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CASO CONCRETO SEMANA 1 PROC. PENAL I JURISPRUDENCIA E DOUTRINA

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CASO CONCRETO SEMANA 1 – DIR. PROCESSO PENAL:
DOUTRINA:
“O crime de desobediência encontra-se regulado no artigo 330, do Código Penal brasileiro, com a seguinte redação: “Art. 330. Desobedecer a ordem legal de funcionário público. Pena — detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.” No estudo de qualquer delito, há de se ter cautela especial com a verificação dos aspectos atinentes ao tipo objetivo, valendo ter em conta os ensinamentos de WELZEL, no sentido de que: O tipo objetivo é o núcleo real-objetivo de todo crime. Crime não é somente vontade má, mas a vontade má que se manifesta em um fato. O fundamento real de todo crime é a objetivização da vontade em um fato externo. O fato externo é, por tanto, a base da construção dogmática de delito (como, ainda, o ponto de partida da investigação criminal do delito). A objetivização da vontade encontra tipicamente sua expressão nas “circunstâncias do fato” objetivas, cuja totalidade constitui o tipo objetivo.9 Dessa forma, mesmo que de maneira abreviada, sempre que se analisa um tipo estabelecedor de conteúdo delitivo é essencial, pela importância de que o tipo objetivo se reveste, que algumas considerações sobre o mesmo sejam realizadas.”
JURISPRUDÊNCIA :
Legislação direta
Artigo 330 do Decreto Lei nº 2.848 de 07 de Dezembro de 1940
Art. 330 - Desobedecer a ordem legal de funcionário público:
Pena - detenção, de quinze dias a seis meses, e multa.
Desacato
TJ-PE - Apelação APL 2967911 PE (TJ-PE)
Data de publicação: 04/11/2014
Ementa: PENAL E PROCESSUAL PENAL. APELAÇÃO CRIMINAL. POSSE DE ARMA DE FOGO (ART. 14 DA LEI Nº 10.826/06). DESOBEDIÊNCIA. (ART. 330, CP). PLEITO ABSOLUTÓRIO POR FALTA DE PROVAS. IMPOSSIBILIDADE. MATERIALIDADE E AUTORIA COMPROVADAS. ATIPICIDADE DA CONDUTA DO DELITO DE DESOBEDIÊNCIA (ART. 330, CP). INOCORRÊNCIA. MANUTENÇÃO DA CONDENAÇÃO. DECISÃO UNÂNIME. I - Não há, portanto, que se dar guarida à alegação de ausência de provas e da impossibilidade de se manter o decreto condenatório do ora apelante, pois suficientes são as provas colhidas em seu desfavor. Os outros depoimentos apenas trouxeram informações sobre a conduta do apelado, não havendo nenhuma das pessoas presenciado o crime. II- Na hipótese, a conduta do denunciado não configura a infração administrativa disposta no art. 195 do Código de Trânsito Brasileiro, porquanto, para a sua caracterização, é necessária a desobediência "às ordens emanadas da autoridade competente de trânsito ou de seus agentes". A denúncia narra que os policiais militares não agiram como autoridade de trânsito, em sua fiscalização, mas no exercício de sua função típica, de polícia ostensiva visando à preservação da ordem pública (art. 144, § 5º, da CRFB), é perfeitamente possível a configuração, em tese, do delito de desobediência no caso concretoIII- Recurso que se nega provimento, por decisão unânime.

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