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APS FISIOTERAPIA ENTREVISTA

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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
Gabriela Donizete Fantini Crescêncio RA: D53390-8
Luana Rebeca Torre RA: N334BJ-4
Thais Andrade dos Santos RA: D721BG-0
APS - ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA
VISITAS TÉCNICAS / ENTREVISTA COM PROFISSIONAIS FISIOTERAPEUTAS
SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
2018
ENTREVISTA
	DATA DA ENTREVISTA: 24/04/2018
INICIAIS: MCA
NOME: Milton Carlos Amantini
IDADE: 61 anos
MUNICÍPIO DE ATUAÇÃO: São José do Rio Preto - SP
CREFITO E NÚMERO: CREFITO 3/ 2599-F
ESCOLA GRADUAÇÃO: PUCCamp
ANO CONCLUSÃO: 1980
LOCAL DA ENTREVISTA: Augusto Academia
Tem formação específica? Especialização, Mestrado, Doutorado? Em caso positivo, em qual instituição e local.
Sim, especialização. Metodologia do Ensino Superior (UEL – Londrina-PR) e Fisioterapia Aplicada à atividade física (Unimar-Marilia - SP).
Qual sua opinião em relação a esta sua formação? (opiniões a respeito sobre conteúdo, carga horária, valores, etc.)
Ambas realizadas há um bom tempo atrás, com bom conteúdo e carga horária apropriada, hoje eu exigiria mais carga horária prática adequando o conteúdo à realidade atual. Valor na época era viável.
Tem formação em cursos de extensão, técnicas ou outros? Em caso positivo, quais?
Em 38 anos de exercício profissional, inúmeros cursos de extensão, em áreas específicas de ortopedia, traumatologia, esportiva, reumatologia, neurologia, terapia manual, eletrotermofototerapia, coluna vertebral, amputados, próteses e órteses, biomecânica, preventiva, ergonomia, anatomia palpatória, exame físico, ATM, técnicas de avaliação, alguns até em pneumologia e cardiologia (embora essas áreas nunca foram de minha atuação profissional), técnica Rocabado, Maitland,RPG, pilates, hidrocinesioterapia, massagem reflexa, muligan, dentre inúmeros outros específicos.
Qual sua opinião em relação a estes cursos? (aspectos positivos, negativos, carga horária, valores acessíveis ou não, etc.)
Alguns vários desses cursos cumpriram seus objetivos de formação específica, apresentando carga horária compatível com formação básica, mas necessitando sempre de complemento na formação, com aprimoramento e aprofundamento posterior, porque entendo ser necessário busca por conhecimento mais específico fora da carga horária ministrada nesses cursos, muitas vezes insuficiente para completo domínio do assunto.
Quanto aos valores, os que realizei alguns tinham valor razoável, outros elevados, e muitos que não realizei, apresentavam valores incompatíveis com a realidade nacional.
Por que escolheu a FISIOTERAPIA como profissão?
Pelo caráter humanitário da profissão, por envolver recuperação de lesões (entendimento da época), por ser um curso da área da saúde que tem inúmeras áreas de atuação (pesquisada na época, antes da decisão).
 Qual a forma de contratação/vínculo de trabalho atual? Funcionário (a) CLT em empresa pública ou privada, cooperativa, dono (a) de empresa/consultório, prestador (a) de serviços, autônomo (a), etc.? Está satisfeito (a) com seus rendimentos? Tem mais de um emprego? Qual a carga horária de trabalho diária e semanal? Acha adequada sua carga horária de trabalho atual?
Hoje, CLT em empresa privada (UNIRP – Curso de graduação em Fisioterapia), e autônomo. Os atuais rendimentos não estão ruins, mas já foram melhores, estou satisfeito, mas sempre buscando por novos rendimentos (como todos, nos dias atuais). Mais de um emprego, sim.
Carga horária diária de trabalho: média de 6/8 h // semanal: média de 34h. Essa carga horária torna-se adequada, quando o rendimento satisfaz suas necessidades básicas, porém tendo possibilidade de aumento dessa carga horária, porque não?
Qual tipo de atendimento oferece? (particulares, convênios, etc.)
Particular.
O ambiente de trabalho é adaptado ao tipo de paciente que recebe atendimento?
Nos lugares que atuo o ambiente é adaptado para se tornar adequado aos pacientes, porém o atendimento a domicilio exige algumas adaptações a mais.
Já teve algum contato ou necessitou de serviços dos órgãos que controlam, fiscalizam, regulamentam ou representam a profissão? Em caso positivo, qual(is)? Como foi a experiência, críticas positivas ou negativas em relação a esses órgãos: CREFITO, COFFITO, SINFITO, ASSOCIAÇÕES, etc?
Já utilizei o CREFITO regional de Rio Preto, e fui muito bem atendido.
Entendo que deveria ter muito mais fiscalização do que tem no momento, e atuação maior dos Crefito’s e etc., nos assuntos da profissão, nas lutas contra 
“médicos” que ainda insistem em “mandar” na fisioterapia, em vez de apenas cobrar anuidade dos profissionais.
Qual é a dinâmica diária na sua atuação? Avaliação fisioterapêutica, evolução, alta do serviço, discussões de casos, reuniões clínicas, etc.?
Avaliação é sempre vital e é o primeiro contato para se definir a possível conduta. Interpretar diagnóstico por imagem, realizar avaliação funcional, física, psicológica, segmentar e global, laboral e esportiva, identificando diferentes graus de compromisso funcional que a patologia ou estado patológico apresenta.
Evolução com critérios para solução dos problemas apresentados, de características progressivas, funcionais, e não apenas “número de sessões” ou “procedimentos”, lembrar-se do paciente como um todo, e não apenas um determinado segmento com compromisso.
Alta, compatível com o retorno à atividade laboral, esportiva ou lazer, com recondicionamento cardiorrespiratório e músculo esquelético, quando assim o problema exigir. Sempre explicando ao paciente sobre sua patologia, prognóstico, eventuais complicações e parâmetros de alta, com orientações para casa, como complemento de tratamento.
Discussões ocorrem esporadicamente com outros colegas, mas não é rotina, embora entenda necessário.
Qual tipo de paciente mais presta atendimentos (idosos, crianças, neurológicos, cardiopatas, etc.)? Quais são as principais queixas e diagnósticos mais frequentes de seus pacientes/clientes?
Atualmente idosos na hidroterapia e adulto e/ou idoso na ortopedia/ trauma.
Principais queixas: incapacidade funcional em AVD’s (atividades da vida diária) e AVP’s (atividades da vida prática), diante de dores localizadas e restrições de ADM articulares; falta de equilíbrio e força muscular para atividades simples de casa.
Diagnósticos frequentes: patologias da coluna vertebral; osteoporose; artrose; processos degenerativos da coluna vertebral e/ou articulações, lesões ligamentares e musculares tratadas cirurgicamente; articulações mais envolvidas: coluna vertebral, joelho, ombro, quadril, tornozelo.
Com quais especialidades convive no seu ambiente de trabalho (fisiatra, ortopedista, neurologista, dermatologista, fonoaudiólogo, psicólogo, terapeuta ocupacional, enfermeiro, etc.?). Como é essa relação com os outros profissionais e colegas (encaminhamentos, relações interpessoais e interdisciplinares, hierarquia, ética nas relações, respeito, discussões produtivas, etc.?).
Com nenhuma dessas especialidades diretamente, com exceção da hidroterapia, com profissionais de educação física, que é um ótimo convívio e relacionamento, com respeito mútuo profissional, compreendo que poderiam ser discutidos mais assuntos científicos com esses profissionais.
Comente sobre suas principais queixas no aspecto profissional.
A falta de valorização do profissional fisioterapeuta pela parte médica, eles ainda entendem que somos servos deles, e não aceitam que somos profissionais de nível superior, com competência suficiente para interpretar debilidades e deficiências diversas e programar um tratamento compatível para tal.
Remuneração de órgãos públicos e particulares também. Baixíssimos valores de terapia pagos por convênios, por uma fisioterapia de grande responsabilidade. Ligado a isso, queixa contra “profissionais” que se “vendem” por valores absurdos de salários e/ou sessões de fisioterapia, menosprezando a profissão com condutas nada éticas ou morais, muito menos profissionais.
Comente sobre suas principais satisfações no aspecto profissional.
Sensaçãode dever cumprido, quando o paciente elogia seus atos, sua recuperação e volta às suas atividades habituais, após ser tratado por um fisioterapeuta com melhora do quadro inicial e alívio de seus sintomas. Isso não tem preço!
Quais qualidades um indivíduo necessita para ser um bom FISIOTERAPEUTA?
Ter a consciência de estar trabalhando na área da saúde, em prol à indivíduos que por algum motivo apresentam diminuição de sua capacidade frente às necessidades da vida. Ser honesto, acima de tudo, consigo mesmo, ser humilde, para aceitar suas limitações e poder vencê-las com conhecimento, ser estudioso, persistente, buscando sempre atualização necessária às suas condutas, ser paciente, atencioso, cordial, e nunca se esquecer da palavra ética.
Relate suas considerações finais sobre a profissão, expectativas e conclusões.
Fisioterapia sempre foi, e sempre será a profissão da reintegração do individuo bio-psico-social, valorizando suas capacidades residuais em detrimento da perda física, e com uso frequente de alta tecnologia mantém-se atualizada no contexto global das profissões da área da saúde.
Deixe uma mensagem aos estudantes de Fisioterapia.
“SUCESSO SÓ VEM ANTES DE TRABALHO NO DICIONÁRIO!”
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nesta entrevista Milton Carlos Amantini mostrou com clareza vários aspectos da profissão que ele exerce há muitos anos. Com uma bagagem altamente qualificada de cursos e especializações ele compartilhou conosco algumas de suas vivências como fisioterapeuta.
Concluímos esta atividade com maior conhecimento sobre a profissão, pontos positivos, negativos, insatisfações e satisfações da mesma. Com uma visão mais ampla e real sobre a fisioterapia, podemos compreender diversos aspectos que esta profissão oferece.

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