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VALDEIR SOARES DA CRUZ 1 
 
 
 
EXCELENTÍSSIMA SENHORA MINISTRA CARMÉM LÚCIA 
ANTUNES ROCHA PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL 
FEDERAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL, 
neste ato representado pelo Advogado Geral da União, vem, 
perante essa Suprema Corte, ajuizar 
 
ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO 
FUNDAMENTAL 
 
com fundamento no disposto nos artigos 102, §1° e 103, 
inciso I, da Constituição Federal, bem como os artigos 1° e 2°, 
inciso I, da Lei nº 9.882, de 03 de dezembro de 1999, em face 
do PREFEITO DO MUNICÍPIO DE APORÉ E DO PRESIDENTE DA 
CÂMARA DE VEREADORES DE APORÉ, ESTADO DA BAHIA, 
pelas razões de fato e de direito a seguir expostos. 
 
DOS FATOS 
 
 A Câmara de Vereadores aprovou, e o prefeito 
sancionou, uma lei que “altera” a Constituição Federal de 
1988. A alteração prevista na lei municipal permitiria a 
prefeitura de Aporá e Câmara de Vereadores ao utilizar um 
critério diferente do previsto na Constituição. 
 
Em epítome, são os fatos e segue o direito. 
 
 
VALDEIR SOARES DA CRUZ 2 
 
DO DIREITO 
 
 
1. DA LEGITIMIDADE ATIVA 
 
E inquestionável a legitimidade do AUTOR para agir no 
ajuizamento, tudo de acordo com artigos 103, inciso I e 2º 
inciso I, da Lei nº 9.882/1991. 
 
2. DA LEGITIMIDADE PASSIVA 
 
 O Presidente da Câmara de Vereadores e o 
Prefeito do Município de Aporé, estado da Bahia, para 
prestar declarações sobre esse processo legislativo, diante 
da promulgação. 
 
3. DO OBJETO DA ARGUIÇÃO DE 
DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL. 
 
ATO DO PODER PÚBLICO. 
 
 Considerando a repartição de competência 
legislativa no sistema constitucional brasileiro, pela impossibilidade 
do município em alterar artigo da constituição federal. Pode-se 
ver que a arguição é delineada, pois, como instrumento apto a 
resolver controvérsias sobre a constitucionalidade do direito 
federal, do direito estadual e também do direito municipal, e tem 
como objeto mediato ato do Poder Público, expressão de 
significado amplo que inclui atos administrativos, atos jurisdicionais 
e atos legislativos. 
 Considerado o principio da subsidiariedade, os 
doutrinadores como Gilmar Ferreira Mendes e Paulo Gustavo 
Gonet Branco (MENDES, Gilmar Ferreira; BRANCO, Paulo Gustavo 
Gonet. Curso de direito constitucional. 7. ed. São Paulo: Saraiva, 
2012. p. 1288 - 1306), discutem a possibilidade de utilização do 
instrumento em para questionar, em face da Constituição Federal, 
eventual violação a preceito fundamental por omissão legislativa, 
 
VALDEIR SOARES DA CRUZ 3 
 
por mera interpretação judicial, ou por proposta a emenda 
constitucional, por veto do presidente do Poder Executivo, por 
direito pré-constitucional, por ato regulamentar, por norma 
revogada, por medida provisória rejeitada, quando da sua 
vigência, e, por direito municipal. 
 
"A argüição de descumprimento de 
preceito fundamental presta-se, 
outrossim. a fiscalizar os atos ou 
omissões não normativas do poder 
público. Vale dizer, pode ser empregada 
para controle dos atos concretos ou 
individuais do Estado e da 
Administração Pública. incluindo os atos 
administrativos, os atos ou fatos 
materiais. os atos regidos pelo direito 
privado e os contratos administrativos. 
além de abranger, outrossim, até as 
decisões judiciais e os atos politicos e as 
omissões na prática ou realização 
destes atos, quando violarem preceitos 
constitucionais fundamentais. Assim, a 
significativa amplitude do objeto da 
argüição tornou possível o controle 
abstrato de constitucionalidade dos atos 
concretos e das atividades materiais do 
Estado. A sujeição destes atos à 
fiscalização concentrada do Supremo 
Tribunal Federal só vem corroborar a 
preocupação que motivou o constituinte 
na criação de um remédio eficaz e célere 
de defesa dos preceitos mais 
importantes da Constituição. CUNHA 
JÚNIOR, Dirley da. Ações 
constitucionais. Salvador: Edições Jus 
Podium, p. 462. 
 
 Sobre o termo ato do Poder Público, constante do 
 artigo 1° da Lei nº 9.882/1992, o Supremo Tribunal Federal, 
 por ocasião do julgamento da ADPF nº 013, firmou o 
 
VALDEIR SOARES DA CRUZ 4 
 
 entendimento de que o objeto da arguição de 
 descumprimento de preceito fundamental há de ser ato do 
 Poder Público federal, estadual, distrital ou municipal, 
 normativo ou não. 
Cabe frisar que as regras da Constituição Federal 
para a análise do Processo Legislativo é pertinente, porque 
entende essa Suprema Corte é de obediência obrigatória por 
Estados, Distrito Federal e Municípios, como está nas Adi’s 
216-3/PB, REL. Min. Celso de Mello e 822-6/RS, Rel. Min. 
Sepúlveda Pertence. 
A prática de ato de improbidade, perpetrado 
por todos os então vereadores e pelo então prefeito do 
município de Aporé pela votação, aprovação e sanção de 
lei sabidamente inconstitucional, sendo que é usurpação de 
competência constitucional, ao aprovar o texto. A alteração 
é viciada pois a emenda legislativa é inconstitucional porque 
dispõe sobre matéria competência constitucional exclusiva 
da União. 
O princípio da máxima efetividade das normas 
apregoa que as normas constitucionais devem ser 
interpretadas de tal modo que a eficácia da Lei Maior seja 
plena, máxima. 
A situação exposta agride preceitos 
fundamentais da Constituição Federal de 1988, em seu artigo 
60, incisos I,II e III, embora não a doutrina e a própria 
jurisprudência desta Corte Suprema ainda não tenham 
definido, com absolutra certeza, quais são os preceitos 
fundamentais, existe certo consenso em apontar que os 
denominados princípios sensiveis e cláusulas prétreas para o 
fins do cabimento da arguição. 
DA MEDIDA CAUTELAR 
É certo que a tutela jurisdicional cautelar se 
impõe, pois estão suficientemente demonstrados, como 
acima mencionados os requisitos necessários ao deferimento 
para a concessão da liminar em arguição de 
 
VALDEIR SOARES DA CRUZ 5 
 
descumprimento de preceito fundamental, mostram a 
existência do fumus boni iuris e no periculum in mora, pode-se 
facilmente notar a imperiosa necessidade de obstar-se a 
produção dos efeitos dos dispositivos em questionado em 
face do dano irreparável ou de difícil reparação que sofrer. 
 
Reclamação. 2. Garantia 
da autoridade de provimento cautelar 
na ADI 1.730/RN. 3. Decisão do 
Tribunal de Justiça do Estado do Rio 
Grande do Norte em Mandado de 
Segurança. Reenquadramento de 
servidor aposentado, com efeitos “ex 
nunc”. Aposentadoria com proventos 
correspondentes à remuneração de 
classe imediatamente superior. 4. 
Decisão que restabelece 
dispositivo cuja vigência 
encontrava-se suspensa por 
decisão do Supremo Tribunal 
Federal, em sede de cautelar. 5. 
Eficácia “erga omnes” e efeito 
vinculante de decisão cautelar 
proferida em ação direta de 
inconstitucionalidade. 6. 
Reclamação julgada procedente 
 (STF – Rcl: 2256 RN, Relator: GILMAR 
 MENDES, Data de Julgamento: 
 11/09/2003, TribunalPleno, Data de 
 Publicação: DJ 30-04-2004 PP-00034 
 EMENT VOL-02149-04 PP-00637) 
 
“Art. 5º da Lei 9.882/99: O 
Supremo Tribunal Federal, por 
decisão da maioria absoluta de 
seus membros, poderá deferir 
pedido de medida liminar na 
argüição de descumprimento de 
preceito fundamental.” 
Então entendemos que a suspensão liminar da 
 
VALDEIR SOARES DA CRUZ 6 
 
eficácia da lei, suspensão de sua vigência, tendoem vista, 
principalmente, a jurisprudência do STF, no sentido de que o 
provimento liminar a argüição descumprimento de preceito 
fundamental é o de suspender, até julgamento da ação, a 
eficácia da norma atacada, permanecendo a disposição legal 
federal existente que competência constitucional exclusiva. 
 
PEDIDOS E REQUERIMENTOS 
 
ISTO POSTO requer de Vossa Excelência: 
 
1 –Depois de cumpridas todas as formalidades 
processuais de praxe, requer que a presente argüição seja 
julgada procedente, para que produza os efeitos citados. 
2 - Nos termos do artigo 5° da Lei nº 9.882/99, a 
concessão de medida liminar, a fim de que sejam suspensos 
os efeitos que apresentem relação com a matéria objeto 
desta arguição de descumprimento de preceito fundamental, 
até seu julgamento final. Entendido de que o fumus boni iuris 
do pedido formulado nessa ação está suficientemente 
demonstrado em suas alegações como também está o 
periculum in mora. Seja declarado o descumprimento dos 
preceitos fundamentais enunciados, e determinada a 
suspensão. 
3 – E nos termos do art. 6º da Lei nº 9.868/99, que 
sejam requisitadas informações de estilo ao Prefeito do 
Município e ao Presidente da Câmara de Vereadores, de 
onde emanou a norma aqui impugnada, a serem 
apresentadas no prazo legal de 30 dias. 
4 - Em seguida sejam colhidas as manifestações 
da Advocacia Geral da União e da Procuradoria Geral da 
República, em obediência ao disposto no art. 103, § 1º e 3º, 
da CF. 
 
 
 
 
 
VALDEIR SOARES DA CRUZ 7 
 
 Dá-se à causa o valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais) para 
finalidade fiscal. 
 
 
Pede deferimento, 
 
 
Goiânia, 12 de abril de 2018 
 
 
 
Valdeir Soares da Cruz 
OAB-GO: 12345

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