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OAB 2ª FASE DIREITO PENAL PROCESSO PENAL - AULA BÔNUS 2 ANOTADO POR MICHELE MELO Material disponível na Área do Aluno: www.lfg.com.br/areadoaluno OAB 2ª FASE DIREITO PENAL PROCESSO PENAL AULA BÔNUS 2 AULA DIGITADA AÇÃO PENAL 1. CONCEITO É o direito publico subjetivo constitucionalmente respaldado de exigir do Estado-juiz a aplicação da lei ao caso concreto para a solução da demanda penal. Obs: já o processo é a ferramenta que vai imprimir efetividade ao direito de ação. 2. MODALIDADES DE AÇÃO ���� Titular do direito • Ação penal pública • Ação penal privada 3. AÇÃO PENAL PÚBLICA 3.1 conceito OAB 2ª FASE DIREITO PENAL PROCESSO PENAL - AULA BÔNUS 2 ANOTADO POR MICHELE MELO Material disponível na Área do Aluno: www.lfg.com.br/areadoaluno É aquela titularizada privativamente pelo MP de acordo com o art. 129, I, CF c/c com o art. 257,I, CPP. 3.2 princípios a) Obrigatoriedade Por ele o exercício da ação pública é dever funcional inerente a atuação do MP. b) Indisponibilidade Por ele o MP tem o dever funcional de impulsionar a ação, não podendo DESISTIR da demanda. c) Divisibilidade Por ele segundo o STF e o STJ a ação pública pode ser desmembrada e incidentalmente complementada por meio do aditamento. d) Intranscedência/ pessoalidade Por ele reconhecemos que os efeitos da ação não poderão ultrapassar a figura do réu. 3.3 Modalidades • Ação pública incondicionada É aquela em que a atuação persecutória ocorrerá de oficio independente da manifestação de vontade da vítima ou dos seus sucessores. Obs: é a regra no Brasil. Art. 100 CP. • Ação pública condicionada *conceito OAB 2ª FASE DIREITO PENAL PROCESSO PENAL - AULA BÔNUS 2 ANOTADO POR MICHELE MELO Material disponível na Área do Aluno: www.lfg.com.br/areadoaluno É aquela titularizada pelo MP que depende, contudo, da prévia manifestação de vontade do legitimo inte- ressado. *Institutos condicionantes REPRESENTAÇÃO REQUISIÇÃO DO MINISTRO DA JUSTIÇA a) Conceito/natureza É o pedido e ao mesmo tempo a autorização que condiciona o inicio da persecução penal, sempre que a lei o exigir. Obs: Advertência Sem representação não pode haver IP, processo e nem mesmo lavratura de auto de flagrante. Obs: natureza O instituto nada mais é do que uma condição de pro- cedibilidade, ou seja, uma condição necessária para que exista procedimento. b) Legitimidade � Destinatários • Delegado • MP • Juiz ���� Ativa • Vitima • Representante legal (menos de 18 anos). Obs: a emancipação civil não tem reflexo na área e o menor emancipado representará por meio de um curador especial. Obs: morte/ausência Neste caso o direito de representar se transfere ao a) Conceito/natureza É o pedido e ao mesmo tempo a autorização eminen- temente política e que condiciona o inicio da perse- cução penal. Obs: Natureza Condição de procedibilidade, ou seja, sem ela não pode haver procedimento. b) Legitimidade � Destinatários • MP: procurador geral do MP. ���� Ativa Ministro da justiça c) Prazo Não há prazo decadencial e o ministro pode requisitar a qualquer tempo enquanto o crime não estiver pres- crito. Obs: na representação o prazo é de 6 meses contados do dia em que a vítima sabe quem é o infrator. d) retratação Segundo Tourinho Filho o ato não comporta retrata- ção, não só por ausência de previsão legal como tam- OAB 2ª FASE DIREITO PENAL PROCESSO PENAL - AULA BÔNUS 2 ANOTADO POR MICHELE MELO Material disponível na Área do Aluno: www.lfg.com.br/areadoaluno CADI. Conclusão: este rol é preferencial e taxativo já que não entram outras pessoas. c) prazo 6 meses Natureza decadencial Conclusão: Isso significa que o prazo é fatal e não tolera suspensão, prorrogação ou interrupção. Obs: forma de contagem Este prazo é contado de acordo com as regras do art. 10, CP. d) retratação Se a vítima representou nada impede que ela se re- trate até o oferecimento da denúncia. e) rigor formal Segundo o STF e o STJ a representação não possui rigor na forma podendo ser apresentada oralmente ou por escrito a qualquer dos destinatários. bém, para não comprometer a imagem do país reve- lando a fragilidade do ministro da justiça. 4. AÇÃO PENAL PRIVADA 4.1 conceito É aquela titularizada pela vitima ou por quem a represente na condição de substituição processual já que a vitima atua em nome próprio pleiteando o jus puniendi. OAB 2ª FASE DIREITO PENAL PROCESSO PENAL - AULA BÔNUS 2 ANOTADO POR MICHELE MELO Material disponível na Área do Aluno: www.lfg.com.br/areadoaluno Obs: nomenclatura • Vítima: querelante • Réu: querelado • Petição inicial: queixa-crime 4.2 Princípios a) Oportunidade Por ele a vitima só exercerá a ação se lhe for conveniente. Obs: institutos correlatos • Decadência É perda da faculdade de exercer a ação em razão do decurso do prazo qual seja, em regra, 6 meses contados do dia em que a vitima sabe quem é o infrator. Consequência Neste caso ocorrerá a extinção da punibilidade, ou seja, o infrator não poderá ser punido por aquele fato. • Renúncia Caracteriza-se quando a vítima declara expressamente que não pretende ingressar com a ação ou quando ela pratica ato incompatível com esta vontade. OAB 2ª FASE DIREITO PENAL PROCESSO PENAL - AULA BÔNUS 2 ANOTADO POR MICHELE MELO Material disponível na Área do Aluno: www.lfg.com.br/areadoaluno Consequência Ela ocasiona a extinção da punibilidade. b) Disponibilidade Por ele a vítima poderá desistir da ação que tenha iniciado Obs: institutos correlatos • Perdão Ele se caracteriza quando a vítima expressamente declara que não pretende continuar com a ação ou quando ela pratica ato incompatívelcom esta vontade. Obs: o perdão é um ato bilateral, ou seja, ele só surte o efeito jurídico pretendido qual seja a extinção da puni- bilidade se o réu o aceitar, o que pode ocorrer de forma expressa ou tácita. Obs: procedimento Quando a vítima declara nos autos o perdão cabe ao juiz notificar o réu que dispõe de 3 dias para dizer se acei- ta, a omissão faz presumir que tenha aceitado (aceitação tácita). • Perempção É a sanção judicialmente imposta pelo descaso da vitima na condução da ação privada. Obs: o art. 60 CPP apresenta 5 hipóteses caracterizadoras da perempção e que ocasionam a extinção da punibi- lidade. c) Indivisibilidade por este principio reconhecemos que se a vitima optar por exercer a ação deverá fazer contra todos aqueles que contribuíram para o delito e que ela tem conhecimento. Obs: fiscalização. Cabe ao MP como custos legis fiscalizar o respeito ao principio. OAB 2ª FASE DIREITO PENAL PROCESSO PENAL - AULA BÔNUS 2 ANOTADO POR MICHELE MELO Material disponível na Área do Aluno: www.lfg.com.br/areadoaluno Obs: Consequências Se a vitima sabe que todos os .............. infratores voluntariamente processa apenas parte deles ela estará renunciando ao direito em favor dos não processados, o que extingue e punibilidade em beneficio de todos. Por sua vez o perdão ofertado a parte dos infratores se estende a todos que deseja aceitar. d) intranscendência/ pessoalidade Por ele os efeitos da ação privada não ultrapassam a figura do réu. 4.3 Modalidades a) exclusiva/propriamente dita É aquela titularizada pela vitima ou por seu representante legal Obs: nela haverá sucessão por morte ou ausência e o direito passa ao CADI. b) personalíssima É aquela que possui um único legitimado, vale dizer, a vítima, não havendo intervenção do representante legal ou sucessão por morte ou ausência. Obs: aplicação O único crime de ação personalíssima é o induzimento a erro ao casamento capitulado no art. 236 CP. c) subsidiária da pública É o instituto expressamente contemplado no art. 5 CF como cláusula pétrea, permitindo que a vítima ingresse com a ação em delito da esfera do MP, pois o promotor não cumpriu o seu papel nos prazos estipulados em lei. Obs: Prazo 6 meses contados do encerramento do prazo que o promotor dispunha para agir qual seja, em regra, 5 dias se a pessoa esta presa ou 15 se esta em liberdade. OAB 2ª FASE DIREITO PENAL PROCESSO PENAL - AULA BÔNUS 2 ANOTADO POR MICHELE MELO Material disponível na Área do Aluno: www.lfg.com.br/areadoaluno Obs: Poderes do MP. Eles estão consolidados no art. 29 CPP e promotor funciona como interveniente necessário, sendo que se a vítima for desidiosa na condução da ação ou quiser perdoar o réu ela será afastada e o promotor retoma a ação como parte principal. OAB 2ª FASE DIREITO PENAL PROCESSO PENAL - AULA BÔNUS 2 ANOTADO POR MICHELE MELO Material disponível na Área do Aluno: www.lfg.com.br/areadoaluno LOUSAS OAB 2ª FASE DIREITO PENAL PROCESSO PENAL - AULA BÔNUS 2 ANOTADO POR MICHELE MELO Material disponível na Área do Aluno: www.lfg.com.br/areadoaluno SIMULADOS 1. Impede a propositura da ação civil para a reparação do dano causado pelo fato delituoso a) o despacho de arquivamento do inquérito ou das peças de informação. b) a decisão que julgar extinta a punibilidade. c) a sentença penal que reconhecer ter sido o ato praticado em estrito cumprimento de dever legal. d) a sentença absolutória que decidir que o fato imputado não constitui crime. 2. Acerca da ação civil ex delicto, assinale a opção correta. a) A execução da sentença penal condenatória no juízo cível é ato personalíssimo do ofendido e não se esten- de aos seus herdeiros. b) Ao proferir sentença penal condenatória, o juiz fixará valor mínimo para a reparação dos danos causados pela infração, considerando os prejuízos sofridos pelo ofendido, sem prejuízo da liquidação para apuração do dano efetivamente sofrido. c) Segundo o CPP, a sentença absolutória no juízo criminal impede a propositura da ação civil para reparação de eventuais danos resultantes do fato, uma vez que seria contraditório absolver o agente na esfera criminal e processá-lo no âmbito cível. d) O despacho de arquivamento do inquérito policial e a decisão que julga extinta a punibilidade são causas impeditivas da propositura da ação civil. 3. Maria, que tem 18 anos de idade, é universitária e reside com os pais, que a sustentam financeiramente, foi vítima de crime que é processado mediante ação penal pública condicionada à representação. Considerando essa situação hipotética, assinale a opção correta. a) O representante legal de Maria também poderá mover a ação penal, visto que o direito de ação é concor- rente em face da dependência financeira e inicia-se a partir da data em que o crime tenha sido consumado. b) Caso Maria deixe de exercer o direito de representação, a condição de procedibilidade da ação penal pode- rá ser satisfeita por meio de requisição do ministro da justiça. c) Caso Maria exerça seu direito à representação e o membro do MP não promova a ação penal no prazo legal, Maria poderá mover ação penal privada subsidiária da pública. d) Caso Maria venha a falecer, prescreverá o direito de representação se seus pais não requererem a nomea- ção de curador especial pelo juiz, no prazo legal. OAB 2ª FASE DIREITO PENAL PROCESSO PENAL - AULA BÔNUS 2 ANOTADO POR MICHELE MELO Material disponível na Área do Aluno: www.lfg.com.br/areadoaluno Gabarito 1. C 2.B 3.C
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