncalves.mg@gmail.com Objetivos: Abastecer os estoques de glicogênio muscular caso não estejam suficientes desde o último treino Restaurar os estoques de glicogênio hepático principalmente se o evento ocorrer pela manhã (depleção pelo jejum noturno) Prevenir a fome e o desconforto gastrointestinal Evitar queda da performance, hipoglicemia Mariana Gonçalves Pré exercício marianagoncalves.mg@gmail.com Ingestão de CHO 30- 60 min antes: Período de pico da insulina = menor concentração plasmática de glicose Exercício iniciado neste momento pode levar a hipoglicemia, devido ao efeito sinergético da insulina e da captação da glicose pelo músculo ativo. A atuação da insulina inibe a mobilização dos ácidos graxos Estímulo à glicogenólise, diminuindo o tempo do exercício e precoce exaustão Mariana Gonçalves marianagoncalves.mg@gmail.com Ingestão de CHO 30 - 60 min antes: Evite ... Mas, depende do esporte.. Deve-se priorizar CHO de baixo IG O consumo de alimentos doces também pode provocar desconforto gastrointestinal Mariana Gonçalves marianagoncalves.mg@gmail.com Ingestão de CHO 1 – 4 horas antes: Benefícios no rendimento físico Síntese de glicogênio muscular e hepático Retorno da concentração basal de insulina Mariana Gonçalves 1- 4 g de CHO/ Kg marianagoncalves.mg@gmail.com Ingestão de CHO 1 - 4 horas antes: Refeição rica em CHO aumenta o conteúdo do glicogênio muscular e hepático Refeição realizada de 2-3h antes permite adequado esvaziamento gástrico Exercício realizados em jejum provocam diminuição dos estoques de glicogênio hepáticos em 80% e estimula a gliconeogênese a partir de AA. Mariana Gonçalves marianagoncalves.mg@gmail.com Supercompensação de CHO Modelo de manipulação alimentar associada ao exercício ( CHO exercício), para “aumentar” a síntese de glicogênio muscular Benefício: endurance (> 90 min), provas repetitivas num único dia ou sucessivos Não deve ser realizada mais que 2x no mês. Para cada 1g de glicogênio, 3 g de água. Favorece: rigidez muscular, excesso de peso, fadiga. Mariana Gonçalves marianagoncalves.mg@gmail.com Supercompensação de CHO Modelo Clássico: duração de 1 semana. 3 primeiros dias: baixa ingestão de CHO e treino exaustivo para depleção total do glicogênio muscular Para os 3 dias seguintes : descanso e alta ingestão de CHO Desvantagens: os dias de restrição podem levar hipoglicemia, fadiga, náuseas, irritabilidade e pode levar lesão tecidual. Mariana Gonçalves marianagoncalves.mg@gmail.com Supercompensação de CHO Acreditava-se que a supercompensação de CHO seria um estímulo para aumentar o glicogênio. O treinamento é o principal estímulo! É importante que os estoques sejam depledados com o exercício habitual Redução do volume de treinamento nos 3 últimos dias é fundamental. Mariana Gonçalves Supercompensação de CHO Outros modelos são descritos na literatura, como: Modelo de 1 dia : aumento da carboidrato 24h antes da competição. Ideal para atletas que toleram grandes quantidades. Modelo de 7 dias: aumento da ingestão durante 7 dias da competição. Ideal para atletas que não consomem grandes volumes. Neste modelo aumenta-se gradualmente a ingestão ao longo dos 7 dias. marianagoncalves.mg@gmail.com Objetivos: Manutenção dos níveis plasmáticos de glicose Prevenir a fadiga Fornecer substrato energético A oferta de CHO é recomendada para atividades intensas superiores a 1 h ou intervaladas. Mariana Gonçalves Durante o exercício marianagoncalves.mg@gmail.com 0,7g de CHO /Kg de peso ou 30-60 g de CHO/ hora (antes da fadiga!) Soluções esportivas com 6 a 8% de CHO são bem toleradas e absorvidas mais facilmente Bebidas hidreletrolíticas possuem de 4-6% CHO Soluções > 10% de CHO podem causar desconforto Géis, barras provocam maior saciedade que as bebidas Fracionamento da oferta A ingestão de combinações de glicose, maltodextrina e frutose têm sido associados a melhor performance Mariana Gonçalves Pós- exercício Objetivos: Restauração dos estoques de glicogênio muscular e hepático Recuperação dos fluidos e eletrólitos perdidos Mariana Gonçalves marianagoncalves.mg@gmail.com marianagoncalves.mg@gmail.com Quando o CHO é consumido imediatamente após o exercício, a velocidade é maior porque: O fluxo sanguíneo para os músculos favorece a distribuição dos nutrientes Os receptores de insulina estão mais sensíveis GLUT-4 foi deslocado para a membrana devido ao exercício (permanece por 4 h) A glicogênio-sintase está com a atividade máxima após o exercício (por 2h) Mariana Gonçalves marianagoncalves.mg@gmail.com O momento e a composição da refeição pós- competição ou pós- exercício depende da duração e da intensidade da sessão de exercício (por exemplo, se houve depleção de glicogênio ocorre, e quando o próximo treino intenso vai ocorrer). Se houver treino em 2 momentos do dia, a reposição de CHO é ainda mais importante. Mariana Gonçalves marianagoncalves.mg@gmail.com 1.0 – 1.5g de CHO/ Kg peso em intervalos de 2h até 6 h é a maneira mais adequada de recuperar os estoques de glicogênio Este esquema desnecessário para os atletas que descansarão um ou mais dias entre as sessões de treinamento intenso, já que é perfeitamente possível a restauração completa de glicogênio durante o período. No entanto, o consumo de CHO apóso exercício é importantíssimo para reduzir hormônios catabólicos (cortisol, por exemplo) e iniciar a restauração do glicogênio. Mariana Gonçalves IG = melhor recuperação Glicose e sacarose mais eficazes para recuperação glicogênio muscular
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